Miguel e Davi escrita por Lola Vésper
O apartamento do namorado da irmã de Davi era imenso. E era uma sorte que ele tivesse concordado em cedê-lo para a festa de Halloween que a namorada quisera fazer desde que era uma criança. Com o desejo finalmente realizado e com todo mundo devidamente a caráter, a loira parecia mais feliz do que nunca enquanto se aproximava de Miguel, Davi e Bia, respectivamente, um lobisomem, a morte e uma diabinha com pouca roupa.
– Que bom que vocês vieram! – a irmã de Davi grita para se fazer ouvida. Ela própria está vista de bruxa, os cabelos loiros como uma cascata, nada assustadora.
– Não perderíamos a festa por nada, irmãzinha! – foi a resposta de Davi, também aos gritos.
Miguel, sufocando em uma mascara de lobo, tirou-a para poder falar, era possível ver que estava suando. Mesmo assim, sorria. A verdade era que sempre quisera ter a oportunidade de ir a uma festa a fantasia, por mais irônico que isso soasse.
– Uma ideia excelente, se quer saber. – ele riu.
Bia permanecia calada, olhando cada canto da festa, os olhos castanhos vasculhando tudo com admiração e curiosidade. Provavelmente não percebeu os olhares que lhe eram dirigidos. Não era para menos. Com tanto seio e pouca roupa, era natural que atraísse olhares. Seu namorado não teria aprovado, se estivesse ali.
– Mas, da próxima vez, me leve com você para onde quer que esteja achando garotos com tão legais assim… – Davi disse, admirando o apartamento a cima de tudo. – Pode ser que eu aproveite também.
A loira riu alto, jogando a cabeleira sedosa enquanto se virava.
– Você já tem seu bófe, irmãozinho. – e ela se afastou, então animada quanto quando aparecera.
Claro que a noite não foi apenas uma festa de Halloween e eles aproveitaram a festa. Bia bebeu um pouco mais de ponche do que devia, isso ficou claro enquanto ela ria mais do que era de seu feitio, mas sem chegar a se vulgar. Davi também bebera um pouco e era do hálito de álcool que Miguel provava toda a vez que ele chegava um pouco mais perto.
– Sabe. – Miguel disse em certo momento. – Não devia mesmo ter trazia a cabeça de lobo…
A coisa descansa sobre seu braço a festa inteira, impedindo-o de respirar toda vez que a colocava.
Davi riu.
– Tem razão, fica mais sexy enquanto não está usando nada.
E ele enlaçou Miguel com os braços. A capa preta da dona morte fez cócegas no rosto de Miguel quando bateu nele sem querer.
Os dois riram, e Davi abaixou o capuz.
– Tem sido uma ótima noite, senhor morte – o lobisomem disse.
Davi jogou a cabeça para trás, rindo como uma criança (ou começando a ficar sob os efeitos do álcool).
– Tem razão.
Os dois se beijaram, as mãos de Davi segurando os braços de Miguel e as de Miguel passando pelo abdômen nu do outro. Agradecia a fantasia que ele estava usando e que incluía apenas a capa, uma calça e a coice.
Desta vez, Miguel não simplesmente desejou que Davi estivesse com ele. Davi estava com ele. Os dois se tocando e acariciando e Miguel se animada toda vez que vi ou sentia a aliança no dedo do namorado, selando a promessa de que ficariam juntos por um bom tempo ainda.
– Olha aquilo – disse Davi de repente, afastando-se de repente do outro. Miguel olhou para o mesmo lugar e não sabia se ria ou se se indignava.
A irmã de Davi estava certa quando os convidara. Aquela festa – aquela noite – fora um grande sucesso.
E os dois se permitiram relaxar no meio das pessoas, fantasiados e sorrindo, enquanto acompanhavam de longe a diabinha Bia dançar como uma louca longe deles.
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