Saiu correndo na chuva mesmo. Não havia nada que iria o impedir, o primeiro lugar que estava destinado a ir era o apartamento dela.

O rosto de Lucy não saia de sua cabeça, afinal depois de um ano fora, a saudade era enorme. Sentia um enjoo enorme ao andar de automóveis, mas pegou o primeiro táxi que viu e deu o endereço ao motorista. As gotas riscavam o vidro da janela e o tempo parecia não passar.

Depois de um breve engarrafamento, pagou o táxi que parou em frente ao prédio da garota. Natsu não podia estar mais feliz.

Com uma mala na mão adentrou no elevador e clicou no botão 5, que pararia no andar de Lucy. Tocou a campainha e a loira abriu. Seu corte de cabelo era diferente, mas o rosto o mesmo.

No mesmo instante largou a mala e a abraçou. As pernas dela rodeavam a cintura de Natsu, ficando em seu colo.

–Está tudo bem, estou de volta- sussurrou, apertando as frágeis costas

Lucy chorava ao ponto de soluçar. A surpresa foi grande, jamais imaginaria que ao abrir a porta ele estaria lá.

As pernas de Natsu já estavam fracas, então entraram no lugar. Era tudo muito organizado, desde a sala até a cozinha, onde a garota preparou um café.

Sentaram na mesa enquanto se serviam.

–Por que não retornou minhas cartas? Nem meus e-mails você teve o trabalho de ler. Tem ideia de como fiquei preocupada? Chorei todas as noites imaginando coisas ruins que podiam acontecer com você- as lágrimas caiam novamente- Eu preciso de você, e você fez tudo errado!

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar

Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia

Que eu faço tudo errado sempre, sempre

Heartifilia levantou, indo em direção ao banheiro para limpar seu rosto. Antes que pudesse sair, Natsu a abraçou pelas costas, virando-a para sua frente e, olhando em seus olhos, se desculpou.

Aqueles olhos, simplesmente o prendiam. Segurou o fino queixo e beijou aqueles lábios semi vermelhos. Lucy se assustou no início, mas depois sentiu vontade de rir com as mordidinhas que o garoto dava.

–O que houve?- perguntou confuso ao ver as gargalhadas que ela soltava

Balançou a cabeça negativamente, puxando o mais alto pelo pescoço e o beijando de novo. A serenidade do carinho ia embora, dando lugar ao desespero da saudade. As costas de Lucy se apoiavam na parede enquanto Dragneel ia distribuindo beijos por seu pescoço.

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito

Nem que seja só pra te levar pra casa

Depois de um dia normal

Olhar teus olhos de promessas fáceis

E te beijar a boca de um jeito que te faça rir

Ainda compartilhando carícias andavam em direção ao quarto. O cômodo era pequeno, mas a cama grande o suficiente para suportar a noite que estavam prestes a ter.

O garoto de cabelos rosas sentou na cama com a outra em seu colo. Tirou a blusa junto ao sutiã e beijou os fartos seios. Voltou para a boca e deixou que as mãos apreciassem a maciez.

Lucy o deitou, ficando por cima e marcando o pescoço, que provavelmente ficaria roxo no outro dia, com longos beijos. Os dois tiraram as roupas que faltavam, ficando apenas com suas peças íntimas.

Em uma jogada, Natsu a passou para baixo, ficando com o controle. Olhou nos olhos castanhos e ali podia ver seu porto seguro. Podia ficar uma eternidade vendo aquele rosto tão delicado que nunca iria se cansar.

–Preciso de você. Não importa se você estiver brava ou feliz, não tem problema. Eu só quero estar sempre com você, escutando sua voz e sabendo o quanto se importa comigo.

Lucy deu um sorriso de gratidão e retribuiu falando que o amava. Mesmo estando deitada o abraçou, colando seus corpos e trocando calores. Os beijos eram tão intensos que dava a entender que suas línguas queriam se tornar uma só.

O garoto deslizava as mãos pela barriga, pernas e virilha dela, desta vez tirando a calcinha delicadamente. Apertava um dos seios enquanto fazia movimentos circulares mais embaixo de onde a outra mão estava.

Os gemidos já eram audíveis, e aquela brincadeira já estava ficando prazerosa demais. Devagar, Lucy foi abaixando a boxer e em seguida, arrastando a ponta de seus dedos para o membro.

Natsu murmurou algo bem baixo. Mordendo o lóbulo da orelha podia tragar o cheiro dos fios loiros. Lucy abriu as pernas ligeiramente, enquanto ele ia ocupando mais espaço com seu quadril. Deu um beijo nela ao mesmo tempo que ia penetrando.

Já haviam feito isso outras vezes, mas não com tanta sede quanto estavam nesse momento. Os movimentos iam se intensificando e as carícias também.

Os dedos dos pés de Lucy se dobraram, deixando esclarecido que estava em seu ápice. Ao perceber a contração no corpo dela, Natsu se concentrou para que pudessem terminar juntos.

Pouco depois os corpos relaxaram, caindo um ao lado do outro. Com um cansaço enorme, ela se encolheu nos braços dele. Ficaram ali, agradecendo o alívio de sentir o cheiro alheio, acabaram por dormir.

Hoje eu preciso te abraçar

Sentir teu cheiro de roupa limpa

Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz