Give me Back my Daughter escrita por Atena


Capítulo 7
Kakashi


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora, espero que gostem.



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– O que temos aqui é o que chamamos de Demônio Lunar. – Expliquei para o casal sentado ao meu lado. Na madrugada de ontem fizemos a hora morta solicitada por Sasuke, que não foi tão pacifica como o esperado. Estou passando a eles o que consegui como resultado dessa experiência. – Eles só se manifestam no mundo humano quando o eclipse lunar está próximo, e como sabem, faltam seis dias para o tal. Concluí isso, pois um demônio nunca é tão agressivo no primeiro contato, como disse a vocês, a não ser que ele seja um demônio de eclipses ou solstícios.

– Certo. – Sasuke disse lentamente, processando a informação. – E o que fazemos?

– Eu nunca lidei com esse tipo de demônio... – Murmurei, pensando. Era verdade, de qualquer forma. Vi Sasuke e Sakura arregalarem os olhos. – Mas, para tudo tem uma primeira vez, certo? – Sorri, tentando passar confiança.

– Então não sabemos o que fazer? – Sakura perguntou, temendo a resposta.

– Eu não concluiria nada tão precipitadamente, Sra. Uchiha. Só porque eu nunca lidei, não quer dizer que eu não possa pesquisar e saber o que fazer. Foi o que eu fiz. – Falei, pegando um bloco de anotações, onde tinha anotado as informações que queria passar para eles. – De acordo com os meus cálculos, o demônio prendeu Tomoyo no outro mundo, pois é isso que eles fazem. Se não conseguirmos resgatar sua filha antes do eclipse lunar terminar, ela ficará lá para sempre, e não tem nada que possamos fazer. – Falei, passando os olhos por cima das anotações. Escutei um soluço de Sakura, que já estava aos prantos nos braços do marido, nada de surpreendente até agora. Sasuke também demonstrava estar muito abalado.

– Pule essa parte e siga para o que precisamos para tirá-la de lá. – Ele disse, voltando à expressão séria de sempre.

– Certo. Qual de vocês dois é mais apegado a Tomoyo? – Perguntei. Ambos se olharam.

– Acho que é você que fica mais tempo com ela quando estou de plantão no hospital. – Sakura disse baixinho para o marido. Ambos conversavam entre si. Sasuke negou com a cabeça.

– Eu trabalho tempo a mais que você quando não está de plantão... Você passa mais tempo com ela. – Falou, mas os dois pareciam perdidos.

– E então? – Resolvi interromper, já que os dois não saíam do lugar.

– Não sabemos, nunca paramos para pensar nisso. – Sasuke respondeu. – Ela ainda é a nossa única filha e nós dois somos muito ligados a ela. – Terminou. Suspirei.

– Certo. Então, quem foi o último que falou com ela antes do coma? – Perguntei novamente, precisamos chegar a uma conclusão.

– Os dois, nós estávamos juntos antes dela desmaiar. – Sakura foi quem respondeu agora.

– Temos que ser precisos. Estou perguntando qual foi a última voz que Tomoyo ouviu. – Perguntei, apoiando os cotovelos sobre as pernas para me aproximar deles.

– Foi a minha. – Sakura levantou a mão. – Eu a chamei para o jantar enquanto ela brincava na sala, desmaiou dois minutos depois.

– Certo. – Falei, pegando o bloco de anotações novamente. – Sakura, você vai ter que fazer isso.

– O quê? – Ela perguntou confusa.

– O “outro mundo”, do qual falamos, é o mundo dos sonhos. É lá que Tomoyo está presa. É um mundo no qual ela vive seus maiores sonhos, ou melhor, pesadelos. A passagem para lá foi aberta no dia em que ela entrou em coma, e essa passagem só ficará aberta até o eclipse lunar, que é o dia em que o demônio ganha força o suficiente para fechá-la por completo. – Falei, ainda checando as informações.

– Eu vou ter que tirá-la de lá? – Sakura perguntou.

– Sim, e para isso temos essa belezinha aqui... – Mostrei a eles uma pequena máquina, quadrada e compacta. – É um canalizador de sonhos, não me perguntem onde consegui.

– E para que serve? – Sasuke perguntou, pegando a máquina na mão e analisando-a.

– Sakura irá deitar ao lado de Tomoyo e dormir, só isso. Recomendo que tome remédios para que possa dormir o mais profundamente possível. – Falei, encarando o casal que me olhava estranhamente.

– Só isso? – Sakura perguntou, estranhando sua fácil tarefa.

– Bom, esqueci-me de comentar uma parte... Quando percebermos que você está dormindo profundamente, iremos usar o canalizador de sonhos para “enviar” você para o mundo dos sonhos de Tomoyo. Lá, você terá que encontrá-la e dar um jeito de fazer com que ela acorde. – Falei, simplesmente.

– Tá, eu vou ter que encontrá-la e falar para ela acordar? – A Sra. Uchiha retomava os planos.

– Exato, mas não se engane, não vai ser fácil. Lembre-se que você está no mundo dela, e que esse mundo foi tomado por um demônio... É perigoso. – Avisei-a.

– Bom, se assim minha filha será salva, então... – Ela estava concordando.

– Espera, o que pode acontecer se der errado? – Sasuke a interrompeu.

– Ela pode ficar presa junto com Tomoyo e nunca mais voltar. Ela pode ser morta de dentro para fora pelo demônio. Ela pode...

– Tá bom, tá bom, eu já entendi. – Fui interrompido por ela. – Eu vou fazer isso, de qualquer forma.

– Espera, eu vou no lugar dela! – Sasuke exclamou, levantando uma das mãos. – Nem pensar que eu vou mandar minha mulher para a morte assim...

– Sasuke... Vai dar tudo certo, eu tenho que ir. – Sakura falou, encarando o marido.

– Mas... – Ele tentou protestar.

– Sasuke, sua esposa tem razão. A não ser que algum de vocês dois seja bem mais apegado a filha do que o outro, quem deve fazer isso é aquele que tem a última voz que ela escutou. É uma regra. – Falei, o interrompendo. Sei o quanto ele é cabeça-dura. Sakura sorriu para o marido, que se deu por vencido, abaixando a cabeça e escondendo o rosto no pescoço da esposa.

– Quando faremos isso? – Ela me perguntou, ainda acolhendo Sasuke em seus ombros.

– Devemos começar amanhã. Não temos muito tempo. – Falei para ela, que assentiu com a cabeça, determinada.

O problema que temos é que não faço a menor ideia se o ritual vai funcionar, nunca fiz, apenas pesquisei. É um ritual perigoso, não queria que eles concordassem, mas parece que não vai ter jeito. Só espero que não acabemos com duas pessoas presas no outro mundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, desculpem se ficou curto.
Beijos.



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