Give me Back my Daughter escrita por Atena
Notas iniciais do capítulo
Perdoem a demoraaa, entrei em férias agora.
Espero que gostem.
Minha equipe e eu chegamos na casa da família Uchiha no horário combinado. Sasuke e Sakura nos aguardavam.
– Vocês têm o que solicitei? - Perguntei, me referindo à conversa que tivemos mais cedo.
– Está tudo aqui. - Sasuke apontou uma mesa com várias velas e três lanternas.
– Certo. Acho que a sala é um bom lugar para realizarmos o procedimento. Vamos levar tudo para lá. - Olhei para minha equipe, atrás de mim. - Podem trazer uma caixa de Pandora, dois detectores por temperatura e dois detectores de movimento.
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– Estão prontos? - Perguntei. Olhei para o relógio e vi que eram quase 3 horas da manhã.
– Mais ou menos. - Sakura respondeu, demonstrando nervosismo. Já era de se esperar, sendo que as luzes de toda a casa estavam apagadas, as velas estavam acesas na mesa de centro, e estávamos todos sentados em volta dela. As lanternas estavam ao lado, para o uso quando necessário. A caixa de Pandora acompanhava as velas na mesa e os detectores estavam posicionados nos locais estratégicos, ou seja, nas duas entradas do cômodo.
– Vai ficar tudo bem. - Sasuke disse, segurando a mão da esposa, que se tranquilizou um pouco.
– Certo, vamos começar. - Falei. - Tem alguém aqui conosco? - Perguntei. Ficamos em silêncio por uns segundos. - Pode se comunicar, estamos aqui para ouví-lo.
– Não está dando certo. - Sasuke disse, com uma mistura de irritação e medo ao mesmo tempo.
– Calma, não é de uma hora para outra que eles se manifestam. E quando o fazem, às vezes nem dá para perceber, só com as gravações. A caixa de Pandora está ligada? - Perguntei aos três homens da minha equipe que permaneceram para a hora morta. Todos afirmaram com a cabeça. - Ótimo. Sasuke, quer falar alguma coisa para a entidade?
– Quero sim. - Ele respondeu prontamente. Estava sério. - Quero que pare de atormentar a mim e a minha esposa. Quero que devolva nossa filha. Quero que se afaste da nossa casa! Você não é bem-vindo aqui!
– Está ótimo. - O interrompi. Com certeza, se não tivesse o feito, o Uchiha quebraria alguma coisa a qualquer momento. Estava irritado, talvez por não conseguir as respostas que queria. - Alguém quer se pronunciar? Talvez a entidade aqui presente tenha mudado de ideia. Quer falar alguma coisa? - Perguntei, por fim. Nada. Apenas o silêncio se fazia presente. As respirações decompassadas eram claras.
Tum.
O barulho do toque de algo no assoalho de madeira nobre acima de nós soou. Todos os olhos se dirigiram aquela direção.
– O que foi isso? - Sakura perguntou, em um sussurro. Segurou o braço do marido ao seu lado. Fiz um gesto pedindo silêncio.
Tum. Tum. Tum. Tum.
– São passos. - Sasuke murmurou. Novamente pedi silêncio. Os passos eram pesados e rápidos. Seguiam para a escada e, degrau por degrau, se aproximavam da sala. Escutamos apitos agudos.
– Os detectores! Peguem-os! - Falei para minha equipe, que prontamente fez o que pedi. Os detectores da entrada próxima à escada apitavam desesperadamente.
– Kakashi, o que está acontecendo?! - Sakura perguntou, apavorada.
– Os detectores fizeram o trabalho deles. Fiquem tranquilos e não saiam daqui, apenas minha equipe deve ir reiniciá-los, então vamos continuar. - Respondi, conferindo a caixa de Pandora.
– Kakashi, se algo foi detectado naquela entrada ali... - Sasuke começou, apontando para a entrada da escada, onde minha equipe trabalhava. - Por que aqueles detectores também estão apitando? - Virou para a entrada oposta, onde os detectores apitavam tanto quanto os do outro lado.
– O que?! - Perguntei, surpreso. Não era para acontecer assim. No momento em que detectores acham algo em uma localização, os outros são neutralizados até que estes sejam reiniciados. - Mas...
– Ah, me solta! - Sakura gritou, enquanto algo puxava seu cabelo fortemente. Em nossa visão, seu cabelo simplesmente flutuava, mas sua expressão de dor demonstrava que o puxão era forte.
– Solta ela! - Sasuke gritou, puxando a esposa, tentando afastá-la do que quer que seja que a segurava. Quando conseguiu puxar Sakura para si, algo o empurrou, o fazendo voar até a parede oposta, batendo as costas na mesma. Sakura correu até o marido.
– O que está acontecendo?! Kakashi! - Ela perguntou, em prantos. Eu estava muito surpreso, assustado, não sei exatamente, para responder. Sou demonologista, mas isso não quer dizer que não me surpreendo quando a entidade demonstra tanta agressividade. É algo que vi poucas vezes na minha vida.
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– Vocês estão bem? - Perguntei, enquanto trazia um copo d'água para os dois, sentados na minha frente. As luzes já estavam acesas e já havíamos encerrado a hora morta.
– Estamos, eu acho. - Foi Sasuke quem respondeu. Sakura levava o copo à boca, trêmula.
– Quero que me perdoem pelo ocorrido. Geralmente, demônios não são tão agressivos em um primeiro contato. - Suspirei.
– Tudo bem.
– Vamos verificar a caixa de Pandora e as imagens tiradas pelos detectores. Quero que descansem por hora, ainda é de madrugada. Hoje a tarde voltamos com os resultados da hora morta. - Terminei, levantando.
– Certo. - Sasuke respondeu-me novamente, levantando junto comigo e me acompanhando até a porta. Nos despedimos e eu saí, ancioso pelos resultados. Só não sei como vou contar o que já consegui ver logo na hora morta: Não lidamos com um demônio comum, é muito pior do que todos pensamos.
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Desculpe se ficou pequeno, espero conseguir postar mais rápido agora que estou em férias.
Espero que tenham gostado. Beijos.