Eu e minha foice escrita por KAWAII Chase


Capítulo 7
Centésima alma


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas queridas ^^

**Por favor leiam**

Quero começar pedindo desculpas por (de novo ¬¬) ter atrasado tanto na entrega de um capitulo. Quero me desculpar especialmente com as The Dollie Sisters, pois na resposta ao vosso – lindo, obrigada! – review disse que o capitulo seria postado no domingo sendo que, por crises existenciais brabas, não consegui fazê-lo e na segunda-feira, quando fui posta-lo, minha internet oscilava constantemente e acabava por deletar todo o meu trabalho nas notas iniciais e finais, o que me revoltou profundamente! Além de que antes disso estive ocupada com meus estudos para o Enem e preparativos para meu próximo cosplay!
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Ah, gostaria de dizer que esta fic esta bem perto do fim, sendo esse provavelmente o penúltimo capitulo. Então gostaria que vocês comentassem animes que vocês consideram legais e tals, para que faça a próxima fiction... ando meio sem inspiração, então me ajudem XD
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AAHHH... BunnyGirl! Sim você mesmo BunnyGirl hehehe’ Em todos os capítulos de “Eu e minha foice” você deixa suas belas palavras de compreensão e incentivo, ajudando a estimular-me quando estou sem inspiração – em resumo seus reviews salvam minha vida nesse aspecto, obrigada mesmo! – mas eu nunca lhe fiz a dedicatória merecida... Então considere esse capitulo dedicado a você!
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Espero que gostem! Boa leitura!



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Estou ofegante.

Estamos em meio a um trabalho... sim, nosso último trabalho como arma e artesã. E sim, estou muito mais do que triste com isso, mas não estou permitindo de maneira alguma que isso atrapalhe nosso desempenho. Apesar de que o próprio Soul percebeu o quão aérea eu estou, mas não é como se ele não soubesse o motivo. Droga!

Enquanto me distraia novamente com esses pensamentos algo acertou-me a face, mais especificamente a bochecha cortando-a de maneira superficial. Soul disse algo que não consegui entender pois estava a encarar nosso adversário, ou melhor, nossa adversária.

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MAKA NARRAÇÃO OFF

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Em pleno sábado Maka e Soul foram chamados a comparecerem a Death Room para ter uma breve conversa com o Shinigami. Provavelmente este lhes daria as especificações de seu próximo – e último – trabalho.

Ambos andavam calmamente pelos corredores do Shibusen em direção a sala do diretor, mas não conversavam como antes, na verdade, eles mal se olhavam tendo em mente a situação no mínimo estranha em que estiveram na tarde anterior. Ah, aquele maldito beijo. Mesmo lutando contra a própria mente para deixar de lado esse assunto – pelo menos por enquanto já que teriam de lutar em breve contra uma bruxa – tanto Maka quanto Soul sentiam dificuldades para fazê-lo e essa era a questão que tanto lhes incomodava: por quê? Aquele fora oficialmente o primeiro beijo de ambos, mas ainda assim, deveriam estar dando tanto ênfase àquele acontecimento?

Para a loira de olhos esverdeados isso era muito mais do que obvio, pois sentia-se eufórica e apreensiva só por estar perto do albino, este que tinha a leve monotonia de sempre expressada na face porém que não mudava o que se passava em sua mente, ou melhor, seu coração... estava confuso, simplesmente confuso.

A mente da foice estava nublada e sua cabeça quase doía com tantos pensamentos a cerca da artesã que caminhava “tranquilamente” ao seu lado. Em resumo, pensava nos motivos para ele mesmo ter feito algo daquele tipo, no porquê de não ter se arrependido e, principalmente, no porquê de estar apreciando cada vez mais a companhia da Albarn. É como se esta fosse um amplificador enquanto ele é a guitarra, que mesmo que funcionem separadamente nunca são a mesma coisa um sem o outro.

Soul: “Puta merda, agora eu que me sinto um baka por estar pensando essas coisas o tempo todo.” – pensou enquanto levava as mãos aos cabelos grisalhos e os coçava de maneira desleixada, bem como sua postura.

Maka não conseguiu ficar sem suspirar diante daquilo... simplesmente adorava quando ele fazia isso. Mesmo sendo meio desajeitado era algo que ela nunca deixaria de gostar nele, era algo quase sexy em sua opinião... a maneira desleixada de andar, a postura rebaixada e despreocupada e olhar distraído sempre seriam o conjunto perfeito que formava Soul Eater Evans. A loira nem se dava conta que ainda o encarava com um pequeno sorriso bobo no rosto, por isso corou em demasia quanto viu aqueles olhos desnecessariamente vermelhos cravados em si. Engoliu em seco.

Soul: Acorda... chegamos. – falou acordando-a de seu torpor temporário já entrando no corredor deveras psicodélico que levava ao Shinigami. – Você está bastante distraída hoje né Maka? – falou em um tom despreocupado, quase tedioso, fitando nada além do que o caminho a sua frente.

A Albarn bufou mal-humorada também desviando o olhar.

Maka: Por que será, né? – murmurou baixinho não sendo ouvida pelo parceiro que continuava a andar calmamente. É incrível como ele não percebe absolutamente nada – ou percebe tanto ao ponto de não deixar transparecer!

Depois de dar mais alguns passos, acabaram por chegar ao recinto do diretor da instituição, este que estava de costas contemplando seu reflexo no espelho e nem vira quando os jovens entraram em sua sala. Sendo alertado pelo som dos passos ele vira-se cumprimentando rapidamente os dois.

Shinigami: Yo Soul-kun, Maka-chan! – falou fazendo um V com os dedos indicador e médio como de costume, recebendo um brevíssimo “yo” deles como resposta. Em seguida tomou uma postura bem séria, indicando que o assunto que seria tratado não trivial tampouco brincadeira o que deixou ambos demasiadamente apreensivos. – Acham que estão prontos para enfrentar uma bruxa?

Obviamente não teve uma resposta imediata para uma pergunta como aquela, afinal os dois foram pegos quase que de surpresa. Claro que entraram nessa sala sabendo que receberiam seu “último trabalho”, mas não esperavam exatamente uma pergunta como essa. Era evidente que eles queriam enfrentar a bruxa para conquistar sua alma e assim tornar Soul uma Death Scythe, mas a maneira que a pergunta fora feita os encabulou um pouco, afinal querer enfrentar algo como uma bruxa é uma coisa, já estar pronto para fazê-lo é outra completamente diferente.

Ambos pareciam ter perdido a voz tamanha a franqueza do Shinigami, mas quando Soul parecia estar tomando fôlego para se pronunciar fora interrompido por uma frase proferida por Maka.

Maka: Soul definitivamente será uma Death Scythe! – pronunciou finalmente com um ar absurdo de determinação, o que surpreendera levemente o albino de olhos avermelhados ao seu lado, afinal ela estivera bem introvertida desde a tarde anterior. – Ele quer realizar o sonho dele e está se esforçando para isso, por tanto eu não tenho o direito de fazer menos que ele! Não importa o que aconteça... ele voltará como um Death Scythe! – concluiu séria fitando o ser mascarado a sua frente.

Soul quis sorrir perante essas palavras mas não podia fazê-lo, seria egoísmo, afinal a parte do “Não importa o que aconteça” deixou bem explicito que Maka estaria pronta para sacrificar qualquer coisa na luta contra a bruxa para que Soul se tornasse uma das armas do Shinigami e isso o deixava um tanto desconfortável. Como queria ele poder ler os pensamentos de sua parceira nesse momento.

Shinigami: Humph. – ele bufa de maneira bem-humorada. – Entenderei com um “sim”. Para encurtar... – suspira como quem vai tocar num assunto delicado. – A bruxa que enfrentarão chama-se Majoh e sua magia consiste em manipular de inúmeras formas o concreto ao que sabemos. Realmente parece algo bem banal, mas essa bruxa já tirou a vida de vários pares que enfrentaram-na. – pausou vendo a expressão do mais simples medo que pousara nos rostos de Soul e Maka, para então prosseguir. – Caso queiram recusar e esperar pelo próximo, essa é a hora.

Quase que instantaneamente a voz grave da foice foi ouvida na sala. Ah, esse garoto realmente é bem baka.

Soul: Ninguém vai recusar porra nenhuma! Como essa baka aqui disse eu definitivamente me tornarei uma Death Scythe por isso to cagando pra quantos pares essa tal Majoh matou! – quase gritou apoiando uma das mãos no ombro de Maka, o que esquentou sua face um pouco.

Maka abaixou a cabeça se preparando para falar algo que complementasse o pensamento de seu parceiro, mas não foi preciso. O Shinigami simplesmente ergueu uma das mãos na direção da Albarn dando-lhe um envelope pardo que deveria conter as especificações do trabalho bem como as características do alvo e coisas assim. Era definitivo... partiriam para uma “caça às bruxas” de verdade.

Shinigami: Tomem cuidado. – disse voltando-se para seu espelho. – Vocês tem o mal hábito de ser imprudentes.

Soul sorriu divertido diante daquilo como sempre fazia, esboçando um sorriso para todas as incertezas que tivera e, dessa forma, passando por cima delas. E isso é uma das coisas de Maka mais admira nele, sendo que, enquanto seu parceiro sorria perante o fato de que em breve lutariam uma bruxa, ela mantinha o mesmo olhar determinado de antes, porém com uma levíssima pitada de... incerteza? E essa pontada de algo indefinido – que certamente não é algo bom – não passou despercebida pelos olhos vermelhos do Evans.

Maka sentiu uma mão em seu ombro.

Lá estava ele de novo, aquele bendito sorriso! O mesmo sorriso que lhe fora oferecido antes da viagem à Paris: um gesto que por si só transbordava confiança e calma como se estivesse dizendo “Relaxa sua baka”. Mesmo sendo uma garota incrivelmente confiante haviam momentos que esta confiança lhe faltava e nesses momentos sempre havia um Soul ao seu lado, com um desses magníficos sorrisos, que lhe passava talvez mais confiança que o necessário.

Devolveu o sorriso da melhor maneira que conseguiu. Estava ferrada.

Mas o que a Albarn mau sabia era que por trás daquele sorriso tão intenso havia um garoto tão “ferrado” quanto ela.

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MAKA NARRAÇÃO ON

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Enfim cá estamos nós, cara a cara com a figura de cabelos vermelho escarlate e olhos completamente pretos que era cercada por inúmeros pedaços de concreto que flutuavam ao seu redor. Ela sorri divertida perante minhas constantes crises de tremedeira. Estou realmente assustada. Levei minha mão a minha bochecha sentindo o liquido vermelho escorrer em minhas luvas, resmungando de dor baixinho, mas ainda assim sendo ouvida por soul, já transformado em foice.

Soul: Se cortando de novo? – disse brincalhão, mas ainda com a voz carregada de medo.

Bufei irritada com a atitude da mulher a nossa frente, que ainda sorria de maneira sarcástica com uma pontada de sadismo no olhar. Ah, isso está conseguindo me deixar realmente puta! Bem que a atitude dela me lembra a da Blair quando nos conhecemos, sei lá, a gata roxa tinha bem mais carisma que essa ruiva. E imaginar que numa situação dessas eu me pego pensando em algo banal como isso!

Sem mais nem menos corri na direção da ruiva escarlate em posição de ataque, tentado por diversas vezes acerta-lhe com a foice que empunhava, mas aqueles malditos pedaços de concreto tomavam formas e mais formas, defendendo facilmente de qualquer ataque por melhor que fossem. Tentava abordagens diferentes como atacá-la rapidamente com o cabo da foice, mas assim que mudei para essa abordagem e tentei um primeiro ataque, ela lançou-me a uma longa distancia fazendo-me chocar violentamente contra uma pilha de rochas.

Resmunguei alguns palavrões conhecidos e me ergui novamente, mas desta vez ficando na defensiva.

Majoh: Humph. – bufou com aquele sorriso estampado, fitando-me com um sadismo gritante. – Achei que iam tomar minha alma!

Logo em seguida a bruxa gesticulou levemente com a mão esquerda, fazendo com que dezenas de pequenas rochas de concreto fossem lançadas em nossa direção e, por pura sorte, consegui desviar da maioria delas e usando a foice em minhas mãos para quebrar as demais. Algumas realmente pequenas atingiram-me de raspão nas pernas mas não fora nada demais. Agora estou realmente ofegante tanto pelo cansaço quanto pelo medo.

Mas que droga! Não posso ficar me deixando levar pelo medo num lugar como esse... Soul com certeza se tornará uma Death Scythe! Por isso não vou fraquejar e vou largar esse medo bobo... ah, comparada a uma certa bruxa chamada Medusa Gorgon, essa Majoh não é nada. Sorri levemente de lado parando de tremer.

Soul também sorriu ao me sentir parar de tremer, ele certamente sabe que estou pronta para acabar com essa maldita.

Maka: Vamos lá Soul Eater. – disse pausadamente seu segundo nome, afinal iríamos tomar sua alma com toda certeza. Ele sorriu abertamente e também estava a guardar seus medos e incertezas.

Corri na direção da mulher de cabelos escarlates desviando de maneira absurda de dois grandes pedaços pontiagudos de concreto que caíram no caminho até ela, o que a surpreendeu a julgar pelo seu olhar. Continuei correndo mesmo ouvindo-a vociferar.

Majoh: Suton, rosha, konkurito! Haiiro no tamaishi!* – de repente várias rochas que haviam ao nosso redor – pequenas e grandes – começaram a unir-se acima da mão erguida da bruxa, que tornou a abrir seu “ilustre” sorriso, formando um grande pedregulho que fora logo lançado em nossa direção. Gelei por um segundo. Foi algo rápido demais para qualquer um processar.

Em uma fração de segundo vi novamente em minha cabeça – já nublada pelo pavor de ver aquilo vindo em minha direção – aquele lindo e radiante sorriso do albino que tanto amo. Engoli em seco. Vou morrer aqui esmagada num lugar como esse? Não! Em um milionésimo de segundo tive uma idéia, absurda, mas a única viável para nossa sobrevivência.

Maka: ME DESCULPE POR ISSO SOUL. – gritei lançando a foice como se fosse um bumerangue, atingindo em cheio a mão erguida de Majoh e por fim decapitando-a. Como esta ainda estava controlando o pedregulho absurdamente grande, este se partiu e se estilhaçou como poeira. Suspirei muito mais do que aliviada.

A foice ficou fincada no chão um pouco atrás dela então corri para apanhá-la enquanto a bruxa ainda parecia bem atordoada com a dor, o que me parece estranho, já que tendo todo este poder criar um membro artificial ou algo do gênero não deve ser tão complicado. Ignorando isso, corri para apanhar a foice e, já tendo-a em mãos, encarei Majoh que estava bem próxima de mim com um olhar misto de surpresa e uma pitada de apreensão. Sorri.

Maka: Seu problema é que você se acha demais! – proferi pondo-me instantaneamente em posição de ataque, antes que ela começasse a cogitar contra-atacar novamente. Entreolhei com Soul, sugestiva... ele entendeu. – TAMASHI NO KYOMEI! – a foice tomou forma de Caça às Bruxas, e eu golpeei a tal bruxa, mas sua pele era um tanto mais dura que o normal... como concreto. Forcei ainda mais o corte vendo a pele dela ceder. – A TAL DA MEDUSA ERA COM CERTEZA MAIS PODEROSA QUE VOCÊ, BRUXINHA DE MERDAAA!

Seu corpo explodiu... estava feito.

Suspirei totalmente exausta permitindo-me cair ao lado de sua alma exposta, deitando no mesmo sem me importar minimamente com a sujeira nas roupas. Sorri, mas não um de meus sorrisos radiantes que trasbordam satisfação... e sim um sorriso entristecido. Franzi o cenho ao sentir uma lágrima teimosa descer pela minha face. Soul será uma arma do Shigami-sama, então por que estou triste? Fechei os olhos ao sentir meu parceiro voltar a ser humano.

O que farei se ele comer essa maldita alma? O que farei se ele for embora? Meu Kami-sama... vou explodir com tudo isso! Eu amo esse maldito mas do que posso gritar, mas e se ele não sentir o mesmo? Ah, como queria ter tido a simples coragem de falar isso antes e ter tido o coração partido, mas ao menos saber da realidade no momento mais importante da vida dele... Não!

Soul já dava passos calmos rumo àquela alma quando abri os olhos. Como sempre, ele andava de maneira desleixada e desatenta por isso não viu eu me ajoelhar e puxar sua calça. Não consegui olhar para ele pois tinha o rosto banhado de lágrimas. Ele estancou no chão e suspirou pesadamente.

Soul: Nani? – perguntou seriamente, mas eu pude sentir o nervosismo em sua voz. – Quer me dizer algo?

Maka: N- Não con- consigo. – falei baixo, quase num sussurro.

Soul se ajoelhou na minha frente segurando meus ombros com as mãos, apertando-os carinhosamente... estava tentando transmitir confiança novamente. Esse baka é incrível.

Soul: Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? – quase pude ver o sorriso em sua voz.

Maka: N- Não consigo... – gaguejei totalmente enquanto o ouvia bufar decepcionado. – N- N- Não consigo d- di- dizer q- – engoli em seco e levantei a cabeça para encará-lo e vi aquele intensos olhos vermelhos olharem-me com um misto de preocupação e surpresa. – Não consigo... DIZER QUE TE AMO.

Agora... foi a vez dele de engolir em seco.


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Notas finais do capítulo

*Pedra, rocha, concreto. Pedregulho cinzento. '-' Meio tosco, mas ok!
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Majoh é uma piada interna bem sem graça :/ Majou, do japonês, significa “feiticeira”, e durante todo o capitulo, Maka se refere a ela como “mulher de cabelo escarlate”, ou seja, Feiticeira Escarlate! Os fortes, que lêem X-men, vão entender!
A magia dela foi outra piada besta que tiro com meu nii-san. Concreto foi um troço estranho, pois é algo que em nada se encaixa na essência das bruxas de Soul Eater, mas quem jogou inFamous Second Son sabe que a boss final do jogo, a Augustine, que a propósito “conduz” concreto... é uma fucking bruxa hehe’ :D
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Por favor não esqueçam de comentar os animes que vocês curtem e que tenham pelo menos um shipper fofinha, para que eu desenvolva minha próxima fic!
Arigatou e JA NE!