Uma Insuportável Adolescente escrita por Atena


Capítulo 21
Sem Esperança, Masmorra, Raiva


Notas iniciais do capítulo

Não me matem! Finalmente terminei meus documentos de intercâmbio e tô tendo um tempo para respirar, então me perdoem!
Boa leitura!



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Eu ficava que nem uma idiota tentando escalar as beiradas do buraco, e continuava escorregando. A terra era muito fofa e se soltava abaixo dos meus pés. 

— Eu vou matar aquele cosplay de Marylin Manson, ele vai ver só. Vou fazer ele engolir tanto glitter que o estômago dele vai pular carnaval. Assassino, cretino. Vai apodrecer na prisão e morrer sem purpurina. - Eu murmurava, indignada. Que raiva!

— Ei, você ouviu alguma coisa? - Escutei algumas vozes acima de mim e pude perceber que alguns alunos passavam por ali. Provavelmente era hora do intervalo. 

— Ei, aqui! Alguém me tira daqui! - Gritei, se era hora do intervalo alguém tinha que me ouvir. Eu ouvi passos passando longe várias vezes, e ninguém me ouvia. 

Eu estava em um local não muito frequentado pelos alunos, e provavelmente Orochimaru usou uma tampa bem pesada e deve ter misturado com a grama. Eu nunca vou sair daqui. 

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— Sakura! Você voltou! - Abri meus olhos para o horizonte branco que não havia visitado na última semana. Akira estava sentada ao meu lado. 

— Olá, Akira. Eu vi o Orochimaru. - Contei a ela o que havia acontecido desde o nosso último encontro. - Eu não vou sair desse buraco nunca mais. 

— Você vai sim. Pense um pouco. O Orochimaru é aquele ser esquisito mesmo, mas é um estrategista. Ele tem quem ele quiser na palma de sua mão. Portanto tenha cuidado. - Ela murmurou. 

— Eu sei disso, não se preocupe.

— E Sakura, você não se esqueceu de algo? Que eu disse lá na Mansão do Lago, há um tempo atrás? - Ela perguntou, mas viu que eu estava perdida e revirou os olhos. - O Sakeshi!

— Sakeshi? Vish, o Sakeshi! - Me dei um tapa na testa, era pra eu ter tentado encontrá-lo lá na mansão, mas com o passeio e tal eu me esqueci completamente. Disse que ia ver quando voltasse pro colégio, mas tiveram as tretas com a Shion e não deu. - Você ainda acredita que ele possuiu o Orochimaru?

— Eu já não sei mais... Não consegui falar com ele, você poderia tentar? Eu ainda não acredito que ele seria capaz disso, mas nunca se sabe, e aquele dia que te contei eu tinha quase certeza.

— Eu vou ver isso, mas tenho que ir agora, Akira. Te vejo logo. - Falei e fechei os olhos, esperando voltar.

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Acho que já faz umas doze horas, eu perdi a noção de tempo. Eu estou com sede, com fome, apesar de eu estar sempre com fome, estou cansada e minha garganta dói de tanto tentar chamar alguém. Eu dormi um pouco, foi quando conversei com a Akira, mas aqui é desconfortável e minhas costas doem. Os meus amigos devem estar tendo um ataque. 

Logo ouvi passos se aproximando e me levantei. Usei o resto de voz que tinha para gritar. A tampa do buraco foi aberta e eu pude ver a luz da lua, o que me deu um certo alívio. 

— Vem comigo, rosinha, tenho algo pra te mostrar, tá na hora de sair! - Para a minha infelicidade, era a cobra ensebada. 

— Não, obrigada, tá bem confortável aqui. - Cruzei os braços e virei o rosto. 

Não sei quando e como aconteceu, mas senti o braço dele envolvendo minha cintura de forma bruta e me puxando, e quando vi estava fora do buraco. Ele segurou meu queixo com força, me fazendo encará-lo. 

— Olha aqui, Sakura Haruno, você pode ser irônica, rebelde e me fazer de idiota, mas saiba que eu falo sério, eu vou matar você e todos os seus amigos, e eu posso fazer isso quando eu quiser, então é bom você fechar essa maldita boca e ser uma boa menina. 

 O olhar dele era frio e me fez sentir arrepios, pela primeira vez eu senti medo dele, um medo que eu nunca havia sentido antes. Medo por mim, pelos meus amigos, pelo meu namorado, pela minha escola. Ele ia me matar. Eu não consegui falar mais nada. 

Ele me levou para uma espécie de porão. Eu estava vendada quando chegamos, então eu não sei onde estou e como exatamente se chega aqui. Parecia uma masmorra, havia algumas cadeiras velhas e uma mesa com uns objetos estranhos. Shion estava parada em um canto, sorrindo. Eu queria dizer umas coisinhas pra ela, mas eu não conseguia. Orochimaru me amarrou em uma das cadeiras. Eu continuava em silêncio. 

— Agora, a surpresa! Você vai adorar... - Ele dizia empolgado, enquanto mexia em uma das gavetas da mesa. - Bom, eu achei que você ficaria entediada aqui, então... Shion, por favor.

Shion foi até uma cortina fechada do outro lado da sala. Era incrível que até de boca fechada e sob o comando de um assassino ela conseguia ser insuportável, até no jeito de andar. Ela abriu a cortina, e meus olhos se arregalaram. Ino, Hinata e Tenten estavam ali, deitadas no chão, amarradas e amordaçadas. De repente, todo o meu medo foi embora, todo o receio de dizer uma palavra sumiu, e eu já não estava nem aí. 

— SOLTA ELAS, SEU CRETINO! ELAS NÃO TÊM NADA A VER COM ISSO, DEIXE ELAS EM PAZ! Você vai ter o que você merece, você vai ver, vai pro inferno! - Eu chorava e me mexia, tentado soltar as amarras.

O infeliz estava se divertindo. Depois de um tempo, com um estalo de dedos, Shion colocou uma mordaça na minha boca, e eu só consegui me afundar mais em desespero e parar de me debater. Ele se aproximou do meu rosto.

— Logo seus amigos virão aqui, aquele seu namoradinho... Vou fazer o mesmo com todos eles. Deixei um recado para eles e espero que aqueles pequenos cérebros entendam. Quero que eles venham salvar vocês, quero que eles vejam vocês sofrendo, e depois que vocês vejam o desespero deles. - Meu nojo e ódio por ele aumentava cada vez mais, eu só queria que ele pagasse por tudo. - Vai ser muito divertido, querida, mas agora você tem que dormir um pouco. - Senti um pano com um cheiro forte próximo ao meu nariz e apaguei.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem de novo! Agora que resolvi essa burocracia toda por causa do intercâmbio, pretendo voltar a postar minhas fanfics normalmente.
Obrigada por lerem! ♥



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