Revolution escrita por Rafaela


Capítulo 11
Capítulo 11 -


Notas iniciais do capítulo

Havia duas partes deste capítulo escritas há um tempo. Uma das narrações de Thiago tem partes da música Open your Eyes de Snow Patrol, podem pesquisá-la.



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CANDY
Eu estava no meu quarto, esperando qualquer sinal ou procurando por qualquer coisa que pudesse me libertar. As paredes ainda tremiam, os gritos deram lugar a correria. A gemidos de dor.

''Candy''

Uma voz conhecida soou em minha cabeça. Dei um pulo e parei sentada na cama.

''J?" Pergunto.

''Finalmente consegui!" Exclamou ele.

"Como?!" não sabia se ficava feliz ou fazia perguntas.

"Um garoto andou me dando umas vitaminas... Bem, achei que era bom tentar entrar em contato."

"Isso é ótimo, J!"

"É, eu sei." Ele fez uma pausa. "Candy, precisamos ser rápidos."
Em qualquer outro momento eu estranharia o tom de sua voz, mas hoje, não.

"Eu andei fazendo pesquisas sobre você e seus poderes para descobrir quem você realmente é. Eu não achei um bom momento antes e prefiro dizer agora antes que eu acabe morrendo nas mãos dessas pessoas.''

Como assim ele fez pesquisas?

"Candy'' sua voz começou a falhar mesmo em minha cabeça.

"Você não é como um Radioativo qualquer. Você é mais poderosa do que todos estes, você vai descobrir seus poderes em breve. Você é mais capaz do que pensa, isso, sua diferenciação dos outros tipos de Radioativos é um pouco genético e vem um pouco de sua mãe.. Nimble e você são...''

Ele não completou a frase, mas uma dor tomou conta e corroeu meu corpo. Eu nunca havia sentido isso antes.

Era intenso e foi de momento.

E então começou a aliviar e meu emocional foi ativado.

Vendo ou não, eu sabia o que tinha acontecido.

Eu o tinha perdido.

Meu melhor amigo.

Passos se apressam chegando até mim. Um homem de uniforme branco aparece na porta com uma das mangas ensanguentadas e uma seringa na mão.

Eu não vou permitir que me façam mais mal.

Olho para a minha mão. Ainda estou segurando aquilo que Steven me deu.

Ouço um tiro.

O homem olha para trás por um instante e é o suficiente para que eu beba o liquido dentro do recipiente.

E então eu não vejo mais nada.

THOMAS

Estávamos divididos em grupos, cada um em um local, em um andar. A SSUCOR era muito maior do que eu imaginava, ela tinha janelas de vidros por toda sua extensão e muitos caras de branco trabalhando nela.
Eu não conseguia pensar muito, só ouvia passos, gemidos e o som do meu punho acertando o nariz de alguém.

Meu lábio estava sangrando e eu sentia uma dor no meu braço, mas não estava tão machucado quanto alguns outros.

Mais uma vez eu via sangue no chão, nas pessoas e em suas roupas. O cheiro ainda não estava tão forte e esperava que não ficasse. Ninguém quer Guerra, ninguém deveria querer.

Alguém me acerta na panturrilha e uma dor lancinante atinge meu corpo antes que eu pudesse revidar.

Sinto meu corpo se chocando contra o chão e um ataque logo em seguida. Um soco atinge meu rosto e eu sinto sangue escorrer pelos meus lábios caindo pelo queixo.

Outro soco me atinge e alguém segura os dois lados da minha cabeça, erguendo-a para então chocá-la contra o chão e um rosnado de dor atravessa meus lábios sem eu me dar conta.

E então o peso sobre mim não está mais lá e eu pisco até minha visão se tornar lúcida o suficiente para ver que Thiago estava acertado um dos caras de branco no peito e agora estava socando-o no queixo até deixá-lo desacordado caindo no chão. Um segundo se passa até ele conseguir retomar a sí mesmo e eu conseguir apoiar meus cotovelos no chão para levantar.

—Abaixa! —Ouço a voz de Lia gritar e praticamente me jogo no chão novamente sentindo a dor na panturrilha mais uma vez.

Quando me viro para trás uma mulher de branco está sangrando e percebo que Lia acertou em cheio uma faca no seu estômago. Desvio o olhar enquanto me levanto.

Prosseguimos o caminho quase juntos para locais mais adentro da SSUCOR.
Na escada Thiago acerta um soco na cara de um dos homens e logo em seguida um soco certeiro em sua barriga tão forte que o rapaz se dobrou e então caiu.

Prosseguimos.

Prosseguimos até encontrarmos um corredor cheio de portas. Algumas possuem sangue seco. Três delas estão abertas e Nimble sai de uma destas.

—Eles podem estar por aqui. Há uma cama em cada um desses quartos. Alguns dos que eu vi estão vazios, mas dá para ver sinais de tortura em algum deles.

Reprimi uma careta.
Não era um corredor muito grande, mas tinha sua extensão.

—Então vamos olhar em todos eles. —Determinou Lia já saindo para procurar.

Cada um de nós fez o mesmo.

O problema era: Como faríamos para abrir as portas?

THIAGO

Segui andando por um corredor branco cheio de portas com a mesma cor, o piso, branco. Eu estava cercado de branco, caminhando por um lugar desconhecido procurando por Candy sem saber o que encontrarei pela frente.

Algumas portas tem marcas de sangue. Outras estão simplesmente lisas e vazias. Algumas estão abertas e com marcas de luta dentro dos quartos

Eu estou mais longe dos outros três agora.

Estou quase no fim do corredor quando olho para dentro de uma das portas abertas e vejo que este não está vazio.

Há uma cabeça meio loira meio castanho claro ali.

Eu congelo, mas minhas pernas parecem sentir que necessito encontrá-la.

Chego mais e mais perto. Um passo de cada vez avançando para a garota.

Quando eu a vi tudo pareceu mudar, o tempo parecia ter parado. Tudo parecia estranho e irreal.

Eu sinto todo o peso sobre mim. Meus ossos doem e me forço a chegar mais perto. Toco sua pele, ela está tão fria. Me forço a me manter em pé, a manter tudo em foco.

—Abra seus olhos. —Peço reprimindo minha voz fraca e o soluço que quer sair da minha garganta. —Abra seus olhos. Por favor, Candy. Abra seus olhos.

Grudo minha testa na dela.

Sinto a raiva me corroer por dentro e não sei qual o sentimento é mais forte. A raiva ou a dor de ter a perdido.

Alguém entra no quarto, mas eu não me viro para ver quem é. Fecho meus olhos com força. Se eu não poderei ver os dela abertos novamente, porque iria deixar os meus abertos?


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Notas finais do capítulo

Sim, eu chorei escrevendo e chorei corrigindo. Não me matem, há mais para acontecer então não parem de ler, por favor.



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