Duas Fãs e Tanto escrita por Primrose e Meredith


Capítulo 10
Capítulo 10: Essas meninas, desapontadas


Notas iniciais do capítulo

Desculpe, esse capítulo está mais sentimental do que eu esperava ;(
Obrigado por todos esses comentários, estou muito grata.
— Primrose OFF.



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William olhou para baixo, e os olhos verdes dele se encontraram com os olhos vermelhos de Sebastian, que colocou um braço na frente de Ciel, enquanto Primrose se esconde atrás dele. Recapitulando o que aconteceu no dia em que o caso foi resolvido (capítulo 5), a experiência que ela teve com um shinigami travesti quase ceifando a alma dela não foi, digamos, alegre.

Meredith estava na mesma.

William estava meio estranho, com um smoking que brilhava mais que o sol. Ele, de repente, atira aquela coisa que ele carrega (chamada foice da morte) no Sebastian, que desvia no último minuto, puxando Primrose (que dá um gritinho) para o lado. As pernas de Primrose estavam bambas e ela mal conseguia formar palavras, o que arrancou uns risos de Meredith.

– O que foi isso?! – Ela finalmente grita. William pula da corda bamba como se ela nem fosse tão alta (NA: o que eu duvido). – Eu acho que eu preciso tomar um ar. – E assim ela vai embora com Meredith em sua cola. A outra foi tentar acalmar a irmã. Ciel e Sebastian se entreolham, e depois olham para William.

– Demônio.

– Ceifeiro.

Estamos ferrados... Pensa Ciel, William já revelou a identidade de Sebastian. Será uma questão de tempo até que revele nossa identidade também. O clima entre Sebastian e William já estava tenso, de repente chegam Joker, Primrose e Meredith pra piorar a situação. Primrose estava BEM longe de Joker, relembrando que ela tinha medo de palhaços, e Meredith estava com a mesma cara.

– Ora ora, rivalidade. Eu me lembro muito bem disso na minha época. – Joker diz.

– De que época você veio? – Primrose pergunta. Meredith dá um cutucão nela, mandando ela calar a boca – Hm, o que está acontecendo aqui? – Pergunta, ao ver Sebastian e William se encarando. Se olhares matassem, quem estariam mortos seriam os três ali (Ciel, Rose e Dith), pois os adultos eram imortais (NA: Quem me dera que eu fosse...).

– Rinha de galos. – Murmura Meredith.

– Tá mais pra rinha de galinhas. – Ela sussurra. Sebastian e William encaram Primrose – Eles me ouviram? – Ciel e Primrose concordam – Eu vou morrer? – Ciel e Primrose concordam. – Ehm... Tchauzinho. – E com um sorriso, ela sai correndo. Ciel dá um FACEPALM enquanto Meredith vai atrás dela para evitar mais acidentes que ela atrai, querendo ou não.

– Bem, acho melhor vocês se darem bem pois a partir de hoje serão colegas de tenda. – Quando ouviram isso, Sebastian e William paralisaram.

Alguns dias depois... (NA: atenção, essa parte pode ser emocional)

Alguns dias tinham se passado. Tudo estava indo bem, ou mais ou menos. Ciel e Primrose estavam agindo estranho. Eles estavam ora tossindo ora ofegando, como se estivessem cansados toda hora. Sebastian já tinha juntado informações suficientes, Ciel descobriu que Freckles era mulher e eles já poderiam sair daquele manicômio, mas eles mal esperavam por um acontecimento inesperado.

Primrose e Meredith estavam saindo de sua tenda para tomar um ar, quando Primrose tosse mais uma vez, e dessa vez cospe um pouco de catarro. Meredith ajuda a amiga, que cai no chão, ofegando por ar. Ela nunca tinha visto Primrose assim, e aquilo era uma grande surpresa para ela. Afinal, ela tinha vivido com Primrose desde os 4 anos de idade.

– Rose, tem certeza de que está bem? Você esteve tossindo desde semana passada! – Meredith fala – Tem um médico aqui, sabia? – Primrose ignorou as palavras de sua meia-irmã e começou a tossir de novo – Ok. – Meredith se levantou, e puxou Primrose, forçando ela a se levantar. – Se você não vai por bem, vai por mal!

– Eu já disse *tosse* que eu estou *tosse* bem! – De repente ela começa a vomitar um líquido estranho, fazendo os olhos de Meredith se abrirem como pratos. Primrose cai ao chão e começa a ofegar.

– PRIMROSE! – Meredith grita, ajudando sua amiga a se levantar.

– Mere...dith... – Ela murmura, antes de desmaiar. Meredith leva ela às pressas para a tenda que tinha um médico, e ela finalmente achou. Quando ela entrou, carregando Primrose (NA: Que era muito leve mesmo), ela se deparou com Freckles, Sebastian e Ciel na cama, respirando ofegante. O doutor se vira para encarar Meredith com Primrose no colo.

– Rainbow? – Ele encara Primrose – O que houve com Angel? – Pergunta.

– E-eu não sei. – Diz, preocupada e sem fôlego – Começou com uma gripe, mas depois ela começou a ofegar e... e... E-eu não sei! – Ela começou a chorar. Colocaram Primrose na cama ao lado da de Ciel e começaram a analisa-la. Os olhos do doutor se abriram um pouco em espanto.

– Os dois estão com asma. Apesar de que um ataque duplo é muito raro. – Ele finalmente se vira para os três, que estavam esperando a resposta.

– Asma? – Meredith pergunta – Nunca ouvi falar.

– É uma doença crônica que afeta os pulmões. É como se você tentasse respirar, mas não conseguisse. – O doutor explica – Teremos que ficar de olho neles. Isso não poderá se repetir. Temo que, se eles tiverem outro ataque, não resistirão. Essa doença é perigosa. – Ele dá uma pausa – Se quiserem, já podem ir para suas tendas.

– Eu vou ficar aqui. – Ela olha para Primrose e Ciel, uma lágrima caiu de seu olho. Ela era inútil. Uma bastarda inútil por não perceber isso antes – Eles são os meus irmãos mais novos, tenho que cuidar deles. – Mesmo que não fosse verdade, Meredith achava isso. Ciel e Primrose eram como irmãos mais novos para ela (lembrando que ela é a mais velha).

– É a sua escolha, Rainbow. – E assim o doutor e os outros saíram, deixando somente Meredith com Ciel e Primrose inconscientes. Ela se sentou ao lado de Primrose, e olhou para ambos Ciel e ela, temendo o pior. Mas, com um olhar confiante, ela se lembra de algo que aconteceu em sua infância, uma lágrima escorreu pela sua bochecha.

Flashback, 5 anos atrás...

Meredith tinha 8 anos quando isso aconteceu. Ela estava em uma sala de espera, seus olhos estavam vermelhos e secos, marcas em suas bochechas davam o sinal de que estivera chorando anteriormente. Sua respiração estava ofegante, quase inexistente. Durante uma respiração ou outra, ela soluçava em desespero. Mais? Ela estava socando a parede, claramente frustrada.

– Filha, se acalme. – Disse sua mãe, com uma voz claramente agoniada. Seus olhos estavam vermelhos. Ela também estivera chorando, porém não tanto quanto Meredith. A filha não ouviu e continuou socando a parede, desta vez com toda a sua força. Um estalo foi ouvido. Meredith ignorou a dor que sentia em sua mão. – Filha... – A mãe não conseguiu completar a frase, se jogando na cadeira mais próxima e deixando outra sessão de lágrimas cair. Meredith olhou para sua mão, agora inchada. Era uma dor agonizante, mas...

...A dor que sofria já era o suficiente.

– É minha culpa. – Ela conseguiu dizer, sendo consumida pela culpa. Olhou para sua mãe, desesperada – Tudo minha culpa! – Ela começou a soluçar e, então, tossir – Eu devia ter ficado na escola. E-ela foi atrás de mim. Eu não vi o carro. Ela me empurrou. E... E... – Ela caiu no chão, com as mãos no rosto, tentando esconder a vergonha – Me desculpe!!

O pai dela, Otto Armoris, foi até ela e a abraçou, querendo confortá-la.

– Não podemos fazer nada, agora. – Disse ele. De repente o cirurgião-chefe sai da sala de cirurgia, não se podia ler seus olhos. Todos esperavam impacientes por uma resposta. Será que ela ficaria bem?

– Primrose está fora de perigo. – Um suspiro de alivio foi ouvido por toda a sala de espera. O cirurgião-chefe olhou Meredith, como se estivesse agradecendo-a. – Você foi esperta. Se tivesse esperado mais um minuto... Ela não teria resistido. – Meredith sabia o que ele quis dizer. Mas, ela não merecia o agradecimento.

– Foi minha culpa. – Ela entrou no quarto onde Primrose estava. Os pais dela deixaram que ela fosse sozinha. Meredith sentou-se ao lado da irmã e então deu um pequeno sorriso – Você é a garota mais valente que eu já conheci, Primrose. E eu sei que você nunca vai me abandonar, não importa que besteira eu faça. – Ela deixou uma lágrima escorrer – Por favor, nunca me abandone.

Fim do flashback...

– Eu quase te perdi, Primrose. – Meredith deixou uma lágrima escorrer pela sua bochecha – Eu não vou te perder de novo!


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Notas finais do capítulo

Desculpe se fiz você chorar, mas era necessário. Nem tudo é um mar de rosas, sabem?
*Primrose foi atropelada, para quem não entendeu.



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