Black escrita por Artur


Capítulo 14
Capítulo 14: Demônios ao Redor


Notas iniciais do capítulo

Eae pessoas! Espero que estejam aproveitando o carnaval... aqui vai mais um capítulo quentinho para vocês! Espero que gostem, tá muito surpreendente e tenso! Estamos na leva dos seis últimos capítulos da fic, a partir da agora só vai ser porrada e tensão! Beijoos!



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Black

Capítulo 14: Demônios ao Redor

Sofia havia já havia tomado sua decisão e decidido seu destino assim que uniu-se à Woodbury. A loira sabia muito bem das consequências que viriam após sua escolha, e tais consequências seriam as piores possíveis. Sua ida para a cidade onde Phillip reinava foi tranquila, nada comparado ao que viria depois de sua entrada em Woodbury, sendo recebida por diversos olhares tortos e desconfiados, afinal, Sofia fora do grupo inimigo e tal reação era de se esperar.

— Estou muito feliz por tê-la aqui comigo. – Afirmou Seth aliviado. — Sabe, nunca esperei que fosse lhe encontrar neste mundo acabado...seu irmão ficará surpreso ao vê-la!

— Também estou feliz por estar aqui. – Sofia respondeu com um sorriso simplório, nada que demonstrasse uma comoção ou um sentimento grandioso – fora um simples sorriso sem nem mostrar os dentes sequer -.

O grupo de capangas do Governador estacionara o carro em frente aos grandes muros da cidade, e não demorou muito para que outros vigilantes colocassem os faróis na direção do grupo para confirmar que aqueles eram de fato soldados de Woodbury.

— Somos nós, cara. Voltamos da nossa patrulha do dia, vamos logo com isso e abra esse portão! Antes que algum errante apareça por aqui. – Resmungou Bruce, o gordo careca que comandava o grupo da missão.

As ordens de Bruce foram atendidas e os portões, abertos. Sofia assim como o seu pai e os demais membros de Woodbury acabam adentrando no interior da cidade, que revelou ser espaçosa com duas ruas principais em linha reta, enquanto as tochas eram acesas em locais estratégicos para iluminar toda a região por estar prestes a entardecer.  

— Incrível... – Balbuciou Sofia com seus olhos claros arregalados, a loira estava maravilhada com tudo que via, toda a estrutura da cidade e a quantidade de pessoas que andejavam pelas calçadas. Morar da prisão era ótimo nas condições atuais, no entanto, Woodbury tinha algo especial... o frescor de uma cidade de verdade, um lar de verdade.

— Minha reação foi a mesma quando cheguei aqui, pode apostar. – Seth estava animado e contente com a ideia de morar com a filha novamente, e de saber que ela estava ao seu lado nessa guerra entre a prisão e Woodbury. — Venha por aqui, temos que ir falar com Phillip.

Seth acaba desviando a trajetória que faziam guiando Sofia consigo. Pai e filha acabam chegando em uma espécie de bar, onde a porta principal estava aberta e alguns homens e mulheres conversavam sentados em mesas e cadeiras.

— Governador... – Gaguejou Seth, visivelmente nervoso por interromper o momento do seu líder que também bebia no bar ao lado de Martinez e Harley. — Preciso falar com o senhor, urgentemente.

E com o último gole apressado de seu whisky, o homem do tapa-olho escuro se levanta de onde estava e caminha na direção do loiro que sinaliza com a cabeça informando que a conversa deveria ser feita do lado de fora do local, de preferência.

— Tenho que te apresentar minha filha, Sofia. Ela está conosco agora. – Apresentou Seth, apontando com o olhar para a loira de braços cruzados visivelmente aflita e temerosa. Phillip realiza alguns passos à frente fitando extremamente em Sofia, como se recordasse de algo ou tivesse sua própria impressão sobre a jovem adulta.

— Sofia... Recordo desse nome. – Disse por fim o líder de Woodbury, ainda olhando para a loira.

— Claro, você usou ele para fazer o Glenn contar onde estava o resto do grupo dele. Aliás, foi uma bela carta usada por você, meus parabéns! – Ironizou Sofia, tentando parecer amistosa dessa vez revelando seus dentes levemente brancos. O Governador ficou parado por alguns segundos, seu olhar não transparecia qualquer sentimento, porém seu sorriso sarcástico logo veio à tona.

— Isso! Então você é Sofia. E ainda é filha de um dos meus soldados, o Seth? Interessante... mas o que você está fazendo aqui? Até onde eu sei, você é do grupo de Rick não é verdade? – Phillip respondeu sorrindo de volta.

— Não se preocupe, ela mudou de lado assim que soube que eu estava vivo e morando aqui nesta cidade. Convenci que ela estaria mais segura deste lado da guerra e ela aceitou sem nem dar um pio com os antigos membros de grupo dela. — Seth explicou, envolvendo seu braço direito por detrás de sua filha.

— Ótimo, fico feliz com sua decisão. Vá para casa do seu pai e descanse, o toque de recolher está perto de ecoar-se, amanhã você poderá conhecer a cidade, tenham uma boa noite! – Exclamou Phillip, voltando-se novamente para o bar enquanto andejava novamente na direção de Martinez e Harley que observavam a conversa do líder pela porta que estava aberta.

— Quem é aquela? – Martinez perguntou, franzindo do cenho.

— Isso não importa. – Retrucou o Governador, ríspido e frio enquanto seu olhar sádico surgia mais uma vez, revelando suas reais intenções para com a chegada de Sofia em sua cidade. — Só mantenham seus olhos bem abertos com aquela loira.

Sofia e Seth caminharam por alguns minutos pela cidade até finalmente encontrarem o local onde dormiam – uma das casas comunitárias de Woodbury – tais casas na verdade se tratavam de um único prédio ao qual existiam inúmeros quartos no interior dele. Seth logo aponta para a segunda porta do andar de baixo informando que era ali onde eles iriam ficar.

— Você voltou cedo hoje, pai. – A voz parcialmente grossa de um garoto ecoou-se assim que Seth abrira a porta do local. Tratava-se de Scott, o filho mais novo do soldado de Phillip e irmão de Sofia a qual esboça um enorme sorriso correndo logo em cima, na direção de Scott para abraçá-lo.

— Sofia! – O loiro mais novo gritou, também correndo  na direção da irmã para enfim abraçá-la com uma vontade jamais vista antes. — Isso é inacreditável! Você está viva, e está aqui em Woodbury!  Cadê a mamãe? E a Claire? Faz tanto tempo que não vejo o rosto daquela pestezinha.

— Scott... – Balbuciou Sofia estando com dificuldades de explicar tudo o que aconteceu para o irmão assim que relembrou da tragédia que havia acontecido nos primeiros meses que sobreviveram em casa. — Elas se foram, elas estão mortas.

Eis que Scott e Sofia se abraçam novamente, mas dessa vez, ambos choravam de tristeza enquanto Seth estava mais afastado, com seu olhar e pensamento distantes sentindo-se culpado pelo que acontecera com sua ex-esposa e sua filha caçula.

— Está tudo bem agora, ok? Estou aqui e o papai também está... – Proferiu Sofia, tentando acalmar o irmão enquanto olhava de relance para seu pai. Seus olhos agora revelam sua profunda raiva e remorso pelo que Seth fez meses atrás, demonstrando que mentira ao dizer que tudo havia sido perdoado.

A noite logo chegou fazendo com que o toque de recolher fosse acionado obrigando as pessoas que estavam nas ruas a entrarem em seus respectivos aposentos. Sofia questionara o motivo do toque de recolher, mas não obteve resposta de seu pai que preferiu não comentar. Scott já havia adormecido quando Sofia olhava o movimento da rua pela janela de sua casa, afastando apenas  uma parcela da cortina.

— Não tem o que ver lá fora a essa hora, acredite. – Brincou Seth, aproximando-se da filha com as mãos no bolso, o loiro de quarenta e oito anos sentou-se em um dos sofás sugerindo que sua filha fizesse o mesmo, e assim foi feito. — Nós precisamos ter essa conversa.

— Certo, é sobre meu antigo grupo? – Sofia questionou, tentando fingir-se de desentendida.

— Não, é sobre nossa família. Sei que nos primeiros meses de apocalipse eu falhei com você, mas peço que entenda que o que fiz foi o melhor para mim e para o Scott! Era o meu primeiro final de semana com ele após o divórcio, e com todo o caos acontecendo... Eu não pude voltar por vocês. – Seth explicou, quase se imergindo em lágrimas.

— Eu entendo, pai. No início fiquei furiosa ao perceber que o senhor havia abandonado as próprias filhas enquanto os mortos retornavam à vida por aí. Nenhum pai faria isso, nem a pior das piores pessoas faria isto! – Exclamou Sofia estando prestes a explodir-se de raiva, contendo-se por alguns segundos. — Mas hoje eu consigo te entender, só vamos deixar isso para trás e aproveitar a nossa vida nesta cidade, tudo bem?

Sofia estava atuando, a jovem estava sim com raiva do pai. Poderia soca-lo inúmeras vezes que ainda assim não seria o suficiente para extravasar toda a dor que sentia por tê-la abandonado juntamente à Claire e sua mãe, ambas as vítimas fatais. Sofia achava que tudo poderia ser diferente caso Seth e Scott voltassem para casa e protegessem todas como fora prometido antes da rede celular cair.

Amanheceu, e dos três, Sofia fora a primeira a acordar. A loira para de frente ao espelho arrumando levemente seus cabelos dourados enquanto suspirava fundo, seus pensamentos estavam distantes, aquele seria seu primeiro dia em Woodbury, o primeiro dia longe da prisão... Longe de Ethan.

— Bom dia... – A jovem sussurrou assim que saiu de sua casa e deparou-se com outros morados que caminhavam pela calçada. Sofia começa a andejar pela cidade, observando atentamente tudo a seu redor, ficando alguns segundos parada enquanto via como funcionava o processo de vigilância do muro principal de Woodbury.

A atenção de Sofia volta-se para dois homens que aparentemente discutiam sobre algo qualquer, um deles acaba entrando em um alojamento enquanto deixa o outro homem para trás, frustrado pelo ocorrido. Sofia checa a fisionomia do homem com a que Scott lhe disse na noite anterior quando foi perguntado quem era o cientista da cidade, percebendo que aquele de fato era Milton.

— Você é Milton, certo? – Questionou Sofia assim que chegou próximo ao rapaz de cabelo castanho escuro arrumado que se assusta com a chegada da loira. — Preciso de sua ajuda, urgentemente!

— Ah, me desculpe... Quem é você? – Milton ajeitou os óculos como tentasse reajustar sua visão para poder reconhecê-la, o cientista acaba sendo puxando pelo braço por Sofia, que o guia até entrarem em um pequeno beco que ligava duas ruas. — O que você está fazendo? Quem é você?

— Escute, me chamo Sofia. – A loira respondeu com sua voz apressada olhando para todos os lados com medo de ser vista, Sofia sabia que o Governador não confiava totalmente na mudança de lado repentina da loira. — Não temos tanto tempo, sou do grupo de Rick lá da prisão, fingi minha mudança de lado para acabar com essa guerra aqui dentro. Mas para isso acontecer eu preciso muito do seu apoio!

Milton engole em seco quando o nome Rick e a palavra Prisão foram ditas pela mulher, desde que traiu o Governador ajudando Andrea a retornar para a prisão, o cientista tinha medo do que Phillip poderia descobrir, voltando-se contra seu próprio braço direito.

— Escute, não sei do que você está falando, mas não quero problemas. – Gaguejou Milton, ajeitando novamente o óculos enquanto tentava se safar da jovem mulher. — Só não me procure mais, ok?

— Espere, Milton! Eu sei o que você fez... Andrea nos contou lá na prisão que você a ajudou quando ela quis fugir daqui. Você acabou ocupando Phillip ganhando tempo para que Andrea chegasse à prisão sã e salva, agora precisamos da sua ajuda mais do que nunca. – Implorou Sofia, com seus olhos exalando preocupação e desespero.

— Não sei se consigo fazer isso outra vez. Você não era tão conhecida pelo Phillip como a Andrea era, talvez se você pedir ou fugir escondida... – Retrucou o cientista, sendo rapidamente interrompido pela loira.

 — Não preciso desse tipo de ajuda. Quero que você me conte os planos do Governador, do que ele pretende fazer com toda essa guerra, quais são suas ideias? Seus equipamentos? Locais onde marcam estratégias? Preciso de tudo! Tenho que voltar para a prisão com o máximo de informação que eu puder ter! – Exclamou Sofia, com um tom de voz mais convicto e determinado.

— Tudo bem... escute, soube que ele está aglomerando zumbis em um galpão na parte detrás da cidade, é uma tática que ele tem para distraí-los durante o ataque e matar cara um de vocês desprevenidos. – Começou a revelar Milton, fazendo uma pausa para respirar fundo. — Ele vem conquistando armamentos bélicos pesados saqueando bases militares da região deve haver alguma que ainda não fora esvaziada. Ele deve ter ido fazer outro saque, nunca o vi sair com tantos homens tão cedo assim.

— Isso ainda é pouco, mas já é de grande ajuda. – Lamentou Sofia, passando levemente a mão pelos seus longínquos fios dourados. — Quer dizer que ele não está aqui? Isso é ótimo! Escute, Milton. Ainda tenho algumas coisas para fazer aqui em Woodbury, daqui a algumas horas eu partirei com meu irmão, você virá conosco?

— Acho que ficará claro que eu o trai, então não terei outra escolha a não ser partir com vocês dois. Tenha muito cuidado com o que faz por aí, não se esqueça de que existem outros seguidores fieis ao Governador. – Milton respondeu em sussurro enquanto afastava-se da loira.

Sofia sabia que exista mais coisa além do que o cientista de fato tinha conhecimento. A jovem mulher acaba fazendo uma expedição por toda a cidade, parecendo ser de fato uma simplória moradora dentre tantas outras. Sofia acaba perguntando a outra senhora onde o Governador morava, tendo a resposta em questão de segundos quando um pequeno prédio é apontado pela moça.

Sofia adentra no escritório oficial do Governador sem que ninguém a veja. O local era espaçoso e possuía uma escada que levava ao andar onde o líder dormia. No andar de baixo – onde estava –, Sofia encontra inúmeros papeis com anotações assim como vários mapas com áreas específicas marcadas.   

              

 — Esses lugares são próximos daqui e da prisão... As áreas militares como Milton disse. – Pensou em voz alta quando leu uma marcação em um dos mapas locais onde as regiões exploradas possuíam um X no meio. — Este aqui ainda não foi explorado, certo...

Assim que termina sua investigação pessoal, Sofia acaba voltando para seu alojamento, onde Scott estava ainda deitado. O plano inicial de Sofia era acabar com a guerra sozinha por dentro de Woodbury, mas percebeu que isso seria impossível pela quantidade de soldados e do quão organizada a cidade é. Além de tudo, Sofia se surpreende com o avanço que o Governador deu na guerra, estando mais equipado e preparado que Rick e os outros. O ataque definitivo logo viria.

— Scott? Scott?! Preciso que arrume suas coisas, vamos sair daqui! – Bradou Sofia assim que entrou em sua moradia, acordando no mesmo instante o irmão enquanto procurava um frasco de álcool que viu durante a noite. — Veja, não tenho tempo para explicar, só arrume suas coisas. O papai ainda fuma? Onde ele coloca os isqueiros dele?

— Ali na estante... Espera, Sofia! Me explica o que está acontecendo, para onde vamos? O que aconteceu?  - Encheu-lhe de perguntas enquanto coçava os próprios olhos verdes estando ainda com sono.

— Você ainda não percebeu?  O líder dessa cidade é um psicopata! Ele mandou seus homens me atacarem quando estive na prisão, sabia? As pessoas de lá são gentis e agora eles tem uma grávida prestes a parir! – Explicou nas pressas Sofia, suspirando assim que relembrou dos seus companheiros. — Nesse tempo todo você e o papai estavam rodeados por demônios que simplesmente esperam o melhor momento para dar o bote! Precisamos partir antes que eles voltem, precisamos chegar à prisão!

— Ele te atacou? Como eu sou imbecil! Ainda caí na conversa desse idiota quando explicou que foram vocês que atacaram Woodbury primeiro, matando inclusive alguns dos nossos. – Lamentou Scott, levantando-se de sua cama. — Mas e o nosso pai? Não acho que ele irá concordar com essa sua ideia...

— Ele irá ficar, e quando essa guerra acabar ele irá perceber que estava errado durante todo o tempo. – Respondeu a irmã mais velha, guardando o álcool e o isqueiro em uma bolsa enquanto apressava o irmão. — Vamos, preciso que você me mostre onde fica o arsenal daqui, traga muitas dessas bolsas consigo!

Do lado de fora, Seth, o pai de ambos escutara calmamente a conversa que os irmãos tinham. O loiro coça a barba por alguns segundos com seu pensamento distante, sabia que algo deveria ser feito mediante daquilo. Por isso afastou-se enquanto ia em outra direção.

Sofia, com o auxilio de Scott e Milton, acaba chegando no arsenal de Woodbury. Milton distraia Harley que cuidava do arsenal quando Martinez estava ausente, enquanto a loira e o adolescente enchiam suas bolsas de inúmeras armas e facas, além de um traje especial com colete e um capacete protetor.

A dupla logo sai do arsenal, sendo seguida por Milton logo depois. No entanto, todos são surpreendidos quando três carros entram na cidade – tratava-se do governador e seus soldados que acabavam de chegar após uma saída estranha no meio do dia. Milton entra em desespero, assim como Scott, no entanto, Sofia mantinha seu olhar firme enquanto sorria de lado.

— Eu sei o que fazer... vocês dois vão para a entrada de Woodbury assim que escutarem algum grito, este será o sinal. Darei um jeito de atrair a atenção de todos enquanto vocês correm. – Sofia explicou enquanto apontava para um dos carros estacionados próximos aos muros e retornava a afirmar: —  Scott, você já tem dezessete anos, sabe dirigir. Pegue aquele carro e dê logo a partida, não voltaremos para a prisão a pé!

O trio se separa, Sofia corre na direção contrária de onde todos estavam até chegar na parte detrás da cidade deparando-se com o galpão mencionado por Milton. A jovem loira não pensa duas vezes antes de abrir com um machado as correntes que prendiam as grades do local, liberando de vez os inúmeros errantes que ali eram mantidos presos.

 — O que você pensa que está fazendo? Bem que eu desconfiei a conversinha de vocês lá na frente do arsenal. – A voz de Harley ecoou-se assustando Sofia. As duas mulheres trocam olhares fuzilantes enquanto os errantes já se espalhavam pelo âmbito.

— Me desculpe, moça. Eu tive que fazer isso! – Exclamou Sofia enquanto largava o machadinho no chão e apunhalava sua pistola silenciada em questão de segundos, atirando na perna direita de Harley fazendo-a ir ao chão sendo posteriormente, mordida pelos zumbis.

Tais zumbis se espalham pela cidade até chegarem na parte onde os habitantes ficavam na maior parte do dia. Todos, assustados, começam a gritar desesperadamente quando os errantes surgem do nada nas ruas de Woodbury. Rapidamente, os atiradores e os vigilantes dos muros são atraídos para onde os zumbis surgiam, assim como o Governador e o restante da população.

É nesta hora que Scott e Milton correm na direção do carro apontado por Sofia, ligando o mesmo enquanto esperavam aflitos pela chegada de Sofia. A mesma havia se escondido em um alojamento qualquer, só esperando todos passarem por ela para poder fugir. No entanto, a loira usa o álcool e isqueiro para atear fogo em todo o ambiente antes de partir.

O fogo acaba se espalhando com facilidade, mas Sofia já estava longe o suficiente para sair ilesa de tudo. A loira corre desesperadamente na direção da em trada da cidade, porém, antes mesmo de chegar ao carro onde seu irmão estava, Sofia é vista e reconhecida pelo Governador, que ergue rapidamente sua arma enquanto mirava nas costas da loira fugitiva.

No entanto, o líder de Woodbury é surpreendido quando alguém empurra seu braço fazendo-o largar a arma no chão. Tratava-se de Seth, a qual queria dar a chance aos filhos de fugirem do temível demônio que Phillip de fato era.

— Desgraçado... – Resmungou o líder de tapa-olho, cerrando os dentes enquanto voltava-se para Seth e disferia diversos golpes em sua face até levá-lo ao chão, continuando com os golpes.

— Você iria atirar na minha filha... Seu maníaco! – Gritou Seth, ainda no chão. O homem loiro acaba chutando o abdômen de Phillip com uma força extrema, jogando-o para o lado enquanto retirava seu canivete da cintura e o cravava no ombro direito do Governador que berra de dor.

Seth agora se vira na direção de seus filhos, vendo-os saírem de Woodbury e partirem na direção da prisão. Os olhos do loiro se enchem de lágrimas, ao mesmo tempo em que Seth sentia que era culpado por tudo que aconteceu no passado, por ter abandonado sua família, o homem sentia uma felicidade jamais vista antes ao notar que seus filhos estariam definitivamente seguros na prisão, ao contrário do que imaginava ser real em Woodbury.

— Eu amo vocês... – Sibilou Seth como se aquela fosse a última vez que veria seus filhos, o homem estava orgulhoso por tudo que Sofia arquitetou e de fato fez na cidade, enganando os próprios companheiros da Prisão. Porém, como Sofia bem disse, eles estavam sendo rodeado por um demônio sanguinário, e Seth acaba sendo surpreendo por Phillip quando o mesmo efetua um disparo contra o peito do homem de meia idade.

Seth arregala os olhos de dor, sua cabeça declina levemente até enxergar o sangue escorrendo pelo seu peito. Seth vai imediatamente ao chão gemendo constantemente, sua visão estava tornando-se turva e escura aos poucos, a única imagem que viu fora a do Governador em pé, com seu olhar sádico e uma expressão mais do que séria em face, Phillip ergue sua arma mais uma vez disparando novamente no peito de Seth, o líder de Woodbury poderia muito bem acabar com a dor de Seth disparando contra o crânio do mesmo, no entanto, Phillip queria que o loiro pagasse pela traição da filha.

O ódio e raiva eclodiam dentro de Phillip, o líder almejava uma vingança que jamais quis ter anteriormente, seu olhar estava fixo no corpo de Seth até que o mesmo para de debater-se morrendo enfim.

— Apodreça no inferno seu desgraçado.                                                                   


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