Black escrita por Artur


Capítulo 12
Capítulo 12: Longe da Distância


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Aqui vai mais um capítulo! Eu tive que dividi-lo em dois, então esta é apenas uma parte do que está por vir... espero que gostem! Deixem seus comentários! Ah, eu queria agradecer a cada um que votou em Black no Emmy Awards, isso, nós fomos indicados e ganhamos o prêmio de MELHOR FANFIC DE TWD! Junto com outras fics, mas ganhamos! Obrigado ♥



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Black

Capítulo 12: Longe da Distância

Tyresse acabara de ajudar Sasha a eliminar os dois inimigos restantes que atiravam contra seus companheiros, a irmã mais nova do ex-jogador de basquete assentia com a cabeça que tudo estava bem enquanto corria na direção de Michonne e os demais. No entanto, Tyresse fica parado por alguns segundos permanecendo em silêncio enquanto algumas vozes masculinas se ecoavam mais distantes.

Tyresse então, percebe que a voz ecoava-se exatamente de onde veio e de onde deixou Sofia para poder ajudar sua irmã, Sasha.  O negro acaba correndo de volta para a porta dos fundos do estabelecimento, deparando-se no beco detrás da loja onde estava Sofia e outros desconhecidos.

— Sofia!? – Tyresse exclamou assustado assim que viu a jovem loira rodeada por pessoas armadas. Passou pela cabeça do homem que aqueles desconhecidos eram, na verdade, capangas do Governador, o que de fato era verdade. Mas, algo de estranho estava acontecendo ali, Sofia caminhava vagarosamente na direção dos inimigos, a loira olha para trás assim que ouviu a voz de Tyresse, sorrindo para o rapaz como se quisesse esconder o que sentia.

— Sofia! – Tyresse gritou novamente em tom de desespero. — Se vocês a machucarem, eu juro que vou bater em cada um de vocês até que seus rostos fiquem irreconhecíveis!

— Não, Tyresse! Eu estou indo até eles por vontade própria, descobri que meu pai e meu irmão estão morando em Woodbury, eu preciso deles, eles são minha família. Estes homens não estão me obrigando a fazer nada, estou indo porque eu quero! – Sofia explica com urgência, sua voz estava falha e seu olhar visivelmente apreensível.

— Como assim, Sofia? Você está nos deixando? Vai se juntar aquele cretino do Governador?- Tyresse questiona, fazendo a loira fechar os olhos por alguns segundos, retornando a abri-los enquanto olhava de relance para o pai e logo voltava-se para Tyresse.

— Diga ao Rick e aos outros que sou muito grata pelo que cada um fez por mim. Sentirei falta de vocês todos os dias, mas agora, preciso realmente ir... adeus, Ty. – Sofia se despede enquanto o seu pai a abraça e caminhava com os outros homens na direção de uma caminhonete estacionada próxima ao beco.

Tyresse simplesmente fica perplexo com o que acabara de ouvir. A jovem Sofia que se esforçou tanto para convencer Rick que ele e seu grupo mereciam a confiança do xerife, dessa vez se unia aquele que declarou guerra a todos seus companheiros. Tyresse reencontra Michonne e os demais, avisando-os sobre o acontecido. Ethan é o que mais sentiu com a notícia; o jovem estava se aproximando da loira e saber que a mesma abandonou a todos deixou-lhe transtornado, indignado com a atitude de Sofia.

O grupo retorna à prisão, porém a ausência de Sofia era sentida por todos na viagem de volta. Ethan estava sentado na caçamba da picape, calado e pensativo. Não demorou um e logo os sobreviventes chegam na prisão, sendo recebidos por Glenn que estampa um imenso sorriso amistoso em face, como se algo de bom finalmente tivesse acontecido após tantas tragédias.

— Vocês não vão acreditar no que aconteceu enquanto estiveram fora! – Glenn exclama entusiasmado com a notícia que estava prestes a dar, no entanto, o jovem asiático nota a ausência de Sofia mudando  rapidamente sua expressão. — O que aconteceu? Cadê a Sofia?

— Só entre na prisão, ok? Precisamos de todos reunidos para avisar.  – Michonne responde, ríspida. A samurai prossegue com seu caminho sendo seguida por Ethan, Tyresse, Sasha e Allen.

Um turbilhão de coisas passou na cabeça de Glenn naquele momento, o mais grave seria de que de fato, alguma tragédia fatal aconteceu e Sofia acabou morrendo, porém, Michonne e os demais estavam trazendo notícias mais inacreditáveis e chocantes; a união de Sofia com Woodbury e o Governador.

Glenn fecha a cerca que ligava o campo ao pátio da prisão, e logo se junta ao demais a caminho do bloco de celas  todo todos estavam reunidos. Assim que adentram no interior da prisão, Michonne e os demais se surpreendem ao ouvirem um barulho que não há muito tempo, um som que aparentou ser extinto com o surgimento do apocalipse; o choro de um bebê.

— Pessoal... – Rick os cumprimentou com sua voz um pouco mais baixa que o normal, o xerife estava com uma recém-nascida nos braços, tentando acalmá-la a todo custo. — Esta aqui é a... não demos um nome ainda, mas Carl e Beth estão pensando nisso.

Todos esboçam um sorriso de felicidade em face, Lori acabara entrando em trabalho de parto assim que o grupo saiu na missão de coleta de armamentos. Por sorte, a grávida conseguiu dar à luz sem nenhuma complicação, principalmente por conta de Donna.

— Allen! – Donna correu para abraça-lo, a antiga  obstetra estava feliz por vê-lo bem. O suor já escorria pela sua testa, estando cansada dos últimos momentos ao lado de Lori. — Que bom que você está bem, e veja só... quem diria que eu ajudaria outra grávida a ter um filho em pleno apocalipse?

Os dois se beijam, enquanto Michonne caminhava em direção a Rick com uma expressão séria em face. A mulher suspira por uns segundos até contar para Rick sobre o ocorrido na pequena cidade próxima da prisão.

— Não tivemos sucesso, aquela delegacia já havia sido saqueada por completo. E como pôde perceber... Sofia não está conosco. – Michonne diz, desviando o olhar. — Mas ela não morreu, Sofia se juntou à Woodbury, foi para o lado do Governador.

— O que você disse? Sofia nos traiu? – Maggie perguntou, surpresa. A jovem recebe uma sim assentido com a cabeça por Michonne, todos os demais residentes da prisão se aproximam do local onde a conversa estava sendo debatida.

A fisionomia de Rick muda completamente, seus olhos estavam raivosos, exalando profunda irritação. Ninguém jamais acreditaria que Sofia tomasse tal escolha, principalmente depois de tudo que passou com o grupo da prisão. Rick entrega sua recém-filha para Carol, enquanto suspirava intensamente.

— Eu a vi. Sofia ainda me disse com as próprias palavras que estava indo por conta própria, a família dela está morando em Woodbury. Ela pediu para que eu agradecesse a todos vocês, por tudo que vocês fizeram por ela. – Revelou Tyresse,  retirando seu gorro de coloração preta.

— Agora  nada disso importa mais. Vamos, se preparem. O Governador fará de tudo para descobrir tudo que Sofia sabre sobre a prisão, e nosso plano. – Rick retrucou,  frio e ríspido enquanto andejava pelo bloco de celas. —  Quero duas pessoas na parte de trás da prisão que foi  cedida, não queremos um ataque surpresa de Woodbury vindo de lá.

— Posso ficar lá, você quer vir, Ethan? – Thomas se ofereceu, tentando levar consigo seu irmão, Ethan, que permanecia calado desde que soube o que Sofia fizera com  todos.

— Tudo bem. Precisamos criar novas estratégias, por enquanto não vamos fazer nada. Acabou de escurecer e pode ser perigoso, mas amanhã bem cedo precisarei de todos acordados para pôr em prática nossos planos. – Rick avisou, retirando-se do local.

A prisão estava em estado de alerta, todos os sobreviventes temiam o que Sofia poderia dizer a Phillip em Woodbury. O caso de Andrea acabou sendo deixado de lado, visto principalmente que fora Sofia quem acabou traindo-os ao unir-se com o Governador.

— Eu sempre achei que aquela vadia não prestava. Merecia receber um tiro bem no meio da garganta! – Ben, um dos filhos gêmeos de Donna profere, exaltado com o que Sofia fez.

— Você não ouviu o que o Ty disse? Ela só se uniu a eles porque a família dela estava morando naquela cidade, ela não tem culpa. – O irmão de Ben, Billy, rebateu estando irritado com o que o irmão acabara de proferir.

— Billy, você realmente é muito molenga! – Repudiou Ben, retirando-se de perto do próprio irmão enquanto ia ao encontro do pai, que estava ao lado de Sasha. 

 Em uma das celas da prisão, Lori estava sentada na cama ao lado de Beth, Cassey e Hershel. Nas últimas horas, Beth se aproximou bastante de Cassey, a namorada de Thomas que  por pouco  não sofreu desidratação antes de chegar na prisão. Lori estava exausta, suspirando constante enquanto o suor pingava em toda sua blusa xadrez, a mulher era amparada por Hershel, que lhe entrega uma garrada de água.

— Mamãe! – A voz de Carl se ecoou ao aproximar-se da cela onde os sobreviventes estavam, o garoto estava ao lado de Carol que aninhava a recém-nascida em seus braços. — Já decidimos o nome para ela! Pensei em Judith.

— Não sei, o que vocês acharam? – Lori perguntou aos demais com um sorriso no rosto.

— Judith é um belo nome! – Cassey exclama, alegre. Beth e Hershel concordam com a ruiva enquanto Lori confirma que este então será o nome da filha.

O grupo se dispersa durante a noite. Rick pensava em novos planos contra o Governador e seus seguidores, Glenn o auxiliava juntamente à Maggie e Andrea, onda a loira contava o que soube que Phillip faria enquanto esteve em Woodbury.

 Mais afastados de todos, Thomas e Ethan faziam a vigília na parte de trás da prisão, na qual o muro foi comprometido antes mesmo de Rick chegar no presídio. Alguns errantes remanescentes da horda de dias atrás ainda cambaleavam nas redondezas do local, o carro que Glenn usou como uma barreira ainda estava ali, cumprindo com sua função.

— Ethan, eu preciso falar com você. – Bradou Thomas, caminhando vagarosamente em direção ao irmão enquanto abaixava seu rifle. Thomas era o irmão mais velho, e por isso sabia quando algo deixava Ethan profundamente triste e decepcionado. — Você está assim por causa da Sofia, não é? Percebi que vocês se aproximaram nos últimos dias.

Ethan olha para o irmão de relance, tentando evitar responder a pergunta de Thomas, mas acaba cedendo. Ethan suspira por  alguns segundos, descendo de cima do carro onde observava os errantes na escuridão da noite.

— Eu realmente gostava dela. – Ethan  diz, por fim. — Só não esperava que Sofia fosse capaz de fazer isso comigo, com todos nós! Se unir com o miserável que estamos tentando derrotar...

— Eu entendo. Todos nós estamos surpresos com a atitude dela, mas veja, você não está assim só porque ela nos traiu. Você está assim porque acha que ela te abandonou. – Proferiu Thomas, fazendo com que Ethan desvie o olhar enquanto ficava cabisbaixo. 

— Você só tem que deixar isso de lado, você só precisa sobreviver. Por mim, pela Cassey, e por todos os outros que moram nesta prisão. – Thomas continua, coçando sua pequena barba. — Não era a Sofia que dizia que tínhamos que proteger esse lar com nosso sangue? Você terá que continuar com o papel dela aqui dentro.

Desta vez, Ethan nada responde. Apenas assente com a cabeça enquanto o próprio irmão o envolvia com os braços, dando-lhe um singelo abraço de alguns segundos enquanto voltava-se para sua posição na vigília. Ethan sabia que agora Sofia é taxada como uma traíra e que também poderá morrer durante esta guerra, e é isso que o rapaz mais sente medo. Apesar de tudo, Sofia estava em Woodbury, e isso jamais poderá ser desfeito.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Foi meio lento e sem nada de emocionante, mas eu precisava narrar como todos reagiram ao saber da traição de Sofia. Espero que entendam, mas o próximo é ainda melhor! Muita ação... MORTES isso mesmo, no plural! E a presença ilustre do nosso Governador! Beijoos!



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