Entre o bem e o mal escrita por Annie Lightwood di Angelo


Capítulo 4
Vida:um favor.


Notas iniciais do capítulo

Novamente,gostaria de agradecer por lerem minha história e principalmente,agradecer àqueles que comentaram.Mais uma vez não sei se esse capítulo ficou muito bom,mas...foi o que consegui fazer.Espero que gostem.Boa leitura.



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POV Jonathan Cristopher

Natanael!

Depois de ouvir meu pai berrar o nome do anjo da vingança,tudo pareceu ocorrer muito rápido.De repente vi um flash de luz vindo em minha direção,passou-se algum tempo antes que eu entendesse que meu pai lançara sua lâmina serafim,e que eu era o alvo.

Mesmo assim,como que por milagre,consegui me desviar nos últimos segundos.De forma que a lâmina ficou cravada na rocha que constituía a caverna em que estávamos,pouco acima da minha orelha.

Sem saber ao certo o que estava fazendo,rapidamente peguei a lâmina e fiz o mesmo que meu pai,atirando-a contra ele,pois sabia que um combate corporal mais próximo seria impossível.Ele teria arrancado a arma da minha mão em poucos instantes.

Mesmo assim,o lançamento fora em vão,pois Valentim pegou a lâmina quando esta ainda estava no ar,lançando-me um olhar de desprezo,condenando-me pela idiotice que fora meu ato.

Pensei que ele lançaria a lâmina contra mim novamente,e que ficaríamos assim pelo resto do dia.Esperava que não o fizesse,pois meu pai era bom de mira,não demoraria muito para que ele me acertasse.Mas ao invés disso,o que ele fez foi me chamar:

–Jonathan Christopher,venha cá.Vou te ensinar uma coisa.

Temeroso,obedeci,andando o mais devagar possível,porém percebi que meu pai ficava impaciente,então resolvi me apressar.Curiosidade,medo e esperança brigavam por espaço dentro de mim.Mas tentando não revelar meus sentimentos,tudo o que disse foi:

–Sim,pai.O que você quer me contar?

–Eu poderia fazer duas coisas com você:continuar treinando com você e correr o risco de lhe matar;ou passar a mão em sua cabeça,ir para casa,e dizer que está tudo bem no fato de você ter se esquecido de trazer uma arma.

–E o que você vai fazer?-Questionei,engolindo em seco e me recusando a acreditar na primeira opção,por mais que a segunda me parecesse improvável.

–Nenhum dos dois.-Declarou ele,e sorriu como se estivesse me fazendo um favor ao me deixar vivo.-Por mais que ache que isso seria o justo,investi demais em você para correr o risco de perdê-lo agora.Nem tampouco,o deixarei impune.

–O que fará,então?-Repeti a pergunta.

–Levante as mangas de seu casaco,meu filho.

–O que?-Valentim conseguira me deixar confuso,aquilo não fazia o menor sentido.

–Jonathan Christopher Morgenstern,estou lhe pedindo com educação.Levante as mangas do seu casaco.

Percebi o tom de irritação em sua voz e o obedeci,mesmo sem fazer ideia do que aquilo significava.Meus braços estavam cheios de marcas e cicatrizes,resquícios dos meus treinos e das torturas que meu pai me aplicara anteriormente.

Valentim pegou a lâmina serafim e fez um corte em meu braço que ia do cotovelo ao pulso,após deixar um filete de sangue correndo no meu braço,ele repetiu o processo no outro.

Meus braços doíam,quanta mais ele afundava a lâmina,mais minha carne parecia queimar.Daria tudo por um simples iratze.Quando já havia feito um corte em meus dois braços e minha blusa já estava manchada com o vermelho de meu sangue,ele me disse:

–Isso é para lembrar-se de nunca sair sem uma arma.Ah,e antes que eu me esqueça:irá se curar como um mundano.Se eu perceber alguma runa no seu braço,ficará algemado ao porão novamente.Você não quer isso,quer?

Neguei com a cabeça,olhando para os meus pulsos,ainda vermelhos com as marcas deixadas pelas algemas.Puxei a manga de meu casaco para baixo,escondendo o corte e o sangue em meus braços.

Segui meu pai para fora da caverna,subi em meu cavalo e voltamos para casa.Dessa vez não prestei atenção á paisagem que se estendia diante dos meus olhos.

A caverna era distante da minha casa,portanto quando chegamos já começava a escurecer.Desci do cavalo e entrei,indo direto para o banheiro tomar um banho para tirar aquele sangue.Meus braços feridos ardiam sob a água gelada.

Quando desci,ao chegar na sala meu pai trocara de roupa.Usava uma roupa preta,e como sempre quando ele partia para suas misteriosas saídas noturnas,o casaco tinha um capuz que cobria seu rosto,tornando-o irreconhecível.

Ele me dizia que ia fazer seu trabalho,que,segundo ele,era "limpar o mundo de suas impurezas".Nunca me deu mais detalhes.E no único dia que insisti para obter maiores explicações,tudo que ganhei foi um lanho nas costas que tenho até hoje,causado pelo seu chicote.

Valentim pegou sua lâmina e a colocou no bolso do casaco.Não estranhei,afinal,ele sempre dizia que não se podia sair sem uma arma.Naquele mesmo dia aprendera aquela lição.Ele saiu,batendo a porta e sem se despedir de mim.Apesar de minha punição,ainda estava com raiva de mim.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?Por favor comentem,e sejam sinceros.O próximo capítulo postarei duas vezes,pois estou em dúvida se posto pelo ponto de vista do Magnus ou do Valentim,então vou fazer os dois.Espero que pelo menos um fique bom.



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