Mil e umas maneiras de escrever PruHun escrita por Beilschmidt
Notas iniciais do capítulo
Hallo!
;3; só achei que deveria ter caprichado um pouco mais no capítulo, mas enfim, entrego-o do jeito que está mesmo antes que eu me arrependa mais ainda.
Elizabeta cuidava carinhosamente de seu canteiro de rosas brancas quando Gilbert apareceu andando na calçada levando os cachorros de seu irmão para dar uma volta na praça, sério e com as mãos nos bolsos. Levantou o olhar e ficou com cara de interrogação ao vê-lo passar calmamente; o muro que separava a calçada da rua de seu jardim era baixo, um metro e dez. A morena deixou o regador e o saquinho de sementes no chão e tirou as luvas; era estranho ele passar por ali nos domingos passeando com os três cachorros e não lhe dar uma indireta sequer. Ela só o viu sério, mesmo, no dia anterior quando Gilbert apareceu em sua casa para declarar seu amor. Bem, ela sabia achava que era brincadeira dele, pois sempre que o alemão dizia tal coisa ele ria. Ela o rejeitou, via-o apenas como um amigo; o albino fechou os olhos e ficou sério, desejou ‘boa noite’ e saiu sem mais palavras, deixando-a perplexa com a atitude fria. Deu de ombros e voltou a dar atenção às flores.
O que ela não sabia era que Gilbert costumava rir quando ficava nervoso, e como ele era demasiado alegre ela não consegue diferenciar quando ele está com vergonha e nervoso ou alegre mesmo.
.x.
Duas semanas depois e ele nem ao menos olhou para ela, nem a desejou ‘boa tarde’ quando levava os cachorros para passear. Elizabeta se sentia sozinha, seu humor mudou e sentia que faltava algo dentro de si.
Algo que ele havia roubado de si.
Seu coração.
Por anos vinha querendo esconder e fingir que tal sentimento não existisse, pois já se machucou por amor uma vez e não queria provar da mesma dor novamente. Mas dessa vez era pior; sentia-se sufocada, queria gritar, implorar por ele. Foi quando não aguentou mais e desmaiou.
.x.
Gilbert sentia falta do sorriso dela, mas sabia que depois daquele doloroso ‘não’ as coisas mudariam entre eles, depois de tanto tempo e tantos foras aquela tinha sido a gota d’água. Resolver-se-ia afastar dela. Mesmo que o machucasse mais ainda ele não poderia implorar, sabia que ela poderia ter outro, e estava cansado de tentar e nunca ter resultado, a paciência esgota, sabia Elizabeta?
Suspirou e continuou a andar, mas teve de aplicar mais força para que seus cachorros pudessem sair do lugar. Estranho, eles latiam e puxavam suas coleiras querendo aproximar mais do portão da frente, mas logo ligou os pontos. Elizabeta sempre estava ali no jardim cuidando de suas flores, e ela não estava lá. Rodeou e pulou o baixo muro onde não estava cercado com plantas; de longe viu a porta da varanda aberta e um vulto no carpete da sala. Correu até lá e deparou com a morena desmaiada no chão, a face pálida e lágrimas escorriam pelas bochechas. Com cuidado a pegou nos braços e deitou-a no sofá tratando de sentir a pulsação, com a mão livre pegou o celular e ligou ao irmão pedindo para trazer sua maleta de primeiros socorros. Blackie, Berlitz e Aster estavam sentados e inquietos, desde pequenos foram criados com carinho por Gilbert e seu irmão, Ludwig, e eles adoravam Elizabeta, tanto que quando os alemães precisavam viajar a trabalho ela quem tomava conta deles.
.x.
Ludwig segurava o braço da moça enquanto Gil injetava a agulha na veia dela, segurou firmemente e começou aplicando a glicose. A húngara tinha hipoglicemia e sempre que sua taxa de glicose caía a ponto dela desmaiar ia até o alemão, o albino era um ótimo médico e cuidava das doses que tomaria por dia. Seis minutos depois juntou a agulha “borboletinha”, a ampola de glicose e de vitamina C para jogar no lixo apropriado na sua casa. Lud pegou o saquinho e guiou seus cães após despedir-se do irmão, saiu.
.x.
Abriu os olhos lentamente e viu aqueles lindos e exóticos olhos vermelhos, desesperou-se ao ver ele tão perto, corou e abraçou uma almofada, sentiu seu braço formigar um tanto e logo detectou o pequeno furinho na veia.
–Gil, o que…
–Por que tu não tens se alimentado direito? – cruzou os braços. Ela permaneceu em silêncio; suspirou e pegou-lhe as mãos – Olha, já disse que lhe amo, e mesmo que não me queiras para mais que um amigo eu cuidarei de ti, querendo ou não. Entendeste? – ela sorriu minimamente.
Aos poucos foi puxando-o pelo braço para um abraço tímido.
–Não fique mais sem falar comigo, isso machuca. – fez bico – Além do mais… devo dar-te algo que sempre quis. – beijou-lhe – Obrigada por cuidar de mim, sei que sou teimosa e tudo o mais, é que não quero machucar-me por amor novamente.
–Farei meu melhor como seu companheiro, porque eu sou incrível. – sorriu.
.x.
Estava anoitecendo e lá estava os dois, deitados em um colchão inflável na varanda; tinha faltado luz e observar as estrelas era bem melhor que jogar UNO a luz de velas. As mãos dadas, o vento nos cabelos castanhos, o brilho dos olhos cor de sangue, o silêncio da rua; eles não precisavam de palavra alguma para, agora, saber do amor do outro, com tudo resolvido era hora de aproveitar o que a vida lhes aguardava.
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:v devo ampliar mais os temas, sinto que os capítulos estão ficando clichês. Bem, até o próximo. Tschüss.