O Começo de Um Novo Fim - Dramione escrita por Valkyrie Narissa


Capítulo 6
Capítulo Bônus – Ronsy


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bônus para vocês, meus amores. Espero que gostem..
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Esse capítulo é um capítulo extra, ou seja, ele é por fora da história. Vai explicar como começou o romance do Ron com a Pansy
.
MEU DEUS! EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO!! ESTOU SUPER FELIZ. QUASE CHOREI =) HAHAHAHA... ESSE CAPÍTULO É DEDICADO À manasama677



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~Pov Narrador

Hogwarts - 1996 (Semanas antes da Invasão dos Comensais da Morte)

Ronald Weasley estava tendo problemas para dormir desde o dia em que quase morrera após ingerir hidromel envenenado na sala do professor de poções. Vinha tendo todos os tipos de pesadelos macabros com sua morte todas as noites. Mais uma vez levantou-se no meio de uma fria madrugada, calçou seus chinelos e saiu do dormitório masculino que dividia com Harry, Neville, Simas e Dino. O salão comunal da Grifinória estava vazio como era de se esperar já que passara a muito de meia noite. Provavelmente o grifinório era a única alma viva acordada em todo o castelo.

Saiu pelo quadro da Mulher Gorda e com cuidado e atenção vagueava pelos corredores frios e desertos de Hogwarts. Rony sempre gostou de ir para uma parte isolada dos jardins para pensar, mas nesta noite, Pirraça o forçou a mudar de caminho, pois guardava a saída para os jardins. Seguiu então em direção à Torre de Astronomia, seu segundo lugar preferido. Estava subindo a grande escadaria de pedras da torre quando escutou um choro triste e soluçado vindo de dentro do local. Em silêncio abriu a porta com todo cuidado para não espantar a pessoa que estava a chorar e deparou-se com uma garota encolhida em um canto escuro da torre chorando em um tom sofrido.

A garota mexeu-se e com a pouca luminosidade oferecida pelo luar pôde identificar a garota, afinal, como esquecer-se de uma pessoa que tanto o atormentou e aos seus amigos? Reconheceria aqueles longos cabelos loiros e as vestes finas da Sonserina em qualquer lugar. Pansy Parkinson estava chorando como uma criança que se perdeu da mãe em uma loja ou em um supermercado. Rony assustado com a vulnerabilidade da garota sussurrou:

– Parkinson? - devido ao silêncio que se estabelecia sendo desfeito apenas pelo choro da sonserina, a garota escutou. Rapidamente se levantou e enxugou as lágrimas que teimavam em cair tentando recuperar a pose de Princesa da Sonserina.

– O-O-O que es-está fa-fa-fazendo aqui? - gaguejou com a voz embargada pelo choro compulsivo. Se xingou mentalmente por ter se mostrado fraca diante do “idiota mais burro da Grifinória”. - O que você quer? – retomou seu costumeiro tom de voz que seria capaz de congelar um deserto inteiro de tão frio que era.

– Por que está chorando? - Rony ignorou as perguntas e tom de voz usado da menina e perguntou em uma tonalidade preocupada que assustou a si mesmo. Aos poucos se aproximou da garota que fazia força para não voltar a chorar na frente do grifinório.

– Não te interessa. Sai da daqui. - esbravejou. Virou as costas e debruçou-se sobre a sacada da torre. - Eu não vou me abrir com um idiota feito você, Weasley. - o garoto ignorou a ofensa e se aproximou ficando lado a lado com a sonserina.

– Às vezes é bom compartilhar. Quem sabe eu não possa lhe ajudar?! - a garota riu com escárnio.

– Ninguém pode me ajudar. – Ron notou a tristeza na voz da garota. Pansy podia passar a imagem de uma mulher forte, inatingível e durona, mas por dentro era como qualquer outra adolescente. Era frágil, sensível, possuía sentimentos comuns que sua pose de Sonserina não deixava mostrar.

– O que está acontecendo Pansy? - ambos não deixaram de perceber que ele a chamou pelo primeiro nome. Tal feito de certa forma transmitiu confiança e carinho para a menina. Ela sentiu que podia confiar no grifinório, mas não daria o braço a torcer tão facilmente, ela ainda possuía o orgulho de uma verdadeira sonserina. – Por favor, deixe-me te ajudar.

– Mesmo se eu quisesse lhe dizer eu não poderia. - suspirou pesadamente. Olhou no fundo dos olhos azuis do garoto. - Eu seria torturada e morta. - abaixou a cabeça deixando algumas lágrimas caírem por sua face. "Mesmo chorando ela continua perfeitamente linda." pensou Ronald. Em um gesto de carinho, Ron segurou sua mão e com a outra levantou seu rosto e acariciou sua face enxugando suas lágrimas com o polegar.

– Eu nunca deixaria alguém lhe machucar. - disse com um tom de preocupação e seriedade que assustou a ambos e pela primeira vez ela dirigiu um sorriso sincero para alguém que não fosse seus pais ou Draco Malfoy.

Rony fazia carinhos ternos no rosto e pescoço de Pansy a deixando arrepiada. Ela nunca recebera tanto carinho assim de um garoto que não fosse Draco. Pansy Parkinson era o tipo de garota que todos intitulavam de vadia com motivos, afinal, fora para a cama com todos os garotos da Sonserina, exceto um, Draco Malfoy, seu irmão de criação.

Aos poucos foram quebrando o espaço que os separava, encostaram uma testa na outra fazendo com que suas respirações se misturassem. Rony passava uma segurança para a garota que nunca sentiu com ninguém, nem mesmo quando estava transando. O grifinório cruzou os braços em volta da cintura da sonserina encostando totalmente seu corpo másculo e forte no esbelto e delicado da moça. Rony tomou a iniciativa e selou seus lábios em um longo selinho, encostou levemente sua língua no lábio inferior da loira pedindo passagem. Sem pensar duas vezes, Pansy abriu a boca o suficiente para dar passagem à língua quente e macia de Ronald. O beijo era calmo e lento, passava ali todas as emoções que ambos sentiam no momento, todas suas aflições. Aquilo era errado, eles eram inimigos desde os 11 anos, de casas e ideais diferentes, mas se eles se odiavam tanto assim, de onde veio tanto carinho e preocupação? Naquele momento nada mais importava além deles e do melhor beijo que um dia já deram. O maldito ar fez falta os forçando a interromper o beijo. Não se afastaram, grudaram a testa uma na outra. Estavam ofegantes, mas claramente mais tranquilos e felizes.

– Desculpa. - Rony começou com a voz entrecortada pela falta de ar causada pelo beijo. – Eu me aproveitei da sua fragilidade. Sinto muito eu...

– Não fala nada. - Pansy o calou pressionando levemente seus lábios com seu dedo indicador. - Só continua me beijando. - e novamente selaram seus lábios, mas diferente do primeiro beijo, esse era quente, necessário e urgente. O beijo demonstrava todo o desejo que sentiam pelo outro. Quando o ar fez falta novamente, Rony distribuiu beijos por toda a extensão do pescoço de Pansy fazendo-a gemer baixinho em seu ouvido. O garoto abraçou-a transmitindo segurança e alívio.

– Agora você quer falar o por quê que uma garota linda e poderosa como você estava chorando? - perguntou meigo e preocupado.

– É que... que... o Draco. - começou gaguejando e algumas lágrimas ameaçaram cair. Ao citar o nome do sonserino viu os lindos olhos azuis de Ron ficarem em um tom muito mais escuro devido à raiva que o consumia.

– O que ele fez com você? - disse entre dentes serrando os punhos ao lado do corpo e ofegante. Pansy o abraçou o sentindo tremer de raiva em seus braços, o apertou mais um pouco e sussurrou em seu ouvido que Draco não tinha feito nada com ela e se prontificou a explicar o que realmente tinha acontecido.

– Durante as férias, Voldemort torturou a Tia Cissa, mãe do Draco, e ameaçou matá-la para forçá-lo a se juntar aos Comensais da Morte. Ele se sacrificou para salvar a mãe e agora Voldemort deu-lhe uma missão praticamente impossível e se ele falhar irá morrer. - deu uma pausa para tomar fôlego e limpar uma lágrima que teimou em cair. - Ele é meu irmão, ao contrário do que todos pensam, eu o amo não pelo seu dinheiro e pelo seu sobrenome, mas o amo porque fomos criados juntos como irmãos, um sempre protegeu o outro e dessa vez eu falhei. Não fiz nada para evitar que ele recebesse a marca. Eu não sei o que fazer. - dessa vez ela não impediu as lágrimas. - Eu até pensei em me tornar uma Comensal também para poder ajudá-lo e... - Rony a interrompeu.

– NÃO! - esbravejou - Eu não vou deixar você ser marcada como um gado. Eu não vou deixar. - uma lágrima solitária escapou de seus olhos e a garota logo tratou de enxugá-la com seus lábios. - Você não irá se arriscar.

– O castelo será invadido dentro de algumas semanas pelos melhores e mais fiéis Comensais da Morte. – ela sussurrou temerosa. - Eu estou com muito medo.

– Não deixarei nada acontecer com você. Só não pense nisso agora. - ele lhe deu um selinho rápido - Vamos viver nosso último dia na Terra.

Novamente se beijaram com desejo e volúpia. Com um aceno da varinha, Ron conjurou um colchão onde delicadamente pousou a garota e se colocou sobre ela distribuindo seu peso para não machucá-la. Fizeram amor como nunca fizeram antes, era calmo e gentil. Ouso dizer que havia até mesmo sentimentos.

Hogwarts - 1996 (Invasão de Hogwarts)

Os Comensais estavam por todo o castelo, os alunos mais velhos e professores estavam divididos entre tentar duelar com os Comensais para impedi-los de avançar mais no ataque e proteger os alunos menores e levá-los para seus salões comunais. Harry estava na Torre de Astronomia com Dumbledore, Hermione duelava com Grayback e Rony corria azarando qualquer um que entrasse em seu caminho. Ele queria chegar o mais rápido possível nas masmorras para garantir a segurança de sua amada. Nunca disseram "Eu te amo" para o outro, mas seus gestos e ações demonstravam tudo o que não conseguiam por em palavras.

Pansy tentava sair das masmorras e ir atrás de Rony e Draco, as únicas pessoas que realmente importavam para ela e que arriscaria sua própria vida para salvá-los. Estava desesperada e chorava sem parar gritando com todos que tentavam impedi-la de sair.

– Pansy, por favor. Não grite. Eu não vou te impedir de sair. Eu sei o que você está passando e eu vou te ajudar. - Blásio Zabini a abraçou com força e ajudou-a a sair do salão comunal da Sonserina. - Tenha cuidado, por favor.

Pansy estava a meio caminho do Salão Principal quando encontrou Rony. Muitos choravam e tentavam limpar alguns destroços da pequena batalha. Os Comensais já tinha se dissipado mostrando que Draco tinha cumprido sua missão e que Dumbledore provavelmente estaria morto. Suas pernas tremeram e caiu de joelhos no chão frio do hall de entrada do castelo. Rony correu em sua direção e abraçou-a a deixando chorar em seus braços. Deu-lhe um beijo terno nos lábios, um beijo que ambos sabiam que seria de despedida. Ele teria que sair em busca das Horcruxes junto de Harry e Hermione e acabar com guerra que estava declarada. Pansy sabia de sua missão, mas não concordava, era muito arriscado e não queria perder a única pessoa que a amou como mulher. Ronald a fez prometer que ficaria segura e longe de toda a guerra, Pansy o fez prometer que voltaria vivo e bem para poderem ficar juntos e em paz. Despediu-se de seu amado e voltou para as masmorras de cabeça baixa escondendo as lágrimas que tentavam sair de seus olhos.

Hogwarts - 1997 (Batalha Final)

Sete longos meses dentro de florestas correndo risco de vida e fazendo de tudo para achar e destruir as Horcruxes de Voldemort. Rony passou sete meses dividindo seus pensamentos em salvar o mundo do pior bruxo das trevas de todos os tempos e a segurança de Pansy Parkinson.

Harry, Ronald e Hermione estavam seguindo Neville por um túnel para entrar em Hogwarts sem serem descobertos. Rony só conseguia pensar em reencontrar Pansy e em como ela estaria. Harry explicou a todos os amigos que estavam reunidos sobre a Horcrux que estava em algum lugar do castelo e que eles precisavam destruir.

Uma sirene soou e todos os alunos tiveram que se dirigir para o Salão Principal. Harry estava sob a capa da invisibilidade e Rony e Hermione estavam entre os muitos alunos da Grifinória. Rony procurou Pansy entre os alunos da Sonserina, mas não a achou. Olho por todo salão a sua procura, seu coração estava acelerado e começou a desesperar-se. Imaginava tudo de ruim que poderia ter acontecido com sua amada, desde torturas até a morte. Seus devaneios foram interrompidos pelo estrondo que a porta fez ao ser aberta. Um grupo de Comensais da Morte adentrou o salão sendo liderado por Severo Snape, logo atrás deste estavam Antonin Dolohov, Aleto e Amico Carrow, Draco Malfoy e uma mulher que não pôde reconhecer, pois esta estava de cabeça baixa.

Snape passava entre os alunos falando algo sobre Harry estar dentro do castelo, Rony não prestava atenção, seus olhos estavam vidrados na Comensal desconhecida. A mulher abaixou o capuz do manto negro e levantou à cabeça, Rony deixou escapar um gruindo que expressava tudo o que estava sentindo no momento, terror, raiva e tristeza. Pansy Parkinson havia se tornado uma Comensal, tudo o que Rony pediu para não fazer, lágrimas rolaram por sua face e o garoto não fez questão de limpá-las.

Pansy estava ao lado de Draco, este a olhou fraternalmente e segurou sua mão. Pansy olhou para os alunos que estavam assustados pelo modo que Snape falava. Seus olhos rolaram para os alunos da Grifinória e cruzou o olhar com um garoto de cabelos ruivos que a olhava com os olhos marejados. Automaticamente seus olhos se encheram de lágrimas e a garota as limpou antes que qualquer Comensal percebesse. Ainda olhando para o ruivo balbuciou de forma silenciosa um "Sinto muito. Eu te amo.". O ruivo a olhou tentando acreditar no que a garota falara e ainda sem desviar o olhar devolveu um "Eu também te amo.".

O resto da batalha aconteceu como um flash. Duelos, mortes e Horcruxes sendo destruídas. Rony estava na câmara secreta ao lado de Hermione para destruir a taça de Hufflepuff e no calor do momento acabou beijando-a. Foi um beijo rápido, mas suficiente para Rony perceber que seu coração realmente pertencia a Pansy Parkinson. Após Harry destruir definitivamente o Lorde das Trevas, Rony foi à procura de sua amada. Encontrou-a desmaiada em meio a destroços do castelo pegou-a no colo e a levou para a ala hospitalar que estava abarrotada de feridos. Sentou ao seu lado e acabou perdendo para o cansaço.

Pansy acordou atordoada na enfermaria da escola, não se lembrava o que aconteceu e como ela foi parar ali. Olhou para o lado em busca de alguém conhecido que pudesse ajudá-la e encarou um ruivo dormindo sentado ao seu lado segurando sua mão. Não pôde conter um sorriso de felicidade, pensava em tudo que aconteceu desde a noite na Torre de Astronomia, onde se beijaram pela primeira vez. Saiu de seus devaneios ao sentir lábios quentes em sua mão, olhou sorrindo para os olhos azuis ao seu lado que tanto sentiu falta e amava, abriu a boca para falar, mas foi interrompida por lábios urgentes nos seus. Beijaram-se como nunca antes expressando toda a saudade que sentiam um do outro.

– Eu te amo, minha loira. - uma lágrima escapou de seus olhos e garota enxugou com o polegar. - Eu te amo muito.

– Eu também te amo, meu ruivo. - selaram novamente os lábios em um beijo terno e lento.

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ONE SHOT:

What Could Have Been Love - Dramione


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Notas finais do capítulo

Também postei esse capítulo como uma One Shot
“Uma noite na Torre de Astronomia – Ronsy”

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