Isso não é normal - Perina escrita por Pipoca


Capítulo 29
Valle Nevado: O amor é sexualmente transmissível


Notas iniciais do capítulo

Olá meus tchutchucos! Aqui estou eu como prometi ontem, fiquei muito feliz com os comentários e peço que leiam as notas finais *-* Beijo no coração



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O dia amanheceu sem nuvens tapando o protagonista do céu, o sol recebeu o destaque merecido, mas apesar da aparência ensolarada, a temperatura ainda era fria, só que um pouco mais amena. Pedro acordou e notou que Karina ainda dormia como um anjo, ele levantou com cuidado e ligou para o serviço de quarto para pedir o café da manhã, já que os pais dele resolveram ir com as meninas para o Hiking eles não teriam compahia durante o dia e provavelmente também não teriam a noite. O passeio continha também piquenique no almoço, cavalgada, piscinas naturalmente aquecidas e a paisagem como um todo, com certeza eles chegariam cansados e não jantariam com os dois...

Pedro pegou a bandeja e colocou em cima do baú que havia na frente da cama, ele abriu as cortinas para a luz entrar e foi acorda-la.

― Bom dia! ― Disse ele animado.

― Bom dia... Ai Pê... Fecha essa cortina vou ficar cega! ― Disse ela bocejando.

― Abri pra você deixar de preguiça e levantar logo! ― Disse ele pegando a bandeja.

― Hmmm, café na cama? É isso mesmo que eu tô vendo? O que se come no lugar em que se dorme, combinação perfeita! Passa pra cá. ― Disse ela rindo.

― Calma, vem aqui pra mesa. ― Disse ele colocando a bandeja na mesa enquanto ela levantava.

― Tá com uma cara ótima... ― Disse ela levantando. ― Vou escovar os dentes e já volto. ― Disse ela entrando no banheiro.

― Eu já tô tão acostumado a dormir contigo que quando a gente casar, nem vou estranhar seu bafo matinal. ― Disse ele rindo.

― BABACA! Eu nunca vou me acostumar com... Espera um pouco... Isso foi um pedido de casamento guitarrista? ― Perguntou ela do banheiro.

― N-não, não agora... A gente nem tem grana pra comprar as alianças, ou você quer que a gente case com arame pintado de amarelo no dedo? ― Perguntou ele.

―Claro que não, eu tô brincando contigo, sei que a gente não vai casar agora. Mas você acha que a gente vai casar um dia? Não sei se me imagino com um vestidão, as vezes eu uso um vestido ou outro, mas por mim eu casava de calça mesmo. ― Disse ela saindo do banheiro.

― Só você pra querer casar de calça. Fico com tanto calor de calça, prefiro bermuda... E se a gente casasse assim: Você de calça e eu de vestido? Vestidos devem fazer um ventinho legal. ― Disse Pedro arrancando uma risada dela.

― Pior que fazem, o problema é quando venta demais e a saia sobe. Fora que eu me sinto muito Bianca e pouco Karina neles. ― Disse ela rindo.

― Já não gostei. Não quero que você faça nada que te mude, eu gosto de você assim. ― Disse ele fazendo ela corar.

― Não sei porque ainda fico assim perto de você, achei que passava com o tempo. ― Disse ela sobre estar corada.

― Também achei que passasse, mas ainda não caiu a ficha de que a minha namorada é a criatura mais linda desse mundo. ― Disse ele acariciando o rosto dela.

― Vai ficar me bajulando ou vamos comer? ― Perguntou ela sorrindo.

― Vamos comer porque eu perco a criatividade dos elogios quando tô com fome. ― Disse ele e ambos começaram a comer.

― Bom... A Tomtom saiu com meus pais e com a Bruna pra fazer trilha pelas montanhas e eu pensei que a gente podia fazer alguma coisa legal só nós dois... O que você acha? ― Perguntou ele e ela entendeu o motivo de não ter tomado café com os outros.

―Ah vai ser legal! Você tem alguma sugestão? ― Perguntou ela.

― Acho que a gente podia começar fazendo umas massagens... O que você acha? Depois a gente podia ir pra piscina um pouquinho e eu tô bolando uma surpresinha pro almoço. ― Disse Pedro animado.

― Por mim está ótimo! Então eu vou tomar um banho. ― Disse Karina indo ao banheiro, não sem antes dar um selinho casto no namorado.

...

Eles foram para o SPA do hotel, fizeram os serviços de massagens e depois pegaram as roupas de banho e foram para a piscina, haviam algumas pessoas lá, cada uma falando um idioma diferente...

― É tão estranho tomar banho de piscina ao redor de tanta neve. ― Disse Karina rindo.

― É mesmo, mas parece que fica ainda melhor... ― Disse Pedro abraçando a namorada.

― Sabe o que eu tava pensando? ― Perguntou ele.

― É claro que não. Conta. ― Disse ela.

― A gente podia, depois da surpresa, passar no restaurante do “Valle do sol”... Ele é um pouquinho mais caro, mas a vista compensa. Fora que dizem que a comida de lá é ainda melhor! O que você acha? ― Perguntou Pedro.

― Hmmm... Se der pra pagar eu acho ótimo! Mas eu tenho que me vestir diferente? ― Perguntou ela prevendo que iria ter que colocar alguma das baboseiras que Fabi insistiu que ela trouxesse.

― Não sei... Só se você quiser. Eu já disse que você fica ótima com suas roupas, com outras roupas e até se roupa. Não que eu já tenha visto, mas deve ser uma beleza. ― Disse Pedro levando um tapa.

― Só você mesmo Pedro. Não me solta não... Tá tão bom aqui... ― Disse ela se referindo ao abraço.

― Não vou te soltar... Adoro te abraçar. ― Disse ele com as mãos nas costas dela.

― Queria ficar aqui pra sempre... ― Disse ela.

― Também, esse lugar é incrível. ― Disse ele.

― Também... Mas eu tô falando “aqui” com você, nesse abraço. ― Disse ela e ele sorriu bobo, não era todo dia que ela falava coisas assim.

― E quem disse que eu ficaria aqui sem você? Perderia toda a graça acordar aqui e não te ter do meu lado roncando. ― Disse Pedro.

― EI! Quem estraga os momentos romanticos dessa relação sou eu! ― Disse ela brincando e se afastando do abraço para olhar para ele.

― Ok, ok... ― Disse ele se encostando na borda da piscina.

― Moleque eu tô com fome... E se a gente pulasse a surpresa e fosse almoçar? ― Perguntou Karina.

― Não precisamos pular a surpresa, vamos executa-la agora mesmo! ― Disse ele puxando-a para fora da piscina, eles saíram e foram para o quarto.

― Pra onde vamos? ― Perguntou ela.

― Vamos pra o mirante, mas antes eu tenho que passar no restaurante. ― Disse ele.

― Então vamos almoçar antes de sair? ― Perguntou ela.

― Não, eu vou pegar uma coisa lá... Faz assim, coloca uma roupa bem quente e me espera na recepção. ― Disse Pedro beijando a testa dela que obedeceu para não estragar a surpresa. Pedro se arrumou e saiu em disparada para o restaurante e Karina quando ficou pronta foi para a recepção. Ela sentou num sofá e minutos depois viu ele chegando com uma cesta e dois casacos de neve na mão. ― Vamos fazer um piquenique! ― Disse ele animado.

― Tá maluco? Piquenique na neve? ―Perguntou ela sorrindo.

― É isso mesmo! Aqui tem uns sanduíches naturais,suco de caixinha e dois potes de uma sobremesa de chocolate com nome estranho. ― Disse ele indo na direção da porta.

― Você é muito sem noção. Adoro isso. ― Disse ela sorrindo.

Eles foram andando até o “Mirante” que consistia em uma área longe das pistas, que era conhecida por ser o melhor local para olhar a cordilheira, fora a tranquilidade que havia ali. Eles sentaram nos casacos extras que Pedro trouxe e colocaram a cesta no chão.

― Eu nunca imaginei fazer um piquenique na neve. Nunca. Nem sei de onde você tirou isso... ― Disse Karina pegando um dos sanduíches.

― É a mesma coisa de se fazer um piquenique na grama, só que aqui tem neve e casacos pesados. ― Disse ele sorrindo e pegando outro sanduíche.

― Ah, você jura que aqui tem neve? ― Disse ela irônica.

― Se bem que parece até sorvete de côco... ― Disse ele.

― Moleque você não tem jeito. ― Disse ela pegando sua caixinha de suco.

― E você adora, né? ― Disse ele e ela riu.

― Se eu não gostasse acha que eu já não tinha te arremessado lá em baixo? ― Disse ela apontando para o abismo ao lado deles.

― Você podia até não gostar da minha compahia, mas não ia resistir ao meu charme de músico sensível. ― Disse ele brincando.

― Palhaço. Você é que é um João tatame e não resiste ao meu charme de lutadora. ― Disse ela sorrindo.

― Eu não sou João tatame, gosto mais das princesinhas, mas teve uma certa bruta que me amarrou de um jeito que nem se eu quisesse eu conseguiria ficar loge dela. Só que no fundo, ela é o maior diamante. Você devia conhece-la, qualquer dia eu te apresento. Karina o nome dela. ― Disse ele e ela ficou boba.

― Só pra você saber, eu conheço outro músico. Maior palhaço, não conseguia levar a sério nada do que ele me dizia, mas ele era meu amigo... Meloso demais pro meu gosto e bem frouxo, mas... Vou te contar um segredo: Não imagino a minha vida sem ele. Pedro o nome do moleque, qualquer dia a gente marca um cinema nós quatro e eu te apresento ele. ― Disse ela entrando na brincadeira.

― Já não gostei desse moleque... Roubando minha esquentadinha de mim... ― Disse Pedro se aproximando de Karina e beijando-a.

― Perdeu Pedroso. Já tô gamadinha no outro guitarrista. ― Disse ela o beijando.

― Essa é a hora em que você fala que tem ciúmes da Karina. ― Disse Pedro.

― Eu dou dois socos nela e ela nunca mais aparece na sua frente. ― Disse Karina rindo.

― Nossa que mulher selvagem, parece até uma versão feminina do mestre cruel. Só que mais fofa. ― Disse ele.

― Ah é? Então você acha meu pai sexy? ― Perguntou ela sorrindo.

― NÃO! Mas ele é bem esquentadinho. ― Disse Pedro.

― Vamos parar de falar do meu pai? ― Perguntou ela.

― Ok... Até prefiro, acho que ele sempre vai me causar medo. Perto ou distante, agora ou daqui a 100 anos... Sempre. ― Disse ele voltando a beija-la.

Depois de um tempinho curtindo a paisagem eles voltaram para o hotel em que estavam e devolveram a cesta para o restaurante.

― Vamos fazer o que agora? ― Perguntou Karina animada.

― Que tal irmos passear no teleférico? Eu queria ver o vale de cima... ― Disse Pedro e ela abriu um sorriso largo.

― Amei!! Eu adoro teleféricos ainda mais com uma paisagem dessas... ― Disse ela eufórica. Eles foram rumo a estação e embarcaram depois de alguns minutinhos.

― Olha lá moleque! Que lindo... Tem uma lagoa ali? ― Disse Karina que parecia até uma criança.

― Acho que sim... Deve estar congelada... É lindo mesmo. ― Disse ele observando com ela. Eles estavam sentados em frente à janela e ficaram abraçados pelo resto da viagem. Ao chegarem a estação, viram que estavam perto da loja de chocolates e decidiram ir até lá. A vitrine estava cheia de doces diferentes e eles decidiram escolher uma caixinha que continha 10 trufas com sabores diferentes, mas não dava pra saber qual tinha gosto de “que” e por isso eram “Trufas surpresas”. Eles voltaram para a estação à tempo de embarcarem num dos últimos teleféricos e voltarem para o hotel. Quando chegaram ao hotel, eles foram para o quarto e Karina se jogou na cama.

― Qual é o nosso próximo destino? ― Perguntou ela.

― Que tal um jantar? ― Perguntou ele.

― Eu já tô com fome mesmo... A gente come o chocolate depois então. ― Disse ela sentando na cama.

― Então eu vou tomar banho pra gente ir. ―Disse Pedro pegando a toalha e indo para o banheiro.

Karina lembrou do que ele havia dito e lembrou que tinha trago um vestido, após Fabi muito insistir... Como o hotel e os restaurantes eram climatizados, ela decidiu usa-lo. O vestido era branco com detalhes pretos, um pouco acima dos joelhos e tinha um modelo semelhante a uma blusa “regata”... Karina pegou o vestido umas botas que ela trouxe de reserva e uma jaqueta preta de couro. Ela ficou na frente da porta e quando Pedro saiu ela entrou. Enquanto ele se trocava ela recebeu uma mensagem de Tomtom avisando que eles tinham chegado no hotel, mas que estavam cansados e iriam dormir, por isso não jantariam com os dois. Karina mandou outra avisando que qualquer coisa eles estariam no restaurante do hotel “Valle de la luna”, Tomtom sacou que o irmão tinha ouvido sua sugestão e quis saber mais sobre... Depois de algumas perguntinhas sobre o dia Tomtom se despediu e foi dormir, já Karina foi finalmente tomar banho.

― K, você vai demorar muito? ― Perguntou Pedro já pronto.

― Não, é que a tua irmã tava falando comigo, vou me arrumar rapidinho! ― Disse ela começando o banho. Depois de alguns minutos ela terminou o banho e foi se trocar, ela vestiu-se e penteou os cabelos que estavam secos porque ela prendeu durante o banho. Ela colocou um batom clarinho, perfume e saiu pronta.

― Nossa! Você tá maravilhosa. ― Disse Pedro abrindo um largo sorriso.

― Obrigada, você também está lindo. Já tô pronta, vamos? ― Perguntou ela colocando a roupa suja num saquinho na mala.

― Vamos, eu quero desfilar com você por ai. ― Disse ele segurando na mão dela e saindo do quarto.

Roupa da K:

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...

Pedro havia colocado uma blusa branca, uma jaqueta jeans clara, uma calça jeans preta e um all star branco, que dessa vez estava limpo, nada muito chic, nenhum dos dois optou por sair muito do seu estilo habitual, Karina só mudou o vestido e nem ficou tão “anormal”. Eles chegaram no restaurante e pediram uma mesa para dois, o concierge viu que era um casal de namorados e resolveu dar uma forcinha colocando os dois numa mesa encostada na janela. Eles agradeceram e sentaram, Pedro começou a conversar sobre como a lua era uma grande inspiração para os compositores e por um momento ela se viu “no mundo da lua” totalmente perdida no brilho dos olhos dele... “Ele é realmente o cara perfeito, pra mim.” Pensou ela.

― Karina? Ô esquentadinha, você ouviu o que eu disse? ― Perguntou ele.

― Ouvi... A lua é linda. ― Disse ela tentando não rir.

― Não ouviu não. Eu tava te falando que eu trouxe os chocolates, pra gente comer na varanda. ― Disse Pedro mostrando a caixa de bombons.

― Hmmm, delícia. Depois do jantar a gente vai. ― Disse ela e logo a refeição chegou. Realmente a comida era maravilhosa, era tão boa quanto a do outro restaurante. Eles terminaram de jantar, tomaram uma taça de vinho cada um e foram para a varanda do hotel em que estavam.

...

Eles chegaram na varanda e colocaram a caixa de chocolates na mureta.

― Pega um. ― Disse ele segurando uma trufa. ― Coloca na boca no três. 1, 2, 3! ― Disse ele colocando a trufa que segurava na boca também. ― Nossa essa é uma delícia! ― Disse ele mastigando.

― Essa aqui também, essa é de côco. E a sua? ― Perguntou Karina sorrindo.

― De castanha. Será que côco combina com castanha? ― Perguntou ele e ela entendeu onde ele queria chegar.

― Vamos fazer o teste. ― Disse ela passando os braços em volta do pescoço dele e iniciando um beijo.

― Gostei disso, vai come outra. ― Disse Pedro minutos depois.

― Hmmm... Essa é de morango... Meu Deus... Nossa... Será que tem mais? ― Perguntou ela que tinha amado a trufa.

― Deixa eu ver se essa trufa é tão boa assim... ― Disse Pedro puxando-a pela cintura. ― Nossa... Beijo com gosto de morango é outro nível. ― Disse ele sorrindo.

― Outro nível. Vai come. ― Disse ela dando outra trufa pra ele.

― Hmm... Nossa isso é muito bom... Doce de leite. ― Disse ele aprovando a trufa.

― Essa é de chocolate, nossa... Tem umas coisinhas no chocolate também... Hmmm... Tipo amora... Não sei direito, mas é bom. ― Disse Karina e eles ficaram assim por um tempo.

― últimas trufas. Toma aqui. ― Disse Pedro pegando as últimas e deixando a caixa vazia.

― Nem acredito que comi tanto chocolate agora. ― Disse Karina segurando a sua última trufa.

― Também não, mas eu comeria até mais... ― Disse Pedro encarando a caixa vazia.

― Também. Vai, 1, 2, 3! ― Disse Karina comendo a sua última trufa, esta tinha um recheio de chocolate com pimenta, tinha um sabor intenso, mas não ardia... Era maravilhosa.

― A minha é suave, chocolate ao leite... Hmm... ― Disse Pedro.

― A minha é de chocolate com pimenta, não sei nem explicar... É intensa! Maravilhosa. ― Disse Karina animada.

― Suave, intenso... Bem a nossa cara, até a sua trufa foi esquentadinha como você. ― Disse ele rindo.

― Você é bobão em... ― Disse Karina que tinha gosta do da comparação.

― Acabaram-se as trufas, mas a gente ainda pode dar uns beijinhos... ― Disse ele puxando-a para perto. Eles se empolgaram e decidiram ir pro quarto, afinal a varanda não era climatizada. Foram o caminho todo trocando olhares e selinhos parecia até que não se viam a tempos, acabaram por fim intensificando os beijos no corredor do quarto.

POV Karina

Nem notei quando chegamos ao quarto, foi quando me encontrei prensada à porta que percebi que haviamos percorrido o corredor inteiro sem sequer sentir que nossos pés tocavam o chão, eu pelo menos estava nas nuvens.

Ele interrompeu os beijos por um instante e me olhou de um jeito muito intenso, ele estava visivelmente nervoso, mas tentava disfarçar, talvez para me passar segurança... Seu hálito quente e o calor que veio por consequência da adrenalina que sentimos me fez esquecer que estávamos num dos lugares mais frios da América do sul. Da janela podíamos ver o céu estrelado, que de noite ganhava seu momento de destaque deixando a paisagem nevada apagada, mas para mim nada brilhava mais que aqueles olhos castanhos à minha frente. Ele buscou em mim uma resposta que eu dei em forma de beijo o conduzindo e logo depois sendo conduzida para a cama. Cada toque me causou sensações indescritíveis, ele agia como se soubesse os pontos exatos do meu corpo e o que fazer com cada um deles. Eu não sabia que era possível sentir aquelas coisas e só pelo fato de ser ele ali tudo se tornava imensamente mais mágico, cada respiração descompassada acompanhava a sinfonia dos nossos corações acelerados despidos de qualquer medo de amar. Quando dei por mim estava nua e as nossas roupas ao chão levaram consigo o pouco de vergonha que ainda pairava no ar...

Pedro parou por um instante e eu pude ter certeza que eu o queria mais que qualquer outra coisa naquela noite, naquela viagem e para o resto de minha vida, ele novamente buscou em mim uma confirmação e eu assenti.

― Você tem certeza? ― Ele me perguntou e eu só consegui sorrir da sua preocupação comigo.

― Você é uma das poucas certezas que eu tenho na vida. ― Eu disse com sinceridade.

Ele sorriu, eu senti que nunca mais iria querer ficar longe daquele sorriso outra vez e finalmente colocamos em prática a tese dele: O amor é sexualmente transmissível.

POV Autora

Pedro não estava acreditando no que estava acontecendo, fora tudo tão natural que mesmo ele tendo esperanças de que rolasse na viagem, nunca lhe passaria pela cabeça que seria tão maravilhoso. Ele sentiu uma felicidade enorme e um nervosismo maior ainda, afinal tinha que ser perfeito e sem pressão... Quando ele viu a confirmação naqueles olhos azuis logo soube que não encontraria outra Karina Duarte nunca mais, ela era única, feita sob medida para ele. Seus olhos brilharam e os dela refletiam a imensidão de sentimentos e sensações daquele momento, eles se sentiram completos e uma paz os invadiu de repente. Ele teve certeza que havia chegado a hora, tomou cuidado para que ela não se sentisse mal e agiu conforme seu instinto mandou, no fim das contas o sorriso que estava no rosto dela dispensou qualquer "foi bom pra você? " e deu a ele mais um motivo para querer ter sempre aquela mulher ao seu lado em qualquer circunstância. Eles não sabiam o que dizer e nem precisaram, ficaram apenas ali deitados, cansados, felizes e apaixonados.

“Que os braços sentem

E os olhos vêem

E os lábios beijam

Dois rios inteiros

Sem direção

E o meu lugar é esse

Ao lado seu, no corpo inteiro

Dou o meu lugar pois o seu lugar

É o meu amor primeiro

O dia e a noite as quatro estações”


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Notas finais do capítulo

SE MANIFESTEM PELO AMOR DE DEUS
Eu vou piraaaaaar SOS
Não me deixem no suspense
Gostaram?? Ficou sem graça???
Coloquei no final, pra dar ênfase, não queria que passasse batido... Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos
Tô louconaaa aqui SOS
ALGUÉM ME HELPA