POV KRISTOFF

Estávamos matando aula, era aula de feitiços inesperados, é uma aula que todo dia aprendemos feitiços diferentes, matamos essa aula hoje porque são feitiços de consertar coisas, é muito idiota, então resolvemos ir para a casa da Tooth, no meio da floresta.

Andando pela floresta começamos a ver vestígios de beija-flores, até que apareceu um de verdade, ele pousou no ombro do Jack, parecia até que se conheciam... Chegamos na casa que era uma casinha cheia de coisas coloridas no meio da floresta assustadora, era um telhado de plumas e penas coloridas, e a casa era feita de madeira com um tom rústico, Rapunzel bateu e Tooth abriu.

— Olá!-disse Tooth simpática.

— Oi!-dissemos juntos.

— O que fazem aqui?-perguntou Tooth.

— A gente veio saber se podemos ficar aqui, se não te incomodar.-disse Anna e sorriu.

— Vocês querem ficar aí fora? Na floresta?-ela perguntou e assentimos com a cabeça.

— ...-ela estranhou e fez uma expressão tipo "o que?"- Não! Entrem!

— Ok...-nós falamos e entramos na casa.

Dentro tinha um monte de enfeites de penas, lustres de pena, tudo d pena, e ela preparou um chá para nós, tomamos e ficamos conversando com ela até tocar o sinal da próxima aula, ela nos deu um beija-flor para nos guiar até a escola de volta, chegando lá fomos para a sala de aula, no caminho a Rapunzel parou para ir no banheiro e seguimos.

Na sala a professora nos contou que vamos fazer um passeio amanhã, vai ser demais! Vai todo mundo da escola, o que significa escola vazia, vamos passar pela casa do diretor, North, pela casa do Coelhão, pela casa do sandman e só, vamos entender os poderes dos guardiões e tal.

POV RAPUNZEL

Estava no banheiro, e fiquei me olhando no espelho e pensando, será que também consigo consertar objetos com meu poder se sol? Resolvi tentar, peguei um papel e rasguei, nada, mas papel não é bem um objeto, resolvi fazer isso com o espelho, qualquer coisa eu corria para a biblioteca pegava um feitiço e consertava, peguei minha escova de cabelo, e mudei de idéia, era melhor tentar com ela, com o espelho eu podia pegar detenção! Mas ela não quebrava de jeito nenhum! O meu jeito é curar, não quebrar ou machucar... Quando eu forçava a escova sem querer eu perdi o controle e a escova pulou da minha mão e quebrou o espelho, chocada, eu comecei a tentar chorar, pensei em coisas tristes e chorei, mas quando caiu no vidro um raio de sol brilhou e, ..., nada, resolvi esperar, talvez demorasse..., alguém abriu a porta, a professora Úrsula, droga!

— O que é isso?! Detenção!

— O que?!- Ai não!

Tive que ir até a diretoria me explicar, se acreditaram em mim, ha! Essa é boa! Por quê? Que droga! Eu não queria ficar de detenção porque tinha medo, medo de lá! Não de ser expulsa ou algo parecido, e sim de ficar lá, na torre da detenção, me lembrava a torre que eu morei, era idêntica, só que mas tenebrosa e escura, eu tinha medo de ficar presa lá de novo, sozinha... Fiquei agachada em frente à janela do meu quarto com a cabeça entre os joelhos, era um dia frio e a luz meio escura entrava no quarto. Ontem a Anna pediu para ficar no mesmo quarto que o meu por sermos da mesma casa, então as coisas dela já estavam no quarto, e ela veio buscar os livros para a próxima aula, e me viu lá, já estava dormindo de tanto tempo pensar...

— Rapunzel?-ela levantou minha cabeça e viu que eu acabara de chorar, eu acordei.- O que aconteceu?!

— Nada...-eu disse esfregando meus olhos e me levantando.

— Me fala Punzie!-ela disse levantando e me encarando séria.

— Não é nada!-eu disse pegando meus livros e saindo, ela puxou meu braço.

— Fala logo! Que saco!

— Tá! Eu estou de, -suspirei frustrada- detenção...

— O que?! Mas a escola inteira vai embora amanhã! Você vai ficar aqui sozinha?!

— Sim...

— Eles não podem fazer isso! Você não vai!

— Eu acho que eles podem, porque se eu não for sou expulsa!

— O que você vai fazer?

— Ir! Há algo mais que eu possa fazer?

— Ah Punzie...

Andamos até a sala e eu sentei na última fileira do lado da parede, elas sentaram na fileira da frente e ficavam me olhando com piedade, a Anna contou para elas, os meninos me olhavam estranhando, eles não sabiam o porque de eu estar afastada. A aula acabou e eles me encaravam, todos eles, até que Elsa veio conversar comigo.

— Punzie, eu sei que detenção é uma coisa grave, mas porque está tão triste, é só uma hora de castigo, só isso...-ela disse dando de ombros.

— Não estou assim por estar de detenção, e sim por ter que ir até lá, você sabe o que eu sinto em relação à torres, principalmente ficar presa sozinha dentro de uma, a mais escura e tenebrosa torre...

— Ow... Eu tinha esquecido, desculpa...-ela abaixou a cabeça.

— Tudo bem...

Ela sorriu de lado e voltou para o lugar dela, e contou tudo para eles, quando os meninos souberam vieram até mim.

— Oi...-disseram juntos e eu deitei na mesa escondendo meu rosto com meus braços.

— Não fica assim...-disse Hicupp.

— É! Todos ficam de detenção!-disse Jack.

Ao ver que os meninos não estavam ajudando as meninas vieram também.

— Vai Punzie!-disse Merida.

— Vocês não entendem porque não passaram por isso!-eu disse levantando a cabeça.

— Eu já fiquei de detenção!-disse Jack.

— Não estou dizendo a detenção! Estou dizendo passar a vida presa numa torre e quando finalmente consegue a liberdade voltar para ela!-eu disse e saí correndo para fora da sala.

Eugene me seguiu e enquanto eu chorava ele, ele, me... abraçou, simplesmente me abraçou me consolando, aquilo não tinha palavras, ou explicações, mas por alguma razão, concertava todos os meus pensamentos e me deixava calma e feliz. Aquilo me deixava em estado de paz enquanto meus pensamentos guerreavam. Isso parece meio dramático e poético, mas é realmente o que eu estava sentindo no momento. Depois ele recuou e eu o puxei de volta para um beijo. Depois que paramos de nos beijar eu abri os olhos e ele me olhou confuso.

— Desculpa...-eu disse corada e virei o rosto para o outro lado cabisbaixa.

— Tudo bem.-ele sorriu levantou e estendeu a mão para me ajudar, eu dei a mão para ele e ele me puxou.

Andamos de volta para sala e fiquei olhando para a janela e pensando, percebi que ele me olhava a aula toda, no começo eu sorria para ele e ele retribuía, mas começou a ficar freqüente então fingia que não via.

POV EUGENE

Depois que ela me beijou eu não conseguia parar de pensar nela e naquele momento, eu ficava olhando para ela pensando naquele beijo, no começo ela sorria para mim, depois ela começou a fingir que não viu, então resolvi parar.

Ela é linda, mas não achei que ela iria me beijar, bem que eu queria, mas não sabia se ela queria... Obviamente eu retribuí o beijo mas parei rápido, pois achei que seria um pouco rude, sei lá! Agora é o intervalo e não sei se falo com ela ou fico andando com todo mundo à encarando que nem um babaca, ou seja eu falei para eles irem na frente, ela estava arrumando as coisas dela com a cabeça de baixo da mesa e quando subiu e me viu levou um susto.

— Desculpa.

— Tudo bem.- ela disse levantando da carteira.

— Posso conversar com você?

— Sim.

— É que, sobre aquilo, não é que eu não queria, eu queria, mas...-ela me olhou estranhando.- é que..., não queria parecer um pouco, sei lá, rude, entende?

— Eugene, -ela suspirou- não precisa ficar, assim...-ela suspirou de novo.- eu não devia..., ter feito isso..., com licença...-ela disse e saiu correndo.

Ela fica fugindo e eu não entendo o por quê! Por isso que eu sigo! Mas só por isso, além do que, como seria possível eu gostar dela sem ao menos conhecê-la? Tipo, eu à conheço, mas não muito, as aulas começaram anteontem... Sei lá!