Camp Half-Blood ~ Fic Interativa escrita por Little Avenger


Capítulo 9
Capítulo VIII — Marissa


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, amores



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“Pelas mentiras que eu inventei, eu vou para o inferno” The Pretty Reckless.

Era esquisito ter as pessoas me olhando como se eu fosse louca só porque eu tinha falado que a luta tinha sido maneira. Eles deviam entender o meu lado, poxa! Eu nunca tinha presenciado uma aventura daquelas, a adrenalina estava correndo em minhas veias. Agora estávamos numa rodovia de Nova York, tínhamos conseguido uma carona que nos deixasse ali e os grupos tinham se separado assim que chegamos a rodovia, era perigoso, eu sei, mas era a nossa única opção.

— Vamos continuar por terra porque eu não to afim de entrar no território do tio Zeus — Leo disse.

Soltei um suspiro de alívio, eu também não estava a fim de entrar no território de Zeus, era bem melhor viajarmos por terra que era o território do meu querido papai.

— Vamos para o Palácio de Bóreas né? — Effy se pronunciou pela primeira vez naquela missão.

Eu não sabia muito sobre a garota, mas ela não parecia ser amigável, estava sempre na dela e tinha uma cara de quem estava morrendo de fome.

— O Palácio de Bóreas fica em Quebec, no Canadá — Leo falou.

Vi pelo canto de olho Frank fazer uma careta, pelo jeito ele não parecia muito feliz com o caminho que teríamos que percorrer.

— Será uma longa viagem — O garoto falou. — Vou comprar as passagens.

Frank saiu da nossa vista e eu me virei para Leo e Effy, eles pareciam estar travando uma batalha de olhares bem acirrada, como se tentassem decidir se deviam se matar ou se agarrar, muito bizarro.

— Vocês estão bem? — Perguntei quebrando a troca de olhares deles.

Os dois se viraram para mim, eu adorava atrapalhar casais! Deve ser porque eu não tenho um namorado para “perturbar”, daí o nível de alonisse aumenta e já viu né? Leo voltou com seu costumeiro sorriso convencido e Effy com sua expressão de “eu não ligo pra nada” e assentiram como resposta a minha pergunta.

— Effy, posso falar com você? — Perguntei a garota.

Ela estranhou um pouco, mas logo assentiu. Nem eu sabia por que tinha pedido para falar com ela, ou sabia... Ah, era confuso e eu só queria ajudar. Para uma filha de Hades eu estava muito boazinha, mas assim que vi Effy pela primeira vez percebi que ela tinha sérios problemas de ser social, problemas com drogas (eu pude perceber isso pelo maço de cigarros que ela carregava em sua bota e não tinha nenhum medo de esconder e também pude perceber que ela tinha alguma coisa com o Leo, assim que nos afastamos de Leo, a Effy cruzou os braços e me fitou com a sobrancelha esquerda arqueada.

— O que você tem com o Leo? — Perguntei na lata.

Eu não era conhecida por enrolar muito com os assuntos, gostava de ir direto ao ponto. Effy pareceu gelar por alguns segundos, mas logo estava com sua expressão indiferente estampada no rosto.

— Nada, por que a pergunta? — Ela me respondeu com outra pergunta.

Olhei nos olhos dela, procurando descobrir alguma coisa que fosse útil já que pelo jeito ela não ia responder a minha pergunta com sinceridade, o que era plausível já que ela nem me conhecia direito. Só de olhar nos olhos dela pude perceber tudo e um sorriso convencido se formou em meus lábios, aquela garota precisava de ajuda urgentemente e eu sentia que podia ajudá-la.

— Olha... Somos as únicas garotas nessa missão, então é melhor sermos amigas, não? — Perguntei com um sorriso de orelha a orelha.

Estava tentando ser gentil, mas acho que não colou não, Effy continuou me olhando como se eu fosse uma criatura de outro mundo e eu bufei.

— É sério, você tem que parar com essa atitude de “eu não ligo pra nada” porque você pode enganar todo mundo com esse seu papinho, mas a mim não — Falei de uma vez. — Só quero te ajudar, só isso.

Toquei o ombro dela enquanto falava e ela se afastou.

— Não pedi sua ajuda — Disse e saiu andando para onde Leo e agora, Frank estavam.

— Eu ainda vou conseguir fazer ela enxergar o que está fazendo consigo mesma — Murmurei para mim mesma e voltei para onde eles estavam.

[...]

— Essa coisa pode ser chamada de ônibus? — Perguntei ao ver o estado da lata velha que ia nos levar até a metade do caminho para o Canadá.

Assim que entramos no ônibus o cheiro de mofo invadiu as minhas narinas e fez eu querer sair correndo dali, as cadeiras estavam meio... Velhas, desgastadas e seus acentos estavam danificados, fora que algumas janelas nem abriam, me encaminhei lá para trás onde nós quatro poderíamos sentar lado a lado e tratei de pegar um lugar na janela, pelo menos AQUELA janela abria. O resto dos passageiros entrou no ônibus e não demorou muito para que começássemos a seguir viagem.

— O que vocês acham que vai acontecer no palácio? Será que Bóreas é mesmo amigável como o Quíron disse? — Questionei os outros.

Apesar do cansaço por conta da pequena batalha contra o Drakon, eu estava ansiosa demais para ficar quieta e dormir.

— Eu não sei dizer, da última vez que estive no palácio fiquei do lado de fora enquanto Jason e Piper falavam com Bóreas, mas pelo menos ele nos deixou sair vivos de lá — Leo nos contou. — O problema foi a filha dele, a Quione, ela sim não é nem um pouco amigável.

Nós assentimos enquanto Leo falava, pelo menos tínhamos uma base do que podíamos esperar ao chegar no palácio.

— Acho melhor descansarmos — Frank falou. — Alguma coisa me diz que aquele Drakon foi só o começo de tudo, então... É melhor estarmos descansados caso aconteça alguma coisa.

Vi de relance Leo sorrir, o garoto magricela conseguia ser mais animado que eu. Ele não perdia uma. Ele podia estar quebrado e cansado que sempre iria sorrir e fazer piada, eu invejava isso nele.

— Eu posso ficar de guarda primeiro — Leo se ofereceu e todos assentimos, cada um se ajeitou do jeito que achou mais confortável e fechou os olhos.

— Mas gente não seria melhor se nós... — Comecei a falar, mas fui brutalmente interrompida.

— Cala a boca e vai dormir, Marissa — Ouvi a voz de Effy.

Bufei, ela estava muito mandona para o meu gosto, mas não protestei, eu precisava mesmo calar a boca e ir dormir, então apoiei minha cabeça na janela e fechei meus olhos torcendo para que eu não fosse perturbada por pesadelos e que aquela missão acabasse bem, pois eu estava satisfeita com a nova família que tinha ganhado e não queria perdê-los antes de aproveitar um pouquinho.


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Notas finais do capítulo

O próximo será narrado pela Clarissa :3