Story of Us escrita por Sophie Valdez


Capítulo 5
Senhor Eu Sempre Estou Certo


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha eu aqui denovo!
Devo dizer que estou muito animada com os comentarios, mas quero mais hein? kkkk

Espero que gostem, boa leitura!!!



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Rolava a carta da minha mão esperando até a hora que James apareceria. No fundo eu sabia que não devia temer a resposta dos meus pais, afinal eles não podiam me rejeitar... Eram os meus pais! Mas tinha medo de sentir decepção nas suas palavras.

_ Para de pensar Nique, vai acabar fritando seu cérebro. – ouço dizer atrás de mim e segundos depois James está sentado ao meu lado perto do lago.

_ Pelo menos eu tenho um SiSi! – respondo rindo e ele me acompanha.

_ Alguém anda muito nervosinha... – ele comenta depois de um tempo e então encara minha mão. – Vai demorar muito ou vai ler a carta?

_ Eu tenho medo do que está escrito. Só estava te esperando... – confesso baixinho. Não era legal confessar medo a um grifinório como ele.

_ Mas eu estou aqui com você, como eu disse. E você não me engana, está com medo, mas isso é bobeira! – James diz abrindo um sorriso e bagunçando meu cabelo e me fazendo bufar. – Abre logo!

_ Ok, ok! – digo diante a sua impaciência e respiro fundo deslizando meu dedo lentamente pelo fecho da carta até ele se abrir.

_ Ah, me dá isso logo! – James diz do nada tomando a carta de mim e a abrindo.

_ Sirius!

_ Pronto. – ele exclama esticando o pergaminho e me encarando com a sobrancelha arqueada. – Você vai ler logo ou eu vou ter que fazer isso?

_ Me dá! – digo tomando o papel dele. – Só porque não sou da grifinória não quer dizer que seja uma fracote...

_ Eu não disse isso. – murmuro.

_ Tanto faz. – resmungo e me viro para ler a carta.

– “Querida Dominique;

Até que enfim a mocinha nos escreveu não é? Caso não se lembre, era para você escrever no primeiro dia! Ficamos preocupados quando não tivemos noticias suas.

Ficamos muito feliz por você mon ange, e realmente desejamos que tenha um ótimo ano. Nos mantenha informados sempre.

Aqui em casa as coisas continuam as mesmas, seu pai bateu o recorde nessa última lua cheia, comeu dez quilos de carne! Louis disse que sente a sua falta e de Victorie, mas pediu para não te contar, então não conte a ele que eu te contei.

Por falar no seu irmão, ele está todo ralado porque caiu brincando com Lily e Hugo aqui em casa. Daqui a pouco ele vai ter mais acidentes do que você!

Enfim, estamos todos bem e espero que minha princesa também esteja. Tenha boas aulas, juízo e mande beijos para sua irmã e seus primos.

Muitos beijos e abraços,

Maman e Papa.”

_ Então? – James pergunta já que fiquei em silencio olhando para a carta. – Nique? DOMINIQUE!

_ Que é? – indago despertando e ele revira os olhos tomando a carta de novo. Aquilo já estava me irritando.

Começo a roer minhas unhas olhando pro lago enquanto ele lê a carta tentando convencer a mim mesma que estava tudo bem. Estava, não é?

_ Porque está com essa cara? Não tem nada de mais aqui. – ele comenta franzindo a testa e me devolvendo a carta.

_ Exato. – suspiro dobrando o papel. – Não tem nada aqui... Nem um “estamos orgulhosos”, ou um comentário sobre a Lufa-Lufa...

_ Sabe o que eu acho Dominique? – James pergunta meio nervoso. – Que você é a única aqui com preconceito com sua casa!

_ O que?

_ Você já ouviu eu, Fred, Vicky, Molly, Teddy ou qualquer outro falando sobre sua casa? Já viu a gente comentando como estamos envergonhados por você? Não, você não viu. E isso é porque isso não vai acontecer nunca! – ele exclama revirando os olhos. – Desde que a chapéu seletor te colocou na Lufa-Lufa você tem se martirizado mas isso não importa para nós. Somos sua família, não vamos te dar as costas só porque não foi para a Grifinória! Na verdade, é até bem legal sabe? Você é diferente de nós... isso é bom. E eu sei que seus pais sabem disso e estão orgulhosos de você.

Lutei contra um sorriso ao ouvir James falar tudo aquilo meio nervosinho. Aquilo acalmou meu coração e abriu meus olhos. Ele tinha razão, não havia problema nenhum em eu ser da Lufa-Lufa, e todos que importavam comigo não se importavam por eu ter quebrado a “tradição da família”.

_ Desde quando você fala coisas como martirizando? – comento sorrindo agora abertamente e ele estreita os olhos para mim.

_ Você só ouviu isso Nique?

_ Não... – respondo rindo e ele sorri junto. – Obrigada.

_ De nada texuguinho.

_ EI! – exclamo batendo no braço dele. – Maldito Fred! Eu não gosto desse apelido...

_ Eu gostei. – ele comenta gargalhando. E eu enfim sinto-me bem novamente, ali, conversando com James, sem me preocupar com meus pais ou qualquer coisa.

_ Você tem razão. Eu estava complicando tudo. – digo depois de um tempo e ele concorda com a cabeça se deitando na grama e me puxando para deitar ao lado dele olhando para o céu claro daquele sábado.

_ Eu sempre tenho razão Nique. – James diz convencido como ele só e eu rio debochada.

_ Claro...

_ Ah, tá de deboche é? – ele exclama se levantando nos cotovelos e me encarando. – Lembra aquele dia que eu falei “ Nique não vai naquele arbusto que eu acho que é venenoso!”

_Hm...- resmungo me lembrando do resultado daquela história.

_” Não James! Pare de ser bobo! Aquilo ali é um arbusto normal!” – ele diz com a voz fina engraçada. Eu acho que estava tentando me imitar e eu ri do resultado.

_ Eu não falo assim!

_ O que aconteceu? Hm? Hm? – ele pergunta cutucando minha barriga. – Ficou inchada e vermelha por duas semanas! Então, aprenda... o James Sirius aqui sempre, SEMPRE, tem razão.

_ Esse é um caso isolado. – digo sem dar o braço torcer.

_ Tínhamos 7 anos, eu falei não leve esse gato para casa, ele está com raiva... E o que você fez? Me escutou? Nãão... – ele começa e eu reviro os olhos. – Aquele demônio atacou todo mundo...

_ Ele só ficou agitado...

_ Eu ainda tenho uma cicatriz! – James exclama apontando pro braço.

_ Ok Sr. Eu sempre tenho razão. – resmungo fazendo ele rir convencido e se deitar de novo.

O sol cruzou o céu enquanto nós ficamos ali conversando sobre todo tipo de coisa. James falava com entusiasmo sobre a Grifinória, sua Sala Comunal e me contava histórias que passou nas aulas com Aaron, Nicholas e Katherine.

Eu me sentia mal por não gostar dos amigos dele. James parecia tão alegre falando deles e eu sentia como uma menina mimada tendo uma crise de ciúmes. Talvez se eu me esforce eu conseguiria ser amiga deles todos também, por James... Afinal eles não estavam roubando meu amigo como eu pensei algumas vezes. Ele estava ali comigo, como antes. Porém ele falava dos novos amigos a cada cinco minutos...

_ Eu estou morrendo de fome... – James reclama se levantando e coçando a nuca. –Já foi na cozinha?

_ Não, mas passo lá em frente todo dia. – respondo dando de ombros e seguindo para o castelo.

O interior da escola estava tão calmo que até dava sono.

Como se ouvisse meus pensamentos James soltou um estrondoso bocejo assim que entramos no corredor da cozinha me fazendo rir da cara de bocó dele, mas meu amigo logo se recompôs e fez cosquinha na fruta do quadro, e em poucos segundos entramos na enorme cozinha que parecia em total produção para o jantar.

_ Bom tarde Sr. Potter. – um elfo de nariz redondo saudou James com uma reverencia. – É muito bom vê-lo!

_ É sempre bom ver você também Higle! – James responde apertando a mão do elfo. – Higle... Está aqui é minha prima Dominique. – o elfo me cumprimenta com outra reverencia e eu o imito fazendo seus olhos brilharem.

_ Os Weasleys e Potters sempre bondosos com os elfos! – ele comenta com a voz embargada. – Desejam alguma guloseima?

_ Na verdade, seria bom um sanduiche. – respondo olhando para o fundo do cômodo onde vários elfos misturavam enormes panelas.

_ Daqui um instante senhorita! Com licença. – Higle diz se afastando e James me puxa para uma mesa ali no canto.

_ Você já veio muito aqui? – pergunta observando outros elfos nos trazerem suco, leite e cumprimentarem James.

_ Algumas vezes. – ele responde dando de ombros. – Aaron adora esses elfos... Acho que ele ia adorar conversar sobre eles com Tia Mione. Já Nicholas, ele gosta mesmo é da mordomia... Os elfos tratam as pessoas como reis e ele adora.

_ Você parece tão intimo deles em tão pouco tempo. – comenta parecendo desinteressada e lerdo como sempre James não percebe o pouco de ciúme da minha frase.

_ Nos tornamos grandes amigos. Somos o novo quarteto de Hogwarts! – ele exclama sorrindo e estralando os dedos.

_ Claro... – murmuro e Higle volta com dois sanduiches enormes de presunto e queijo. – Mas não acha que é muito cedo para ficar assim... tão amiguinho deles? Tipo, você nem os conhece direito...

_ Meu pai conheceu tio Rony no expresso, e eles se tornaram amigos rapidinho.- James comenta mordendo o sanduiche.

_ Mas é diferente.

_ Não é não.

_ É sim! – exclamo largando meu lanche no prato. – Você anda com eles para cima e para baixo, mas nem sabe se pode mesmo confiar neles!

_ É claro que eu posso confiar. – James diz parecendo ofendido, como se eu tivesse falando mal dele. – Para sua informação, anteontem Nicholas quase foi pego para me ajudar a sair do local onde colocamos uma bomba de bosta para pirraça. Isso parece um ato de confiança não é?

_ Só estou dando minha opinião. – engulo em seco emburrada com aquela conversa. James parecia colocar os amigos acima de tudo agora. E que pegadinha é essa com pirraça? Possivelmente uma coisa que só o “quarteto” podia saber...

_ Na verdade, Dominique... Eu queria conversar sobre uma coisa relacionada ao pessoal. – James diz depois de um período de silencio. Ele parecia cauteloso e hesitante, e isso não é bom. – Sabe... Kat, e Nicholas... eles tem reclamado de você...

_ De mim?

_É... é que... Bem, você.... você não tem sido muito simpática com eles não é? – ele começa sobre meu olhar incrédulo. – Você está sempre de cara amarrada perto deles...Você tá sempre dando patada no Nicholas. Kat acha que você não gosta dela...

E não gosto mesmo. – penso mas não falo. James dizia aquilo como se eu fosse a vilã.

_ Então... Eu queria te propor uma coisa. – ele diz cortando meus pensamentos indignados. – Nós estamos combinando uma pegadinha com o novo zelador, e preciso de alguém para ajudar Kat em uma fase do plano. – Abro a boca para argumentar mas ele não deixa.- Por favor Dominique! Faz isso por mim. Para mostrar que você é legal...

_ E porque eu tenho que mostrar a eles que eu sou legal? – pergunta com a voz ríspida. – Até agora eles não foram legais comigo!

_ Não diz besteira. Você só não gosta deles por que ficou com ciúmes! – James exclama e eu troço as mãos não acreditando no que estou ouvindo.

_ Ciumes? De quem? Você?

_ Nós sempre fomos melhores amigos... – ele comenta e eu franzo a testa com o “fomos”... no passado. – E agora que eu fiz novos amigos você ficou incomodada... Mas não tem que ficar assim.

_ Eu não sou essa mimada que você pensa! – exclamo me levantando.

_ Sei que não Nique! – James diz revirando os olhos. – Vamos! Pare com isso! De uma chance a eles! Só uma! Eu quero que todos nós sejamos amigos...

Suspiro sentindo que ele fala sério. E sinto pena por James era tão ingênuo. Como ele não vê que aqueles amigos dele não gostam de mim? Eu não sou o problema!

_ Ok... – respondo meio contrariada. – O que eu vou ter que fazer?

_ Sabia que ia aceitar Nique! – ele comemora me abraçando apertado.

_ Não... consigo... respirar!

_ Amanhã, depois do toque de recolher, em frente a Sala Precisa. – ele diz me soltando e correndo para fora da cozinha. – NÃO SE ATRASE!

_ Tchau e boa noite para você também! – digo e faço uma careta. Estou MESMO parecendo uma mimada. Suspiro e vou dormir sem jantar pensando do dia de hoje.

O peso de ler a carta dos meus pais saiu dos meus ombros, mas algo na carta ainda me incomodava um pouco. Era besteira... eu sabia. Mas me lembro de ver eles todo orgulhoso quando Vicky foi eleita monitora e certamente foi assim também quando ela foi para a Grifinória.

E depois de tirar um problema da minha cabeça, agora eu tinha outro. Queria que James visse que não gosto dos amigos dele, mas depois de hoje eu vi que não adianta discutir sobre isso com ele. James é realmente o Sr. Eu sempre estou certo.

Me virei olhando para o céu meio nublado da noite e dormi, desejando que amanha tudo desse certo.

Talvez os amigos de James não fossem tão maus quanto eu penso.

Talvez seja só paranoia minha.

E assim espero.


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Notas finais do capítulo

Ai, ai.... Esse James....

O que estão achando dele e Dominique hein?

Comentem!!!!!

Até o proximo!! Beeijos