Is he a Ken guy? escrita por Lets


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIE LINDEZAS!!! Sentiram minha falta? Eu senti a de vocês!!
Se vocês estão no grupo do WhatsApp ou do Facebook, viram que eu não consegui postar ontem porque fui no show do Arctic Monkeys na sexta (que, por acaso, foi animal).
Se vocês não estão em nenhum desses grupos, estão sabendo agora o motivo de eu não ter postado ontem. Hahahahah
Espero que gostem do capítulo!



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POV Cintia Sanchez

— Que bom que você ta aqui! — falei assim que abri a porta, abraçando minha melhor amiga pelo pescoço

— Claro que eu to aqui. Não podia ir embora sem falar com você, né?!

— Ta certo, ta certo. Vem, vamos entrar. Quer alguma coisa? Acabei de fazer café.

— Não, obrigada. Minha médica pediu pra eu maneirar na cafeína. — Mari respondeu, passando a mão pela barriga

— Ah, lógico. — sorri para ela — Gêmeos, hein? — ela assentiu e eu a abracei novamente — Parabéns, Mari. Você merece. — já podia sentir meus olhos marejados

— Obrigada, Ci. Agora vai. Me conta. O que ta te atormentando tanto?

— O Gabriel, né. O que mais poderia ser? — bufei, andando até a cozinha, me servindo de uma xícara de café preto

— Ele ta no seu pé?

— Não. E é isso que me atormenta. Será que ele desistiu de mim?

— Espera aí, quando foi que vocês trocaram os papéis? Não era ele que devia estar correndo atrás de você? Ele que fez burrada.

— Eu sei, mas ele se desculpou e pediu pra recomeçarmos. Eu mandei ele embora.

— Isso faz quanto tempo?

— Um mês e tanto. Eu já tava tão acostumada com o Gabriel insistente que nem me passou pela cabeça que ele desistiria dessa vez.

— Ainda não entendi o motivo de você estar indo atrás dele.

— Não to indo atrás dele. Mas não queria que ele parasse de lutar por mim.

— Você quer voltar, então?

— Claro que quero. Ele é o Gabriel, né Mari?! Não tem como eu não querer voltar com ele.

— Se tem toda essa certeza, por que mandou ele embora quando ele propôs isso?

— Eu queria me sentir desejada, ta bom? Queria que ele lutasse por mim.

— E ele não lutou? Você o mandou embora e ele simplesmente foi? Sem dar notícias no dia seguinte?

— Não foi bem assim... Ele me mandou flores todos os dias por uma semana. Me ligava uma vez por dia, mas eu nunca atendia, com medo do que ele poderia dizer.

— Cintia! — ela gritou — É claro que ele desistiu de você! Olha a merda que você fez!

— O que eu fiz?! — perguntei, não percebendo onde eu tinha errado

— Ele lutou por você, sua imbecil. Mas ninguém quer ser ignorado como um nada. Ninguém é de ferro e é óbvio que ele desistiria uma hora ou outra. Você é muito trouxa mesmo, puta que pariu.

— Porra, Mariana, obrigada por me reconfortar. — falei irritada, sentindo lágrimas invadirem meus olhos — Não importa mais. Ele já deve estar com outra na cama. — as lágrimas saltaram, escorrendo por minhas bochechas

— Ele ta no escritório. Não tem dormido ou comido direito. A última coisa que ele consegue pensar é arranjar outra.

— Como você sabe? — minha voz estava embargada do choro

— Passei lá pra vê-lo. Vai atrás dele, Cintia. Ele te ama e ta arrependido de tudo.

— Mas... Mas ele desistiu de mim. E se ele não me quiser mais?

— Se você ficar com essa insegurança escrota, vou meter a mão na tua cara. Vai logo, caralho.

Fiquei com medo da minha melhor amiga. Seu tom era realmente assustador. Assenti, dei um beijo em sua bochecha e saí correndo em direção ao meu carro. Dirigi ultrapassando a maioria dos faróis, com uma velocidade mais alta do que o permitido. Se tivesse que pagar multa depois, que fosse.

Estacionei de qualquer jeito no meio-fio em frente ao prédio que o escritório de Gabriel ficava. Tranquei meu carro e entrei correndo no edifício.

— Sra. Sanchez! Que surpresa vê-la por aqui. Deseja algo? — a recepcionista falsa me perguntou, com aquela voz fina anasalada irritante dela

— O Gabriel ta na sala dele? — perguntei ofegante, ignorando completamente a sua careta quando citei o nome dele

— Ele tem uma reunião em meia hora. É algo sobre seu divórcio? — seu rosto se iluminou, me fazendo querer quebrar aqueles dentes brancos e retos

Ignorei meu desejo e fui correndo para o elevador. Ouvi a voz anasalada atrás de mim, mas as portas se fecharam antes que ela pudesse me alcançar. Subi até o quinto andar, tentando acalmar minha respiração e meu coração, que estava na mão.

Andei até sua sala, me sentindo nostálgica com o turbilhão de lembranças que me atingiram. Bati na porta, ignorando os funcionários que me encaravam. Ouvi um "entre" e girei a maçaneta, sentindo meu coração palpitar fortemente em meu peito.

— Pois não? — Gabriel falou ainda olhando para baixo

— Podemos conversar?

Ele levantou a cabeça quando ouviu minha voz. Não parecia acreditar que era eu mesma lá. Abri um sorriso de lado e fechei a porta atrás de mim. Andei até sua mesa, sentando-me a sua frente.

— Cintia? O que você ta fazendo aqui?

— Eu... Eu, hum... Eu queria me desculpar. Quer dizer, eu não devia ter te ignorado quando o que eu mais queria, na verdade, era... — eu estava com uma dificuldade enorme de dizer o que devia e ele, claramente, percebeu

— Era... — Gabriel me instigou a continuar

— Era... Merda. Você tem noção do quão difícil é falar isso em voz alta?! — meu tom de voz não estava amigável, apesar de eu não culpar meu marido pela merda que eu havia feito e agora teria que consertar

— Dizer o que em voz alta, Cintia?

— Que eu errei! — me exaltei — Que eu devia ter te aceitado de volta no momento em que o primeiro buquê de flores chegou. Que eu devia ter atendido sua primeira ligação e dito que te amava mais do que tudo. Que eu devia ter passado por cima desse meu orgulho estúpido há mais de um mês atrás. — respirei fundo, contendo as lágrimas — E agora eu to aqui, me humilhando, pedindo, pelo amor de Deus, que nós voltemos a ser o que éramos antes.

— Nós nunca seremos o que éramos antes, Cintia. — ele falou, me fazendo ofegar

Dessa vez eu tinha conseguido. Havia sido estúpida o suficiente a ponto de perder o amor da minha vida. Eu o olhava, sem vê-lo realmente. Minhas lágrimas já haviam transbordado e eu sentia que minha alma já não estava em meu corpo.

Despertei, mais ou menos, de meus devaneios quando senti suas mãos chacoalharem meus ombros.

— Ei, ta me ouvindo? — suas mãos passaram para meu rosto, secando minhas lágrimas — Nós nunca seremos os mesmos porque eu nunca mais serei idiota o suficiente para desconfiar de você. — senti seu nariz encostar no meu — Você está aqui se desculpando, mas fui eu quem comecei com essa palhaçada. Então, novamente, eu imploro seu perdão. Eu não sei viver sem você, Ci, eu não sou nada sem você. Você me perdoa? Me aceita de volta na sua vida?

Senti meus lábios se esticando em um sorriso enquanto as lágrimas ainda escorriam por minhas bochechas. Empurrei meu corpo contra o seu, encostando nossas bocas.

Nossa, como eu havia sentido falta desse beijo. Seus lábios macios moldaram-se aos meus enquanto nossas línguas batalhavam por um lugar na boca do outro. Passei minhas mãos por suas costas, arranhando de leve por cima da camisa. Meu rosto estava entre suas mãos, enquanto seus dentes mordiam e puxavam meu lábio inferior.
Nossos corpos tentavam se fundir e eu já podia sentir o tamanho de sua excitação batendo em meu ventre. Gemi quando, de algum jeito, Gabriel conseguiu aprofundar o beijo, tornando-o ainda mais sôfrego. Apertei sua cintura, cravando minhas unhas em suas costas, fazendo-o gemer contra meus lábios.

Com muito esforço, que eu não sei de onde tirei, separei nossas bocas, tentando respirar normalmente. O que era difícil, levando em consideração que sentia os lábios de meu marido em meu pescoço, beijando e chupando.

— Amor, é melhor pararmos. — falei, ofegante

— Não. Eu te quero. — ele disse contra a pele exposta de minha clavícula

— Não podemos aqui. Alguém pode ouvir. Eu te espero em casa, hoje a noite. — tentei me desvencilhar de seus braços, mas ele agarrou minha cintura e não me soltou de maneira alguma

— Nem fudendo que vou deixar você ir embora. Não vou te soltar nunca mais.

Acabamos fazendo amor ali mesmo, no chão de seu escritório. E na mesa. E no sofá. E na cadeira. E contra a parede.

POV Miranda Gutenberg

Nervosa. Era assim que eu estava. E ansiosa, claro. Meu casamento seria em duas horas e eu não conseguia parar quieta. Já havia sido um parto para que a manicure conseguisse pintar minhas unhas e agora Mariana queria me matar por não conseguir cachear meu cabelo direito, já que fico andando de um lado para o outro.

— Miranda, se você não parar nesse instante, vou enfiar esse babyliss quente em um buraco não muito agradável. Então senta essa bundinha arrebitada na cadeira e não se mexe.

Soltei uma risadinha nervosa, mas acabei acatando ao seu pedido. Duas horas e meia depois, meu cabelo já estava pronto, assim como minha maquiagem, e eu já estava vestida, indo em direção à capela. Fiquei ainda mais nervosa por estar atrasada, mas Mari falou que é elegante, para a noiva, se atrasar.

Respirei fundo, pegando o braço de meu pai, tentando me equilibrar em pé. Minha cunhada e meu irmão beijaram minhas bochechas e caminharam para dentro da igreja. Contei até cinco e fui atrás, me apoiando em meu pai.

— Não me deixe cair. — sussurrei

— Claro que não. — ele sorriu de lado e colocou minha mão na de Douglas, que beijou o dorso da mesma — Nem preciso falar, né moleque? — meu pai fez uma voz de durão, mas meu noivo já o conhecia, então sorriu

— Ela será muito feliz, Pedro.

Meu pai assentiu e foi se sentar entre Sheila e minha mãe. Douglas entrelaçou os dedos nos meus e ficamos de frente para o padre, que começou seu discurso clichê. Para ser honesta, eu não estava prestando muita atenção no que ele dizia. Meu foco estava na mão de meu quase-marido enroscada na minha e no meu filho, no colo de Rafael.

Decidimos fazer uma cerimônia só para os íntimos, por isso a igreja estava bem vazia. 100 pessoas, chutando alto. Não queríamos nada com um clima muito sério, apesar de ser bem tradicional. A hora dos votos chegou e eu sentia que começaria a rir a qualquer momento.

— Mi, depois de tudo o que passamos nesses dez anos juntos, sei que estamos prontos para enfrentar qualquer coisa. Eu te amo.

— Meu amor, — comecei com um sorriso enorme nos lábios — se depois de dez anos te aguentando do jeitinho que você é eu continuei te amando, vou te amar para sempre.

O padre e os nossos convidados riram baixinho enquanto eu e Douglas sorríamos um para o outro.

— Pode beijar a noiva.

Foi o que bastou para grudarmos nossos lábios em um beijo cheio de significado. Nosso primeiro beijo como marido e mulher.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Sei que não ficou grande, mas é porque não tem muito mais o que colocar... Decidi que o próximo capítulo é o epílogo! Juro pra vocês que vou tentar postar no dia certo, pra variar! Hahahaha

Bom, já sabem né? Tem o grupo no whats (só passar seu número com DDD por MP) e tem o grupo no face (tem o link nas notas finais do cap passado). Entrem lá pra gente conversar!

Não se esqueçam de comentar e recomendar!
Beijos, até a próxima