O Assassino De Reis - O Desejo De Anna escrita por Lianou


Capítulo 7
Capítulo 6 : Incurável




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“ As vezes é necessário que você feche os olhos e jogue os dados , ficando a sós com sua verdadeira fé.” – Marc.

*

Local : Castelo de Arendelle - Sala de reuniões

Status : Dia nublado

Dia : 02 de fevereiro

Hora : 17 : 43

Personagem : Roger

*

Com a ausência de Marc , William e Yuri. Elsa e Roger ficam sozinhos.

– ISSO SÓ PODE SER PIADA !! – Gritou Roger chutando a cadeira para longe.

– Chega , Roger... – Disse Elsa. – Não existe outro jeito. Ou é isso ou minha irmã irá viver presa em um quarto... Assim como eu passei.

– Não precisa lembrar a mim e a você desse tempo. – Disse ele indo até Elsa e segurando carinhosamente os ombros da mesma. – Isso é passado , Elsa. Mas infelizmente o passado as vezes volta para nos atormentar. Mesmo que a Anna ...

– RAINHA ELSA ! – Gritou um guarda batendo na porta. – MARC PRECISA DA SUA PRESENÇA NA QUARTO DA PRINCESA ANNA !

Imediatamente os dois se afastam um do outro , e como consequência , terminam a conversa.

– Preciso ir... – Disse Elsa já saindo da sala sem fechar a porta.

Roger fica imóvel , seu corpo não respondia mais. Só encarava aquela porta aberta que ia se fechando aos poucos bem devagar. Mas de repente , quando a porta já estava quase se fechando , uma mão acaba segurando a porta no último instante. O que faz Roger já pensar em sacar a adaga de seu bolso.

– Roger ! – Disse Yuri abrindo a porta e entrando na sala , parecia bem animado. – Consegui alguém que pode nos ajudar. Em outras palavras , ele pode salvar a vida do Kristoff.

Roger abre um sorriso de alivio no mesmo instante , apesar de não saber que era essa pessoa de que Yuri falara.

E então entra na sala um homem alto , loiro com um cabelo curto meio bagunçado e com a barba por fazer. Parecia bem mais velho que Kristoff.

– Roger. – Disse Yuri. – Esse é Frosty Sanderson.

– É um prazer. – Disse Roger estendendo à para Frosty.

– O prazer é meu. – Respondeu Frosty com uma voz grossa.

No momento em que eles apertam as mãos , Roger encara o rosto de Frosty , e nele ele vê diversas cicatrizes espalhadas.

*

Local : Castelo de Arendelle – Quarto de Anna

Status : Dia nublado

Dia : 02 de fevereiro

Hora : 17 : 50

Personagem : Kristoff

*

Os dois não conseguiam falar , ainda estavam tentando acreditar que ambos estavam se encarando depois de muito tempo.

Anna abraça Kristoff com todas as suas forças , não queria solta-lo , só queria que aquele momento não acabasse.

– Senti sua falta... – Disse Kristoff. – Eu sinto muito por não estar ao seu lado quando você mais precisou de mim. Mas eu estou aqui agora.

– Você vai ficar ? – Perguntou Anna se inclinando para olhas nos olhos de Kristoff. – Vai ficar aqui em Arendelle ?

Com a pergunta de Anna , Kristoff começa a desviar o olhar lentamente , pensava no quão grave poderia ser a resposta verdadeira. Ele espera pelo silêncio para tentar fugir da pergunta de Anna , mas ela já notava a estranha atitude de Kristoff.

– Por favor... – Disse ela segurando carinhosamente o rosto de Kristoff. – Me diga que você vai ficar... Sem mais sumiços , sem mais sustos... Por favor...

Apesar de insistência , Kristoff se mantêm em silêncio. Se negava a contar a verdade dolorosa que poderia causar mais sofrimento para Anna. Ele faz mais uma tentativa para não contar a verdade , ele praticamente puxa Anna e a abraça firmemente e carinhosamente.

– Kristoff... - Disse ela inconformada com o silêncio de Kristoff e fazendo esforço para falar por causa do forte abraço que a sufocava. – O que houve...?

– Nada. – Disse ele olhando nos olhos de Anna. – Vou chamar o Marc e o William , eles podem curar você.

– Mas o que você tem...? Está tão estranho...

E então de repente , Kristoff beija Anna , impedindo-a que continuasse. Mesmo com vontade de saber o que de fato estava acontecendo , Anna praticamente se deixa levar pelo beijo e esquece do que iria perguntar.

Para Anna era a realização de um sonho estar ali deitada com Kristoff , aproveitando o beijo maravilhoso , não fazia ideia do que Kristoff estaria escondendo. Cinco anos navegando e andando em terras desconhecidas sem a garantia de voltar para Arendelle com vida.

– Eu te amo , Anna. – Disse Kristoff. – Farei de tudo para estar ao seu lado nesse momento difícil. Nem posso imaginar as suas dores , mas agora você tem a mim do seu lado , como eu sempre deveria ter estado.

A conversa dos dois é interrompida com o barulho de alguém batendo na porta.

– Princesa Anna ? - Perguntou Mary do lado de fora. - A senhora está acordada.

– Odeio quando ela me chama de senhora... - Resmungou Anna. - Sim ! O que precisa ??

– É hora do almoço ! Estou aqui para levar a pequena Sophia para comer aqueles deliciosos bolos de chocolate com castanhas.

– Sim , claro. Entre.

Kristoff então se levanta da cama , pega cuidadosamente a Sophia no colo e anda lentamente na direção da porta que já estava sendo aberta. Logo depois , Mary entra no quarto e imediatamente se assusta ao ver Kristoff ali , mas ela se recompõe no mesmo instante.

– Aqui... - Disse Kristoff entregando Sophia para Mary.

Mary não conseguia falar e nem pensar em nada , ainda tentava acreditar no que via. Ela somente pega Sophia e se retira do quarto logo em seguida , deixando Anna e Kristoff sozinhos.

– Bom... - Disse ele sentando na cama novamente. - Pelo menos agora estamos sozinhos , não é ?

– Me abraça... - Pediu Anna já sentindo falta do abraço apertado.

Kristoff imediatamente se deitada e abraça Anna sem pensar duas vezes. Assim , os dois ficam totalmente relaxados um com o outro. Depois da troca de abraços veio a troca de carinhos , depois os beijos , e no final...as três coisas juntas. Anna não parecia ligar para nada naquele momento , só abraçava , acariciava e beijava o homem que ela tanto amara. Depois de muito tempo tomando coragem , Kristoff começa a segurar gentilmente os ombros de Anna e começar a beijar o pescoço da mesma que responde com um beijo na testa de Kristoff.

– Eu prometo que vou te visitar em seus aniversários... - Disse Kristoff já não aguentando mais esconder a verdade de Anna.

Anna estava ocupada demais para entender o que acabara de ouvir , só queria sentir o corpo de Kristoff cada vez mais e mais. Era como se os abraços , beijos e carinhos não fossem o suficiente para satisfaze-los.

– Eu te amo... - Disse Anna chorando de alegria e molhando o cabelo de Kristoff com as lágrimas.

– Você e Sophia são as melhores coisas que eu tenho. - Disse Kristoff já voltando a beijar os lábios de Anna que não resistia e nem sequer tentava , estava adorando tudo aquilo , apesar de suas dores que podiam ser fatais.

– Alguém ai ? - Perguntou Marc batendo na porta.

Reconhecendo a voz de Marc , Kristoff imediatamente se levanta novamente e abre a porta para o mesmo.

– Licença. - Disse Marc entrando no quarto escuro.

Logo atrás estava William que estalava as mãos enquanto andava , era claramente um método de preparação para recolocar um osso em seu devido lugar.

– Quem são eles ? - Perguntou Anna um pouco assustada.

– Eles são aqueles que irão te ajudar. - Disse Kristoff indo para o outro lado do quarto.

– Já vi o problema. - Disse William coçando o queixo. - Cara princesa , tente não se mexer durante a recolocada do osso.

– O que... - Perguntou Anna assustada.

E de repente , Elsa entra no quarto e imediatamente vai até Anna que segurava a mão de Kristoff.

– Isso pode ser doloroso. - Disse William examinando a coxa quebrada de Anna. - Mas podemos recoloca-la no lugar , basta que você fique calma.

– Kristoff ! - Disse Marc jogando um tranquilizante para Kristoff que pega sem dificuldade. - Assim que eu falar já , use esse tranquilizante na Anna , senão... Bom...só fique pronto.

O desespero de Anna aumenta a cada segundo , encarava Kristoff e Elsa que a seguravam cuidadosamente enquanto William já estalava as mãos novamente.

– Isso vai doer. - Disse Marc encarando Anna. - Mas você voltará a andar.

– Do que vocês estão falando ? - Perguntou ela com um tom de medo. - O que irão fazer ??

– No três... - Disse William fechando a mão esquerda. - Um...dois...três.

E de uma única vez , num movimento rápido e preciso , William soca a coxa de Anna com muita força.

Anna grita de dor no mesmo segundo , as lágrimas de dor também apareciam junto com os inúmeros gritos que podiam ser ouvidos de longe.

– CALMA ANNA !!! - Gritou Kristoff desesperado.

Mas era inútil , Anna não se aguentava de tanta dor. Ela gritava , chorava e se debatia sobre a cama , dificultando ainda mais o trabalho arriscado.

– PAREM COM ISSO !!!!! - Gritou Anna chorando de dor. - POR FAVOR !!!

– SEGUREM ELA !! - Gritou William preparando mais um soco.

Kristoff acaba se jogando sobre a cama para abraçar Anna que acaba relaxando um pouco , mas William já socava a coxa dela novamente. E assim , Anna voltou a sofrer e muito.

– PAREM COM ISSO ! - Gritou Elsa também desesperada.

– É ISSO AO ELA NÃO PODERÁ ANDAR ! - Gritou Marc.

Kristoff fazia de tudo para manter Anna imóvel sobre a cama , mas era impossível com tantos gritos e choros da mesma.

William então soca novamente a coxa de Anna. Dessa vez dera para ouvir o barulho do osso mudando de posição , e como consequência , o a dor em dose dupla para Anna que estava a ponto de implorar por uma morte rápida , mas Kristoff fazia de tudo um pouco para mante-la calma.

– OLHA PARA MIM ANNA !!! - Gritou Kristoff olhando nos olhos de Anna que não conseguia parar de gritar e chorar. - VOCÊ VAI FICAR BEM ! ESTÁ QUASE ACABANDO !!!

– POR FAVOR !!!!!! - Implorou Anna. - PAREM !!!!!

Mas era inútil , William já a socava novamente.

A cada soco , uma dose maior de sofrimento e dor era propagado em Anna que implorava pela vida.

– MARC !! – Gritou Kristoff ainda tentando conter a Anna. – POSSO ??

– NÃO ! – Respondeu ele. – AINDA PRECISAMOS QUE ELA FIQUE ACORDADA !!

Assistindo o desespero de Anna que parecia ser desnecessário , Elsa entra em pânico.

– PAREM AGORA ! – Gritou Elsa já congelando o chão aos poucos. – KRISTOFF , USE O TRANQUILIZANTE ! ACABE COM ESSA BOBAGEM !

– SE FIZER ISSO , TUDO SERÁ POR NADA ! – Gritou Marc.

Em meio a toda essa discussão , os gritos de Anna permaneciam com mesma intensidade , assim como a sua dor extrema.


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