República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 53
Um novo olhar.


Notas iniciais do capítulo

Amorinhas, não vou nem dizer o motivo (NET),mas vou ter que postar do cell novamente... Me perdoem qualquer erro e a péssima formatação. :(
Espero que gostem amores, não é um capítulo muito "uhuul". hahahahaha
Mas eu achei melhor dividir do que fazê-las esperar.
Obrigada Sempre!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/537892/chapter/53

– Você gostou? – O engenheiro questionava a ruiva, com um sorriso bobo os lábios que já deixava bem claro que ele possuía plena consciência da aprovação dela.

– Ara Nando... – A ruiva oscilava os olhares entre o rapaz ao seu lado e a peça em suas mãos, ainda dentro da pequena caixa preta. – Ele é lindo demais... Eu nunca que tive um anel...

Os olhos dela brilhavam de uma maneira encantadora.

– Gina, você sabe o que significa este anel, não sabe?! – Ele questionou novamente, mas desta vez, não sabia bem se ela havia compreendido o recado.

A ruiva o olhou, contrariada.

“Der.” Secretamente pensou.

– Mas claro frangotinho, é um anel de formatura. De graduação em agronomia... – Ao dizer isso ela não pode deixar de namorar novamente a peça. Aquela bela e solitária pedra verde rodeada em dourado a encantava.

Nando sorriu.

Não era bem essa mensagem implícita no anel. Esta também é claro.

Mas a outra, que ele faria questão de confirmar, importava mais.

– Não menininha, não esse significado... Você está certa, claro... – Ele delicadamente retirou a caixa das pequeninas mãos dela, e depositou sob o criado mudo. Segurou as mãos, agora livres, nas suas. – Mas o que eu mais quero que você perceba com este presente, é o quanto eu quero lhe apoiar, Gina. Em tudo nessa vida! Inclusive, na sua faculdade! – Ele acariciou cautelosamente o rosto dela ao terminar a bela declaração.

A moça sorriu com as ternas palavras, o terno ato.

O terno momento, por completo.

– Você não sabe como é bom saber disso, Nando... – Gina voltou a se acalentar deitada sob o peito do engenheiro.

Naquele quarto, naquela noite, eles estavam unidos de diversas maneiras por completo.

Nos sentimentos, nos corpos, na mente.

Compartilharam o mesmo amor, um só prazer, e agora, seus pensamentos.

[...]

Ferdinando sempre fora um rapaz persistente.

Mas naquela manhã, em específico, ele estava ainda mais. Havia decidido repetir a surpresa que fizera na manhã passada, na espera de conseguir desfazer qualquer má lembrança que a ruiva pudesse ter, referente a cafés da manhã servidos na cama.

Ele já havia queimado duas omeletes, é verdade. Mas a terceira, de fato, parecia estar finalmente colaborando.

“Não queima, por favor, não queima... “ Ele olhava ansioso para a frigideira, com a espátula na insegura mão, esperando o momento que considerasse exato para ‘virar’ a obra.

Deu certo.

– Graças... – Ele pensou alto, sorrindo de si mesmo ao verificar que tudo estava novamente disposto na bela bandeja, assim como na manhã passada.

Da mesma maneira, também, o engenheiro colocou-se a subir os degraus e abrir a porta do quarto.

Ela ainda dormia.

“Angelical” Era o que para ele descrevia a cena de observar a amada dormir, serenamente.

A bandeja foi depositada na escrivaninha. Ele queria acordá-la antes de apresentar. Acordar com carinhos e beijinhos, que a mesma poderia atrapalhar.

– Bom dia menininha... – A voz suave dele fazia Gina imaginar ainda estar dentro de um sonho.

Ele se sentou ao lado dela. Puxou levemente a teimosa mecha rubra para trás. Queria vê-la despertar naquele dia.

Naquela manhã, seguinte à noite em que eles haviam tornado-se um só. Que ele ha havia tornado, de certa maneira, mulher.

– Menininha... – Ele manhosamente persistiu o chamado, puxando um dos braços dela em direção aos próprios lábios, depositando números e delicados beijos. – Acorde pra me fazer companhia...

Gina ainda não havia aberto os olhos, mas denunciou estar fingindo ainda dormir há alguns segundos, assim que sorriu com a manha do rapaz.

– Ara que você é uma porquerinha! – O engenheiro sorriu, forçando braveza por ser enganado. – Fingiu só pra me ouvir suplicar, não é?!

Gina abriu os olhos, com o riso mais sapeca do universo.

– E ainda fica rindo de mim... Ara que eu vou te ensinar a respeitar um doutor menininha! – A tom dele em ‘fúria’ fazia Gina rir ainda mais.

O engenheiro iniciou uma tortuosa cessão de cócegas, jogando-se por cima dela.

O riso dela, então, passou a invadir a casa.

– Para Nando! – Ela mal conseguia dizer em meio às gargalhadas.

– Não paro não, você me provocou! – O engenheiro argumentava, rindo tanto quanto ela.

– Desculpa Nando, desculpa! Mas para, pelo amor! – A ruiva suplicava. Seu abdômen doía tamanha as gargalhadas e cócegas que sentia.

– Ah, então é assim?! – O engenheiro do nada parou as ágeis e tortuosas mãos.

Gina o observava fitá-la sobre si, sem entender o questionamento.

– Mas é assim o que?!

– Pra dobrar você... É só fazer coceguinhas?! Até perdão me implorou! – O tom de cinismo e implicância dele era claro.

Ele AMAVA provocá-la.

– Ara seu...! – Ele havia conseguido, ainda que docemente. Gina colocou-se a se mexer pronta para atacá-lo.

– Não! Nem pense em me bater que eu continuo Gina! – Ele riu maliciosamente, demonstrando que ela ainda estava sob seu domínio. Abaixo do corpo dele.

– Pois se você continuar, quando eu sair daqui lhe mordo! – Ela retrucou brincalhona e orgulhosa.

Saudavelmente orgulhosa.

Aquela fala dita com o delicioso queixo erguido dela fez o pensamento do engenheiro levar tudo a outro plano.

– É promessa?! – Ferdinando questionou em um misto de malícia e brincadeira. Sua língua instintivamente umedeceu os lábios. Ele mais do que nunca tinha vontade dela.

Ainda mais agora, sabendo que não teriam que parar ou conter-se.

Curioso.

A maneira claramente aberta com a qual Ferdinando havia brincado, deixando claro o quanto a intimidade deles agora era completa, fez Gina pela primeira vez após o ocorrido pensar sobre o mesmo.

Eles haviam feito amor.

Não que ela tivesse esquecido em algum momento do motivo de estarem ali... Mas era curiosamente diferente pensar assim. Eles agora, de fato, possuíam uma completa intimidade. Liberdade um com o outro.

Esses pensamentos, e mais alguns, fizeram as bochechas dela tornarem-se rosadas com a brincadeira dele.

Ah... Nando amava também deixá-la assim, ‘desprotegida’, docemente sem jeito. A ruiva conseguia unir os opostos em sua personalidade. Isso era, aos cerúleos olhos, incrível.

Ainda mais depois de tudo que havia acontecido. Era alegre poder verificar que ele ainda possuía poder sobre os sentimentos e sensações do corpo dela apenas com palavras.

Os dois se observavam em completa ternura.

– Depois você me responde... – Nando preferiu não força-la a brincadeiras e provocações. Ele sabia o quanto tudo aquilo ainda era novo pra ela. – Deixa eu te mostrar uma coisa.

O engenheiro se levantou, e levou a bandeja até a cama, depositando sobre o colo da ruiva.

Gina sorriu maravilhada pelo empenho repetido por ele. Na verdade, sorriu ainda mais pela comida.

– Ai Nando, que ótimo, obrigada! Eu não sei porque mas to morrendo de fome! – Ela sorriu, já começando a tomar o copo de suco de maneira esfomeada.

– Seria porque você sempre tem fome?! – Ele brincou. - E além disso, tem a energia que gastou ontem menininha... – Ele a observava, como sempre, admirado com o apetite.

Gina deu uma breve engasgada. De fato, teria que se acostumar a falar abertamente com ele sobre esse tipo de coisa.

Nando sorriu disfarçadamente com a reação dela.

– Bom... – Gina tentou conter o engasgue. – Pelo menos hoje dá pra comer a omelete, Frangotinho, parabéns!

Era pra ser um elogio.

– Ora essa Gina, e ontem por acaso ao dava?! – O engenheiro se colocou de pé, indignado pela confissão.

Gina o observou claramente arrependida da fala que soltou de pensar.

– Não Nando... – Ela não conseguia conter muito bem o riso. Colocou-se de pé, cobrindo-se com o lençol, abraçando a cintura dele, que estava virado de costas por birra. – É que ontem... Ah, frangotinho, ontem você colocou meio pote de sal, né...

Delicada...

– Como é que é?! – Ele se virou para ela, encarando a face completamente risonha e debochada.

– Não... Calma... Aô.... – Ela brincou, provocando-o ainda mais.

– Aô?! Agora eu sou boi Gina?! – Até ele já se deixava levar na brincadeira, sorrindo por mais que tentasse negar.

A ruiva riu ainda mais com a constatação do amado.

– Boi não, frangote. – Ela retrucou. - Olha, vem cá frangotinho... – O puxou pela mão, de volta à cama. Sentou-se e o fez acompanhar, pegando um morango e passando no creme de avelã. – Come isso, e fica calmo... – Ela levou delicadamente a fruta aos lábios dele. Ferdinando não podia negar o quanto o ato lhe deixava seduzido. - É doce tá vendo... – Ela prosseguiu com uma voz manhosa, que o fazia duvidar de suas intenções. – Eu acho que você deve comer pelo menos mais uns 5 Nando... Pra ver se a gente tira esse excesso de sal da sua vida! – A voz risonha dela ao final o fizera perceber.

Aquela uma ainda estava debochando!

– Ara, que eu vou te pegar sua diaba! – Gina se colocou novamente de pé com a ameaça. Ria feito a criança mais sapeca do mundo.

Ferdinando estava igual.

Ele a cercou, grudando o corpo coberto pelo lençol entre o seu e a escrivaninha.

– Você não presta menininha! – Ele disse ainda rindo da própria cara de bobo que admitia ter ficado.

– Ara, quem não presta aqui é você doutor, ainda mais pra cozinhar... – Ela continuava a provocar.

– Ah é Gina...?! – O tom dele começava a alterar perigosamente.

Ela percebia.

– É sim. – Provocava ainda mais.

– Então deixa eu te mostrar pro que eu acho que presto... – Ela a agarrou pela cintura já de maneira intensa.

– Que pretensão toda é essa?! – A ruiva não acreditava muito no que havia acabado de ouvir.

Sabiamente convencido.

– E você não gostou menininha?! – Ele perguntou fingindo manha, já colando os lábios no ouvido dela.

As pernas de Gina começavam a amolecer.

Ela fechou os olhos com o sussurro. Suspirou ao lembrar-se muito bem de qual era o veredito sobre a pergunta dele.

– Hum... Fala menininha... Você gostou do que agente fez ontem? – Ele continuava a sussurrar de maneira incrivelmente provocante. Levou a mão lentamente á mão da ruiva, que prendia o lençol a seu corpo, puxando-a levemente.

Gina percebeu o que ele queria. Não iria negar.

Não iria, se o celular dela não houvesse começado a tocar estrondosamente sob o móvel em quês estavam apoiados.

– Ara, mas quem será essa hora?! – Ela observou o aparelho próximo a si e verificou na tela de quem se tratava.

Uma sensação não muito boa cortou o calor que seu corpo começava a emanar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, é isso amorinhas, espero que tenham gostado! s2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "República" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.