Seja minha escrita por Stéphanie Cribb


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeeee !!!
Quem diria hein, eu escrevendo fanfic de universo alternativo... Enfim...
Quero dedicar essa fanfic p/ Ana Beatriz uma Amber's Angel que pediu para que eu a escrevesse e me deu todas as ideias e etc. Enfim, Bea, espero que você goste e espero qe todos vocÊs gostem...
A dinamica vai ser a seguinte: Postarei uma vez por semana devido ao tempo que fico na faculdade. Logo, tentarei postar para vocês todos os fins de semana... Se alguma coisa acontecer eu aviso com antecedência.
Tenham uma boa leitura !



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Barulhos de salto agulha batendo no chão. Era apenas isso que se ouvia no corredor luxuoso e vazio do quinto andar daquele prédio comercial. Uma mulher baixa de pele negra e pernas grossas caminhava ligeiramente sobre o carpete azul petróleo que era incapaz de abafar suficientemente o som de seus sapatos e, com isso, denunciava sua chegada. Ela passou por um vaso de plantas e começou a desfilar em frente a todas as paredes de vidro que lhe mostrava o que ocorria na sala principal daquela agência de advocacia. Encontravam-se ali alguns estagiários e secretários – em sua maioria homens – e vez ou outra era possível avistar o garoto da repartição. Como sempre esses rapazes não se contentaram e viraram seus pescoços afim de acompanhar cada curva do corpo daquela mulher que passava do lado de fora. Segundos depois ela retirou seus óculos escuros e, com vontade, abriu a porta fazendo com que o som de um sino ecoasse no local.

- Esse sino estraga cada vez mais os meus dias. – Ela reclamou olhando para cima e deparando-se com o pequeno objeto. Revirou os olhos e começou a adentrar a grande sala.

Ao passar pelas primeiras mesas, soltou seu costumeiro ‘bom dia’ acompanhado de seu mais famoso sorriso ingênuo, provocativo e encantador. Aquilo deixava qualquer um louco, e ela sabia disso. Adorava estar no poder, era prazeroso... E então andou mais um pouco respondendo os comprimentos e elogios que recebia até avistar novas mulheres por ali. Sorriu e ficou feliz. Desde o início da faculdade, percebeu o quão machista era aquela profissão. Era bom ver que as coisas mudavam de aparência ao longo do tempo.

- Bom dia amor da minha vida.

Este era Arthur. Seu antigo amigo. Conheceram-se no início da faculdade quando ele reprovou matérias nas quais ela se saía muito bem. Sentaram uma vez para estudar juntos e desde então não se separaram mais. Criaram uma bela amizade – sim, apenas uma amizade – e ajudaram um ao outro até chegarem onde estavam. Eram os melhores advogados daquela região, isso ninguém podia negar. Embora a toda a equipe daquela agência fosse absolutamente excelente, eles dois se destacavam de forma inacreditável.

Arthur sempre lhe jogava piadas ambíguas. Nada muito malicioso, mas que às vezes a deixava sem graça, com dúvidas... Ele sempre fora assim. Sempre agira como seu melhor amigo, mas na hora de suas recaídas fazia imensas declarações que ela não levava a sério. Talvez para não destruir a amizade, ou nunca soube o quão sério ele falava e até mesmo porque não estivesse interessada de verdade.

- Bom dia ! – Ela respondeu entusiasmada ao ver o amigo carregando uma caixa de papelão cheia de artigos decorativos. – Artie, você está fazendo a limpa no escritório em plena segunda feira de manhã ? – Segurou uma gargalhada.

- Não me julgue, pelo menos eu faço isso. – A provocou sabendo o quão preguiçosa ela era para arrumar as prateleiras de suas estantes e se livrar de papéis antigos e inválidos. Sorriu vitorioso.

- Você não vai roubar a minha paciência logo às oito da manhã de uma segunda feira. – Respondeu-lhe calmamente e girou seu corpo por cima dos calcanhares. – Vejo você depois. – Disse já de costas e retomando o caminho até sua sala.

Ao abrir a porta e adentrar o cômodo, inspirou o leve cheiro de lavanda e sorriu. Toda vez que colocava os pés ali se lembrava de sua mãe e lhe agradecia, mentalmente, por tê-la presenteado com um aromatizante tão mágico. Ele fazia com que ela, mesmo estressada no fim do dia, permanecesse um pouco calma e relaxada.

Jogou sua bolsa em uma das duas cadeiras rústicas e acolchoadas que ficavam de frente para sua espaçosa e extremamente bagunçada mesa com tampo de vidro. Depois de deslizar seus dedos – lentamente – pelo braço daquela mesma cadeira, passou a fitar uma placa de madeira e se localizava à frente de sua bagunça.

Mercedes J. Essas eram as letras gravadas naquela pequena estaca que revelavam seu nome. Ela mantinha seu corpo inclinado e um dos cotovelos fazendo força sobre a mesa. Seu queixo estava apoiado em uma de suas mãos e ela sorria sutilmente. Nunca gostara de seu nome, mas aprendera a conviver com ele. ‘Quê menina tinha o mesmo nome que uma marca de carros caros ?’ Essa era a retórica mais comum em sua mente de seus cinco aos dez anos de idade. Quando encontrou seus primeiros melhores amigos de infância, recebeu diversos apelidos carinhosos e descobriu que não sentia raiva de seus pais por terem a batizado assim. Vinha, então, seu sobrenome: Jones. Poderia uma criança ter dois nomes tão fortes ? Oh Deus, isso era uma tremenda injustiça. Dois anos depois, porém, quando descobriu a diva que existia dentro de si e a sua imensa vontade de seguir os passos de Aretha Franklin e Whitney Houston, pensou que uma cantora de respeito, carregava consigo um nome e um sobrenome tão fortes quanto ela.

Aos dezessete, foi beijada pela primeira vez. Podia descrever a sensação como sendo tão mágica quanto cantar para diversas pessoas após aceitar seu primeiro Grammy award. Meses depois começou a namorar o mesmo rapaz que lhe apresentara esta sensação maravilhosa. Anthony era seu nome, fazia parte do time de futebol e amava quando Mercedes cantava especialmente para ele e sentia vergonha quando a beijava em público. Seis meses se passaram e ele se tornou um pouco... possessivo. Brigaram e se separaram pela primeira vez. Voltaram dois meses mais tarde, depois de uma festa. Desta vez Mercedes achou que era para valer. E até foi. Embora brigassem o tempo todo, duraram uma ano e três meses. Foi quando, depois de uma briga entre eles em uma dessas festas ilegais que os adolescentes fazem em casa e sem a autorização dos pais, Mercedes o procurou no andar de cima da casa e o viu beijando uma líder de torcida loira em cima da cama da anfitriã. Aquilo foi o fim e ela saiu de lá correndo. Quinn, sua melhor amiga na época, correu, mas não a alcançou.

Depois daquele dia Mercedes chorou como uma criança. Havia perdido seu primeiro amor e não estava nem um pouco disposta a lutar para tê-lo de volta. Ele não merecia. Dali em diante ela se dedicaria única e exclusivamente à sua maior paixão: a música.

- Se esse mundo não fosse tão injusto... – Ela pensou alto se referindo à carreira de cantora que ela não pôde seguir.

Levantou seu corpo e ajeitou sua saia lápis enrugada nas coxas. Tomou a bolsa em um movimento rápido e andou ao redor de sua mesa futurista. Finalmente sentou-se em sua cadeira relaxadamente pousou a bolsa sobre a mesa. Suspirou.

- Mas eu estou feliz assim. – Disse sorrindo e admirando cada milímetro daquele escritório.

**

A amanhã passara voando. Ela não atendeu nenhum cliente e muito menos teve que comparecer com urgência em um tribunal para defender qualquer alma descuidada que estivesse prestes a receber um belo prejuízo comercial. Já havia se livrado de seus saltos e permanecia tão concentrada em alguns relatórios que nem sentiu seu estômago dar sinal de vida.

- Droga, já são quase duas horas. – Reclamou quando, de relance, notou o relógio. – Entre – respondeu para alguém que batera musicalmente, com os ossos dos dedos, na porta. Já sabia que era Artie. Apenas ele fazia isso.

- A senhora não almoça mais ? – perguntou apoiado na maçaneta da porta. – Estive te esperando há mais de meia hora.

- Desculpe-me. – Retirou os óculos e afastou os papéis. – Eu só me concentrei demais.

- Como sempre... – Ele sussurrou.

- Deixe-me calçar os sapatos – abaixou seu corpo para alcançá-los – e pegar a bolsa. – Pegou-a já de pé e andou até o amigo, mas não sem antes olhar-se em um espelho que havia ali na parede.

Artie riu de toda a pose que a amiga havia retomado e a apressou. Ela se permitiu rir também e tomou-lhe o braço, conduzindo-o até o lado de fora da agência. Eles esperaram o elevador e, quando chegaram no térreo se dirigiram para o carro dela quem insistia em escolher um prático, porém ótimo restaurante.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o primeiro capítulo. Gostaram ?? Por favor, me deixem saber suas opiniões nos comentários. A fanfic ainda está em andamento e é a primeira vez que eu escrevo universo alternativo, então qualquer ajuda é bem vinda (:
Até o próximo capítulo :*



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