Beautiful Obsession escrita por Asynjurr


Capítulo 6
Fifth Chapter


Notas iniciais do capítulo

♈Olá, bom dia meus amores. Não vou começar com aquele discurso de DESCULPAS, porque vocês já devem estar de saco cheio disso e não quero cansar meus leitores.

♉Me falem que vocês estão bem por favor! Sinceramente espero que todos e todas estejam bem!!!

Oiiii Oiiii Oiiii!!! Vocês são as melhores do mundo. Gente eu estou emocionada a Liamda, maravilhosa, divônica da Girl Lover, recomendou a minha história, cara eu pulei, gritei, a minha empregada ta me chamando de louka desde ontem. Gente, vocês são demais, eu até dei uma largada do SS para me dedicar totalmente a minha fic aqui no Nyah. Hoje eu to feliz então decidi postar para agradecer aos comentários maravilhosos e a divônica recomendação.

Boa leitura!!!



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Violetta Castillo-Point Of View

***

O quarto estava banhado de pequenos raios solares, que penetravam através das pequenas arestas das janelas entreabertas. Pestanejei inúmeras vezes para que os meus olhos se acostumassem com aquela claridade excessiva. O relógio com a pontualidade britânia de sempre, marcava 12h:56min AM. León já não estava ao meu lado. Como era segunda-feira, supostamente ele deveria esta na empresa dá família, fazendo o que ele sabe fazer bem: dando ordens. Só ao imaginar vê-lo trabalhando começo a rir como louca em meu tão amado subconsciente, que ultimamente andava muito mal-humorado.

Curiosamente meu tornozelo não estava doendo, como eu imaginei que estaria, apenas um pouco inchado. O Dr. Vargas cuidou muito bem de mim. Segui para o meu quarto e ao adentrar ao mesmo fui diretamente até o banheiro para uma boa ducha e após minha higiene matinal completa, fui até meu closet e escolhi uma roupa casual para vestir. A camisa de manga longa violeta, tinha alguns desenhos geométricos na região fontal e um shorts preto social deixava a minha arrumação mais sóbria, para os pés uma sapatilha na cor creme.

A ampla mesa da cozinha, ainda mão havia sido desfeita. Era um martírio fazer minhas refeições sozinha. No cômodo apenas estava apenas, a Sra. Olga, a empregada mais antiga dá casa e como sempre fui recepcionada por um sincero e enorme sorriso.

– Bom dia, Sra. Olga - saudei-a e ela curvou sua cabeça em cumprimento, ela é uma senhora de pouquíssimas palavras e bastante educada. - Mr. Vargas, foi para o trabalho? - questionei fingindo desinteresse pelo assunto e ela meio que soltou um sorriso, mas logo o conteve e seu semblante voltou a ser sério. - Perguntei algo engraçado?

– Mr. Vargas, está em seu escritório e pediu para que você fosse ao seu encontro, assim que despertasse - repassou o recado, enquanto derramava um pouco de suco no meu copo. - Ele aparentemente estava muito feliz, Sra. - acrescentou suavizando suas feições e com um meio sorriso em seus lábios enrugados, em decorrência da idade avançada.

"León feliz tão cedo?"

Apressei-me e em poucos instantes já havia finalizado a minha refeição matinal. Como me foi solicitado, segui até o escritório de León, para atender o seu chamado. Ao chegar no cômodo depositei algumas batidas sorrateiras na porta e ele ordenou que eu adentrasse.

– A Sra. Olga... ela me repassou o seu recado - disse à medida em quê adentrava no escritório, e quando já estava dentro do cômodo ele me olhou confuso e apontou em direção a cadeira, para que eu me sentasse à sua frente, parando de digitar em seu MAC de última geração e me concedendo um pouco de sua atenção.

– Bom dia meu amor - saudou-me com um belo sorriso nos lábios e me repreendendo por não ter lhe cumprimentado. - Lhe chamei aqui para lhe informar sobre uma viagem - lancei-lhe um olhar preocupado e ele sorriu debochadamente. - Calma, não iremos viajar, apenas eu irei. Viajarei a Middlewich (Reino Unido) em uma viagem de negócios - informou-me com um tom agradável e girando continuamente em sua cadeira.

– É... Tudo bem - falei com total desânimo. León levantou-se de sua confortável cadeira e caminhou sem pressa em minha direção.

– Você vai ficar bem? - questionou segurando a minha mão, para que eu me levantasse e assim que o fiz, ele me prensou contra a mesa de forma sutil. - Não queria te deixar sozinha, mas não posso evitar ou adiar essa viagem - explicou erguendo meu queixo com seu dedo indicador. - Ludmila virá lhe fazer companhia e amanhã estarei de volta. Seu pé, está melhor? - indagou visivelmente preocupado comigo e voltando a sua atenção para o meu tornozelo.

– Sim. Você cuidou muito bem de mim - falei com um sorriso exorbitante nos lábios, ele parecia incrédulo e me olhava com cautela. - Espero que você faça uma boa viagem - disse me afastando um pouco, mas ele manteve-se próximo a mim.

– Você tem razão quando diz que precisa me conhecer melhor - "onde ele quer chegar com isso?", meu subconsciente e eu indagamos cuiosos. - Quando eu voltar de viagem, teremos uma conversa definitiva - seu tom era de medo. "Finalmente desvendarei seu segredo?"

– León eu...

– Não precisa dizer nada - senti seus longos dedos em minha face e meus olhos apertaram-se. - Quando eu voltar conversaremos e por favor não saia de casa sozinha, Andrew ficará a sua disposição, ele é verdadeiramente confiável - ele possuía um tom suave em sua voz e seu corpo estava cada vez mais próximo ao meu. Fui regredindo e só parei quando atropelei alguns objetos em sua mesa de trabalho. León sorriu devasso e recuou. - Ainda está com medo de mim? Mesmo depois de ontem? - assenti com a cabeça ao seu questionamento e seus lábios enrolaram-se em um sorriso pevertido. - Não se preocupe, eu nunca farei nada que você não queira - estreitei meus olhos em sua direção e ele soltou um sorriso cínico. - Ah... aquele beijo não conta porque você também me beijou e foi um beijo maravilhoso por sinal. - León, murmurou baixinho rente aos meus ouvidos e pressionando as suas mãos contra o meu quadril.

A doce lembrança do seu beijo me tomau subitamente e seu sussurro incessante em meus ouvidos, emanava sentimentos estranhos em mim. Meus olhos pestanejavam confusos. Meu corpo encontrava-se aturdido. Estava desejando intensamente, eu o queria... eu o queria naquele momento e já não podia negar isso a mim mesma, era algo tortuoso de se fazer. Elevei as meus dedos a sua face e segurei-lhe entre minhas mãos.

– León eu... eu quero que beije-me... novamente - ele segurou minhas mãos e as levou até a sua nuca, pousando-as delicadamente naquela região do seu corpo. Seu olhar fulminante, estava a encurralar-me, como sempre ele estava analisando cautelosamente a situação e balançava a sua cabeça de um lado para o outro. "Não acredito que eu cedi".

– Novamente está jogando comigo Sra. Vargas? - questionou-me com os seus dentes semisserrados e um semblante imparcial. León segurou minha silhueta com mais intensidade e me ergueu até sua mesa, para que eu me sentasse lá. - Já lhe alertei que esse é um jogo muito perigoso. Admito que você demonstrou ser uma jogadora a minha altura, todavia, não posso lhe garantir que sempre manterei o controle. - alertou-me suavemente, se pondo entre as minhas pernas e colocando suas mãos em minhas pernas, uma de cada lado e acariciando-as. - Está certa do que está me pedindo? Porque se começar-mos algo eu...

– Oh meu Deus, León! - minha voz estava exageradamente alterada. Tentei levantar-me da mesa e não consegui, León me interrompeu e foi aproximando-se mais e mais de mim, deixando-me inclinada na mesa. Ele ainda estava incrédulo de minha atitude, eu também estava -Não estou pedindo para transar com você, só quero beijá-lo novamente... apenas isso! - disse impaciente tentando me movimentar na mesa, mas insistentemente, León me prendia entre os seus braços. Ainda não acreditava em minhas atitudes, em partes a culpa era minha em decorrência da noite passada. - Definitivamente eu não deveria ter falado isso... Acho melhor você ir de uma vez e...

Bruscamente senti seus lábios sobre os meus sem pedirem licença. Ele me beijava forte. Sua língua quente enroscou-se na minha em movimentos circulares e espontâneos de ambas as partes. León aprofundava o beijo movimentando-se sobre mim. Pouco á pouco ele foi me deitando sobre a sua mesa de trabalho, sem se importar com os objetos, ali existentes e sem interromper o beijo que estava cada vez mais forte e prazeroso. Suas mãos deslizavam sobre minhas pernas e ele dava leves apalpadas em ambas. Seu toque era... singular e forte.

Não havia notado, mas ele já estava em cima de mim. "Como ele fez isso?". Arfei um tom audível, com uma mordida de leve em meu lábio inferior. Minhas mãos estavam desenfreadas, passeando em seus cabelos e o ar já começava a me faltar e ele notou isso. Seus lábios deslizaram para o meu pescoço e senti seus beijos ali. Apertei firmemente meus olhos, aproveitando aquela sensação prazerosa, ainda mais. Estávamos avançando bem mais que havia previsto e quando senti suas mãos alcançando os meus seios o empurrei de cima de mim.

– León... só lhe pedi uma beijo... apenas um beijo - falei sarcástica e felizmente consegui sair de cima da mesa, deixado-o lá. Seus olhos escureceram como um céu nublado. Acho que consegui irritá-lo, novamente. - Não podemos avançar tão rapidamente, até ontem eu lhe odiava com todas as minhas forças e agora eu já não sei o que sinto por você. - tentei me justificar, mas ele continuou estático sentado sobre a mesa e com o mesmo olhar intermitente em minha direção. - Entenda que está sendo difícil para mim lidar com novos sentimentos que eu sequer sabia que existiam. A verdade é que eu ainda não sei o que realmente estou sentindo por você - concluí minha série de justificativas e só então direcionei-me a porta para ir embora e a um passo de está fora do cômodo, ele surgiu em minha frente, fechando a porta atrás de si.

– Tudo bem querida, saberei esperar por você o tempo necessário para que sinta-se segura a avançar definitivamente em nossa relação, pois sei que valerá apena - vociferou confiante e um segundo depois, me envolveu em seus braços quentes e fortes. Seu abraço forte era acalentador e de alguma forma deixava-me mais calma e dispersa. - Viajarei bem mais feliz e seu beijo será a melhor lembrança que eu levarei comigo - a forma como ele estava falando, era no mínimo estranha, parecia se despedir de mim. - Estarei de volta logo, se possível amanhã e não esqueça do que eu lhe pedi, não saia de casa sozinha[...] Até logo, Sra. Vargas! - León beijou minha face com delicadeza e saiu porta á fora, exibindo um majestoso sorriso. Ele estava elegantíssimo com seu terno preto e calça social, cabelos bem cuidados. Um verdadeiro lorde... meu lorde.

***

Assim que León foi embora, senti um aperto em meu peito, mas não dei importância ao que parecia ser apenas um presságio ruim. Aos poucos estava começando a me entregar ao um novo sentimento que rondava-me. Estava descobrindo o novo homem por trás daquele que aprendi a odiar, sem ao menos conhecê-lo antes. Passava das 02h:00min PM, da dá tarde quando ele saiu rumando o heliporto da família Vargas, 3h haviam-se passado desde então. Decidi almoçar fora da casa, bem próximo a piscina para arejar meus pensamentos, até então conturbados. Já estava acabando a refeição quando, Ludmila surgiu onde eu estava e me assutei ao vê-la em prantos. Seus olhos estavam vermelhos e suas pálpebras inchadas... "oh céus o que terá acontecido?"

– Ludmila... Ludmila porque você está... chorando... tanto? - minha voz mal saía, e o aperto em meu coração, agora estava mais forte... bem mais. Ludmila estava empalidecida e suas mãos tremiam sem pausas. Levantei-me dá mesa e segui rapidamente em sua direção - Ludmila pelo amor de Deus, me fala o que aconteceu! - implorei desesperada e seu choro apaziguou.

– Violetta... o León... ele...

***

Me sentia perdida entre todas aquelas pessoas distintas para mim. A ampla sala de estar da mansão dos Vargas, estava amontoada de familiares de, León e todos revisavam-se em ligações para os quatro cantos do mundo, em uma busca incansável por notícias a seu respeito. Cada um sofria a sua maneira e por mais que eu tentasse e quisesse, as lágrimas não ousavam a banhar minha face. Estava sendo extremamente fria com aquela situação e todos percebiam isso, olhavam-me intrigados pelo meu comportamento, no mínimo suspeito se for-mos considerar a extremidade da situação. Sentada entre a anfitriã dá família Vargas, sentía-me estranha. Ela apertava fortemente a minha mão direita, enquanto a outra segurava um terço. Acho que ela estava rezando em silêncio e a sua maneira. Sua face bonita estava irreconhecível e lágrimas incessantes desciam desenfreadamente como uma cascata pelo seu rosto, deixando-a abatida. Me sentia invisível entre tantos. O sumiço repentino de León, estava acabando com todos presentes ali no momento.

– Meu amor... não fique assim - Pablo ajoelhou-se à frente de sua mulher, visivelmente preocupado. O Sr. Vargas acariciava a face de sua esposa e enxugava suas lágrimas com as costas dos seus dedos. - Ele vai aparecer... eu prometo que eu vou encontrá-lo... custe o que custar - ele parecia convicto de suas palavras e seu tom de voz era obscuro... perverso. Sua tentativa de consolação era inútil naquele instante, sua esposa estava desesperada. Em sua face nenhum resquício de tranquilidade, mesmo assim ela o abraçou fortemente e logo depois selou seus lábios aos seus brevemente. Seria uma cena muito bonita, se não fosse o contexto trágico da situação.

– Não seja hipócrita papai! - inconformada com o que ouvira, Ludmila revirou os olhos e seu pai a recriminou apenas com seu olhar triste e de indignação. - Não me olhe assim, só estou sendo sincera. León desapareceu e ninguém sabe o que aconteceu com ele. Não finja que está tudo bem, porque não está e o senhor melhor do que ninguém, sabe disso - Pablo, armou-se para começar uma discussão, mas felizmente, Priscilla, consegiu acalmar seu marido e antes mesmo que ele pudesse levantar-se, ela o envolveu em seus braços.

A polícia também estava presente, incluindo o Tenente Julián, que seguia falando ao telefone e aparentemente estava irritado com algo ou alguém. Ele esbravejava a todo instante e xingava a outra pessoa dá linha constantemente, sem importa-se com a nossa presença. Não era um comportamento adequado para alguém que oculpa o seu cargo, todavia, a situação era estressante. Todos estavam tratando o caso como: Desaparecimento, já que, León nunca chegou ao seu destino previsto.

– Seus imbecis...! - o tenente gritava ao telefone extremamente exaltado. Ele se movimentava continuamente de um lado para o outro na sala, com uma de suas mãos apoida em seu quadril. - Qual foi a parte de quebrar o sigilo bancário dele, que você ainda não entendeu?... positivo, aguardo respostas e espero agilidade... - seu tom de voz estava mais ameno e ele já não esbravejava tanto como antes, talvez tenha percebido que todos os olhares estavam em sua direção. - ...Pelo amor de Deus não cometa o mesmo erro novamente e me mantenha informado - ao finalizar a ligação o homem direcionou-se ao Sr. Vargas e os dois seguiram rapidamente para o cômodo seguinte da casa, sumindo momentaneamente de nossas vistas.

Na sala restava apenas a Sra. Vargas, Ludmila e eu. O silêncio pairava entre nós, naquele espaço. Nos entreolhavamos incessantemente. Nossas feições eram distintas. Cada uma estava lidando com a situação de uma forma diferente. Alguns serviçais surgiram solicitos, com algumas bebidas e aperitivos. Minha sogra e eu estávamos sentadas no confortável sofá aconchegante, enquanto, Ludmila caminhava de um lado para o outro e sem pausas. Seu olhar estava em mim. Ela parecia irritada comigo, eu só não sabia o porquê de seu descontentamento, não ainda, até que ela tomou uma posição e sinceramente não esperava tanta truculência de sua parte.

– Gostaria de lidar com essa situação dá mesma forma que você está lidando, querida! - disparou, Ludmila, cruzando os braços a sua frente e lançando-me um olhar fulminante de ironia. Tinha a plena convicção de que, Ludmila estava me recrimindo, mesmo assim não me defendi ou constestei o que acabara de ouvir, no fundo ela tinha razão em estar irritada comigo. - No fundo você deve estar feliz por seu marido ter sumido.... sempre lhe odiou - sibilou cada palavra e nesse momento senti minha garganta queimar. Seus olhos negros estavam mais escuros, ela parecia furiosa comigo. "Eu merecia ouvir aquilo?... Sim eu merecia".

– Cale-se, Ludmi! Já chega de ceninhas torpes por hoje. - espantei-me com o grito de repreensão dá Sra. Vargas, direcionado a sua filha, todos que estavam presentes na sala também. Ludmila, ainda incrédula, revirou os seus olhos, dispersando-os e arqueou as sobrancelhas, superficialmente resignada e como se não fosse o suficiente, começou a sorrir debochadamente. Talvez quisesse ocultar sua ira. - Nunca mais fale dessa forma com a mulher do seu irmão! - a mulher pontuou cada palavra sem modificar seu tom de voz e com a mesma postura soberana de sempre. Ainda indignada com a atitude ridícula de sua filha, ela continuou a falar... esbravejar - Todos estamos nervosos com o sumiço do seu irmão, mas isso não lhe dá o direito de maltratar, Violetta, agindo como uma garota mimada - a garota ameaçou abrir sua boca para esbravejar ou até mesmo contestar a sua mãe, mas calou-se e em seguida saiu bufando em direção a seu quarto, que ficava no segundo andar da mansão.

– Sinto muito pelo transtorno com sua filha, Sra. Vargas. Minha intenção não era causar atritos ou... indisposições entre vocês duas - disse medindo minhas palavras, em uma tentativa inútil de acalmar os ânimos exaltados. Meus olhos estavam fitando o chão naquele momento e involuntariamente os meus pés não paravam quietos, moviam-se descontraidamente, emitindo um barulho repugnante e alto. Ergui meus olhos deixando-os na altura dos seus. Seu olhar era... terno, por um momento vislumbrei minha mãe e a falta que ela me faz. "Ela era uma mulher fascinante". Rapidamente dispenso a lembrança e volto a mim. - Ludmila tem razão, eu...

– Venha comigo, querida - a mulher levantou-se do confortável e luxuoso sofá de suede preto que estávamos acomodadas, estendendo sua delicada mão em minha direção logo após. - Por favor não considere as palavras incoerentes da Ludmila, ela está atônita demais com o desaparecimento do "nosso", León e seu raciocínio está demasiado lento. No fundo, ela só está assustada, assim como todos estamos. - suas fúnebres palavras, eram como abraços para mim. Minha face havia endurecido e por mais que eu tentasse e quisesse, não consegui mover os músculos do meu rosto para montar um sorriso, minhas feições eram inelegíveis no presente momento. Estava sobrecarregada em decorrência de tantas emoções repentinas - Preciso lhe mostrar algo - suas palavras eram tão suaves que pareciam sopros aos meus ouvidos. Sua amabilidade era anormal. O barulho dos seus saltos agulha ecoando nas escadas, fazia meu corpo estremecer. Sua elegância, sua postura sempre ereta, sua forma de agir... a mãe de León, era uma senhora encantadora e por alguma razão ela gostava de mim... a forma como ela se portava diante á mim demonstrava-me isto.

Ao subir-mos os inúmeros degraus dá escada que parecia interminável, deparei-me com um extenso corredor de paredes brancas. Seguia minha sogra de perto, pois perder-me não seria algo difícil, já que, a casa parecia um assustador labirinto... um labirinto luxuoso para ser mais exata. Nas paredes brancas inúmeros quadros de pintores famosos, isso deixava o espaço ainda mais pitoresco. O som dos meus passos continuavam a ecoar pelo piso de madeira marron. Era um barulho inoportuno e desnecessário.

Ao longo do percurso, diversas portas e todas na mesma textura e tonalidade. Fiquei a imaginar o que esconde cada uma delas em meu subconsciente, que acabava de acordar de seu sono profundo e estava tão curioso quanto eu ou até mais, eu diria. Envolvida em meus devaneios desnecessários e investigativos ridículos, parei juntamente com a Sra. Vargas na frente de uma porta. Era a última porta de todas e aparentemente,
era diferente das outras.

– Quero que conheça um pouco mais sobre o homem com quem você casou-se - falou com um tom despreocupado. Em seus profundos olhos verdes, nenhuma lágrima presente, apenas um brilho estonteante. Ela era extremamente amável. - Vamos entrar...? - balancei minha cabeça em ascensão e a mulher pressionou uma de suas mãos na maçaneta dá porta, destrancando-a.

Ao entrarmos, deparei-me com um quarto sombrio. A mobilha mesclava tons escuros e por um momento uma pessoa veio-me a mente: León. A lembrança avassaladora de seu sorriso alinhado e debochado, dançava uma valsa em minha mente... "Oh León, espero que esteja bem... por favor esteja bem!". Meu subconsciente estava rezando de joelhos e eu queria está também. A Sra. Vargas habilmente, acendeu algumas luzes, deixando o cômodo completamente iluminado.

Meus olhos atentos e curiosos, percorreram todo o espaço em nano segundos e ruborizei com o que vi. Não demorou muito e logo pude concretizar meu sexto sentido. Tudo estava intacto. Seu perfume estava ali... sua presença também. A angústia que rondava-me estava tomando proporções gigantescas. Meu coração parecia menor naquele momento. Estava desejando com todas as minhas forças interiores que ele estivesse bem. Pela primeira vez na vida eu estava sofrendo por alguém e sinceramente nunca gostaria de ter sentido aquela sensação esmagadora. Era como se meu mundo estivesse ruindo... novamente.

A mobília luxuosa, mesclava tons suaves e intensos, tudo em um 'estilo Leonard Vargas '. Quadros dos Beatles, pendurados nas parede de cores mistas e uma teto lindamente composto por estrelas fluorescentes de diversas cores. Era incrível está ali para mim. Em cima de uma cômoda de madeira maciça escura, que localiza-se à frente de sua cama, havia uma fotografia que chamou-me bastante atenção. Sucumbindo a minha curiosidade excessiva, caminhei até o móvel e seguerei a fotografia e sorri instintivamente. Ele estava mais jovem... bem mais, mas ainda era ele, o sorriso era dele. Alguém estava ao seu lado, um rapaz aparentemente da mesma idade e com certa semelhança física, para ser mais exata. Os dois pareciam felizes juntos.

– Esse ao lado do León... - disse com o dedo indicador direcionado ao rapaz ao lado do seu filho. -... era seu primo, Juan e também o motivo pelo qual meu filho tornou-se um homem com valores distintos e personalidade nada convencional- a mulher pegou a fotografia de minhas mãos e a pôs de volta na cômodo. Ela parecia melancólica ao falar naquele assunto. Sinceramente não compreendi a forma verbal com a qual ela referiu-se a Juan. "Porque era? Não é mais?" - Você já deve ter se auto-questionado a respeito do comportamento... estranho de León - ainda relutante confirmei com a cabeça.

– Ele é muito... instável em relação ao seu humor - fui firme em minhas observações, entretanto, não fui verdadeiramente sincera, quão deveria ser. As palavras certas parecim inexistentes, não poderia e não queria falar o que realmente pensava sobre meu marido. - Nunca sei quando ele está triste ou feliz... As vezes ele me causa... medo e repulsa - explodi angustiada, a necessidade de falar com alguém sobre aquele assunto fazía-se presente, foi algo incontrolável. Busquei os seus olhos e estavam dispersos. Suas feições eram inelegíveis.

– Juan e León foram criados juntos, já que, a minha irmã... a mãe de Juan... - esclareceu-me em relance instantâneo. - ...trabalhava como comissária de bordo e como sempre estava viajando, deixava o filho sobre os meus cuidados[...] No dia em que essa fotografia foi retirada, uma grande tragédia abalou nossa família. Juan morreu afogado em um lago congelado e León...

– León foi responsável pela morte do seu primo? É isso? - Indaguei apreensiva, em meu íntimo estava rezando para que a resposta fosse negativa. Só com a minha suposição, sinto o meu corpo estremecer, incrédulo.

– Não! - respondeu visivelmente ofendida com minha indagação nada oportuna e meu alívio foi imediato ao ouvir sua negação - Estavam em um grupo de quatro pessoas... foi um acidente, León acreditou que o pedido de socorro de seu primo, pudesse tratar-se de uma brincadeira obscena, mas... infelizmente não era. Se você o visse depois do acidente, a forma deplorável como ele estava. Espero que você nunca presencie o seu pior estado de ânimo. - novamente as lágrimas começavam a inundar o rosto bonito dá Sra. Vargas, certamente não era um assunto de seu agrado e também não era do meu. - Meu filho fechou-se para o mundo. Não suportou o trauma e entregou-se a uma depressão profunda. León tornou-se outra pessoa... - enquanto fazia os relatos, a mulher caminhava de um lado para o outro, alternando seus passos e gesticulando com as suas mãos, parecia fora de si e estava começando a me assustar. - Eu realmente não sei se eu deveria lhe falar o que eu lhe confidenciarei agora, contudo, você deve saber de uma vez por todas a verdade sobre o homem com você casou-se. - parece ridículo, porém, não sentía-me preparada para descobrir a verdade que tanto busquei sobre a personalidade do meu marido, não ainda. - Violetta, a verdade é que o León... ele nunca será o homem ideal para você ou para qualquer outra mulher. - ela me observava com cautela e aparentemente preocupada com a minha reação, ela só não poderia imaginar que as suas palavras afiadas estavam cortando o meu coração em mil picadinhos. Não esperava ouvir aquilo... não agora.

– Não... não consigo compreender sua afirmação. Porque diz isso senhora? - questionei com os meus olhos queimando e uma súbita ira me envolvendo em seus braços. Só queria entender a afirmação de minha sogra, era algo necessário.

– Por favor, me chame de, Priscilla - disse com um tom divertido e vestígios do que seria um sorriso, rasgando seus lábios vermelhos e desenhados. São vários os motivos pelo qual estou lhe afimando essa dura realidade... Você nunca terá um casamento convencional - senti uma pequena lágrima percorrer minha face, ouvir aquilo era algo doloroso demais para mim. - Durante dois anos, León esteve internado em uma clínica psiquiátrica. - engoli em seco e sentia toda a minha cor se esvaindo, não era difícil perceber minha frustação e medo. - Não precisa ficar com medo, ele não representa perigo para a sociedade, menos ainda para você. De uma forma absurdamente estranha, ele te ama - ao ouvir isso meu coração começou a pulsar mais forte. "Ele me ama? Sim ele me ama", meu subconsciente estava dando um salto triplo de costas com a revelação. - De alguma forma você conseguiu burlar seus sentimentos. León nunca foi de se apaixonar, contrariamente, vivia para os amigos. - uma pequena pausa para um sorriso tímido e ela continuou a falar. - As mudanças de humor e sua possessão exagerada são distúrbios que ele adquiriu ao longo do tratamento, segundo o Dr. Gregário, psiquiatra responsável pelo tratamento, foi uma uma forma de reclusão, em outras palavras, León tem medo de perder as pessoas que ele ama... ele tem medo que você o deixe. Eu lhe peço... na verdade eu lhe imploro que não o abandone, meu filho não é louco, ele só passou por uma fase ruim e...

"Oh céus! Pobre León..."

– Eu não vou deixá-lo - disse sem perceber e não contive minhas lágrimas, fui tão injusta com ele. Se eu pudesse voltar no tempo eu juro que faria tudo diferente. - Não posso negar que estou... assustada com tudo o que ouvi, entretanto, eu acredito que posso ajudá-lo a superar sua adversidade. Não serei hipócrita ao ponto de afirmar que o amo, seria pecaminoso de minha parte, mas eu me importo com ele e...

– León, não precisa de alguém que apenas o ame, mas que também lhe compreenda... segundo o Dr. Gregário, você tornou-se uma espécie objetivo a ser alcançado, para ele e enquanto ele canalizar seus pensamentos e vibrações neste objetivo, tudo vai ficar bem - minha mente estava gravando cada palavra ouvida. Tudo o que eu estava descobrindo, era absurdo e insano, mas real. - León nunca vai voltar a ser como ele foi a dois anos atrás, mas sinto que ele está evoluindo e você é o motivo pelo qual meu filho está buscando essa evolução. Sei que você nunca esteve de acordo com seu casamento, a forma como tudo aconteceu, foi estranha, todavia, peço-lhe um pouco de paciência, meu sonho é que um dia você também se apaixone por ele, seria a solução de todos os meus problemas - suas feições estavam mais leves, ela já não estava tão tensa quão ao iniciar dá conversa e ao invés de lágrimas, sorrisos medíocres de ambas as partes - Obrigada, Violetta - a mulher segurou uma de minhas mãos e puxou-me para um caloroso abraço. Eu realmente precisava daquele gesto e exatamente naquele instante.

– Não precisa me agradecer Senhora...., Priscilla - ela fez uma carranca engraçada para mim e enrrugou os lábios. - León... ele também é importante para mim - as palavras voavam alto de minha boca sem minha prévia permissão, era algo involuntário e quando voltei a mim estava suspirando com um pequeno devaneio.

Flashback On:

"- Eu devo ser o monstro que todos dizem que eu sou - León estava abatido e quando seus olhos chegaram aos meus, senti um aperto em meus coração, eles estavam cheios de lágrimas, prestes a transbordarem por seu rosto bonito. - Você tem motivos para me odiar... eu sei que tem, porém eu queria que você soubesse que ao me casar com você, eu abri mão de muitas coisas e venho tentando insistentemente me tornar um ser humano melhor, para que algum dia você possa sentir orgulho de estar casada comigo - ao ouvir suas declarações, todas as palavras se foram. León havia suavizado as suas feições e do nado um sorriso tímido brotou dos seus lábios - Meu amor eu..."

Flashback Off:

Deveria ter lhe abraçado forte e dizer-lhe que o que estava sentindo naquele instante, mas contrariamente, o afastei de mim, na verdade tentei afastá-lo, entretanto, para minha sorte, ele foi persistente... como eu fui... sou cretina meu Deus! Porque sou assim? Eu realmente deveria ser mais irracional as vezes e deixar que pelo menos uma única vez que seja, meu corpo fale por si só...


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Notas finais do capítulo

CADÊ O LEÓN??? É o León sumiu? Alex ta envolvio nisso?

Novamente agradeço aos comentários do capítulo anterior, eu amoooh vocês d+

Perguntaram se eu tenho conta no Ss, sim eu tenho sim, mas não vou deixar o link aqui nas NF, pois simplesmente não pega, se quiserem me add lá, meu user é @BarBieZinhah OKAY?

Fantasminhas apareçam pelo amor de Deus, interajam comigo... Deixem suas opiniões sobre o capítulo. GOSTARAM OU NÃO GOSTARAM!!! ???

Gostam da fic? Favoritem, recomendem, quero muitíssimo chegar a 20 favoritos!!!

Postagem só na sexta-feira ou sábado, pois eu tenho faculdade OKAY?

Amoooh vocês forevemente e Girl Lover, obrigada por tudo sua divônica. XXGehxX