Beautiful Obsession escrita por Asynjurr


Capítulo 5
Fourth Chapter


Notas iniciais do capítulo

(NI: Programada)

♈Olá, bom dia meus amores. Não vou começar com aquele discurso de DESCULPAS, porque vocês já devem estar de saco cheio disso e não quero cansar meus leitores.

♉Me falem que vocês estão bem por favor! Sinceramente espero que todos e todas estejam bem!!!

Oiiii amores, tudo bem com vocês? Então este capítulo está programado para ser postado automaticamente OKAY? Obrigada pelos possíveis comentários do capítulo anterior e eu espero que gostem desse capítulo.

♌Tenham uma ótima leitura e eu realmente espero que gostem desse capítulo.

♍Leiam as notas finais por favor.

BOA LEITURA!!!!



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Violetta Castillo-Point Of View

***

Toda a minha cor havia sido drenada do meu rosto, enquanto o meu sangue se transformava em lanças de gelo e o medo disparava velozmente em meu corpo. Em seus olhos nenhum indício de arrependimento e seus lábios contorciam-se graciosamente em sorriso conciso. Suas mãos ainda estavam em mim, ele ainda me tinha presa em seus braços, me prendendo em suas mãos hábeis. Corações acelerados, respirações pesadas e mescladas. Encontrávamos extamente iguais, pelo menos superficialmente.

Seu beijo deixou-me completamente atordoada, não sabia como lidar com a situação. A única verdade óbvia, é que quando o assunto é o meu marido, eu nunca sei como me comportar. Ficamos presos em um olhar interminável e cauteloso. Ambos apreensivos, estava apavorada com o turbilhão de sensações que o maldito beijo havia causado em mim. Em minha garganta, um nó fazía-se presente. Mil pensamentos rondavam a minha mente, mas eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Um silêncio profundo instalou-se, calando um momento de tensão. Meu único desejo era afastá-lo a qualquer custo, pois apaixonar-me pelo meu marido, seria loucura demais.

Regredi alguns passos e em contrapartida, ele avançou alguns, mantendo o contato entre os nossos corpos. Suas feições eram inelegíveis e seu semblante impassível. As palavras continuavam dançando em minha mente, entretanto, nenhuma adequava-se a situação. O silêncio seguia selando o momento, mas quando menos esperei, ele foi interrompido. León, enrolou seus lábios em um sorriso lascivo e pôs-se a falar:

– Por favor não seja indiferente ao que acabou de acontecer, não me repudie ou desdenhe, pois isso acabaria comigo - seu tom de voz era lascivo e oscilava, mas não aparentava sinais de alterações, ainda. - Sei que fui impulsivo e deixei que o desejo de ter em meus braços por um momento que fosse, me dominasse, mas eu também sei que você gostou de mim beijar - uma breve pausa para dá espaço a um odioso sorriso entre dentes e ele continuou a falar - Você não faz ideia de como eu estou me sentindo agora.

– Não faço mesmo! - resmunguei, lhe fuzilando com meus olhos, olhos estes que naquele momento mais pareciam fuzis apontados em sua direção. León ameaçou aproximar-se de mim, mas logo recuou.

– Por Deus, Violetta! - exclamou visivelmente contrariado, seus olhos reviram-se de modo hostil e em seguida, ele inspirou profundamente. - Porque não podemos ter um casamento normal? - em seus olhos distintos, havia uma certa dose de tristeza, seu semblante estava cansado e seus lábios estavam presos firmemente em sua mandíbula.

– Esse é o ponto León! - rapidamente ele enrrugou o cenho e balançou sua cabeça em negação, mas manteve-se em silêncio. - Não podemos ter um casamento normal. Não o conheço, me casei com você apenas por obrigação. - "Agora você pegou pesado", meu subconsciente me recrimina e eu concordo que exagerei. León ficou cabisbaixo e tomou um pouco mais de distância. - León, não foi isso que eu quis te dizer - tentei me redimir e ele mostrou-se surpreso.

– Eu devo ser o monstro que todos dizem que eu sou - León estava abatido e quando seus olhos chegaram aos meus, senti um aperto em meus coração, eles estavam cheios de lágrimas, prestes a transbordarem por seu rosto bonito. - Você tem motivos para me odiar... eu sei que tem, porém eu queria que você soubesse que ao me casar com você, eu abri mão de muitas coisas e venho tentando insistentemente me tornar um ser humano melhor, para que algum dia você possa sentir orgulho de estar casada comigo - ao ouvir suas declarações, todas as palavras de foram. León havia suavizado as suas feições e do nada, um sorriso tímido brotou dos seus lábios - Meu amor eu...

– Por favor fique longe de mim... - as palavras pareciam enfileiradas em minha mente, mas nenhuma se adequava no contexto da situação. O sorriso que brincava em seus lábios desfez-se rapidamente e seu semblante era inelegível.
León, me observava com cautela ... - Não me envolva em suas loucuras insanas. Não percebe o mal que está me causando? - esbravejei alterada por sua audácia. León odiava minhas perguntas subjetivas. Aparentemente atordoado, ele regrediu um pouco, mas continuou perto. Com sua têmpora franzida e sobrancelhas erguidas, ele tomou um pouco mais de distância.

– Seu eufemismo me encanta meu amor. É difícil acreditar em suas palavras, elas não são sinceras - no exato momento, meus olhos estreitaram-se minimamente em sua direção e novamente senti um dos seus braços me envolvendo com certa delicadeza. - Insite em me odiar, mesmo seu corpo implorando pelo meu. - "como ele sabe?" - Mesmo que me diga mil vezes que me odeia, mil vezes responderei que isso é mentira. Mesmo que nunca venha a admitir, você também me beijou - seus lábios começaram a roçar nos meus, enviando ondas de calor para o meu corpo genuinamente gélido. - Nosso beijo foi maravilhoso. Por míseros segundos você foi completamente minha e... eu gostei... gostei muito disso - as costas dos seus dedos percorram a minha face parando exatamente na altura dos meus lábios trêmulos.

– Você prometeu que não...

– Eu estou cumprindo a minha promessa, Sra. Vargas! - ronronou avidamente e imparcial, seu tom estava levemente alterado, mas sem exaltação - Esse beijo foi apenas uma pequena amostra do quão prazeroso poderá ser o nosso casamento se você concordar em ser minha por livre e espontânea vontade. - enquanto murmurava ele mordiscava o seu lábio inferior com força, deixando-o exageradamente vermelho. "Oh meu Deus, aquilo era tão sexy!" - Novamente eu lhe peço que não me odeie - León, exalava sinceridade, estava sendo extremamente amável comigo, mas ainda não acreditava em suas boas intenções, não depois de tudo - Sou apenas um pobre homem, incapaz de controlar os seus instintos mais primitivos e você adora me provocar - senti suas mãos pressionarem a minha cintura com certa força e involuntariamente suspirei como uma idiota, excitada apenas por palavras. Isso sem dúvidas foi vergonhoso.

León, enrrugou os seus lábios e foi aproximando tortuosamente a sua cínica face dá minha, agora desprovida de cor, sem pressa e com cautela. Podia sentir minhas pernas mais trêmulas e o frio sendo subitamente substituído por uma onda de calor escaldante como um vulcão em erupção. Minhas mãos soltas, tatearam por suas costas e pousaram exatamente em seus ombros largos. León, sorriu em aprovação, enquanto sua boca trilhava a minha. Seu olhar estava focalizado em meus lábios entrabertos. O gosto do seu beijo ainda estava presente em minha boca e por mais que eu negue até a morte, queria sentir seu gosto outra vez. "Admita logo que você o deseja", meu subconsciente estava gritando impaciente e logo lhe respondi com um gesto obsceno em meu íntimo. Já podia sentir seus lábios se enroscando novamente nos meus, quando ele recuou e ergueu seus braços em redenção, mas redenção a que? "Que diabos foi isso?"

– Não lhe beijarei novamente - León, umedeceu brevemente os seus lábios e jogou todo o seu cabelo para o lado direito dos seus ombros. - Ah... a não ser que você me peça e eu sei que você vai me pedir isso - murmurou deixando-me desconcertada. Ele estava irrisistivelmente arrogante, parecia certo de suas palavras e isso era bastante irritante... León era irritante.

– Eu não contaria com isso, Mr. Vargas! - sorri irônica e corajosamente revirei os olhos. - Nunca pedirei que volte a beijar-me - "não fale mentiras, Violetta!", meu subconsciente me alerta inconformado. - Nosso casamento nunca será consumado, a não ser que você me obrigue e...

– Já falei que não te obrigarei a nada, posso não parecer, mas sou sensato e já está muito tarde para ficarmos discutindo a nossa relação - era possível uma leve alteração em sua voz, seu bom humor estava se esvaindo. "Droga!" - Melhor entrar-mos, Alex ainda está solto e depois de hoje, não duvido mais de nada - ele pareceu vislumbrar algo ruim e fez uma carranca para mim. - Fiquei louco quando te vi com ele - León aproximou-se um pouco mais de mim e seus dedos roçaram instintivamente em minha face, tomada pelo cansaço. - Alex, iria te usar para me atingir de alguma forma! - ele realmente aparentava preocupação. Sua voz voz estava arrastada e nenhum vestígio do verdadeiro Sr. Arrogância. "Isso era algo bom? Sim... era sim".

– A noite foi... conturbada demais - disse me livrando de suas mãos, que acalentavam minha face. - Você poderia está ferido e... - sou rapidamente tomada por uma angústia esmagadora, meu coração parece menor com a possibilidade citada. - ... a culpa de alguma forma seria minha e mesmo você sendo; arrogante, prepotente, bipolar e outros mil adjetivos ruins, não queria vê-lo machucado - em sua boca formou-se um "O", eu também estava surpresa por está admitindo aquilo, as palavras inoportunas começavam a escapulir de minha boca grande. - Melhor entrarmos logo - disse tentando maquiar a situação e ele sorriu ternamente do meu pequeno descontrole. - Nunca mais beije-me sem o meu consentimento, do contrário farei com que se arrependa do ato invasivo! - adverti com exasperação em meu tom de voz e cruzando os braços a minha frente, irritada com a lembrança do seu... nosso beijo.

– Você fica ainda mais linda quando está irritada comigo - León, possuía um brilho estonteante nos olhos e um sorriso profundo... casto. Relutantemente firmei meus lábios em uma linha dura para não sorrir e comecei a caminhar com certa pressa em direção a casa, dando-lhe as costas. - Cuidado ou você vai acabar caind... - antes mesmo que, meu marido pudesse ter a chance de terminar seu lerta, eu já encontrava-me no chão e com o salto quebrado. - Você está bem? - indagou analisando o meu salto quebrado.

– Meu tornozelo... meu tornozelo está latejando um pouco - ele delicadamente tirou o meu Scarpan e pressionou seus dedos com cautela no meu tornozelo. - Ai! - exasperei tomada pela forte dor, afastei sua mão do meu pé e ele me olhou como se estivesse dizendo: "Eu avisei". Isso era imensamente irritante.

– Você apenas machucou o seu tornozelo - me informou com um semblante sério, enquanto me erguia em seus braços. - Se me ouvisse mais vezes, muitos contratempos poderiam serem evitados - León me repreendia, enquanto caminha em direção a casa. Era a segunda vez que ele me carregava naquele dia, mas agora com delicafeza. Me sentia uma criança de 8 anos perto dele e no fundo... bem no fundo... eu gostava de seus cuidados. Acho que Leonard Vargas têm um coração. - Eu vou cuidar de você... sempre - enlacei as minhas mãos em seu pescoço e encostei minha cabeça em seu ombro. Estava exausta, só queria dormir e esquecer aquela noite cansativa e nenhum pouco monótona.

No portão principal fomos recepcionados por Andrew e Ryan - ambos seguranças dá residência - Meu marido entregou. chave de sua Mustang a Ryan e só então entramos na casa. Ao entrar-mos, León levou-me até o sofá confortável dá ampla sala de estar e me colocou deitada sobre o mesmo. Após acender as luzes da sala, ele direcionou-se a cozinha, em seguida voltou com uma tigela em suas mãos e não gostei nenhum pouco do sorriso perverso que estava brincando em seus lábios. Dei-lhe um pouco de espaço e ele sentou-se ao meu lado.

– Deite-se - ordenou com uma eminente sobriedade. León possuía um tom sério, mas ao mesmo tempo divertido. Mesmo abismada, obedeci de bom grado e então deitei-me no sofá, colocando os meus pés sobre as suas pernas. - Sentirá um pouco de dor, mas isso é necessário querida - ele pegou a tigela que estava no braço direto do sofá e só então pude ver que tratava-se de pequenos cubos de gelo, menos mal... eu acho.

– Isso realmente é necessário, Vargas? - questionei, visivelmente desconfortável e ele centralizou seus olhos intimidadores nos meus imediatamente. Estremeci completamente - Não está doendo... não muito e...

– Violetta, falei que iria cuidar de você e vou cuidar, mesmo que contra a sua vontade. Por favor não comporte-se como uma garotinha de 8 anos! - disse segurando o meu pé machucado com bastante cuidado. Logo um incômodo instalou-se e não me contendo comecei a me movimentar. - Fique quieta por favor - pediu com um tom sério, enquanto analisava o meu pé, mas não estava irritado.

León, pegou um cubo de gelo e começou a deslizar sobre o meu tornozelo e instanteamente mil sensações começaram a percorrer o meu corpo. Minha pele estava queimando, mas estranhamente, isso era bom. Comecei a me contorcer com aquela sensação entorpecedora e com minha movimentação contínua ele segurava o meu pé com mais força. Descontrolada e envolvida pela dor, comecei a gemer baixinho, prendendo um grito em minha garganta. Ele parecia se divertir com o meu descontrole. Enquanto deslizava o gelo em meu tornozelo, sentia a sua outra mão movendo-se em perna e sem que eu percebesse já estava arfando. Ao final do primeiro cubo de gelo ele parou e me analisou com um sorriso devasso nos lábios.

"Oh, León!"

– O gelo pode nos causar sensações muito prazerosas se introduzido em determinados lugares do nosso corpo - disse rachando sua voz e deslizando um pequeno cubo de gelo em seus labios semicerrados. Não me movi, não pestanejei, estava petrificada enquanto ele continuava a deslizar o gelo por seus lábios. Era tão excitante. - Seu tornozelo... é... sente-se melhor? - indagou envolvendo seus lábios em um pequeno sorriso e afastando a tigela com os cubos de gelo de nós dois. Novamente ele estava jogando comigo. Ele era tão frustante. Estava cansada dos seus jogos de sedução e de repende uma ideia insana percorreu a minha mente. Ainda incerta de meus sentimentos, decidi enfrentar os meus demônios interiores.

"Acho que também posso jogar esse jogo..."

– León... se eu aceitasse chegar as vias de fato com você... - rapidamente suas sobrancelhas juntaram-se em confusão e seu semblante foi de sério a devasso. - ... como seria, se eu te pedisse para...

– Onde você está pretendendo chegar com essa conversa? - lancei-lhe meio sorriso e movimentei-me um pouco no sofá. Seu semblante interrogativo começou a rondar-me e o mesmo sorriso seguia fixo em seus lábios. - Está tentando me provocar, Sra. Vargas?

– Sem delongas, Vargas! - fiz "beicinho" e cruzei os meus braços. Ainda incrédulo,León levantou-se do sofá e começou a caminhar pela sala, medindo seus passos e alternando-os com pressa. - Se eu te pedisse para fazer amor comigo agora, como seria? Ou melhor o que você o faria?

– Está jogando um jogo muito perigoso, minha Sra... Se o seu intuito é enlouquecer-me, devo parabenizá-la - ele bateu palmas com entusiasmo e com um sorriso que alcançava até os seus olhos - Você está fazendo um excelente trabalho - concluiu voltando a sentar-se do meu lado.

Ele tinha razão. Aquele era um jogo muito perigoso e minha total leiguice sobre o assunto em questão só deixava-me em total desvantagem em relação a ele, em contraponto, a raiva havia dominado-me e minha pouca sanidade estava se esvaindo. Meu único desejo era que ele provasse do seu próprio veneno e para isso não medirei esforços.

– Deslize um cubo de gelo por meus lábios - ordenei aparentemente seria e então ergui o meu corpo ficando sentada à sua frente. Ele estava boquiaberto e totalmente incrédulo do que ouvira, estava gargalhando em meu íntimo com o seu estado tétrico. - Vai ficar aí, apenas me olhando, Mr. Vargas? - nunca me senti ou fui tão petulante em minha vida. Precisava ser convincente e eu acredito que eu estava sendo, a forma como ele me olhava externava isso.

Me obedecendo de bom grado e sem indagações, ele pegou um cubo de gelo e voltou o seu olhar para mim, como se estivesse pedindo permissão para iniciar e assim que sentiu o meu consentimento ele começou a deslizar o gelo por meus lábios, como se estivesse desenhando-os. Assim que o senti em mim, meu corpo contorceu-se e todos os meus pêlos ergueram-se manipulados por uma sensação estranha, mas prazerosa. Não havia contado com a intervenção do meu corpo em minha vingança insana. Senti-me daquela forma era algo incontrolável... involuntário, eu diria, mas era necessário continuar, mesmo não tendo a exata noção de onde pararíamos com isso. León, continuou a desenhar os meus lábios com o pequeno cubo de gelo. Seus olhos estavam vidrados em meus lábios. Podia sentir seus olhos se iluminando e o desejo tomando-os com violência. Uma de suas mãos segurava a minha nunca e desviando a minha atenção ele começou a acariciar os meus cabelos. Estava inebriada com o seu perfume e o gelo queimando em meus lábios começava a incomodar. Ele já estava começando a ficar impaciente e quando senti uma de suas mãos no ziper exposto do meu vestido, impulsivamente afastei-lhe de mim.

– Acho melhor irmos com um pouco mais de calma. - ele abriu a boca intensionado a dizer-me algo, mas calou-se. - Agora deite-se - seus olhos cresceram de tal forma que já imaginava-os fora de sua face banhada de más intenções. "Oh sim León, estamos quase lá", sussurra o meu subconsciente e eu rapidamente concordo.

– Já lhe falei que esse é um jogo extremamente perigoso e jogado por poucos. Você tem certeza que é isso mesmo o que você quer? Se quiser podemos parar e irmos dormir - estalou com sua voz rouca e irritante. Revirei os olhos e ele sorriu ainda incrédulo dá situação. Aquela não era "eu"... nem de longe.

– Sem perguntas, apenas deite-se logo, Vargas! - disparei irritada com a sua demora e hesitação. Ergui todo o meu cabelo, antes solto, e fiz um coque firme. Meu olhar correu até o seu e após um longo instante ele me obedeceu. "Leonard Vargas me obedecendo? Isso era algo novo... novo e bom".

– Hum... bom moço! - brinquei com a situação, soltando um rápido sorriso engraçado. León, firmou seus lábios em uma linha dura e em seguida movimentou o seu corpo no sofá, deixando-o aparentemente confortável.

Certifiquei-me de que os meus lábios continuavam gélidos, e sim eles continuavam. Por um momento pensei em recuar e desistir do meu objetivo, mas não o fiz, a minha raiva era bem mais forte que eu. Coloquei as minhas mãos entre ele e muito lentamente fui me aproximando do seu corpo e quando estava bem próxima direcionei-me a um lugar onde nunca pensei que iria chegar: seu pescoço.

León não movimentou-se, estava completamente estático. Simplesmente fechei os meus olhos e ainda com meus lábios gélidos e trêmulos, depositei um beijo ali... em seu adorável pescoço perfumado. Ele apertou os olhos e gemeu baixinho contra os meus ouvidos, por um momento fiquei ruborizada e já não era mais dona de minhas ações. León, estava quase lá. Podia sentir sua tentativa inútil de manter-se controlado e quando menos esperei as suas mãos direcionaram ao meu quadril com urgência. Ele me pressionou com força contra si e me assustei-me um pouco com a sua ereção roçando em minha virilha. "Calma, Violetta, você consegue", meu subconsciente me estimulava tenso. Seus lábios estavam agarrados em um sorriso soberbo. Ainda dona de minhas faculdades, me afastei um pouco, porém, ele não permitiu que eu me levantasse e quando percebi ela já estava por cima de mim. "Como ele fez isso?"

– Diga!... diga que você quer fazer amor comigo! - León, estava ofegante, respirava com dificuldade. Ele estava exatamente dá forma que eu queria: completamente louco. - Só lhe tomarei se me pedir que eu o faça, então peça! - sorri do seu descontrole e mordisquei o meu lábio inferior, provocando-o ainda mais. Sem pressa fui ao encontro do seu ouvido direito e então sussurrei lentamente o seguinte:

– Eu quero... - Seus lábios já direcionavam-se aos meus quando eu o paro bruscamente. - Sim... eu quero... - uma pequena pausa mantendo o suspense. León parecia confuso, mal sabia ele que sua diversão acabaria logo. - León eu quero... eu quero dormir - León fez uma carranca para mim e fechou os olhos. Ele parecia analisar a situação com calma. Me sentia extremamente bem por vê-lo como eu estava lhe vendo, totalmente frustado. - Agora peço-lhe que saia de cima de mim, pois está me machucando. - completei minha série de provocações e firmei os meus lábios, mantendo-me séria.

– Meu único erro foi subjugá-la - disse calmamente, enquanto se afastava de mim - Nunca imaginei que uma ingênua menina do campo, seria capaz de iludir um homem tão experiente quanto Eu. Estou embasbacado com seu dom de sedução, Afrodite... você foi extremamente persuasiva e com apenas um beijo gelado em meu pescoço conseguiu me deixar excitado... extremamente exitado - ele parecia atordoado, seus dedos insistentemente passeavam em seus cabelos, puxando-os, bagunçado-os. - Tem certeza que você deseja apenas dormir? - questionou ainda incrédulo, se aproximando novamente de mim, porém, manteve uma boa distância.

– Estou exausta, pode me levar para a cama por favor? - ronronei impaciente, ignorando suas insinuações, tentando e não conseguindo me levantar do sofá sozinha. Meu tornozelo, agora doía bem mais. Ele sentou-se próximo à mim e voltou a segurar o meu pé, analisado-o com cuidado. León parecia sinceramente preocupado comigo - Sei que agi mal em provocá-lo... eu só queria que você se sentisse como eu me sinto em relação a você e humildemente acho que eu consegui. - ele sorriu copiosamente, deixado-me aliviada. A sua reação foi totalmente adversa a que pensei, felizmente foi.

– Não precisa se desculpar, eu mereci por ter lhe roubado um beijo, se é que eu realmente roubei - resmungou as últimas palavras, me envolvendo em seus braços logo após. - Eu só não pensei que você tão vingativa. Você foi muito má comigo, é uma ótima jogadora, Sra. Vargas! - seu sorriso irradiava meus anseios. Era tão bom vê-lo sorrindo depois do que havia acontecido.

León me levava em seus braços sem pressa alguma, pelos inúmeros degraus da longa escada. Ao chegar-mos no corredor em que ficavam os quartos, fiquei em alerta. Não queria dormir com o meu marido... não naquela noite, depois de tudo que havia acontecido. Esperei que ele tomasse uma posição do quê faria adiante, entretanto isso não aconteceu. León continuou caminhando calado pelo longo e gélido corredor, quando finalmente chegamos a porta do meu quarto, porém, confirmando os meus medos, ele não parou e continuou caminhando.

– León eu gostaria de dormir sozinha - seus olhos escureceram rapidamente e sua respiração começou a pesar sobre mim. Era uma breve mudança de humor, algo compreensível, quando estamos falando do meu marido bipolar. - Pelo menos hoje, eu quero dormir sozinha - tentei apaziguar a situação, mas o seu olhar continuou imparcial e hostil.

– Não. - foi curto, direto e imparcial em sua resposta. "Droga! Porque ele é tão intransigente comigo?". Me ignorando, León continuou a caminhar, rumando o seu quarto que ficava no final do corredor. - Precisa acostumar-se a dormir comigo, querida. A sua companhia me faz muito bem, você me faz bem, mesmo sem perceber você está me moldando a sua maneira. No momento certo você conseguirá compreender os meus motivos para querer-te tanto - ele sussurrava bem próximo ao meu ouvido esquerdo. Tentei bravamente não sorrir com o que ouvira, mas, não pude. Estava feliz em ouvir aquelas palavras, realmente pareciam sinceras.

Chegamos ao seu quarto e com cuidado ele me deitou em sua cama e depois caminhou até abajur para acendê-lo. Fiquei a observá-lo da cama. Vislumbrei o momento em quê o instiguei e um suspiro é solto de minhas entranhas. Estava incrédula de minhas atitudes. Talvez estivesse ficando louca por conviver diariamente com um insano. Após acender a luz do abajur, ele voltou para a cama e então sentou-se ao meu lado.

– Irei falar com os seguranças, em especial com, Andrew - informou-me se levantando e indo em direção a porta do cômodo. - Violetta, em hipótese alguma eu quero que saia de casa sozinha, estamos entendidos? - verbalizou voltando-se para trás e fixando o seu olhar no meu. Ele possuía um tom rústico e sem pensar duas vezes assenti com a cabeça e ele suavizou seu semblante.

Ele saiu do quarto e só então pude relaxar um pouco. Debruçei-me sobre o travesseiro e flashes intensos da toda a noite passada insistiam em me perturbar-me. Francesca, a briga, Andrés... e finalizando a noite um beijo totalmente inesperado que conseguiu confundir os meus sentimentos, mas a única certeza evidente, era que já não o odiava... não mesmo, em contrapartida, suas mudanças bruscas e repentinas de humor deixavam-me irritada. Estava tudo confuso, não saberia afirmar com clareza o que realmente estava sentindo, meu maior desejo era adormecer o quanto antes.

O relógio em cima da escrivaninha ao lado dá cama marcava 4h:25min, logo amanheceria. Estava inquieta e não parava um só instante parada na cama. Meus olhos fixaram-se na porta do quarto. León estava demorando bem mais que previ e por algum motivo o sono não vinha ao meu encontro. Alguns poucos e demorados minutos passaram-se, até que ele voltou e por algum motivo o seu semblante era de preocupação.

– Ha algo de errado? - indaguei me sentando na borda dá cama e um pouco relutante ele sentou-se ao meu lado. - Você está bem? - insisti impaciente com o seu silêncio e só então ele decidiu pronunciar-se, quebrando o espaço entre nós dois.

– Violetta, a verdade é que eu... eu não queria te deixar sozinha... não depois de tudo o que aconteceu ontem - sua voz estava moderadamente embargada e seus olhos não chegavam aos meus. Ele realmente aparentava preocupação. Alguma coisa aconteceu lá em baixo, mas eu não sabia o que era e certamente ele me pouparia de seus anseios.

– Porque está me dizendo isso? - indaguei preocupada e seus olhos seguiram fitando o nada. "O que ha de errado com ele?". - Aconteceu alguma coisa não foi? É sobre o Alex? - León continuava quieto, parecia exausto... exausto de tudo e surpreendi-me quando senti sua cabeça sobre as minhas pernas. Ele estava repousando sua cabeça em minhas pernas e suas pálpebras exaustas finalmente descansaram. Não sabia o que fazer. Ainda reclusa deslizei os meus dedos sobre os seus cabelos e simultaneamente um sorriso fez-se presente em seus lábios.

– Estou louco ou você realmente está cuidando de mim? - questionou ainda com os olhos fechados e um riso vanglorioso nos lábios. - Se isso for um sonho por favor não me acorde, dormirei eternamente feliz - ele falava, enquanto eu continuava a acariciar seus finos fios capilares. Seu semblante, agora era despreocupado. Ele estava menos tenso e assim que afastei meus dedos de seus cabelos, León reclamou com uma carranca. - Continue... por favor - de bom grado voltei a fuçar em seu cabelo, eles eram cheirosos e macios.

– Porque voltou tão tenso? - Indaguei com cautela e logo seus olhos estavam em mim. Ele levantou-se,deitou-se na cama e apoiou sua cabeça no confortável travesseiro. - Já percebi que não vai falar nada! - disse frustada ainda de costas para ele logo senti suas mãos em minha cintura.

– Venha, vamos dormir, já são 5h:35min dá manhã e eu estou exausto - olhei bem em seus olhos, procurando respostas, porém, não as encontrei, eles eram um poço escuro e sem fim. Ainda abismada engatinhei até a cabeceira da cama e só então deitei-me ao seu lado, apoiando minha cabeça em seu peitoral. Era tão confortável está ali e antes que a inconsciência me envolvesse em seus braços, ouvi um último sussurro. - "O que o coração uma vez possuíu, ele nunca perde..."


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Notas finais do capítulo

(NF: Programada)

Gostaram do capítulo? Não gostaram do capítulo? Como se sentem ao terminarem ler esse capítulo? Para mim esse capítulo é um dos mais importantes. Amei escrever cada parágrafo hehehehehe, principalmente as partes leonetta!!¡¡

♦Expectativa: Espero que tenham gostado do capítulo e se não gostaram por alguma razão me falem pfv.

♠Novas atualizações: Próximo capítulo será postado na terça-feira ou antes, dependendo dos comentários referentes ao capítulo.

ASK: Quer saber mais sobre a fanfiction? Sobre mim? Próximas histórias? Parcerias? Vão lá na minha Ask e perguntem o que desejarem: http://ask.fm/GehCastillo

♣ Leitores: SUAS OPINIÕES SEMPRE SERÃO BEM-VINDAS, CRÍTICAS E OBSERVAÇÕES TAMBÉM. Não me abandone. I need yours e sou imensamente grata por ter vocês comigo sempre.

*FAVORITEM
*RECOMENDEM
*COMENTEM

👠Considerações finais: Obrigada a todos e todas que comentaram no último capítulo e me incentivaram bastante. Eu pensei que nem tivesse mais leitores pela minha demora mas vocês demonstraram-se fies. Vocês SÃO MUITO ESPECIAIS PARA MIM. O-B-R-I-G-A-D-A ! Zaynte... parei. ATÉ o próximo capítulo amores de minha vida, lovo ocês d+ XXGehxX