A Sombra e a Escuridão escrita por Cris Turner


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7

- Jack?

- E ai mana? – os olhos azuis me encaravam com divertimento.

- JACK! JACK! JACK! – gritei correndo em sua direção – Oh meu Deus! Eu senti tanto a sua falta! – murmurei ao pular em seu colo e esconder o rosto na curva do pescoço masculino.

- Também senti saudades, baixinha. – ele respondeu, passando os braços ao meu redor.

- Bella? – Jack me cutucou – Você me ouviu?

Ouvir? Alguém tinha falado alguma coisa? Não ouvi nada. Estava ocupada demais em meu mundo particular, tentando acreditar que meu irmão mais velho – e melhor amigo – estava realmente ali, ao meu lado.

- Desculpe. Não ouvi. – respondi, tentando prestar mais atenção dessa vez.

Os dois soltaram risadinhas.

- Eu perguntei como andam as coisas desse lado do Atlântico.

- Eu tenho tanta coisa pra te contar, mano! – respondi, afobada - Vem, vamos conversar. – levantei e o puxei pela mão – Depois você e o papai terminam o assunto. Eu sou prioridade aqui! Você precisa me contar sobre o que tem aprontado em Londres! – estávamos caminhando para a cozinha quando eu lembrei algo, parando abruptamente. – Aquela BMW lá na frente é sua?

Jack sorriu de lado, lançou um olhar cúmplice a Charlie e concordou com um aceno de cabeça. No segundo seguinte eu estava arrastando-o rapidamente para fora de casa. Charlie nos seguia de perto.

- Você vai me deixar dirigir agora. Já! – eu quase pulava ao redor do carro. – Espere! De onde saiu esse espetáculo?! Você tem assaltado bancos? – brinquei em um tom sério.

- Banco? – ele arqueou a sobrancelha. – Claro. Todos os dias.

- Não. Sério. Onde você conseguiu?

- Vovô me deu de aniversário. – ele sorria amplamente.

- Vovô Jack?

Ei! Isso era injusto! Jack faz vinte e dois anos e ganha uma BMW. Eu faço dezessete e ganho um cartão...?! Acho que a justiça desse mundo foi para no mesmo lugar que a democracia desse país: no buraco. Revirei os olhos.

Lembrei da figura bondosa e altiva de meu avô paterno. Jack Ross Swan era um homem humilde que havia criado um império: a Swan Industries. Ele tinha quase trinta anos quando inventou um programa de computador e ficou milionário o vender sua patente. Com o dinheiro dessa venda ele havia fundado a própria empresa de tecnologia e investido cada vez mais nela, o que havia resultado em lucros assombrosos. O tempo passou e Jack esperava que seu filho único um dia assumisse a presidência da companhia. Mas meu pai tinha uma idéia bem diferente sobre o próprio futuro. Charlie não quis assumir o cargo mais poderoso, preferindo administrar uma pequena parte de dentro da própria casa. Então, ele resolveu mudar para a América e encontrou minha mãe em Seattle, casaram-se, vieram morar e criar seus filhos na tranqüila cidade natal dela – Forks. Papai continua administrando uma pequena parte da companhia em seu escritório super moderno no segundo andar da casa.

Aos dezesseis anos meu irmão resolveu estudar em Oxford, morar com meus avôs. Pouco tempo depois Renée pediu o divórcio, voltou para Seattle e lá conheceu Phill. Os dois também foram para Inglaterra por questões de serviço. O único que parecia muito pouco inclinado a voltar para o Velho Mundo era Charlie, o qual realmente gostava dessa cidade chuvosa. Resolvi apoiá-lo, permanecendo aqui com ele. Nós vivíamos modestamente para os padrões da família Swan porque meu pai não achava que aqueles padrões se encaixavam em Forks. Tudo bem, eu nunca reclamei. Mas se Jack tinha uma máquina daquelas, eu também queria uma!

- Depois eu ligo pro vovô pra tirar essa estória a limpo! Porque há coisas mais importantes no momento – estiquei o braço, a palma da mão virada para cima – Me dá a chave. Quero dirigir.

- Não. – ele respondeu sério.

- O quê? Como assim “não”? É uma brincadeira? – perguntei, assustada. – Ah! Já entendi. Jack me dá a chave, por favor. Eu quero dirigir seu carro, posso?

- Não vou deixar você dirigir meu carro.

Fiquei atônita ao perceber que ele falava sério.

- Mas... – desviei o olhar dele para Charlie – Por quê? – sussurrei decepcionada.

Não estou reconhecendo meu irmão. Ele nunca falou assim comigo. E também nunca me negou nada sem um motivo sólido.

- Vem mana. Você vai entender. – sorrindo de lado, me puxou delicadamente pelo pulso.

Jack me conduziu a porta da garagem. Eu fui sem reclamar, estava sem reação. Charlie estava ao nosso lado, pegando o controle e abrindo o portão. Dentro da garagem estava um Porshe Carrera gt1 prata com uma imensa faixa de presente vermelha ao seu redor. Com muito custo eu desviei os olhos do magnífico carro, olhando confusa de Jack para Charlie. Eles estavam sorrindo.

- O quê? Mas....o quê? – fiz alguns gestos sem nexos com as mãos.

- Vovô mandou para você. Ele queria mandar em seu aniversário, mas o fiz prometer esperar por minha volta, eu queria ver sua reação. A qual está bem cômica no momento, exatamente como eu imaginava.

- O... o p-porshe é m-meu? – engasguei com as palavras – Eu ganhei um porshe? – agarrei meu irmão pela lapela de sua camisa.

Ele se limitou a fazer um gesto afirmativo com a cabeça.

- Oh meu Deus! Oh meu Deus! – corri em direção ao carro – Meu. Todo meu! – passei as mãos sobre o capo, deitando a cabeça no pára-brisa.

- Acho que podemos dizer ao velho Jack que ela gostou do mimo. – ouvi meu pai comentar divertido.

- Vamos tirar essa coisa de você, bebê – falei enquanto puxava a faixa vermelha e a jogava no chão. – Ai! Bem melhor assim. – sorri mais uma vez ao contemplar meu novo carro.

O telefone tocou de casa e papai saiu para atendê-lo.

- Acho que agora você não vai mais querer andar em minha BMW. – ele comentou divertido.

- Ah. Por isso você não queria me deixar andar – comentei, ao entender o motivo – Mas você tem razão. Eu quero andar no meu porshe. Chave? Cadê a chave? – murmurei ansiosa.

- Ta lá dentro. – Jack respondeu.

- Vamos buscar. – comei a andar apressadamente, mas ao olhar para trás meu irmão permanecia no mesmo lugar – Anda logo, Swan!

- Você não acha que primeiro tem que agradecer alguém não?

- Claro que sim. Depois da minha volta inaugural vou ligar para o vovô e agradecê-lo – ao ver a surpresa nos olhos azuis, completei:
- Então, matarei você por ter atrasado meu presente por três meses!

- Ei! Irmã mal-agradecida – ele resmungou enquanto caminhava em minha direção.

Quando estava perto o suficiente eu o abracei.

- Obrigado por ter voltado. Eu te amo maninho.

- Também te amo baixinha. – respondeu, me abraçando de volta – Agora vamos pegar sua amada chave.

Ele passou o braço em meus ombros e voltamos a caminhar.
Estávamos quase na soleira da porta quando Charlie, vermelho e com os olhos cuspindo fogo, apareceu na porta.

- Isabella Marie Swan! Que estória é essa de pancadaria no meio da aula? – rugiu ele.

Droga! Tinha esquecido completamente disso.

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- Então, e as minhas cunhadas?

Jack e eu estávamos na cozinha, jogando conversa fora. Afinal, depois do imenso sermão sobre comportamento totalmente inadequado, Charlie decidiu que o melhor castigo seria me proibir de dirigir meu carro hoje. Então eu estava aqui, comendo pipoca em vez de estar voando por ai em minha máquina perfeita. Isso me deixaria deprimida, se não fosse o palhaço do meu irmão.

- Cunhadas? Eu não arrumei nenhum por esses tempos. Pra você não ficar com ciúmes. – ele soltou uma risadinha e pegou um punhado de pipoca

- Ciúmes? Eu não tenho ciúmes das vacas – disfarcei essa ultima palavra com uma tosse – das suas namoradas.

- Ah não! Imagina! Da ultima vez você queria o histórico escolar, – ele levantou os dedos e começou a contar – antecedentes médicos, criminais, árvore genealógica, mapa de onde ela já tinha morado, lista de....

- Ok. Já entendi. –o interrompi – Talvez eu tenha um pouquinho de ciúmes. Eu assumo isso.

- Um pouquinho? – ele arqueou a sobrancelha.

- Certo. Eu tenho muito ciúmes. Mas eu tenho minhas razões. Aquela nojenta da Elizabeth, por exemplo, quase lhe colocou chifres.

- É. Mas foi porque ela descobriu que eu colocava chifres nela. – gargalhou ele.

Revirei os olhos.

- Isso não é motivo para se orgulhar, sabe? Quando é que você vai criar algum juízo em relação às mulheres.

- Um dia... que sabe. – murmurou distraído – E você? Vou precisar espancar alguns caras dessa cidade?

- Não, não vai. Faz tempo que eu não saio com ninguém. – desviei os olhos para a pipoca.

Não precisei explicar, ele sabia de Edward. Sabia o essencial.

- Não acredito que vou dizer isso. – ele suspirou - Mana, você não pode deixar um cara acabar com esse lado de sua vida.

Edward não havia acabado só com esse lado, mas com vários outros. Obviamente eu nunca direi isso a Jack. Aquilo é um fardo pessoal e individual.

- Eu não vou deixar. - forcei um sorriso.

Ele continua sério. Cobrindo minha mão com a dele, falou delicadamente:

- Eu soube que eles voltaram. Você falou com ele?

- Não e nem pretendo.

Sua mão apertou a minha

- Você não pode fugir disso para sempre.

- Eu sei.

Eu não queria fugir daquilo para sempre, mas queria fugir pelo tempo que fosse possível.

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O dia amanheceu nublado, mas sem sinal de chuva. Isso era ótimo! Meu porshe maravilhoso não ia tomar chuva em sua primeira saída. Arrumei-me muito rápido, correndo escada abaixo. Jack e papai já estavam à mesa. Parece que alguém tinha acordado mais cedo e me poupado o trabalho de arrumar o café.

- E ai família. – cumprimentei os dois e sentei-me.

Devorei a minha refeição, mas tive que esperar papai comer vagarosamente a dele. Quase quicava na cadeira enquanto ele bebericava o café, lendo jornal. Mas que droga! Será que ele não podia agilizar um pouquinho!? Charlie tinha pegado minha chave ontem e prometeu devolver hoje para eu ir à escola. E agora eu tinha que ficar esperando. Jack olhava a cena, a risada presa na garganta. Ele não teria coragem de rir de mim agora, a menos que quisesse terminar de beber o café pelo cabelo.

Quando, finalmente, ele se levantou eu já sentia certa dor no pé de tanto batê-lo no chão em sinal de impaciência. Enfiando a mão no bolso ele tirou a chave e entregou a mim.

- Nada de encrencas, Srta Swan. – ele estava sério.

- Pode deixar pai. – respondi com um sorriso imenso por finalmente estar com minha chave.

- Tchau pai. – dei um beijo em sua bochecha e andei até Jack – Vai fazer o quê hoje, mano?

- Vou à Seattle. Volto à tarde. – ele sorriu – Rever os amigos. Sabe como é, né?

Amigos. Sei. Ele ia rever as amigas. Revirei os olhos.

- Sei. – respondi irônica.

- Filha, falando sobre viagem acabei de lembrar uma coisa. Preciso ir a Port Angels comprar uma peça para o computador antigo, volto à tarde também. Você não se importa de almoçar sozinha? – meu pai falou enquanto lavava alguns copos.

- Não. Sem problemas. Vejo vocês mais tarde. – já estava quase chegando à porta quando lembrei – Tchau Jack – dei um beijo em sua bochecha.

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Corri até a garagem e pulei para dentro do carro, jogando a mochila no acento do passageiro.

- Finalmente! Agora somos apenas você e eu, bebê.

Virei a chave na ignição. O barulho do motor era música para meus ouvidos. Pisei no acelerador e meu corpo foi lançado para trás. Pisei no freio, parando instantaneamente. Precisava aprender a controlar o carro, ele é rápido demais.

- Legal. – sorri sozinha.

Apertei o controle da garagem e fui para a escola. Chegando lá decidi que havia tido uma melhora significativa no que dizia respeito a controlar meu porshe. Puxei a mochila e sai do carro. Meu bebê não atraiu alguns olhares, atraiu todos. Até os Cullen admiravam meu carro. Então meus amigos surgiram, boquiabertos.

- Oh. Meu. Deus. – Brooke sussurrou olhando para o carro – De onde veio essa maravilha automobilística?

- Direto da Inglaterra.

- Han?

- Vem. Vou te explicar direitinho. – enganchei meu braço no dela.

- É, explica direitinho. – comentou Chad.

Ele e Lucas estavam ocupados rodeando o carro, mas acho que a curiosidade foi maior que a fascinação e eles vieram escutar a estória.

Caminhamos para o prédio enquanto eu contava os acontecimentos vespertinos de ontem e eles murmuravam adjetivos para o porshe. Só nos separamos quando o sinal tocou e cada um teve que ir para a própria sala.

No segundo em que pisei na sala de aula senti algo pesar sobre meus ombros, alguma coisa ruim dentro do meu peito. Por um instante pensei que estava passando mal, mas o mal estar era emocional e não físico. Alguma coisa estava errada, eu só não sabia o quê. Caminhei mecanicamente até meu lugar, esperando que aquilo passasse. Não passou.

Continuei sentindo aquele peso durante as duas aulas seguintes. Quando sai para o intervalo, vasculhei os corredores à procura de Brooke. Não queria ficar sozinha.

Encontrei-a fechando o armário. Caminhei até meu armário, que não
ficava muito longe do dela, e joguei minha mochila lá dentro. Tirei apenas meu celular e a chave do carro, colocando-os no bolso do meu casaco.

Broo se aproximou

- Bella, você está bem? Você está meio abatida. – havia preocupação nos olhos castanhos.

Não. Tem alguma coisa errada.

- Ahan. Vamos lanchar? – forcei um sorriso.

- Certo. – respondeu, nem um pouco convencida – Vamos.

Caminhamos pelos corredores vazios até chegar à cantina lotada. Brooke pegou uma bandeja, entrando na fila. Apenas permaneci ao lado dela. Aquela sensação ruim havia dobrado de intensidade, matando meu apetite.

A morena encheu a bandeja e franziu o cenho ao ver minhas mãos vazias.

- Não vai comer, não?

- Estou sem fome.

- Vamos sentar. Nós precisamos conversar.

Fiquei em silêncio, sabendo que não adiantaria discutir. Nós tínhamos dado três passos, em direção à mesa onde Chad e Luke estavam sentados. Quando meu celular tocou. Congelei. Brooke, sem perceber que eu havia parado, deu mais alguns passos.

Minhas mais tremeram, sem motivo aparente, quando eu alcancei meu iPhone. O número de Charlie piscava no visor.

- Pai?

- Bella! Você já falou com ele? – a voz estava descontrolada – Diga que eu estou voltando! Diga que já estou chegando!

- Q-que? – joguei minha franja para trás, como se aquilo pudesse clarear minha mente – Dizer a quem?

- Jack.

O chão sumiu.

- Jack? O que tem Jack? – senti cada gota de cor sumir do meu rosto.

- Bella? – Brooke me chamou, alarmada.

Ignorei-a completamente.

- Não lhe contaram ainda? Eu... – ele engasgou com as palavras.

- O. Que. Tem. O. Jack? – rosnei.

- Passe para a Brooke. Você não....

- Pai! Por favor. Diga-me agora o que diabos está acontecendo. – rosnei mais uma vez, o desespero substituindo a educação.

- Você precisa ficar calma! – ele respirou fundo antes de continuar – Eu recebi um telefonema do xerife dizendo que um carro desgovernado atingiu o carro do seu irmão na saída de Forks. – a voz estava embargada - Levaram ele para o hospital de Forks e...

Minas mãos afrouxaram e o celular caiu com um baque no chão. Eu não pensava, não sentia, não ouvia, não respirava. O ambiente ao redor saiu de foco, a única coisa real era meu irmão. E ele precisava de mim.

Flexionei os joelhos, peguei impulso e disparei em direção à porta.
Corri como nunca tinha corrido. Esbarrei em várias pessoas, mandando algumas para o chão, tamanha era minha pressa e desespero. O estacionamento nunca esteve tão longe! Meus pés bateram milhares de vezes no chão e eu nunca chegava. O bolo em minha garganta se tornou mais, me sufocando. Meus pulmões berravam por oxigênio quando finalmente chequei ao Porshe.

Tateei meu bolso até alcançar a chave. Pulei pra dentro do carro e girei o contato, dessa vez o som do motor não me alcançou porque a sirene vermelha em minha cabeça era tudo que eu conseguia ouvir.

Dei marcha-ré, tirando-o da vaga.

- Vamos ver quão rápido você anda – murmurei.

Afundei o pé no acelerador. No segundo seguinte eu já estava fora do perímetro escolar. Girando o volante com força, virei o carro em uma curva muito fechada. Eu estava voando pela estrada que levava à saída de Forks. Não tive coragem de olhar o velocimentro, mas tinha certeza que havia ultrapassado os 100 km/h ainda no estacionamento escolar. Mantive os olhos na estrada o tempo todo, tentando fazer a visão compensar minhas mãos trêmulas. Mudei a marcha e acelerei mais ainda.

Finalmente avistei a fachada do hospital. Cheguei ao estacionamento e afundei o pé no freio, os pneus cantaram e senti cheiro de borracha queimada. Quando sai, automaticamente, tirei a chave da ignição e travei o carro.

Corri para a entrada, sentido meu coração disparar loucamente e o sangue pulsar freneticamente em meus ouvidos. Correndo por aqueles corredores brancos, rezei como - há muito tempo não rezava – e agradeci por Forks não ter espaço suficiente para abrigar um hospital moderno, então este lugar teve que ser construído mais afastado do perímetro urbano. Tenho certeza que quebrei todas as leis de velocidade e segurança do Estado. Meu pai não agüentaria ver o filho no hospital e a filha na cadeia.

- Swan. Jack Swan. – quase gritei com a enfermeira do outro lado do balcão de recepção – Onde ele está?

Ela me olhou assustada, então baixou a cabeça e digitou alguma coisa no computador.

- Neste momento o senhor Swan está sendo operado.

- Operado? Oh meu Deus! – soltei em um suspiro – Como ele está? É grava? Existe algum risco?

- A senhorita é da família do paciente? – indagou, arqueando a sobrancelha.

- Isabella Swan. Sou irmã dele.

- Sinto muito senhorita Swan, mas só quando o Dr. Cullen terminar a operação é que teremos essas informações. Temos que esperar.

Balancei a cabeça e me afastei dali. Esperar. Aquela palavra martelava em minha cabeça. Eu tenho que esperar para saber se meu irmão vai sobreviverá ou não. Nunca me senti tão impotente, tão insignificante em relação ao universo. Tão sozinha.

Passei a mão pelos braços, eu tremia de frio apesar da temperatura amena da sala de espera. O surto de adrenalina havia passado, deixando apenas a angustia. Eu suava frio e sentia que ia desmoronar a qualquer minuto. Apesar disso tudo as lágrimas não caiam, acho que elas não conseguiam ultrapassar a barreira gelada do medo.

Estava lutando para tentar me acalmar quando Edward apareceu por um dos corredores. Seu olhar desesperado se acalmou no instante em que encontrou o meu. Levantei da cadeira em que estava, caminhei até ele e me joguei em seus braços frios. Edward me apertou em um abraço reconfortante.

- Você está bem. – ele sussurrou, parecendo agradecido com alguma coisa.

Segurando com as duas mãos o casaco dele, chorei copiosamente.

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Notas finais do capítulo

Hey Hey amores.
Como está o carnaval de vcs?! O meu está ótimo

Espero que vc gostem do capítulo e do Jack... falando em Jack. O que será que vai acontecer com ele?! :O

Bjs bjs. Me deixem uma review, please?!