Névoa de Guerra escrita por Kuma


Capítulo 9
A policial debilitada


Notas iniciais do capítulo

ANO NOVO!!1!!UM!
Bom 2015 a todos e tomara que ninguém tenha bloqueios criativos esse ano



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Vi

O que tinha acontecido?

A mente de Vi era uma bagunça de memórias e sentimentos confusos. Foi uma explosão? Foi um incêndio? A policial tentava reunir os fatos com esforço. Os termômetros em suas luvas apitaram como o inferno e de repente uma onde de calor a deixou inconsciente. As luvas hextec ficaram... Superaquecidas? É, devia ser isso.

Abriu os olhos, atendendo ao chamado da mulher ao seu lado. Caitlyn tinha uma embalagem rosa na mão esquerda, e a deixou na mesa ao lado da cama de Vi. Seu vestido roxo listrado estava impecável como sempre, mas a xerife não usava sua comum cartola. Com uma tosse fingida, a xerife lentamente se sentou na cama, e Vi se moveu para dar espaço.

– Da última vez que eu acordei, tava num hospital. Quando foi que me trouxeram pro meu quarto? - Vi perguntou, pegando a embalagem que Caitlyn lhe ofereceu. Ao abrir, viu um belo bolinho de chocolate, com uma cobertura simples de glacê branco, mas com um Melhoras escrito em vermelho e em letra de mão. - É sério?

– Achei que um doce fosse te amolecer um pouco. - A xerife riu, suspirando. - Te trouxemos enquanto dormia. Se dormisse menos, poderia ter vindo a pé, mas não, - Caitlyn cutucou o braço de Vi. - eu e outros agentes tivemos de trazê-la. - Vi estava prestes a falar quando Caitlyn a interrompeu. - Shh. Eu explico o que houve. Pedi pro Jayce fazer uma inspeção nas suas luvas, e adivinha?

Caitlyn não continuou a narrativa por um longo momento, deixando Vi profundamente irritada. Ela mordeu uma grande porção do bolinho.

– Quer mesmo que eu adivinhe? - Vi indagou, de boca cheia. O bolo era doce até demais. Quando Cait afirmou com a cabeça, Vi engoliu tudo furiosamente. - Sei lá, porra! Sobreaqueceu? Me diz logo.

– Foi mal, eu só queria saber se você não foi mentalmente sequelada. Você caiu dura no chão, pelo que vi nas câmeras. E pra variar teve um ferimento na cabeça. Já tentou tocá-la?

Vi negou, se sentindo confusa. Realmente não tinha fiscalizado o próprio corpo. Tocou em toda a cabeça e sentiu uma gaze grudada no lado esquerdo do crânio. Quando notou que aquela área da cabeça tinha muito menos cabelo que o lado direito, ficou vermelha de raiva.

– Por que não rasparam tudo de uma vez? Meu deus, nem quero me olhar no espelho.

– Sem drama, por favor. - Caitlyn disse, rindo. Gesticulava graciosamente com as mãos em quase todas as frases. - A enfermeira ficou com pena de tosar toda a cabeleira rosa. Olha pelo lado bom, ficou um penteado estiloso.

– Puta merda... - Vi se deitou novamente, fechando os olhos e franzindo o cenho. Então se lembrou do acidente e se ergueu mais uma vez. - Ah é, me explica o que houve.

A xerife tossiu.

– Bem, as câmeras não disseram muito. O problema veio de dentro pra fora, de acordo com a análise do Jayce. - Caitlyn pegou uma bolsa social de couro que estava no chão, e que Vi não tinha notado até o momento. De lá a xerife tirou uma pasta azul com poucos papéis, e a entregou para a policial.

Nos papéis, Vi viu algumas fotos pouco nítidas da hora da explosão - e percebeu que não houve explosão, mas sim um vazamento de fumaça, ou um quase incêndio. A gente compra essas câmeras tão caras pra elas tirarem essas fotos de merda? Não consigo ver nada. Ela coçou a tatuagem em seu rosto, pensativa. Então seu coração acelerou ao pensar nas luvas.

– Minhas luvas hextec! - Ela berrou, enfiando as unhas nos cabelos rosados. - Foram pro espaço! - Vi segurou a xerife pelos ombros, aflita. - Cait! E agora?!

– Então, era isso que eu tinha que ter dito desde o início... - Caitlyn respondeu com um riso nervoso. - A meliante usou nanotecnologia. Jayce encontrou pequenos hexorganismos entre as peças das luvas. Eram vários, e foram programados para explodir.

– Nanotecnologia... - Vi cerrou o punho e socou os lençóis. - Zaun. Jinx é zaunita. Bem, valeu, isso é mais que bastante pra eu chegar até ela. - A policial levantou da cama, não sem tropeçar em um fio de soro no chão e receber um sermão da xerife.

Após mais uma semana se recuperando, Vi adotou uma meta. Iria fazer novas luvas, maiores e melhores, com tecnologia zaunita e hextec. Caçaria a criminosa de tranças azuis até os confins do continente. Naquela mesma semana saíram nos jornais notícias de um vendedor zaunita que fora intimidado por uma vândala de cabelos azuis, com um gigante louco ao seu lado. Ela escapou por pura esperteza. Na próxima vez que eu colocar minhas mãos nela... Ah, ela saberá o que é andar na linha. Se prepara, Jinx.


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