Quando a Chuva Encontra o Mar: Uma Nova Seleção escrita por Laura Machado


Capítulo 102
Capítulo 102: POV Gabrielle DeChamps




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Eu não sei direito quando e como foi que eles conseguiram me dopar de novo, mas eu acordei em um lugar totalmente diferente. A primeira coisa que percebi foi a textura de onde estava sentada, macia e molhada, esquisita. Parecia que eu afundava tanto quanto estava estável ali.
E então senti meus braços, amarrados para trás, puxando meus ombros, me doendo. Mas eles não se alcançavam. Minhas mãos não se alcançavam.
Eu me deixei sentir a dor um pouco, sem abrir os olhos. Minha cabeça não estava pensando em nada, eu nem estava me dando muito conta de onde estava, nem me perguntava direito. Acho que já estava me acostumando a estar presa, àquele absurdo de sequestro, de me sentir impotente. Eu já não sentia mais tanta vontade de lutar, já tinha praticamente aceitado meu destino. Eu ficaria presa, eu não tinha conseguido passar a mensagem para Charles. O que tivesse que acontecer, aconteceria.
Eu só percebi que tinha um pano em volta do meu rosto, quando senti uma água gelada batendo forte em meus pés. Eu abri os olhos por reflexo e tentei gritar de surpresa, mas o pano era grosso e abafou qualquer som que eu tentei emitir. E então eu percebi aonde estava.
Eu estava amarrada a um tronco grosso de madeira que ficava embaixo de um píer. E estava de frente para o mar, sentada na areia. Outra onda bateu, a maré subindo, alcançando até minhas pernas dessa vez. Eu ainda usava meu vestido de Marie Antoinette, apesar de que ele já tinha perdido todo seu brilho, toda a sua graça.
Olhando para ele, tudo que eu consegui pensar era, será que a Marie Antoinette se sentiu assim depois da Queda da Bastilha? Será que era assim que ela se via quando estava presa? O que será que ela pensou quando sabia o que seu destino a reservava?
Eu gostava de pensar que ela o teria aceito. Não porque eu acho que as pessoas devem desistir e simplesmente parar de lutar. Mas porque eu acho que seria interessante se ela, mimada e arrogante como tinha sido, simplesmente aceitasse o mal que vinha, pelo bom que já tinha tido. Ela tinha tido uma vida complicada, era verdade. Tinha sido trocada muito jovem, nada naquilo era normal. Mas ela tinha aproveitado. Ela tinha tirado o melhor de uma situação ruim. Ela tinha o que queria, quando queria. Será que toda essa liberdade conseguia cobrir sua prisão e a guilhotina?
Será que era isso que acontecia comigo? Eu tinha tido tanta sorte, que agora eu era merecedora desse mal que tinha me encontrado? Eu tinha passado os anos com Gregor, feliz, completamente encantada. E então eu merecia tê-lo como meu sequestrador? Eu não tinha acreditado nele, então eu merecia que a minha mensagem não tivesse feito sentido para Charles? Eu o tinha conhecido. Eu conheci Charles e, mesmo que por pouco tempo, eu tinha me sentido como a menina mais sortuda do mundo, só de ter seus olhos em mim. Era por isso, por esses poucos momentos de benção que eu sofria agora? Era por isso que eu estava sozinha? Eu já tinha sido feliz o suficiente, talvez eu devesse ser um pouco miserável.
Já estava de noite e parecia que tudo que eu ouvia eram as ondas do mar, que se intercalavam entre chegar até meus pés e nem ameaçarem me alcançar. Até que alguns passos tomaram minha atenção. Eu olhei para cima, para o píer, mas algumas pedrinhas caíram no meu rosto, quase entrando em meus olhos. Então tentei ouvir mais do que ver.
Eu não conseguia distinguir as palavras, não com o mar bem ali, tomando conta dos meus ouvidos. Eu conseguia diferenciar as vozes, uma, duas. Eu ouvi um cara gritando, mas ele abaixou a voz antes que eu conseguisse entender o que lhe irritava tanto. Ele só tinha dito que seria do jeito dele e que não tinha o que os outros pudessem fazer.
E então eu ouvi uma voz que eu reconheci e me fez tentar gritar através daquele pano no meu rosto. Era a Nina! Eu não sabia o que ela dizia, mas seu tom tentava acalmar, eu tinha certeza. Eu comecei a esfregar o rosto no ombro, do jeito que dava, tentando tirar o pano da minha boca, mas ele era enorme, várias vezes dobrado. Eles deviam ter pensado bem antes de me silenciar daquele jeito. E então os passos continuaram e depois uns mais apressados. E eu tentei gritar, pedi pelo amor de deus para as minhas cordas vocais assumirem um tom mais alto do que elas jamais tinham alcançado. E eu gritei. E eu gritei até sentir minha garganta doer.
Mas os passos deles continuaram. E eles se afastaram. E o pânico foi crescendo em mim. Eles tinham ido me buscar, eles não podiam simplesmente ir embora sem mim! E por que Gregor não estava deixando que eles me salvassem? O que ele tava pensando? A gente tinha combinado que eu não ia me machucar, que ele ia me deixar ser salva!
Eu senti meu corpo todo esfriar, não só pela onde que batia em mim, dessa vez chegando quase no meu joelho e afundando minha perna um pouco mais na areia. Não, mas porque eu senti medo. Medo do que esse novo Gregor poderia fazer. E se ele tivesse reconhecido a minha mensagem? E se ele tivesse percebido que eu estava tentando avisar que era ele que estava por trás de tudo aquilo?
Eu sabia que não era a melhor das mensagens, mas eu não tinha tido tempo de pensar em outra! Droga, tinha ficado muito claro, muito óbvio! Mas o que mais eu poderia ter falado? Por que foi que eu pensei mesmo que Charles reconheceria uma frase de um livro da Jane Austen? Ele preferia ler Kerouac, não histórias românticas! Eu tinha estragado tudo, eu tinha certeza. Eu tinha uma chance de conseguir prepará-los, de conseguir fazer a minha parte. Mas não, eu estraguei tudo. Eu não merecia ser salva, eu não conseguia nem ajudá-los.
Eu comecei a chorar, sem nem pensar no que estava fazendo, e fiquei até um pouco grata por aquele pano estar em volta do meu rosto para abafar meu desespero. As lágrimas caíam sem parar, sem eu conseguir me controlar. E eu estava precisando cada vez mais de ar, mas respirar com aquilo na boca não estava funcionando. Eu tentei de novo esfregar meu queixo no ombro para ver se saía, mas nada. Eu até sentia o pano se mexendo, mas aí tinha outra camada atrás, preparada para uma tentativa como aquela.
Eu comecei a pensar que talvez nunca saísse dalí. Eu só seria descoberta pela manhã, ninguém andava na praia em pleno Novembro de noite. Mas e se Gregor viesse me buscar? Era isso que ele queria, me buscar? Ele queria que eu ficasse com ele? Eu realmente não estava entendendo porque ele tinha feito aquilo, porque ele tinha me deixado ali.
Não sabia direito se eu preferia passar a noite ali, só para morrer de frio, deixar o mar me consumir, ou se eu queria mesmo que ele viesse me buscar. Será que ele estava bravo comigo? Será que ele tinha mesmo descoberto a mensagem e estava planejando algo muito pior para mim?
Cada pergunta só me fazia chorar com mais força e sentir meus braços e minhas pernas doendo. E então outra onda me atingiu, dessa vez passando até do tronco onde eu estava amarrada, e eu senti todo o meu corpo afundar e ser levado pela maré. O problema era que eu ainda estava amarrada e não tinha muito para onde ir. Só que a onda tentou, não desistiu tão fácil. E então eu fui arrastada até onde dava, sentido meus ombros doerem muito, enquanto eu chegava no limite de onde eles aguentavam.
E a dor física tomou conta de mim, me fazendo esquecer momentaneamente da minha dor emocional. Eu estava muito desconfortável, eu tentei subir um pouco, tentei me ajeitar e voltar a me sentar como estava, mas não conseguia por nada. E então outra onda bateu, me puxando de novo para baixo. Eu tentei me afundar na areia o suficiente para lutar contra a força dela, mas o mar era bem mais forte que eu. E meus ombros gritaram mais uma vez, enquanto eu me perguntava quantas vezes aquilo ia acontecer até que eles se deslocassem. Quantas vezes eu aguentaria. Quanto de tudo aquilo eu realmente merecia.
Eu já estava tremendo sem parar, só olhando para as ondas, rezando para que a próxima não me alcançasse, quando eu ouvi um barulho de moto. Olhei para os dois lados, até que vi à minha esquerda de onde vinha aquele som de motor. Quem quer que fosse, não parecia ter muito controle da direção, ainda mais na areia. Ele balançava de um lado para o outro, sem conseguir mantê-la reta. Ela puxava para a sua direita, ele tentava mandá-la pra esquerda, mas algo o incomodava, porque ele não aguentava muito tempo.
E ele estava vindo em minha direção! Eu precisava que ele conseguisse pelo menos chegar até mim, eu precisava que ele aguentasse até que me avistasse para poder me salvar! Então eu o observava, torcendo para que ele não caísse antes que me visse.
Mas ele caiu. Outra vez a moto puxou para o seu lado direito e ele, já parecendo com raiva, a mandou para a esquerda. Mas ele não conseguiu controlar, e ela acabou se soltando dele, deslizando pela areia até encontrar com o mar.
E então ele gritou meu nome e eu percebi que era Charles.
Eu não conseguiria explicar a felicidade e a euforia que tomaram conta de mim naquele momento. Era como se cada molécula de dor tivesse virado fogos de artifício, como se já comemorassem. Eu podia ver a luz no fim do túnel, eu quase podia tocá-la. Só mais um pouco, só mais alguns metros, e ele me veria. E ele tinha entendido! E ele tinha ido me salvar!
Talvez ele não conseguisse me enxergar, eu estava no escuro, era ele que estava sob luz. Mas ele cambaleava em minha direção, chamando pelo meu nome, enquanto eu tentava me mexer o máximo que dava para chamar a atenção dele, tentava gritar o máximo que dava com aquele pano.
Acho que ele estava a alguns dez metros de mim, quando eu finalmente consegui reconhecer seu rosto. Tinha alguma coisa estranha nele, mas eu nem questionei. Eu sabia que era ele, pois ele gritava "Gabrielle" sem parar.
E então ele me viu. Eu percebi quando uma expressão de alívio tomou conta de seu rosto por um segundo quando seus olhos caíram em mim. Mas ela deu lugar a uma expressão de dor logo em seguida e ele se ajoelhou no chão, levando as mãos à sua cintura, segurando alguma coisa.
Ele estava tão perto e tão longe que eu não conseguia tocá-lo. Eu só podia simplesmente ouvi-lo gritar, sem conseguir fazer nada! E aquilo estava me deixando louca! Eu esqueci completamente de onde eu estava, da posição em que estava. Eu esqueci que era eu que precisava ser salva, que eu que tinha sido sequestrada e largada para ser engolida pelo mar. Eu tinha que ajudá-lo, eu tinha que me livrar daquelas amarrações para conseguir ajudá-lo! Ele precisava de mim!
Tentei me soltar, eu praticamente dancei naquele tronco, para pelo menos conseguir lacear a corda em volta dos meus punhos. Mas antes que conseguisse chegar a qualquer lugar, outra onda bateu e passou de novo de mim, me puxando para baixo quando voltava para o mar. E meus ombros estavam chegando no limite. Eu não queria gritar, eu queria ser forte. Mas parecia que aquela seria a vez em que eles fossem me trair, os dois, de uma vez. E eu berrei, de desespero, mais do que de dor. Eu berrei de medo.
E acho que aquilo era demais para Charles, que se levantou como dava, cambaleando até mim, em uma mistura de ficar de pé e engatinhar. Não sei de onde ele conseguiu forças, sua dor parecia quase pior que a minha. Mas ele conseguiu, por nós dois. E então ele chegou até mim.
"Vai ficar tudo bem, eu prometo," ele disse, enquanto buscava um jeito de me desamarrar.
Mas eu só queria ver seu rosto, eu sabia que tudo ficaria bem, se eu pudesse simplesmente olhar para ele.
Eu não consegui falar nada, então só murmurei o que dava, trazendo sua atenção para o pano que me silenciava. Aquele era muito mais fácil de soltar, então ele o tirou de mim sem problemas. E então, livre para falar o que quisesse, eu já não sabia o que dizer. Não sabia por onde começar, não sabia como falar. Era como se eu tivesse tanta coisa dentro de mim, que não conseguia fazer nenhuma sair.
Acho que ele percebeu meu desespero, mas deve ter achado que era por outra razão. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e o levantou para me fazer olhar para ele. Foi confortante ver que eu não era a única que estava chorando.
"Você vai ficar bem," ele disse baixinho. "Eu nunca mais vou deixar alguma coisa acontecer com você. Eu vou tomar conta de você, eu prometo. Você não vai precisar nunca mais ficar com medo, acredita em mim. Eu vou tomar conta de você."
Suas palavras só me fizeram chorar ainda mais, enquanto eu concordava com a cabeça. E então ele me abraçou, me deixando afundar o rosto em sua camisa, que estava bastante molhada. Mas mesmo assim, o calor de seu corpo me foi reconfortante. Eu estava bem, eu estava segura.
Até que bateu uma outra onda e sua água fria se colocou entre a gente.
"Eu vou te tirar daqui," ele disse, me soltando. "Eu vou te soltar," ele me mirou sério, ainda segurando meu rosto.
"Tá," foi o máximo que eu consegui falar.
E então ele me soltou de vez e se arrastou até estar chegar do outro lado do tronco. Ele gritou muito alto, enquanto tentava arrebentar a corda que me amarrava. Precisou de umas três tentativas, gritando cada vez mais alto, até que eu senti a força que puxava minhas mãos juntas desaparecer.
Eu achei que fosse finalmente me sentir melhor, sem nenhuma dor. Mas meus ombros já tinham sofrido tanto nos últimos dias, que até colocar os braços pra frente era algo que doía e muito!
Em dois segundos, Charles tinha se colocado na minha frente de novo. Ele ia falar alguma coisa, mas eu percebi que sua camisa não estava só molhada de suor e água do mar. Ela estava vermelha, vermelha sangue. E eu entrei em pânico.
Eu não podia perdê-lo. Não agora que ele tinha me salvado.
"O que aconteceu com você?" Eu perguntei, passando minha mão pela sua barriga, lembrando de quando ele tinha agachado de dor depois de me reconhecer.
"Ah, nada," ele disse, tentando afastar minhas mãos. "Vamos te tirar daqui."
"Charles," eu insisti, levantando a sua camisa. "Ai, meu deus, quem fez isso?" Eu senti a sua ferida, que sangrava devagar, e ele recuou um pouco de dor. "Desculpa."
"Não tem problema, eu estou bem," ele disse, apesar de que colocou a mão sobre a ferida e fez pressão sobre ela, como se a dor de empurrar fosse melhor do que como ela ardia. "A gente tem que ir, Gabrielle."
Ele se levantou, com problemas, e tentou me ajudar também. Mas eu estava bem o suficiente para conseguir andar sozinha. Minhas pernas doíam e eu me senti como o bambi nos meus primeiros passos. Mas logo elas se acostumaram com o movimento e eu estava mais carregando Charles do que ele me ajudava.
Claro que ele não pensava assim. Pelo contrário, toda vez que ele sentia uma pontada de dor, ele abaixava, mas perguntava se eu estava bem. Eu teria rido, se aquilo não me deixasse tão assustada.
Até uma hora que ele não aguentou mais. Nós nem tínhamos chegado até a moto, que estava já praticamente tomada por água. Ele agachou no chão, dessa vez se deixando ajoelhar.
"Acho que tá passando," ele disse, segurando a ferida com as duas mãos.
"O quê? A dor?" Eu perguntei, girando em volta dele e me agachando na sua frente. "Duvido."
"Não," ele falou, com bastante dificuldade, e eu vi que ele só estava piorando. "A adrenalina. Tá passando."
"Você tomou adrenalina?" Eu não sabia como ajudá-lo, eu não sabia o que fazer! Se eu tentava levantá-lo, se eu o carregava até a moto, se tinha algo que eu podia fazer para a ferida dele não doer tanto.
"Era o único jeito," ele disse, e então gritou de novo de dor, só aumentando meu pânico. "Porra, não sabia que levar um tiro doía assim!" Ele berrou para quem quisesse ouvir.
"COMO ASSIM?" Eu perguntei, e parecia que tudo à minha volta tinha virado vidro, como se qualquer movimento pudesse quebrar alguma coisa e eu então perderia tudo.
Eu tinha medo de tiros, da ideia, já que nunca tinha lidado com algo assim. Tiros para mim pareciam que estragariam tudo, me soavam como o ponto final. Como se não conseguisse salvar alguém de algo assim. E eu precisava dele salvo. Eu precisava que ele conseguisse ficar bem! Eu nunca iria me perdoar se eu fosse a culpada disso acontecer com ele! Ele tinha que ficar bem, ele tinha que sobreviver!
Mas ele só estava piorando, só estava xingando mais e mais alto. E então ele se deixou cair para trás, deitando na areia, apesar de se torcer para tentar deixar sua barriga menos exposta. Eu tentei tirar suas mãos de cima, e foi quando eu vi que a ferida parecia mesmo ser de uma bala. Não era redonda exata, era como se tivesse estourado alguma coisa ali. E logo mais, a alguns centímetros para o lado, tinha outra, que parecia um pouco menos pior. A da sua barriga estava inchada, talvez infeccionada. Ele não estava bem, ele estava bem mal. E foi caindo a ficha para mim, do nada, com tudo. Ele não estava nada bem.
"Eu já volto," eu falei, me agachando em cima de seu rosto.
"Não, não me deixa," ele se segurou na manga do meu vestido com muita força, me puxando para baixo.
"Eu já volto, eu juro," eu falei de novo, segurando seu rosto com as duas mãos. "Eu vou buscar ajuda, não se mexa."
E então eu lhe beijei e o senti se soltando de mim. Um pouco para mostrar para ele que eu me importava com ele, que ele estava em boas mãos. Mas mais porque eu não conseguia pensar que talvez aquela fosse a última vez que eu tivesse uma chance de beijá-lo e que eu a perderia. Eu precisava que ele soubesse que eu o amava, eu precisava conseguir me salvar do pânico. E parecia que eu só conseguiria tirar forças daquele beijo.
Me doeu deixá-lo ali, sozinho, na areia. Mas eu sabia que eu precisava ir buscar ajudar, que abraçá-lo não ia adiantar de nada. Eu não sabia para onde ir, mas subi a praia até encontrar a calçada. E como por destino, eu avistei um dos carros do castelo, com janelas todas abaixadas e guardas praticamente sentados nelas, olhando por todos os lados.
"AQUI!" Eu gritei, dessa vez conseguindo fazer com que a minha voz fosse ouvida, não só por quem eu queria, mas por todas as pessoas da rua. "ELE ESTÁ AQUI! ELE PRECISA DE AJUDA!"


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