Amor a prova de fogo escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 4
Esclarecimento


Notas iniciais do capítulo

Decidi que não vou mais postar capítulos muito grandes, porque ficam meio cansativos e perde um pouco o rumo. Espero que gostem!



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Corri para casa assim que terminei de trabalhar, não protelei nem por mais um minuto. Esperei que Jane já tivesse chegado, como sempre, e preparado o jantar, mas dessa vez ela não estava em casa. Deixei uma mensagem de voz e eu mesmo cozinhei para nós.
Quando ela chegou estava um pouco suja, com alguns arranhões.
— Dia difícil? — perguntei com uma ponta de ironia.
— Você nem imagina. — Jane beijou minha bochecha. — Você cozinhando? Que fofura.
— Jane, precisamos conversar.
— Eu sei.
— Sabe? — ela fez cara de culpada, o que me fez ficar ainda mais apreensivo. — Então, pode começar.
— Certo. John, estou meio preocupada com a saúde da Emma...
— Espere, quem é Emma?
— Ah, certo. É o nome da nossa filha!
— Nossa filha? A que está na sua barriga?
— É!
— Não vai se chamar Emma!
— Por que não?
— É uma decisão importante, não pode simplesmente nomeá-la sozinha.
— Agora temos mais uma coisa para conversar. — ela riu.
— Jane, o que eu quero falar não é sobre o bebê.
— Oh. Então sobre o que é?
— Um estranho me entregou umas fotos bem suspeitas. — eu a entreguei o envelope. Ela o abriu, encarou as fotos e por um minuto, houve uma faísca de tristeza em seus olhos. — Jane?
— O que você está insinuando?
— Qual é, Jane?!
— Eu não consigo acreditar que acreditou no que um cretino te disse! Porque não confia em mim?
— Bem, Jane, confiança vem com o tempo.
— Seis anos não são tempo suficiente? — ela gritou.
— Não seis anos de pura mentira! — imediatamente quis retirar o que disse. Jane respirou fundo, estava ficando com as bochechas coradas e apertando as mãos contra a barra do vestido. — Desculpe... Jane, eu só me apavorei.
— Esse homem é meu irmão.
— Como é? Você nunca me disse que tinha irmão.
— É que...
— Está vendo? É por isso que acreditei.
— Ele é um assassino.
— Oh...
— E ele veio até Nova York, e ameaçou a mim e a minha filha, e era isso que eu precisava te contar! — as lágrimas marejaram os olhos de Jane, o que me fez sentir o cara mais idiota do mundo.
— Jane... Eu... Eu sinto muito.
— Esqueça isso, John.
— Não. Olha, eu prometo que vou recompensá-la. Me diga o nome dele e eu resolvo tudo.
— Vai matá-lo? Essa é sua solução fantástica?
— Bem... Você tem ideia melhor?
— Não. Mas vou decidir depois. Não quero que encoste um dedo nele, John.
— E quanto a nossa filha?! Quando você estiver trabalhando, como vou saber que você está bem? Vai me matar de preocupação.
Nunca vi Jane chorar tanto na minha vida. Na verdade, posso contar nos dedos as vezes que a vi chorar. Eu a abracei, mesmo sabendo que ela ainda sentia raiva de mim, e com razão.
— Eu sou um idiota, Jane. Sei disso. Mas você tem que olhar pelo meu lado. É como se estivêssemos nos conhecendo de novo, você entende?
— Eu sei, John. Mas isso machuca, você sendo tão...
— Calma. Você está nervosa por causa da gravidez. Eu queria entender como é isso.
— Eu nunca quis ficar grávida. Isso me deixa muito nervosa. E eu acabo descontando nas pessoas ao meu redor, não quero admitir que estou com medo.
— Não importa seus medos, Jane, pois estarei aqui por você. Sempre.
— Pare de me fazer chorar, idiota. — ela me empurrou de leve. Era sua maneira de dizer: "eu te perdoo".
Mas ainda havia muito o que pensar e me preocupar. O tal irmão dela, seria muito arriscado fazer perguntas? Ela ficaria chateada? Ele estaria mesmo planejando algo contra nossa filha?
Pov Jane
Eu sabia que John estava se matando de curiosidade sobre meu irmão, mas não podia contar a ele agora. Não estava pronta. E eu mesma resolveria o problema com Vlad. Eu nunca seria capaz de matá-lo, disso tinha certeza, mas protegeria minha filha nem que fosse a última coisa da minha vida.
Antes de me deitar, dei uma olhada no espelho. Estava usando só uma roupa íntima leve. Minha barriga havia crescido alguns centímetros. Já era visível que uma nova vida crescia dentro de mim. Eu acariciei minha barriga e sorri.
Nunca entendi bem o significado de ser mãe. Talvez porque quando minha mãe se fora eu ainda era muito jovem e nunca tive uma figura materna me aconselhando e ajudando. Mas quando aquele teste veio positivo, eu sabia que minha vida mudaria drasticamente. Eu não me tornaria mãe no momento em que visse e tocasse meu bebê pela primeira vez. Eu era mãe agora. Uma futura criança, uma esperança, um amor, uma vida crescia dentro de mim.
E mesmo não vendo, mesmo sabendo que nem era um ser completo ainda, eu a amava. Eu a amava com cada centímetro do meu coração. Eu queria protegê-la, agradá-la, sentí-la. Era a sensação mais perfeita que já senti em toda minha vida.
Fui dormir com esses pensamentos na cabeça. Estava tranquila e feliz. No entanto, algo ruim me esperava.
Um incômodo na barriga me acordou. Parecia um chute. Mas ela não tinha tamanho para chutar ainda, tinha? E de novo. Os chutes foram se tornando mais constantes e intensos, até que comecei a gritar.
— John! John!
John despertou alarmado.
— O que foi, querida?
— Minha barriga! Ah! — era uma pressão excruciante. Parecia que estava sendo pisoteada.
— Fique calma, vou levá-la para o hospital. Respire fundo.
De repente senti algo molhado nos lençois. Olhei para baixo. Minha calcinha estava empapada de sangue, que já começava a escorrer pelas minhas pernas. Isso não podia estar acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acham?Acham que a Jane vai perder esse bebê? Sei que o John foi meio grosso, mas tentem entender que eles passaram por tempos difíceis sobre mentiras. Beijinhos e até o próximo!



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