O mago levanta o cálice e com a outra mão livre atira diversas bolas de fogo sobre Nash.

O pego no colo e desvio dos ataques.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Eu não quero morrer! — Ele berra nos meus ouvidos sensíveis.

— Ta amarelando muito pra quem estava confiante seis minutos atrás. — Digo fazendo o garoto me socar.

— Corre. — Ele ordena desesperadamente. — Eu não quero virar churrasco.

— Seria mais fácil de correr se você não fosse tão pesado. O que você anda comendo hein?

— Ta me chamando de gordo?! — Ele grita fazendo meus ouvidos tremerem.

— Eu não estou te chamando de gordo... — Pulo desviando dos ataques. — ... Só estou dizendo que você está um pouquinho acima do peso.

— De novo seu gatuno desgraçado! — Ele berra socando meu peito. — Eu juro que vou fazer com que você se arrependa de...

Uma enorme bola de fogo me atinge.

Tropeço e caio no chão junto com Nash.

— Aiiin. — Ele reclama.

Bato de cabeça na pedra e começo a rolar pela grama. Minha cabeça começa a latejar. A intensidade da dor aumenta de acordo com o tempo que fico atordoado no chão. Os gritos agudos do menino ainda ecoam na minha cabeça.

— Lucas?! — Ele diz espantado empurrando meu corpo de um lado para o outro.

— Para. — sussurro.

— O que foi que... — Nash se joga para o lado desviando de mais um ataque do mago. — ... Aconteceu?

— Eu não sei. — Digo. — Não consigo me levantar, não sinto meu corpo.

— E o que eu faço? — Ele pergunta em desespero. — Eu não quero morrer fritado.

— Ataque o cálice. — Verbalizo fazendo o garoto observar o oponente. — O cálice é o ponto fraco do mago, se conseguir pegá-lo... Irá conseguir imobilizar o amuleto.

— Entendido! — O menino diz confiante. — Hey! — Nathan grita chamando a atenção do mago. — Espero que esteja preparado por que eu vou selar você e sua aura pra sempre.

Nash retira a auréola que flutua em sobre sua cabeça e a lança em direção ao mago que desvia de última hora.

— ...Ah... Tipo... eu pensava que a auréola era um bumerangue que se joga e volta. — Nathan fala coçando a nuca.

— Eu nunca te disse isso! — Reclamo ainda estático no chão.

— Ué, mas a auréola não é tipo minha aura? Ela devia voltar né?

Eu não acredito que isso está acontecendo comigo. — penso.

O homem encapuzado corre na direção de Nash.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. — O menino foge subindo na árvore. — SAÍ DE PERTO DE MIM, SEU BICHO FEIO. — Ele berra assustado.

— Nash sai daí... — Grito, mas em um piscar de olhos o temido acontece. A árvore começa a ganhar vida e seus cipós começam a aprisionar o menino.

— AH?... Me solta sua árvore malcriada, eu juro que quando conseguir me soltar eu vou te cortar em picadinhos. — Nash resmunga balançando seus pés desesperadamente. — Eu quero descer!

— Qual a parte que ele domina os quatro elementos você não entendeu? — Um pequeno garoto de cabelos azuis salta do telhado aterrissando no muro. — Acho que meu irmão não anda te treinando muito bem.

— Lupin?

— Ao seu dispor. — Ele diz correndo em direção ao mago.

O homem dispara diversas bolas de fogo no menino que agilmente desvia e chuta as mãos do mago fazendo o cálice cair no chão.

A árvore solta Nathanael fazendo o menino cair.

— Ai! — Ele reclama. — Será que ninguém pode amortecer minha queda que nem nos filmes?

— Agora, Nash. — Grito. — Use a auréola para selar o amuleto.

— A ... A... Auréola? — Ele pergunta gaguejando.

— Sim, rápido. — Digo me levantando com dificuldade.

— Onde está a auréola? — Lupin pergunta.

— Ali. — Nash diz apontando para a árvore. A auréola está presa em um dos galhos.

— Segura. — Lupin diz entregando o cálice ao menino. — Eu pego!

Lupin rapidamente salta sobre os galhos da árvore até conseguir agarrar a halo. Ele pula novamente e devolve o objeto à Nathanael.

— Hora de selar............................. Ah................................. Pra onde................. foi................... O mago? — Nathan pergunta decepcionado.

O silêncio predomina o lugar. Lupin e Nash procuram com os olhares pelo amuleto enquanto eu me recupero do ataque.

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS DEIXARAM O MAGO FUGIR!!! — Berro quebrando o silêncio.