Setevidas escrita por tony


Capítulo 32
Perdidos em guerra




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535932/chapter/32

...(POV Lucas)...

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NOS TELETRANSPORTOU DE FORMA ERRADA! — Berro com May que me observa com cara de desdém.

— Há muito tempo que eu não faço magia de teletransporte... Dá um tempo, por favor. — A feiticeira diz olhando para as unhas.

— LUPIN E NASH ESTÃO PERDIDOS EM UMA TRIBO DESCONHECIDA E VOCÊ ME DIZ “DÁ UM TEMPO”?

A menina suspira: — Lucas eu tinha me esquecido de como você era tão chato. — Ela verbaliza caminhando. Fito a menina por um instante. — Vamos procura-los ou não?!

— Está bem. — Respondo.

A tribo dos Delphinidae está diferente da última vez que estive aqui. Golfinhos, Orcas, baleias e botos... todos moram nesta tribo, entretanto o lugar está muito deserto. O que é estranho, pois nunca foi assim. Não há crianças circulando pelas ruas. Não há vendedores e comerciantes perambulando com seus produtos. Não há sinal de vida. Entulhos e destroços estão por toda a parte. As casas estão em ruínas enquanto outras se encontram em péssimo estado.

— O que foi que aconteceu aqui? — May pergunta admirada.

Observo atentamente cada detalhe do local. — Parece que a tribo está em guerra. — Suspiro nada animado. — Precisamos encontrar Lupin e Nathan antes que se metam em encren...

— Quando você diz: “Encrenca”, um míssil gigante vindo nessa direção está incluído nisso?

— Acho que sim... Por que?

— Olha. — Natália diz apontando para o céu.

Um míssil decola em alta velocidade rasgando as alturas de uma forma apavorante.

— Ele não está vindo pra cá. — Corrijo a menina. — Está mirado praquela casa. — Digo.

— E agora?!

— Use a carta da torre pra criar uma barreira, como você é descendente de Shat, com certeza conseguirá usar as habilidades dos amuletos.

— A carta torre está com Nash, se lembra?

— Droga! — Grito.

Corro na direção da casa e Natália vem atrás de mim.

— Pra onde estamos indo?

— Alertar os moradores.

— E se a casa estiver vazia.

— E se estiver com crianças? — Retruco.

Corro com todas as minhas forças, mas o míssil é mais ágil e se aproxima da casa com facilidade. Quando desisto de correr, algo estranho acontece. O míssil explode antes de chegar a casa e quando observo melhor, vejo uma enorme barreira protegendo a residência.

Sorri. — Só pode ser ele.

Volto a correr e May conjura uma magia que desfaz as fumaças causadas pela colisão. A casa está toda fechada. Bato na porta e espero para que alguém atenda.

...(POV Nathanael)...

As crianças não atendem às batidas na porta. Permanecem em silêncio e encolhidas no canto da sala. Não sei ao certo se estão com medo ou assustada pela reação da mãe de Neo. Entretanto, sei que elas não têm culpa alguma, e se algo estiver acontecendo entre essas duas tribos... Eu irei acabar com isso! Afinal, o anteposto é o encarregado de uni-las. Não sei ao certo como irei fazer para juntar doze tribos em uma só, mas sei que isso não será nada fácil se duas delas estiverem em guerra.

Outra batida na porta.

Neophina está aflita.

— Deve ser os rastreadores.

— Rastreadores? — Pergunto.

— Sim... Eles estão atrás de mim. — Ela começa a tremer.

— Calma. Podemos fugir pelos fundos.

— Eles irão me pegar de qualquer forma.

— Não se você estiver com o anteposto.

A garota sorri.

Outra batida.

— Com licença. — Ouço a voz gritar do outro lado da porta.

Espera. Eu conheço essa voz de gato manhoso. Esse tom de garoto idiota. — Neo, acho que hoje é seu dia de sorte.

— Ah?

— Eles não são rastreadores. — Digo indo em direção à porta. — São meus amigos.

Abro a porta e a menina arregala os olhos.

Um menino e uma garota ruiva cheia de sarnas estão parados na porta fitando a mim.

— Nash? — O garoto me abraça. — Fiquei tão preocupado. — Ele diz me apertando em seus braços. Não retribuo o abraço, apenas permaneço estático. Acho que ele nota isso e se afasta. — O que foi? Não está feliz em me ver?

— Não... Quer dizer, sim... É que...

Neophina vê minha confusão e logo intercede por mim. — Ele perdeu a memória. — A loira se levanta do chão ajeitando sua roupa. — Está se recuperando aos poucos.

— Ah... — O menino me solta frustrado.

— O que é isso na sua cabeça? — A ruiva diz olhando para os curativos em volta dela.

— Acho que eu bati com a cabeça... Só não me lembro de quando e como.

— Eu o encontrei bastante ferido. — Neo explica. — Antes de trazê-lo para cá, pensei que estava no meio da guerra e que era da tribo rival. E quando ele acordou, percebi que estava sem memória e que era um peregrino.

— Suponho que ele deve ter pousado de cabeça aqui devido a algumas falhas no teletransporte. — O menino diz lançando um olhar estranho para a ruiva.

— Conte-me, como aconteceu essa confusão toda? — A ruiva verbaliza tentando ignorar o olhar do garoto.

— Acho melhor vocês se sentarem, pois será uma longa história.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

#Continua no próximo capítulo (Capítulo combo)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Setevidas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.