Setevidas escrita por tony


Capítulo 27
As ruínas da torre




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— Faz alguma coisa. — Lupin diz.

— EU...

Pego um cabo de vassoura e no mesmo instante um tremor começa e todos fomos ao chão.

— O que está acontecendo? — Grita Lupin.

— Terremoto! — Berro sentindo todo chão tremer.

Um estrondo enorme e por fim, silêncio.

Lupin e Clara estão abraçados no chão enquanto eu seguro a vassoura.

Levanto-me do chão lentamente.

— Parou?! — Digo assustado.

— A...acho que sim... — Gagueja o menino se levantando.

— Quando eu contar até três, você abre a porta. — Digo levantando a vassoura.

— Mas o esqueleto tá lá fora. — Lupin diz.

— E o Frankenstein aqui dentro. — Falo. — Um, Dois...

O menino gira a maçaneta da porta.

— Três! — Grito no mesmo instante e saio correndo com a vassoura na mão. — YAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaah... Ah? Cade o esqueleto? — Verbalizo olhando para os dois lados.

— Eu não sei. — Lupin diz saindo do quarto/laboratório em que estávamos. — Mas no fundo também não quero saber.

Saímos e seguimos corredor adiante. As velas ainda estão acesas e por isso não preciso usar os poderes da carta fogo para iluminar o local. Lupin e Clara estão na minha frente enquanto eu vou atrás.

Pera ai! — Penso — Geralmente em filmes de terror, as regras pra sobreviver são:

a) Nunca seja gordo. (Os gordinhos não aguentam correr direito e são presas fáceis. Nada contra os gordinhos mas, tadinhos!)

b) Nunca seja um idiota que não acredita em fantasmas e monstros (Porque geralmente esses são os primeiros a morrer em filmes de terror).

c) Sempre conheça um padre. (Nunca se sabe né?)

d) Fique sempre no meio. (Se algo aparecer na frente, você será o primeiro a ser pego e se algo aparecer atrás e você for o último, você será o primeiro a ser pego).

— Éérr... Gente. Mudei de ideia... Podemos ir atrás do Bryan e depois voltar? — Digo estático. — Esse lugar me causa calafrios.

— Eu concordo. — Diz Lupin soando tão assustado quanto eu. — Só acho que devemos...

As luzes se apagam. Tudo fica escuro novamente.

Pego a carta “O mago” do bolso e invoco novamente o elemento fogo fazendo uma pequena chama pular de vela em vela até acender todas.

— Você acha que devemos fazer o... — Digo olhando pra Lupin que agora se transformou em um esqueleto também.

Clarinha está estática ao seu lado fitando o garoto.

— Clarinha... — Sussurro. — Vamos sair daqui. — Digo chamando-a pra longe do esqueleto.

As lágrimas de medo começam a rolar pelo rosto da garota e no mesmo instante uma luz cinza começa a emanar pelos ossos do esqueleto.

Puxo os braços finos da menina. — CORREEEEEEEEEE! — Berro fugindo pelos corredores.

O esqueleto continua a correr atrás de nós. Clara não demora a acompanhar meu ritmo e começa a correr ao meu lado. Solto o seu braço.

Ao chegar a uma sala enorme com lustres de vidro e um monte de móveis empoeirados, vejo uma escada e rapidamente começo a subir os degraus junto com a pequena garota.

— Espera. — Digo já na metade da escada. Pego uma carta do bolso e grito: — Floresça onde está plantado, TERRA!

Árvores enormes começam a florescer sobre a escada.

— Acho que isso deve servir como barreira para...

Um grande estrondo e terremoto começam sobre o as ruínas do castelo novamente.

— Mas que... — Procuro um palavrão adequado assim que caio de joelhos no degrau da escada.

Clarinha escorrega e cai com o traseiro no chão, mas pela careta parece que ela não se machucou.

O chão para de tremer e logo eu me levanto novamente. — Vamos. — Digo indicando para continuarmos subindo. Clara apenas fica parada olhando pra cima. — Vamos logo, se o esqueleto conseguir passar por entre esses galhos nós estamos ferrados. — Falo. A menina aponta para o teto onde há uma enorme janela no final das paredes do castelo.

— Uma... janela? — Digo fitando o lado de fora que não para de brilhar — O que aquilo está fazendo...

Der repente um clarão de lembranças domam minha mente:

— É aquela janela? — Pergunto referindo a janela do castelo que brilha intensamente.

— Sim. Está pronto? — O garoto híbrido me pergunta, mas não respondo. Corro apressadamente para a janela e salto de lá.

Em um instante, tudo volta ao normal e minha mente retorna ao meu estado atual, deixando apenas essa lembrança.

— É isso! — Digo confiante. — Aquela janela é a chave dos nossos problemas. — Falo fazendo a Clarinha me olhar com cara de dúvida. — Vem comigo.

Corro até o último degrau e pego um tapete cor de vinho que está sujo no chão.

— Espero que você goste de Alladin. — Verbalizo olhando para a reação de espanto da garota.

— Vento que sopra sobre os quatro pontos cardiais. Eu lhe invoco para que saia da sua humilde forma e venha servir ao seu mestre que o domou. — Digo segurando a carta “O mago” nas mãos. — Vento!

O tapete começa a flutuar. Coloco Clara sentada nele e logo pulo para cima do tapete também.

— Adiante. — Grito mostrando o caminho e saindo pro lado de fora. — Segura. — Falo entregando a carta dos elementos para a menina enquanto retiro as outras duas da minha mão. Só espero que isso funcione. — Adormeça a barreira que protege e envolve esse castelo. — Grito jogando a carta Os enamorados em direção a janela do castelo.

A carta começa a emergir faíscas luminosas e o menino de cabelos encaracolados, sai voando sobre o castelo e depois de dando três voltas em círculo, ele lança um pó dourado e uma esfera dourada aparece em volta da janela da torre do castelo. O garoto volta para carta.

— Em nome de Nathanael, eu ordeno, Halo! — Berro conjurando minhas asas e auréola. Puxo a carta da mão de Clara e voo para de frente da janela com minhas asas do desejo. — Fogo que ilumina a escuridão de um lugar obscuro com as suas chamas violentas. Ofereça seus poderes ao peregrino Nathanael e destruam as correntes do mal que aprisionam este castelo.

Uma enorme bola de fogo surge do céu e cai sobre a janela do castelo.

Ouve-se um estrondo. A torre do castelo permanece intacta e a esfera que à protege começa a brilhar ainda mais intensamente.

Droga! — Penso. — Essa barreira é mais resistente do que eu pensava.

Fogo! — Grito fazendo outra bola de fogo cair, mas o escudo permanece sem nenhuma rachadura.

Estou começando a ficar suado e cansado. Meu corpo já está dolorido.

Olho rapidamente para Clarinha e percebo que o tapete está oscilando e ameaçando cair.

— Vento! — Grito virando a carta em direção ao tapete, fazendo pousar em segurança na ponte do castelo. — Pronto. — Digo. — Menos um problema.

Fito por um instante o escudo.

Mas que raios de amuleto é esse?! — Penso e logo me lembro de que Lupin havia dito que é muito difícil captura-la.

— Espera! — Digo retirando uma carta da minha calça. — Dobre os poderes do frágil fogo sobre esse amuleto. — Falo segurando as duas cartas. O mago e a — FORÇA!

As cartas rapidamente se unem em uma só e uma mulher sai da carta usando um longo vestido de fogo. Seus olhos são vermelhos. A mulher é morena, mas em seus cabelos há uma grande chama que brilha intensamente.

Ela se aproxima do escudo, observa e leva sua mão lentamente até a barreira brilhante.

A cada movimento que a mulher dá, sinto meu corpo ficar cada vez mais cansado. Estou suando tanto que sinto minhas mãos tremerem de acordo com o brilho que sai das duas cartas unidas.

A mulher de fogo da um leve soco na barreira a quebrando totalmente. E um enorme raio cruza o céu no mesmo instante, destruindo a torre do castelo do parque.

A mulher retorna para a carta e as cartas se separam.

Pego minha auréola com dificuldade ainda tremulo. — À SETE CHAVES Eu selo à sua... — Minha cabeça começa a girar. Perco o controle sobre meu corpo e sinto minhas asas pararem de bater. — aura. — Sussurro. E apenas vejo um enorme fecho de luz, até sentir minha cabeça bater em alguma coisa, antes de cair no rio que corre debaixo da ponte do castelo.


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Notas finais do capítulo

#Continua no próximo capítulo.
Obg a todos os leitores ;)



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