A Culpa é das Estrelas escrita por My Hobbit


Capítulo 4
Capitulo 4: As Leis da Fisíca


Notas iniciais do capítulo

Mas um capitulo... Regina Mills aparece *...* Espero que curtem! Tirei um pouco do Livro!

Trilha sonora: 3000 Miles (Emblem 3)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535726/chapter/4

Quando os primeiros raios de sol entraram pela janela do meu quarto, resmunguei ao sentir o sol bater em meu rosto. Comichei os olhos tentando enxergar melhor, bocejei e levantei da cama.

Abri a porta do meu quarto e sai em direção à cozinha, desci as escadas ouvindo o rádio tocar e minha mãe cantarolando a música com a voz doce dela. Minha mãe até poderia ser uma ótima cantora, mas era uma péssima cozinheira.

Não me leve a mal, eu amava minha mãe, mas tudo que eu menos precisava era morrer por causa da sua péssima comida. A regra é simples: se não sabe cozinhar, não cozinhe. Mamãe nunca ouviu falar dessa regra.

Mamãe depositou a gosma verde com pedaços de milho em meu prato, dei um sorriso amarelo engolindo em seco. Ela se virou para lavar a louça, joguei minha comida na lixeira rapidamente, colocando minhas mãos novamente em cima da mesa.

— Estava com fone ein, quer mais um pouco? – perguntou e eu sorri desleixada.
— Não! Já comi o bastante! – respondi e ela se virou para a Pia novamente enquanto eu soltava o ar.
— Vou pedir pizza! – ela disse e eu arregalei os olhos.
— Desculpa! – sussurrei envergonhada.
— Tudo bem querida, eu sei que eu sou péssima! – disse dando de ombros.
— Pode ser de Pepperoni? – perguntei e ela riu.
— Claro! – ela pegou o telefone enquanto falava como o gerente.

Ficamos esperando a pizza chegar. 15 minutos se passaram e a pizza chegou, corri para abrir a caixa e bom eu ataquei comendo como um animal, mas eu comia. Há tempos que não havia uma comida decente naquela casa e eu não havia jantado na noite interior.

Eu fui tomar meu banho, troquei de roupa e desci as escadas. Sentei ao lado de minha mãe no sofá que assistia Icarly, eu estava esperando a hora passar para eu ir para a escola. Meia hora depois, ouvi a buzina do carro de Santana, me despedi de minha mãe pegando minha bolsa.

Santana estava vestida de Líder de torcida, e me levaria para a escola com Britt, que acenou para mim de dentro do carro. Abri a porta entrando no carro de Santana que ligou o rádio no volume Máximo, revirei os olhos e Britt abaixou o volume e eu ri da cara de Santana.

O caminho para a escola durou uns 5 minutos. Descemos do carro, e algumas pessoas me cumprimentavam gentilmente. Santana rude como sempre mandava todo mundo embora, sem dar chances deles falarem algo.

— Bando de perdedores! – Santana reclamou.
— OMG... Santana Lopez de mau humor, que novidade – brinquei e Britt riu baixo.
— Cala a boca Fabray! – disse raivosa – Britt-Britt que tal a gente da o fora daqui? – sugeriu docemente.
— Não Sant, nós vamos assistir aula! – Britt decidiu e Santana bufou.
— Eu odeio a escola! – resmungou a morena.

Eu sabia por que ela estava brava, pois a primeira aula do dia seria Matemática, a segunda Química, a terceira Biologia e a última Física, são casos para se auto se suicidar.


Aturei as aulas chatas de Matemática, Química e Biologia e depois fui para a o refeitório. Santana e Britt estavam juntas em uma mesa me esperando. Britt acenou para mim que caminhei até elas, mas senti um pouco de tontura e parei de repente derrubando a bandeja no chão.

Vi Santana e Britt correrem até mim me segurando pelos braços, elas me colocaram sobre uma cadeira. Ouvi alguém gritando por água ou algo assim, senti minha cabeça rodar e suspirei pesadamente. Santana me ajudou a beber a água gelada, tossi sentindo minha garganta queimar. Encarei minhas amigas, Santana e Britt que me encaravam apreensivas.

— Quinn, está tudo bem? – Britt perguntou preocupada e eu assenti com a cabeça afirmando.
— Tem certeza? Não que voltar para casa? – Santana perguntou doce.
— Tenho, eu quero ficar. Só foi uma tontura, só isso! – respondi e ouvi vários suspiros.


Olhei para todos que estavam ali, me encarando preocupados. Eles sorriram para mim, eu gostava de me sentir forte, gostava de saber que todos se preocupavam comigo.


— Obrigada! – agradeci a todos que sorriram e se retiraram.
— O.k... Agora vamos para casa! – a latina falou e eu sorri.
— Não Vou ficar e assistir a aula de Física – falei e as duas bufaram.
— Tudo bem, Fabray, só não faça mais isso! – Santana me abraçou junto com Britt.
— Tudo bem! – respondi e o sinal bateu.

[...]


Entramos na sala de aula, Santana e Britt sentaram cada uma ao meu lado. O antigo professor de Física tinha sido demitido, e eu soube por fontes especiais – vulgo Britt – que uma nova professora substituta iria entrar no lugar do professor antigo, que era um idiota.

Alguns alunos ainda entravam na sala, quando uma mulher alta, cabelos negros curtos, pele pálida, lábios vermelhos e olhos castanhos, entrou na sala. Ela era linda, não que eu tivesse me encantado por ela, longe disso, eu só achei linda porque ela era realmente linda.


Ela sorria para todos da sala, encarei Santana que dormia sobre a cadeira e Britt que desenhava algo no caderno, as lideres de torcida que cochichavam e todos os meninos babavam pela professora nova.

— Boa tarde pessoal... Meu nome é Regina Mills. – escreveu no quadro e virou para todos de novo.
— Boa tarde professora! – os meninos gritaram eu revirei os olhos.
— Ok. Vamos começar! – falou sorrindo – Hoje, eu vou provar pra vocês que se Deus existe, ele é mal. Deus criou tudo que existe certo? (pausa) Se Deus criou tudo... Então ele criou o mal. O que significa que Deus é mal – ela falou e eu levantei a mão e todos me encararam.
— Com licença, Professora... O frio existe? – perguntei e ela sorriu.
— Claro que ele existe. Você nunca teve frio? – perguntou confusa e a turma toda riu baixo.
— Na verdade, professora, o frio não existe. De acordo com as leis da física, o que nós consideramos frio é, na realidade, ausência de calor – continuei e ouvi um bufo de Santana – A escuridão existe?
— Claro que existe, Fabray! – Santana respondeu e todos riram.
— Você está errada. A escuridão também não existe. A escuridão, na realidade, é a ausência de luz. A luz, nós podemos estudar, mas não a escuridão. O mal não existe, é a mesma coisa da escuridão e do frio. Deus não criou o mal. O mal é resultado do que acontece quando o homem não tem o amor de Deus presente em seu coração... – expliquei e todos estavam de boca aberta.
— Como é seu nome, garota? – a professora perguntou e eu sorri para ela.
— Quinn, Quinn Fabray!

[...]

Santana me deixou em frente a minha casa. Despi-me das duas que me convenceram a contar que eu tinha passado mal para minha mãe. Bom, era isso que eu deveria fazer, mas não fiz.

Entrei em casa, vendo minha mãe sentada no sofá ajeitando a arma dela de Xerife. Ela me encarou sorrindo e eu sorri pulando em cima dela, colocando minha cabeça sobre suas coxas. Ela acariciou meus cabelos, me fazendo cafuné, e sorrir instantaneamente soltando um suspiro.

— Como foi à aula hoje? – perguntou e eu suspirei.
— As três primeiras foram bem entediantes – disse – Física foi bem mais legal.
— Por quê?
— Tem uma nova professora, ela é bem legal! – contei e mamãe ligou a TV.


Passou alguns minutos e mamãe estava me convencendo a ir ao Grupo de Apoio, enquanto estávamos sentadas, onde estava passando a terceira parte da maratona da temporada de America’s Next Top Model, que, confesso, já tínhamos visto, mas mesmo assim...


— Eu me recuso a ir ao Grupo de Apoio.
— Um dos sintomas da depressão é a falta de interesse em participar de atividades... – ela falou tentando me tirar do sofá.
— Por favor, mãe, me deixe ficar vendo ANTM. Isso é uma atividade... – tentei convence-la inutilmente.
— Televisão é Passividade! – disse me puxando novamente.
— Pô, mãe, por favor... – fiz bico e ela revirou os olhos.
— Quinn, você já é adolescente. Não é mais criancinha. Precisa sair de casa, viver sua vida! – disse com as mãos na cintura com um olhar de reprovação.
— Se você quer que eu aja como uma adolescente, não me mande para o Grupo de Apoio. Compre uma carteira de identidade falsa para mim e aí eu vou sair à noite, beber vodca e tomar baseado. – disse exasperada e ela revirou os olhos.
— Para inicio de conversa, não se toma baseado! – explicou.
— Viu? Esse é o tipo de coisa que eu saberia se você comprasse uma carteira de identidade falsa para mim – emburrei resmungando algumas coisas.
— Você vai para o Grupo de Apoio! – decidiu.
— SAAAAACO!
— Quinn, você merece uma vida!

Aquilo me fez calar a boca, mesmo não tendo conseguido entender o que ida ao Grupo de Apoio tinha a ver com a definição de vida. De qualquer jeito, concordei em ir. Ia ao Grupo de Apoio pelo mesmo motivo que uma vez deixei enfermeiras com um ano e meio de faculdade me envenenarem com substâncias químicas de nomes exóticos: queria fazer minha mãe feliz. Só tem uma coisa pior nesse mundo que bater as botas aos dezessete anos por causa de um câncer: ter um filho que bate as botas por causa de um câncer.


Mamãe parou na entrada de carros circular atrás do hospital às 17h00. Fingi que estava mexendo no celular para ganhar mais tempo.

— Quer que eu vá com você lá dentro?
— Não tudo bem! – respondi.
— Eu te amo – ela disse, enquanto eu saltava do carro.
— Eu também te amo, mãe. Vejo você às sete.
— Se divirta! – ela gritou pela janela abaixada enquanto dava partida com o carro.

Como eu disse anteriormente, o Grupo de Apoio é formado por um elenco rotativo de pessoas. Nós chegávamos lá, fazíamos nossas orações, e depois nos apresentávamos: Nome. Idade. Diagnóstico. E como estávamos no dia. Meu nome é Quinn, dizia na minha vez. Dezessete anos. Leucemia, que está me matando aos poucos. E está tudo bem comigo.


Depois do último da roda, o David sempre perguntava se alguém queria se abrir. E aí começava a punheta grupal de apoio mútuo: todo mundo falando de lutar, combater, vencer, remitir e examinar. Para não ser injusta com o David, ele nos deixava falar da morte. Mas a maioria ali não estava morrendo. A maioria viveria até a idade adulta. Como o David. (Isso significa que havia muita competição, com todo mundo querendo vencer uma guerra perdida não só o câncer, com as outras pessoas da roda. Tipo, eu sei que não faz o menor sentido, mas quando você ouve o que tem, por exemplo, vinte por cento de chance de viver cinco anos, e faz as contas e conclui que isso é uma chance em cinco... Você olha em volta e pensa como, qualquer outra pessoa saudável faria: preciso viver mais do que quatro desses desgraçados).

Não quis usar o elevador porque isso é o tipo de coisa que você faz nos seus “Últimos dias no Grupo de Apoio”, então fui de escada. Peguei um biscoito, coloquei um pouco de limonada num copo descartável me virei.
Uma garota olha fixamente para mim.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou bom? Eu mereço comentário?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Culpa é das Estrelas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.