In The Line escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Cause I'm coming atcha like a dark horse



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Blaine decidiu que não contaria o que estaria acontecendo para o seu marido, para que ele pudesse resolver o caso o mais rápido possível, sem pressão e muito menos o envolvimento total de sua família. O homem se mantinha ocupado todos os dias na delegacia esperando que alguma pista fosse dada e ele pudesse pegar o ex-prisioneiro.

Kurt por sua vez não estava desconfiado no começo, quando Blaine começou a chegar a mais tarde em casa, porque ele sabia que aquilo era uma coisa totalmente comum do emprego de seu marido, mas a coisa começou a ficar estranha para o castanho quando o moreno começou a ligar, literalmente, toda hora e perguntando se estava tudo bem; sem contar que agora o moreno estava almoçando em casa, coisa que ele nunca fez; já que era uma hora de viagem da casa até a delegacia. Andrew não sabia de nada, pois estava sempre na escola e não sabia o que acontecia em casa.

[...]

Era sábado, Andrew não teria aula, Kurt não tinha gravação e Blaine estava trabalhando desde a noite passada. Kurt tinha ficado preocupado assim como o filho, porém o moreno disse que estava quase chegando ao fim de um caso muito importante e que não sabia quanto tempo aquilo iria durar.

O que o castanho não sabia, é que Blaine estava terminando de juntar pistas e ir até um celeiro que poderia ser o paradeiro e esconderijo do fugitivo. Blaine estava a base de café e se dirigindo para o celeiro no exato momento.

Enquanto às dez horas em um sábado Blaine estava à caminho de uma investigação, Kurt e Andrew estavam em casa começando a tomar o café da manhã.

– Papai, onde está o pai? - Pediu o menino coçando o olho direito.

– Quando você foi dormir ontem a noite, seu pai me ligou e me disse que ficaria no escritório até mais tarde e que não sabia até que horas estaria acabando. - Andrew ficou cabisbaixo com a notícia. - Mas pode ser que ele chegue daqui a pouco. - O homem colocou leite em um copo que estava em frente a criança.

– Papai, o senhor não vai trabalhar hoje, vai? - Pediu o menino depois de terminar o gole de seu leite. - Não me leve á mal, mas eu ainda não me sinto muito confortável indo para casa da tia Quinn e do tio Noah. - Kurt sorriu par ao menino.

– Não, querido. - Kurt bagunçou o cabelo do menino e se sentou na cadeira amarela junto ao filho. - As gravações acabaram por essa semana; hoje eu poderei ficar com você. - Disse Kurt se servindo. - O que você quer fazer hoje?

– Eu não sei... Que tal irmos em um parque de diversões que abriu perto da escola? - O menino se lembrou do parque que todos estavam comentando e passou a semana toda pensando em como pediria ao pai para leva-lo.

– Ok, temos um passeio. Mas antes, vamos terminar de com- Kurt foi cortado quando o telefone da casa começou a tocar. O castanho correu até a sala e tirou o aparelho da base, colocando em seu ouvido. - Alô? - O telefone ficou mudo, mas era possível escutar uma respiração pesava e bem perto do telefone. - Blaine? - Chamou Kurt, mas ninguém respondeu. Eram nessas horas que o castanho clamava por um identificador de chamadas.

Kurt desligou o telefone e foi para cozinha.

– Meu pai está voltando? - Perguntou o menino esperançoso.

– Não, na verdade eu nem sei quem era, não respondeu nada. - Kurt se sentou na cadeira novamente. O telefone voltou a tocar. - Oh, droga! - Antes que o castanho pudesse levantar o menino parou o pai.

– Não, papai. Deixa que eu vou. - Kurt relaxou no lugar e deixou o filho ir até o telefone. Andrew correu até o telefone, o tirou do gancho e colocou na orelha. - Alô? - Novamente ninguém respondeu. - Pai? É o Andrew. Consegue me ouvir? - O menino conseguiu ouvir a mesma coisa que Kurt: alguém respirando pesadamente do outro lado da linha. O menino cansou de esperar alguma resposta e desligou. Andrew caminhou de volta para a cozinha e se ajoelhou em cima da cadeira. - Nada.

– Vamos esquecer isso, porque temos muito o que fazer ainda. - Disse o homem tentando esconder o medo que sentia. Blaine estava fora de casa por muito tempo e quando ele estava em um caso, aquilo era algo para se preocupar. - And, se terminou vá se trocar lá em cima. - O menino assentiu e saiu correndo.

Assim que Kurt pôde escutar o menino correndo no andar de cima, correu até o telefone e discou o número do celular de Blaine. O telefone deve ter dados todos os toques, até que no último, Blaine atendeu.

– Agente Anderson. - Sussurrou Blaine, mas ainda mantendo a voz grave. Ou ele se passava de valentão na frente do outros agentes ou ele não teria chegado onde chegou.

– A-amor? Sou eu... Kurt. - O castanho tinha uma mão em frente a boca para diminuir o tom de sua voz para Andrew não pedir para falar Blaine.

– O-oi, amor. Desculpa, eu nem reparei em quem estava me ligando. - Blaine continuava sussurrando, mas Kurt preferiu não perguntar. - Por que você está me ligando, afinal?

Blaine estava em um morro observando o celeiro que ficava mais abaixo. Ele e os outros carros da CIA estavam escondidos em uma mata, que dava a visão superior do lugar. Com qualquer confirmação de que há alguém ali dentro, ele desceriam com os carros e o celeiro estaria cercado; então resolveriam mais um caso.

– Você estava ligando aqui em casa? - Perguntou Kurt.

– Eu? Não. - Blaine ficou tenso no banco do carro e Mark, que estava no volante do carro, percebeu. - Kurt, você estava recebendo ligações de quem?

– E-eu não sei, ninguém respondeu a mim ou a Andrew-

– Espera, Andrew atendeu o telefone? - Os olhos de Blaine percorreram por todo o painel do carro, mas não reparando nele, os olhos do moreno estavam frenéticos de preocupação e procuravam alguma resposta.

– A-atendeu, mas... Espera-

– Kurt, não desliga. - Blaine pediu enfiando os dedos dentro dos cachos.

– Blaine, aborta a missão. Foi meu pai. - Disse Kurt usando o que aprendeu na faculdade.

– Abortar a- Seu pai- Kurt, do que você está falando? - O homem olhou para Mark ao seu lado, que pouco entendia, assim como Blaine.

– Andrew acabou de trazer meu celular e meu pai me- Andrew, não corra na escada. - Kurt fingiu aquilo caso Blaine quisesse falar com Andrew. - Meu pai me ligou e disse que o telefone dele está novamente com problema e que eu não estava o ouvindo. - Blaine jogou as costas sobre o banco do carro, soltou um longo suspiro e colocou a mão na testa. - Desculpa se eu te assustei. E-eu não queria. - Kurt continuou mentindo.

– Não, tudo bem. E-eu estou me envolvendo demais com o caso aqui no escritório e acabei me desesperando. - Disse Blaine voltando com sua respiração normal. Depois de um bom silencio, Blaine resolveu falar. - Posso falar com o And? - Pediu o pai.

– Ele subiu para se trocar. Vamos ao novo parque de diversões que tem aqui perto. - Disse o castanho. Blaine já havia voltado ao normal e se sentado. Ninguém poderia julgar o que ele sentiu naquele momento, a família do moreno era o bem mais precioso que ele tinha e tudo piorava com o efeito da cafeína.

– Uh... Tudo bem então, amor. Eu vou continuar aqui. - Blaine ficou de costas para Mark e falou mais baixo. - Eu te amo. Te vejo mais tarde? - Perguntou o moreno. Kurt sorriu com o canto da boca e concordou sonoramente. - Ok, tchau. - Blaine e Kurt desligaram os respectivos telefones.

Kurt correu para o andar de cima e Blaine voltou a vigiar, mas o que eles não sabiam, era que havia um carro em frente a casa do casal, onde uma pessoa estava atrás do volante, chorando e jogou o telefone pela janela. O carro em instantes deu partida, sumindo rua acima. Em seguida, Kurt e Andrew saíram pela porta da frente rumo ao parque.

[...]

O carro de Kurt estava voltando para casa lotado de ursos de pelúcia. Eram onze horas da noite e pai e filho haviam conseguido uns trinta bichos coloridos nos joguinhos do parque. Enquanto Andrew dormia no banco traseiro, Kurt estava dirigindo pela rua da própria casa, se aproximando da mesma. O castanho parou em frente a garagem e viu que o marido ainda não havia chego. Kurt abriu o portão da garagem e logo portão começou a subir. Quando Kurt estava entrando, viu o carro do marido se posicionar para também entrar na garagem.

Kurt estacionou, saiu do carro e esperou Blaine fazer o mesmo. O moreno fez e já saiu do carro sorrindo para o marido.

– Boa noite. - Disse Blaine sorrindo e caminhando até o marido. Blaine abraçou Kurt e deu um longo beijo no castanho. Apesar de estar extremamente exausto, o moreno ainda tinha tempo para o castanho.

– Boa noite. Conseguiu terminar o caso? - Perguntou Kurt.

– Ainda não, então vim logo para a casa. - O moreno havia mentido mais cedo sobre estar no escritório, mas não sobre não conseguir terminar o caso. Os agentes se enganaram, pois o celeiro estava vazio. Blaine se deu por vencido e voltou para casa. O moreno deu mais um beijo em Kurt. - Onde está o And?

– Dentro do carro, junto com os milhares de bichinhos de pelúcia. - Disse Kurt tirando os braços de cima de Blaine e indo fechar o portão da garagem.

O moreno bloqueou o carro, foi no banco de trás do carro de Kurt e pegou o filho; que nem acordou quando foi erguido pelo pai. Kurt deixou os milhares de bichos dentro do carro e travou as portas. Kurt abriu a porta que dava passagem para a cozinha e deixou Blaine passar com Andrew nos braços primeiro e em seguida ele, logo fechando a porta.

– Kurt, leva o And lá pra cima, por favor. - Blaine entregou o filho nos braços do marido e foi para geladeira procurar alguma coisa para comer. Kurt subiu as escadas e Blaine ficou sozinho no andar de baixo. O homem pegou algumas coisas para fazer um lanche e colocou em cima da bancada. Blaine ia começar a fazer seu lanche, quando o telefone tocou. O moreno largou tudo e foi rapidamente até o telefone. - Alô? - A linha ficou em silêncio. - Burt? - Nada. - Al-

Blaine ouviu um barulho de carro arrancando. O moreno teve um sensação estranha e foi até a janela, onde abriu a cortina. Blaine viu um carro preto, com os faróis acessos, cantando pneu e depois subindo a rua em alta velocidade. O telefone foi deligado, mas Blaine pode ouvir que o barulho também vinha do lado de fora.

Ele realmente estava de volta e mais perto do que nunca, e sem dúvidas não era Burt.


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Notas finais do capítulo

Are you ready for? Ready for? A perfect storm, a perfect storm.



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