Hate that i love you escrita por Thay Oliveira


Capítulo 1
Bad day


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, aqui estou eu com mais uma história Faberry! E não, eu não abandonarei BTAS. Logo, logo ela será atualizada. Então, é isso, bom capítulo!



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Quem via a cena achava cômico como a garota tentava se ajeitar depois de um carro passar em cima de uma poça e jogar todo liquido possível nela. _ Não pode ser. _ A garota choramingou esfregando a camisa branca de botões na tentativa da mancha marrom sair.

A poucos metros dali, encostado em um carro, um garoto magro e bem vestido assistia a tentativa frustrada da garota se limpar. Por debaixo de seu óculos de sol semicerrou os olhos balançando a cabeça negativamente, pois sabia que a mancha não sairia tão cedo da blusa. Seu celular apitou desviando sua atenção, até então na garota, para o aparelho avisando-o que chegara mais uma mensagem, deu uma passada com os olhos pela tela e resolveu que o remetente poderia esperar um pouco. A passos elegantes caminhou até a garota, sabia que o mais conveniente era dá meia volta e entrar no carro deixando que a pobre coitada se virasse sozinha, mas Kurt Hummel não era assim.

_ Com licença. _ Pronunciou-se chamando a atenção da garota. _ Não quero ser intrometido, mas infelizmente seus esforços não irão adiantar. _ Apontou para a mancha marrom que estava sobre a blusa.

_ Eu sei. _ Olhou para o garoto a sua frente e pensou que da cidade de onde viera os garotos não costumavam vestir-se tão bem. Contudo ela não estava na sua cidade natal e sim em Nova Iorque, talvez isso explicasse o bom gosto do rapaz. _ É que eu tenho aula e... _ A garota passou os olhos pelo relógio em seu punho direito. _ Parece que eu vou perder-la. Não vai dar tempo de ir em casa e voltar pra Columbia.

_ Deixa-me adivinhar, você não é daqui e é seu primeiro dia na faculdade?

_ Sim e sim. _ Respondeu pausadamente. _ Mas como você sabe disso? _ Perguntou desconfiada arqueando a sobrancelha.

_ Simples, você não xingou o motorista depois dele jogar lama em você, apenas lamentou-se, isso não é um comportamento muito nova-iorquino. _ Constatou sorrindo. _ E sobre a faculdade, nenhum aluno se veste de um jeito formal a não ser que seja seu primeiro dia.

_ Você está certo. Mas não adiantou de muita coisa no final. _ Deu um meio sorriso sem graça olhando para a blusa manchada. _ Eu tenho que ir agora, de qualquer forma, obrigada pela consideração. _ A garota ajeitou a bolsa no ombro e com um meneio de cabeça despediu-se do rapaz.

Kurt não sabia ao certo porquê tinha a sensação de que deveria ajuda-la, só queria faze-lo. Porém, há de se levar em consideração sua paixão de vestir as pessoas da melhor forma possível ou apenas customizar algum "look", para ele todos nascem com um dom e ajudar as pessoas se vestirem era o dele.

_ Espera! _ Aguardou a garota virar e continuou. _ Eu posso te ajudar com isso. _ Disse ele confiante.

_ Eu não quero parecer rude, mas se você não é uma fada madrinha ou algo do tipo, você não pode me ajudar.

_ Eu posso ser sua fada madrinha. _ Ele assistiu a garota franzir o cenho e pôs se a explicar melhor. _ Eu estudo moda em Columbia. _ Apontou para o campus. _ E em um futuro próximo eu serei um estilista. Mas tudo bem se você não quiser minha ajuda, apenas achei que você não ia querer assistir o primeiro dia de aula com a blusa manchada.

E quem iria querer comparecer ao primeiro dia na faculdade todo sujo? Ninguém, muito menos Quinn Fabray. Ela tinha trabalhado muito, estudado muito, para que uma mancha a fizesse voltar para casa. Mas havia um empecilho, quem lhe oferecia ajuda era um total desconhecido, apesar de ser simpático e de se vestir muito bem não deixava de ser um desconhecido. Sua mãe sempre dizia: Quinnie, não fale com estranhos. Muito menos aceite algo deles. E essa frase não parava de ecoar em sua cabeça.

_ Eu, eu..

_ Prometo não te sequestrar. _ Cruzou os dedos médio e indicador em forma de juramento. _ Vamos menina dos olhos avelãs, sua fada madrinha não vai esperar para sempre.

Pode parecer estranho, mas Quinn Fabray não era uma pessoa que colocava em prática sua opinião sobre algo. Sempre esteve abaixo das asas dos pais e para eles pouco importava a opinião da filha. Era uma vida bastante regrada: Escola de segunda a sexta e aos fins de semana igreja. Para uma adolescente isso se torna sufocante, pois para a garota não havia mal algum em sair com os amigos em uma sexta a noite. Não que ela tivesse muitos, mas seria legal sair da prisão/casa um pouco. Nos últimos anos cansada de tanta supervisão e repressão decidiu se dedicar aos estudos, só assim poderia sair de Lima- Ohio sua cidade natal. Ela se esforçou e deu o seu melhor para conseguir cursar direito em Columbia e naquele instante seus pais não estavam ali para lhe dar ordens, agora ela agia de acordo com os próprios pensamentos.

_ Acho que eu posso aceitar sua ajuda. _ Respondeu vencida.

_ Minha maleta está ali no meu carro. _ O garoto apontou para um conversível mustang vermelho. _ Chamativo eu sei. Mas fazer o que, ele me escolheu. _ Ele abriu a porta e esperou que Quinn entrasse e fez o mesmo em seguida.

_ Eu gostei, seu carro é muito bonito. _ Quinn elogiou sincera.

_ Presente de formatura. Quando eu disse para o meu pai que tinha conseguido uma bolsa de 50 % em Columbia ele fez uma festa e me deu esse carro de presente. _ O garoto tirou o óculos de sol revelando seus olhos azuis. mexia no que parecia ser uma maleta com vários compartimentos.

_ Seu pai parece ser uma boa pessoa. _ Assistia o garoto dobrar sua manga da camisa. _ Eu também sou bolsista em Columbia.

_ Ele é uma ótima pessoa, ouso dizer a melhor! _ Terminou de dobrar a manga até uma altura que não desse para ver as manchas do "banho" de mais cedo. _ Já temos algo em comum: Ambos bolsistas. Só falta você dizer que sua bolsa também é de 50%.

_ Na verdade ela é integral. _ A garota riu da cara que sua "fada madrinha" fez. _ Eu tive essa mesma reação quando recebi a carta. _ Admitiu.

_ Qual curso você faz? Espera! Eu vou adivinhar. _ Colocou a mão no queixo. _ Arquitetura?

A garota balançou a cabeça negativamente.

_ Fotografia?

Mais uma vez ela balançou a cabeça negativamente.

_ Sério? Você tem cara que cursa algo relacionado a arte, não tem cara de quem cursa direito por exemplo.

_ Posso não ter cara, mas é isso que eu curso.

_ Uau! Você deve ser inteligente. Mas agora não vejo outra opção para sua blusa que não seja o corte. _ Ele disse tirando uma tesoura da maleta.

_ Apenas tive bastante tempo para estudar. Sério? _ Olhou para a blusa. _ Eu a comprei pra esta ocasião.

_ Não se preocupe, ficará melhor do que antes. Agora eu preciso que você tire-a. _ O garoto virou de costa para ela tampando os olhos. _ Não que eu goste dessa fruta, mas já deu pra perceber que você é tímida. Tem um cardigã atrás de você, pode vesti-lo enquanto faço o corte.

_ Aham. _ Murmurou tirando a blusa e entregou para o garoto que estava com uma mão sobre o ombro esperando. _ Você disse que não gosta da fruta, mas tem um cardigã no seu carro. _ Constatou.

_ Observadora como um bom advogado deve ser. _ Virou-se. _ O cardigã é da minha amiga Rachel que eu acabei de deixar aqui em Columbia, ela também cursa direito. A propósito, eu ainda não sei seu nome menina dos olhos avelãs.

_ Eu me chamo Quinn, Quinn Fabray.

_ Diferente, mas combina com você. O meu é Kurt Hummel, sua fada madrinha. _ O garoto brincou fazendo uma reverência.

_ Com certeza você é. Se não fosse por você eu assistiria aula toda cheia de lama.

_ Quanto tempo falta para começar a sua aula? _ Kurt perguntou.

_ Meia hora. _ Quinn respondeu.

_ Acho que consigo fazer uma produção Kurt Hummel em você nesse tempo.

E não deu outra, kurt Hummel se mostrou a melhor das fadas madrinhas. Ele havia cortado a camisa logo abaixo do umbigo, em uma altura que não deixasse indecente para Quinn, mas o toque final foi o cardigã amarelo da amiga de Kurt. Quinn olhou-se no espelho que o garoto colocara a sua frente e se surpreendeu com o que viu.

_Poxa vida, você é mesmo bom! _ Elogiou ainda admirando o resultado em frente ao espelho.

_ Dessa vez foi fácil, a modelo em questão é linda. _ kurt a olhou com ternura. _ Bem, ela só precisa atualizar seu vocabulário, quem fala "poxa vida" hoje em dia?

_ Eu falo! _Ambos riram. _ E obrigado pelo elogio. _ Corou de leve. _ Eu tenho que ir agora.

_ Claro. _ Abriu a porta do carro para que ambos pudessem sair.

_ Você tem certeza que sua amiga não vai achar ruim eu usar o cardigã dela? _ Quinn perguntou já do lado de fora.

_ Não, até porque você está um escândalo com ele! Rachel tem pais estilistas, meus ídolos, que quer dizer que ela tem desses aos montes.

_ Entendi. kurt, obrigada de verdade, desculpa se eu te dei trabalho. _ Colocava a bolsa sobre o ombro.

_ Não precisa agradecer, eu realmente gosto de produzir alguém, você não me deu trabalho algum, foi divertido. _ O garoto colocou atrás da orelha uma mecha do coque de Quinn que ele havia feito. _ Minhas aulas só começam daqui a uma semana, então acho que te vejo semana que vem.

_ Certo, obrigada mais uma vez, até mais Kurt. _ Despediu-se.

_ Até.

[...]

Quinn andava apresada pelo grande campus que Columbia possuía. Faltavam poucos minutos para que sua primeira aula começasse, mas, mesmo assim, era impossível não admirar a grande estrutura da universidade. O campus, os laboratórios , as instalações tudo ali a lembrava que era real, não apenas um sonho... Sua admiração foi tanta que não percebeu quando se chocou contra uma morena que entrava ao mesmo tempo que ela em um corredor. O impacto levou Quinn tropeçar e cair sobre a garota.

Quinn não soube dizer porque ficou tanto tempo olhando para aqueles olhos castanhos-chocolates, ela só não conseguia parar de olhar. A morena também não parecia querer quebrar o contato visual, mas o barulho de passos no corredor fez com que a morena quebrasse o contato pronunciando-se:

_ Você vai me beijar ou vai sair de cima de mim?

_ O quê? _ Quinn levantou-se rápido. _ Eu nã, não .. Eu entrei no corredor sem olhar, esbarrei em você e acabámos caindo. _ Explicou-se evitando o olhar da morena.

_ Tanto faz. _ Olhou um tempo para parte descoberta da barriga de Quinn e subiu o olhar para o cardigã que ela vestia. _ Estranho, eu tenho um cardigã idêntico ao seu.

_ Coincidência, talvez. _ Quinn disse se amaldiçoado por não conseguir desviar o olhar do da morena.

_ Não, o meu é um exclusivo. Mas como eu disse, tanto faz. _ Sorriu debochadamente.

Qual era o problema daquela garota? Quinn questiona-se internamente. Pouco importava no momento, a garota passou os olhos pelo relógio em seu pulso e viu que estava atrasada para sua primeira aula. Sem deixar que seus olhos se encontrassem mais uma vez saiu em direção a sua sala. Não demorou muito e ela estava em frente a porta da sala, viu seu professor manda-la entrar e assim o fez.

_ Bem, como eu ia dizendo, a frequência e a pontualidade são virtudes que eu prezo nas minhas aulas. _ O professor corpulento dizia em forma direta. _ Se você senhorita.. _ Olhou para uma ficha que estava sobre a mesa. _ Fabray tivesse algum ponto na minha disciplina com certeza eu os tiraria. Mas como não é o caso você fará uma introdução sobre direito civil para a semana que vem. _ O professor ia dizer algo quando a porta se abriu revelando a morena que tinha se chocado com Quinn.

_ Oh, por favor não pare por minha causa. _ A morena falou escondendo um sorriso sarcástico que não passou despercebido por Quinn.

_ Srta Fabray, acho que sua colega de atraso não irá se opor a juntar-se a você nessa introdução. _ Quinn abria e fechava a boca sem saber o que dizer.

_ Eu acho que perdi essa parte, introdução? _ A morena perguntou confusa.

_ Sim, aquela que as duas juntas irão entregar semana que vem. E a propósito, é sobre direito civil caso seja de seu interesse. Agora sentem-se por favor. _ Apontou para as carteiras que estavam na lateral da sala.

Quinn caminhou até a carteira que o professor tinha indicado de cabeça baixa e em total silêncio. Tinha levado um banho de lama, conhecido um cara legal que a ajudou a se limpar, caído em cima de uma garota que tinha os olhos mais intrigantes que já vira, teria que fazer uma introdução sabe sei lá sobre o quê e ainda por cima junto com a garota que parece não se esforçar pra nada. Deixou que uma lufada de ar saísse por sua boca quando sentou na cadeira. É, definitivamente Quinn poderia dizer que seu dia fora desastroso.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Devo continuar? Deixem a opinião de vocês pra eu saber se devo prosseguir 😉