Entre dois Mundos escrita por Pedro H Zaia


Capítulo 8
Dias em Berk


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa a demora! Em minha defesa, alego que além dos mil trabalhos da faculdade, criar um mundo profundo e uma história rica pra minha original tem me tomado muito tempo :P Eu sei, eu devia ta me preocupando mais com a que to postando agora. ME JULGUEM u.u hahaha
Não, não consegui terminar nem o capítulo 10 ainda por conta ~dissos~ hahaha
E sim, eu tava musicalmente inspirado ao escrever esse capítulo. Vcs já vão entender. Espero que gostem.



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Os dias em Berk passaram mais rápido que eu esperava. Todo o dia eu voava para lá e para cá com Sombra, agora com uma cela feita por Soluço; muito mais seguro e confortável que uma simples corda.

Também tocava um violino cedido por Stoico todas as noites, acompanhado por Soluço com sua flauta... Tocávamos muito bem juntos, todos os dragões ficavam calmos e relaxados quando o fazíamos, inclusive os pequeninos (e terríveis) Terrores Terríveis.

Certa vez eu e Soluço começamos a tocar no meio de uma roda de fogueira, assim, simplesmente por tocar enquanto os outros conversavam. Mal nos demos conta quando começaram a nos olhar boquiabertos. Parecíamos ter nascido para tocar aqueles instrumentos juntos...

– Isso foi... Genial. - Comentou Astrid.

– É, um dos Soluços começou a tocar...

– E o outro começou depois, foi tipo, wow... - Disseram os gêmeos. Eles ma chamavam de Soluço Dois; eu não sabia se apenas para irritar a mim e a Soluço ou por ter dificuldade de nos diferenciar mesmo. Talvez um pouco dos dois

Também continuamos com o treinamento de combate e arco e flecha apenas por diversão. Pelo menos até a noite em que Soluço e eu vimos um barco velejando sorrateiramente perto de Berk enquanto voávamos.

– Os Exilados... - Sussurrou ele.

– Quem?

– Shh! Não vai querer que eles nos ouçam... Acredite. - Disse ele, alarmado. Banguela e Sombra continuaram seguido silenciosamente o barco. Pude ouvir uma conversa abafada de dentro do barco, algo sobre atacar algum lugar. Ao ouvir aquilo, Soluço guiou Banguela de volta para a ilha e eu o segui.

– Os Exilados são o pior tipo de Viking... - Explicou ele - São aqueles que foram expulsos de sua ilha natal como punição pelos piores crimes; roubos, assassinatos, torturas, estupros, tudo... O líder deles, Alvin, foi expulso de Berk por meu pai antes mesmo de eu nascer. Desde então, vez ou outra ele tenta invadir nossa ilha.

Aquilo me abalou um pouco. Claro que entre os Vikings deviam existir ladrões, assassinos e todo o resto da escória da humanidade assim como no resto do mundo. Eram esses tais Exilados que deviam ter invadindo Dumbroch e dado aos Vikings a fama de maus... De qualquer modo, quando Soluço relatou a Stoico o que havíamos ouvido ele nos tranquilizou dizendo que ele não seria tolo de atacar outra vez; não com os novos "bichinhos de estimação" da ilha. Acabou que os Exilados não atacaram, exatamente como Stoico previra.

Mesmo assim, Astrid também começou a treinar comigo, me ensinando alguns golpes úteis e aprendendo bem sobre os pontos do corpo que causavam dor, paralisia ou desmaio. Ela me dava certo medo, assim como Merida, mas não era isso que me intrigava... É que eu sempre sentia aquela sensação estranha quando Soluço e ela... Quando eu e ela... Sacudi a cabeça para afastar aqueles pensamentos.

Quanto mais os dias passavam, mais eu me preocupava com como estariam as coisas lá na minha outra casa... Pensava nos garotos do reino com os quais eu falava vez ou outra, em Merida; o que também começava a me dar uma sensação estranha, como que de nervosismo... E é claro, pensava em meus pais. Coitados, deviam estar morrendo de preocupação.

Quando não fazia mais ideia de há quanto tempo eu estava Berk, resolvi voltar para Dumbroch apenas por um dia, avisar que estava tudo bem... Eu estava feliz em Berk, finalmente a sensação de não pertencer a lugar algum me abandonara. Mas eu também não abandonaria a terra que me acolheu quando eu ainda era um bebê.

Preparei uma carta avisando que voltaria ao final do dia. Não queria avisar ninguém de minha partida; caso alguém de Dumbroch descobrisse que eu estava com vikings, as consequências seriam severas. Seria melhor evitar.

Esperei Soluço dormir para pegar as minhas coisas e sair do quarto com Sombra. Tentei sair sem fazer barulho, mas o peso de Sombra fez o piso de madeira ranger, acordando Banguela que nos olhou com aqueles enormes e curiosos olhos verdes.

– Shh, quieto, garoto... - Sussurrei. - Volte a dormir.

Banguela deitou novamente e suspirei aliviado. Lá fora, coloquei a sela em Sombra e montei em meu dragão.

– Acha que consegue me levar de volta para Dumbroch? O lugar de onde viemos?

O Fúria da Noite deu um leve rosnado em resposta.

– Espero que isso seja um sim... - Comentei antes de, sorrateiramente, levantar voo. Mal percebi Soluço acordado, me olhando pela janela do quarto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Ah, sim, quero tentar tocar alguma música do Como Treinar o Seu Dragão pra mostrar aqui, mas aprender uma música vai tomar ainda mais do meu escasso tempo :'-( hahaha
Até a próxima, espero terminar até o cap. 11 até o fim de semana. De novo :P