P.O.V. – Jack

Passaram-se alguns meses, e realmente Elsa não me pediu ajuda. Começo a achar que ela estava certa, que não precisava de ajuda. Então por que algo me dizia o contrario?

Algo me diz que ela precisa de mim mais que qualquer criança do planeta. Mas não posso ajuda-la se ela não permitir! Droga passaram-se meses e eu ainda não tirei Elsa da cabeça! Deve ser apenas a preocupação, talvez se eu ver que ela está bem e que não precisa realmente de mim eu pare de pensar tanto nela.

– Pare de pensar tanto em quem Frost? – Coelhão perguntou ao me ver sentado no trenó.

Droga eu estava pensando em voz alta!

– Você e a Fada não tem mais casa não? Vivem mais no Polo que o Norte. – Perguntei tentando mudar de assunto… Porem não deu muito certo.

– Não tente mudar de assunto Frost, você não é bom nisso. Ainda esta com a Elsa na cabeça não é? – Coelhão perguntou se aproximando.

– Está tão na cara assim? – Perguntei derrotado.

– Então vai atrás dela… Vê se ela está bem, se ela estiver ótimo, se não estiver diga a ela que não sai daquele castelo até que possa ajuda-la. – Coelhão disse firme.

– Quer saber. É isso que eu vou fazer. Vou até a Elsa novamente. Vou ver como ela está. E se ela não estiver bem, não saio daquele castelo ate ajuda-la! – Concordei ficando de pé. – Alem do mais, o que pode acontecer de tão ruim?

*Castelo de Gelo*

– Saia daqui! Eu já disse que não preciso da ajuda de ninguém! Eu posso me virar sozinha Frost! – Elsa berrava enquanto tentava me acertar com gelo. – Vai embora! Agora!

– Como eu vou sair se lá fora esta a pior tempestade de neve da historia! Graças ao seu humor! – Berrei me escondendo atrás de uma estante em quanto ela jogava uma bola de gelo em minha direção.

– Está bem… - Ela disse tentando se recompor. – Hoje, mas apenas hoje! Você dorme aqui, amanhã de manhã, quando eu acordar, não quero te ver por aqui. Entendido? – Era incrível como ela conseguia se recompor rápido, quem a visse agora não acreditaria que a meio segundo estava tentando me matar.

– Tudo bem, assim você aproveita e pensa. – Disse virando as costas.

– Não tenho no que pensar. Minha resposta é não. Olaf te mostrará o quarto de hóspede. – Dizendo isso ela se trancou no quarto novamente.

P.O.V. – Elsa

Como ele pode? Voltar aqui, com aquela ideia doida de que pode me ajudar? Como eu pude me descontrolar daquela maneira? E se eu o acertasse do mesmo modo como acertei a Anna.

Acalme-se Elsa, respira fundo… Não acredito que após tanto tempo vou repetir isso…

– Controlar… Não sentir… Não sentir! – Dizendo isso respirei fundo e me acalmei um pouco.

Se bem que Frost realmente controla o gelo assim como eu, talvez… Não Elsa… Mas apenas talvez, ele pudesse realmente me ajudar, eu sinto que ele realmente quer apenas me ajudar. Única coisa que eu não quero e machucar mais alguém.

Andei até a janela, Frost estava certo, não dava para sair no meio daquela tempestade, nem voando e nem andando. Marshmallow e Olaf já haviam entrado. Fui tomar um banho, e pela primeira vez em muito tempo tomei um demorado banho quente.

Voltei para o meu quarto, vesti uma camisola fina de seda preta, fui para frente da penteadeira e comecei a pentear meus longos cabelos pretos, meu olhos estavam com enormes manchas roxas na parte de baixo.

– Droga! Esses pesadelos ainda vão me deixar louca.

Terminei de arrumar o cabelo e fui me deitar, me preparando psicologicamente para o pesadelo daquela noite.

O mesmo pesadelo de sempre, porem dessa vez tinha mais alguém ali… Jack Frost. Enquanto Anna vinha em minha direção ele estava ao meu lado me dizendo para acordar, ou melhor, berrando para eu acordar. E foi isso que eu fiz.

– Elsa? Ouvi você berrar do outro lado do castelo. Ta tudo bem? – Ao abrir meus olhos ainda com a visão embaçada vi a mancha prateada dos cabelos de Jack ao pé da minha cama.

– Eu acordei mais alguém? – Perguntei coçando os olhos com as costas das mãos.

– Não. Apenas eu acordei. Sei que não é uma boa hora, mas… Ainda acha que não precisa de ajuda? – Ele me olhava com um olhar preocupado, preocupado de verdade.

– Tudo bem Jack. Eu aceito. – E foi assim que Jack Frost entrou realmente para minha vida.