Uma História de Mitsu escrita por PandaChan


Capítulo 19
Finais!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorou, demorou muito, o capítulo ta pequeno, eu sei.



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Depois que Azu voltou e a crise de Yui por atenção parou, ensaiamos mais algumas vezes. Sawa não fez uma roupa especial e nos mandou colocarmos os nossos uniformes, ela disse que foi para manter o tradicionalismo da Hokago Tea Time e para mostrar aos nossos fãs que mantemos o mesmo nível e ainda somos as mesmas do tempo do colégio... E por falar em colégio, temos mais algumas semanas de férias... Que droga.

Já estamos esperando chamarem nosso nome, bem, são três bandas hoje e finalmente é a final e por sermos as últimas (pela primeira vez seremos as últimas, isso é estranho) parece que a pressão sobre nós aumenta mais a cada minuto. A segunda banda (não conheço ninguém de lá, só sei que eles participam da “hora do chá da Mugi”) termina sua apresentação e o apresentador espera os aplausos acabarem, e quando a logo no painel muda os aplausos recomeçam, quando ele nos chama parece que aquelas pessoas vão morrer gritando!

Yui nos apresenta (isso não é mais necessário, pois o pessoal fala os nomes junto) e começamos a verdadeira apresentação, quando terminamos além de terem pedido mais uma música, nós a tocamos! Tiveram pedidos para GO!GO!MANIAC! e Listen, tocamos a primeira sugestão e algumas pessoas cantaram junto, isso foi... Uma surpresa para nós. Apesar de tudo, de todo apoio e outras coisas, ficamos em segundo lugar, mas devo admitir que a banda que ficou em primeiro é realmente boa! E, aliás, é a banda do Yuki. Ele nos convidou para ir junto com a banda deles pra comemorar por terem ganhado, a gente foi e dessa vez levamos a Sawa pra não ter que passar por aqueles dramas de novo, demos parabéns a eles e as respostas eram quase sempre:

– Pensávamos que vocês iriam ganhar, eram as preferidas do público.

Ou:

– Podemos ter ganhado, mas vocês são melhores.

E até:

– Bom, somos um pouco bons, não é senpai?

Eles nos chamaram de senpai! Ninguém além da Azusa nos chamou assim!

Quando chegamos a casa fui cuidar do Lui, ele fez uma bagunça danada na lavanderia. Durante o serviço Mio me chama.

– Ritsu! Você quer ir viajar com meus pais junto comigo? – Quase sempre ia junto com eles, era algo normal Mio me chamar para isso.

– Claro, quando eles querem ir? – Pergunto enquanto termino de pegar as roupas que Lui tirou do cesto.

– Daqui a dois dias. – Aceno com a cabeça que por mim ok. Depois de tudo pronto na lavanderia vou arrumar minhas coisas pra viagem, quando passo pela sala vejo Azu e Yui abraçadas no sofá e Mugi com um de seus teclados, acho que ela deve estar pensando em uma música nova.

Depois de arrumar as malas junto com Mio, Mugi nos chama para jantar e ficamos até tarde vendo o que Mugi estava fazendo durante o dia, ficou bom mesmo não tendo uma letra ainda e Mio se responsabiliza pela letra.

Quando chega o dia da viagem Yui me abraça como se nunca mais fosse me ver (isso é meio n normal vindo dela, mas ela ficará bem com Mugi e Azu), os pais de Mio vieram nos buscar e vamos para... Percebi que não sei para onde estamos indo.

– Mio? – Pergunta a ela sussurrando e ela olha para mim, sua expressão parecia dizer “o que você quer?”. – Para onde estamos indo? – Ela quase começa a rir, por que ela não me disse para onde estamos indo.

– Para a casa de uma tia minha, ela não está muito bem e meus pais querem passar um tempo com ela. – Mio responde.

Foi divertido mesmo a tia de Mio estando doente, e o lugar era bem bonito, cheio de árvores e um rio ficava perto, Mio e eu ficamos uns bons tempos lá.

Durante a viagem de volta estava chovendo muito e isso deixou a viagem bem transtornada, a última coisa que me lembro dela foi do carro derrapando em nossa direção e dos gritos dos pais de Mio e dos gritos de Mio.

Acordo meio zonza e olho para os lados, tudo são brancas, camas brancas, cortinas brancas, criados-mudos brancos, lençóis e cobertas brancas. Sou a única do quarto e uma enfermeira está arrumando algo em um canto. Tento chamá-la, mas minha voz falha e tudo que sai é um grunhido (lembrei-me do Gollum, de Senhor dos Anéis), acho que a enfermeira ouviu meu momento Gollum e quis descobrir o que era.

– Finalmente você acordou! – Ela fala isso como se me conhecesse há muito tempo, ela é alta e tem cabelos louros presos em um coque alto, está vestida de branco (jaleco branco, camisa branca e calça também branca)... Eu devo estar em um hospital. – Não fique assustada, você está bem.

– Onde... Mio... Está? – Percebo que minha voz está falhando e acho que a enfermeira não ouviu, pois ela veio para perto da cama, tento falar novamente e acho que dessa vez minha voz não falhou... Muito, pelo menos.

– Mio? Akiyama Mio? – Faço que sim com a cabeça. – Seria melhor você perguntar para alguém da recepção, quando sair do quarto siga pela direita e pegue um dos elevadores. Mas primeiro você vai comer alguma coisa! – Ela sai do quarto e volta uns 5 minutos depois com uma bandeja nas mãos. – Coma.

Depois que terminei de comer ela me fez andar pelo quarto para ver se estava mesmo bem, consegui caminhar sem problemas e ela foi comigo até o elevador.

– Boa sorte, não se perca e se sentir-se tonta aconselho que se sente em qualquer lugar, até o chão serve. – Ela diz antes de me deixar sozinha no elevador.

Pouco depois chego ao andar da recepção, é bem grande aqui e acho que conheço esse hospital. Vejo um calendário e pergunto que dia é hoje para uma mulher que estava sentada com uma menina no colo, quando ela me responde percebo que já faz duas semanas desde que sai de casa e vejo Yui correndo pelo saguão com Mugi e Azu atrás.

Só consigo pensar em uma coisa, onde Mio está?

Sinto as lágrimas umedecendo meus olhos quando Yui me abraça, vejo que ela está chorando e Mugi parece não dormir a dias, Azu está quase pior que Mugi.

– Ricchan, estava com saudade, que bom que tudo está bem. – Ela me solta e Mugi e Azu me abraçam, quando elas me soltam, olham para os lados. Azu pergunta:

– Onde Mio está?

– E os pais de Mio? – Mugi pergunta secando os olhos.

– Eu não sei. – Respondo com a voz falha e olho para baixo desapontada comigo mesma, eu não pensei nos pais de Mio. – Vou perguntar para alguma das mulheres. – Aponto para as mulheres, acho que o nome delas é secretária, não sei, não consigo pensar direito.

Caminho até lá e a cada passo meu corpo parecia pesar 200 quilos.

– Bom dia. – Uma moça com um sorriso iluminado diz, ela tem cabelos vermelhos que a deixam mais branca ainda. – Em que posso ajudar?

– Oi, tem alguma Akiyama Mio no hospital? – Pergunto sem me preocupar com educação ou bons modos. Sinto Yui, Mugi e Azu atrás de mim, ouço a voz de Sawa dizendo “vim o mais rápido que pude” e dou oi para ela e ouço a voz de meu irmão, dou oi para ele também.

– Um minuto. – A moça de cabelos vermelhos diz. Sinto a mão de Sawa em meu ombro virando-me. Sei que é a mão de Sawa, é morna e grande, mas não muito grande.

– Prepare-se para qualquer coisa, Tainaka Ritsu! Por mais triste que seja a resposta dela, esteja preparada! – Por que ela disse isso? Percebo que ela parece tão preocupada quanto qualquer uma de nós.

Todas nos concentramos na menina que está nos atendendo, ela se levanta e para perto de outra mulher que estava a uns poucos metros de distância. Algo está errado pela expressão dela. A mulher que estava conversando com ela vem em nossa direção.

– Desculpem a demora, é que a atendente não queria dar a resposta, ela nunca consegue. – Ela não está sorrindo. – Infelizmente a família Akiyama não resistiu ao acidente – Sinto minhas pernas bambas -, foi realmente muita sorte você ter sobrevivido. – Não consigo mais aguentar meu próprio corpo, as lágrimas começam a cair juntamente com minhas pernas cedendo.

Mio... Seus pais... Vejo uma Mio com seis anos (eu acho) rindo e eu dizendo “sou uma abacaxi” com meus cabelos presos no alto da cabeça... Mio com sete anos... Mio com dez anos... Mio quando ganhou Elizabeth e quando a mesma teve seu primeiro arranhão... Nossa primeira apresentação... Quando Azu surgiu... Tudo isso... E agora...

Não pode ser verdade... Mio... Morta...

Ouço as meninas chorando, e meu irmão tenta me levantar em vão, mesmo estando no chão ele me abraça.

Não tenho mais Mio, dentre tudo que podia acontecer isso era o mais improvável. Nós não iríamos ficar velhas juntas? Ver Yui e Azu juntas, Mugi casando, Sawa desencalhando, cuidar do Lui juntas?

Tocar juntas para sempre?


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Notas finais do capítulo

É isso amoras



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