Nosso lugar de refúgio escrita por TheQueen


Capítulo 4
Cinco anos depois - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei MUITO pra postar esse ultimo capítulo, por isso nem vou pedir desculpas (DESCULPA T-T). Eu amei escrever essa fanfic *-* eu acho que foi uma das melhores que eu escrevi - não só SwanQueen -, embora eu não tenha gostado desse ultimo capítulo por que ele não ficou do jeito que eu queria. Mas enfim, agradeço aos 16 comentários, 6 favoritos, 37 acompanhamentos, 747 visualizações e que agora venham as recomendações! rsrsrs
Beijos gente e me desculpem qualquer coisa!



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Cinco anos depois...

Havia se passado cinco anos desde que tudo aconteceu em StoryBrooke. Desde que eu me mudei... E desde que a conheci e lhe perdi. Durante todos esses anos eu tenho levado a vida sem nem mesmo saber como ela estava. Se estava feliz com sua nova vida, se precisava de algo... Eu perdi totalmente o contato com ela. Nos primeiros meses de sua partida – cinco anos atrás – ela me mandava cartas e mais cartas dizendo como estava sendo seus primeiros meses na Inglaterra, o que estava gostando e odiando; lembro-me que ela havia me dito que a comida de lá era uma das melhores que já tinha provado, e isso eu tenho que concordar com ela. Foram poucas às vezes em que nos falamos por telefone, talvez três ou quatro... Mas recordo muito bem do que havíamos conversado, e mesmo tendo se passado muitos anos ainda me lembro de tudo que vivemos e o que poderíamos ter vivido. Todas as vezes que eu ia para StoryBrooke perguntava se tinham noticias de Regina, e para a minha tristeza, não tinham uma sequer. Todos, assim como eu, haviam perdido completamente o contato com ela, assim impossibilitando-nos de ter qualquer noticia sua. Não sei se ela havia mudado o número de telefone, de residência... Ou se estava bem. Estão sendo cinco anos de tortura para mim.

Não tenho me envolvido com ninguém desde então. Não seriamente. Por algum motivo eu sentia que estava traindo a mulher em que eu sempre fui apaixonada... Mesmo sendo quase impossível (estou começando a achar que é totalmente impossível), nós nos reencontrarmos algum dia novamente. Será que nos veríamos por aí algum dia desses? Provavelmente não, e eu estou começando a perder as esperanças nisso. Talvez nós jamais nos vejamos... Quem sabe ela já não tenha alguém ao seu lado? Vai ver ela já tem uma família e que diferença iria fazer se nos víssemos? Obviamente nenhuma. Eu não faria parte da família dela de qualquer forma mesmo.

Como será que ela estaria hoje? Será que seus cabelos curtos continuam curtos? Seus gostos pelas roupas formais continuam? Com certeza ela estaria linda como sempre foi, com sua beleza absurdamente encantadora. E aquela bebida... Será que finalmente deu fim nela e parou de tomar toda manhã? Eu gostaria de saber. Eu gostaria de saber tudo sobre Regina Mills. Seu novo trabalho, sua vida pessoal, suas novas manias, seus novos amigos... Absolutamente tudo! Mas sei que isso não é possível agora. Quem sabe seja assim por outros longos anos, não?

Meu pai substituiu Regina na prefeitura, e ele tem se tornado um ótimo prefeito, querido por todos em StoryBrooke. Minha mãe começou a dar aula três anos atrás, e eu finalmente havia conseguido atingir meus objetivos.

O meu sonho e o sonho de Regina.

Formei-me em astronomia e sou uma astrônoma há um ano e alguns meses. Estou muito feliz de ter conseguido realizar meu objetivo e a promessa que fiz para Regina. Espero que ela fique orgulhosa se um dia souber.

Resolvi passar alguns dias em StoryBrooke, e matar a saudade dos meus pais que não me vêm a seis meses. A primeira coisa que eu fiz foi entrar em minha antiga casa, largar minhas malas no chão e correr para abraça-los. Eles me analisaram de cima a baixo e recebi comentários e perguntas como: ‘’Filha você não anda comento direito?!’’ ‘’Minha menina virou uma linda mulher!’’ e por ultimo e menos interessante ‘’Você arrumou finalmente um marido?!’’. Sempre foi a mesma coisa, e talvez sempre seja. Fui até o Granny’s para rever Ruby, a pessoa que se tornou minha confidente, minha melhor amiga.

Ela estava diferente, talvez um pouco periguete demais pro meu gosto. Realmente ela havia mudado muito desde a ultima vez que nos vimos. Mas mesmo assim continuo amando-a independente de quem ela se tornou.

Em seguida fui para o lugar em que tudo havia começado:

O jardim.

Todas as vezes que eu vinha para StoryBrooke sempre arrumava um jeito de ir para lá. Não tinha uma vez se quer que eu deixasse de comparecer no lugar em que fez minha vida mudar e ficar, digamos, muito mais interessante. Claro que sempre que venho aqui me lembro rapidamente dela. É algo automático.

Parece que Regina Mills sempre está e sempre estará em meus pensamentos. Até mesmo quando chove lembro-me dela. Afinal, tudo começou com a chuva. A chuva, como disse Regina anos atrás, é o nosso horário de encontro. E mesmo que tenhamos nos separado, para mim, ela ainda continua sendo o motivo de tudo.

E falando em chuva, nesse exato momento está chovendo enquanto caminho até o jardim.

Minha vontade de vê-la só se tornou ainda maior.

Como nas outras vezes, atravesso a ponte – sem antes olhar para o pequeno lago e sorrir – e sigo em frente, á todo momento pensando em como seria bom poder rever a mulher em que conheci nesse mesmo lugar cinco anos atrás.

Abaixei a cabeça olhando para os meus pés enquanto caminhava.

O que eu jamais pensasse era que poderia receber uma grande surpresa nesse dia.

– Emma?!

Ouvi alguém chamar meu nome, e no mesmo instante ergui a cabeça lentamente até encontrar o dono daquela voz familiar.

Minha boca se abriu levemente e meus olhos ficaram um tanto arregalados.

Era ela!

Tão perfeita e maravilhosa do quanto eu havia lhe encontrado pela primeira vez. Mas dessa vez ela estava diferente. O seu rosto parecia conter uma expressão nova... Uma que eu nunca a vi usando. Seu sorriso estava mais radiante, mais sincero. Seus olhos de longe pareciam conter mais brilho e vida... Ela estava perfeitamente linda! Seus cabelos, ainda curtos, tinha um brilho tão perfeito que eu senti uma necessidade de toca-los. E as famosas roupas formais... Ah, como Regina ficava incrivelmente linda com elas!

Será que eu estava vendo coisas? Será mesmo que Regina Mills estava na minha frente? Ou eu estava tão obcecada por querer vê-la a ponto de imaginar que ela estaria nesse exato momento a minha vista?

– Regina? – eu a chamei, temendo ser apenas minha imaginação brincando comigo.

Ela sorriu contente, balançando a cabeça positivamente.

– Sim!

Então era mesmo ela... Era mesmo a mulher em que eu sonhava reencontrar depois de muitos anos.

– Regina! – eu gritei, já não contendo mais as lágrimas de felicidade e largando o guarda chuva para correr em sua direção.

Abracei-a fortemente como se ela pudesse escapar a qualquer momento. Apertei-a mais contra mim e deixei que as lágrimas saíssem mais. Há tempos eu sonhava com isso. Sonhava poder ver a mulher da bebida, a mulher do jardim ou simplesmente a mulher que eu amava. E agora eu tive essa oportunidade.

O abraço foi desfeito. Regina olhou-me de cima a baixo e abriu um largo sorriso.

– Você está incrível! – ela disse.

– Você não sabe o quanto eu esperei por isso... – solucei.

– Eu posso ter uma ideia... – sorriu. – Eu pensei que jamais te veria novamente.

– Eu também não. Passaram-se cinco anos, Regina. Cinco anos!

– Eu sei... Tive alguns problemas. Perdi todos os contatos que eu tinha com as pessoas de StoryBrooke, até com você. Mudei de endereço e de número de telefone. Eu juro que tentei te procurar. Tentei buscar contatos seus, mas eu não consegui... Eu sinto muito, Emma.

– Eu precisava saber se você estava bem... Eu senti muito a sua falta... – abracei-a novamente. Eu estava parecendo uma adolescente desesperada por carinho, atenção, amor... Mas, na verdade, eu estava desesperada por que pensei que jamais lhe veria algum dia novamente.

– Eu também, Emma... Mas eu mantive aquela promessa. Eu voltei e jamais me esqueci de você. Mesmo se eu quisesse não teria como eu esquecer a mulher que se tornaria o meu sonho. – ela sorriu e eu sorri de volta.

– E eu o tornei realidade. Eu realizei nosso sonho, Regina. E isso graças a você. Graças a você que acreditou em mim.

– Você fez tudo isso sozinha, Emma. E se um dia eu acreditei em você, foi por que eu tinha a absoluta certeza de que você era capaz.

Na verdade... Eu só pude ser capaz por que ela estava lá para fazer-me acreditar que eu era capaz.

Eu devo tudo a ela.

Eu devo ainda mais tudo á chuva por me trazer, pela segunda vez, Regina Mills. Por que parece que a chuva sempre está conspirando para que nos encontrássemos.

Agora tenho certeza de que a chuva sempre será nosso horário de encontro, e esse jardim, o nosso lugar de refúgio.

~*~

Eu tinha começado a perder as esperanças de reencontrar Emma Swan. Mas hoje, por conspiração da chuva, eu a vi. Ela estava absolutamente linda! Havia virado uma bela mulher. Seus cabelos loiros ainda continuavam do jeito que eu sempre gostei: longos e lisos. Ela não havia mudado muito para uma mulher de, aparentemente, vinte e três anos. Para mim ela continuava a ser aquela adolescente madura e cheia de sonhos, porém, de uma forma mais encantadora.

Durante todos esses anos eu passei a imaginar o que ela poderia estar fazendo sem mim... Se poderia estar com alguém, se estava sentindo minha falta, dentre outras coisas. Eu sei que a culpa por termos ficado longe por cinco anos é toda minha, afinal, eu quem decidir ir para a Inglaterra e não ela. Ela não tem nada haver com isso... Na verdade talvez tenha um pouco sim, pois eu fui para a Inglaterra com o objetivo de mudar minha vida, e Emma já fazia parte de minha vida querendo eu ou não.

– Sério que você se tornou uma professora de faculdade?! – Emma perguntou surpresa.

– Sim... Acho que isso combina mais comigo ao invés de prefeita, se é que me entende.

Ela riu.

– Te entendo perfeitamente. Meus pais queriam que eu fizesse direito, e isso não combina nadinha comigo.

– Acho que não mesmo. O que está achando da astronomia, Srt. Astrônoma?

Ela riu e eu a acompanhei.

Fazia tempos que eu não ria dessa forma que eu até senti falta.

– Incrível! Eu estou simplesmente amando! – ela disse com brilho nos olhos.

A felicidade de Emma quando falava da astronomia era totalmente visível. Ela realmente amava esse seu sonho, e estou muito orgulhosa dela por ter conseguido realiza-lo.

– A chuva parou... – Emma disse olhando para os lados.

Realmente a chuva havia parado e eu nem tinha dado conta disso. Talvez eu não precise mais tanto assim dela agora... Embora, foi por causa dela que tudo aconteceu. Talvez agora eu possa responder o que eu sempre quis responder á cinco anos atrás.

Se a chuva é nosso horário de encontro, e esse é o nosso lugar de refúgio... Você se lembra?

Fique ao meu lado mesmo que não chova? Sim eu me lembro. – ela sorriu.

– Sim.

– O que?

– Em resposta a sua pergunta, sim, eu fico ao seu lado mesmo que não chova.

– Você está falando sério?

– Na verdade, Emma, isso era o que eu sempre quis. Eu só tinha medo. Um medo idiota.

Ela sorriu, e eu sorri de volta.

Talvez agora eu acerte.

Talvez agora tudo seja diferente, por que eu sei que será.

Afinal, como eu disse, eu só tinha um medo idiota em meio a tantos problemas.


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