O Príncipe escrita por donttsurender


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, bom o primeiro capitulo começa após o fim do conto oficial da Kiera, então se você não leu, corra pra ler!!
Eu demorei um pouquinho por que aqui ta chovendo muito e a gvt deu um problema, mas já está resolvido, muito obrigada por esperarem! Vou tentar postar o mais rápido que der, no mais tardar domingo ok?
Por favor, se você estiver acompanhando comente, para que não desanime (por que eu sou dessas se eu achar que ninguém lê pronto não escrevo mais), todas as criticas são bem vindas, estou me esforçando ao MAXIMO para que fique fiel ao personagem do Maxon por que é o meu personagem preferido (e marido). Bom, a nota já esta grande de mais!
Por ultimo: me sigam no twitter: @donttsurender e o tumblr da fanfic: choosinghim.tumblr.com para me mandar sugestões ou conversar diretamente comigo por que eu adoro conversar com vocês.
AHHH E OBRIGADA A TODAS AS MENINAS QUE ME INCENTIVARAM A CONTINUAR LÁ NO GRUPO E A BEATRIZ ROCHA QUERIDÍSSIMA QUE SE PROPÔS A REVISAR A HISTORIA!
Amor e paz,
Amanda



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Na manhã seguinte eu estava determinado a testar os limites de America Singer, depois de me chutar nos meus países baixos, eu tinha que saber se ela era a pessoa mais destemida que eu já conheci ou apenas simplesmente insana.

Sentada à mesa perto das outras garotas no café da manhã, America pouco se destacava. Olhando pelo lado estético, todas as garotas pareciam mais arrumadas, prontas para um desfile a qualquer momento enquanto ela mal usava alguma maquiagem e seus cabelos não exibiam nenhum penteado exuberante. Ela era uma beleza natural, olhando o sol bater em seus cabelos vermelhos alaranjados, como rosas e pôr do sol, eu tinha vontade de toca-los.

Oh céus, o que estava acontecendo comigo?

Antes de me livrar dos devaneios, ouvi os gritos e soube imediatamente. Os rebeldes estavam atacando. Os guardas entraram para reforçar minhas certezas e meu pai gritou para que as garotas fossem para o fundo da sala. Droga, droga, tão cedo? As garotas iriam querer fugir, e como eu culparia qualquer uma delas por não querer arriscar sua vida diariamente? Droga, não vou ter nem a chance de mostra-las o contrário.

Corri para fechar as cortinas e vi meu pai correr para a janela seguinte. Minha mãe sem perder a calma e a compostura, fez o mesmo. Como ela podia manter a calma sempre? As outras garotas estavam aos prantos eu não sabia se poderia sobreviver a tantas lágrimas. Terminei de trancar uma janela próxima a mim a tempo de ver América mesmo tremendo, levantar-se rápido e correr para fechar uma janela e não pude deixar de sorrir. Mas antes que ela conseguisse alcançar para trancar, algo atingiu a janela e a fez afastar-se aos berros. Vê-la gritando poderia ter sido cômico em outra situação.

— Você está ferida? – perguntei.

— Não, estou bem. – Mas parecia terrivelmente assustada, como todas as outras garotas da sala. Quase me esqueci das outras vinte e quatro.

— Para o fundo da sala. Agora! — Disse pra ela enquanto a levantava e fui checar as outras garotas. Eu estava mais apavorado pelas lágrimas do que pelo ataque. O ataque rebelde era comum, mas os gritos e gemidos? Eu não sabia o que fazer.

Eu deveria abraçá-las? Prometer que iriam ficar bem? Eu já tinha falado com quase metade delas e duas já haviam me dito que queriam voltar para casa.

Quando cheguei em América, ela parecia catatônica observando um vaso como se ele fosse um espelho mágico ou algo do tipo. Tentei ver o que ela via, sem sucesso.

— Tudo bem com você? – perguntei depois de um tempo.

— Sim — quase não pude ouvir sua voz.

Não parecia.

— Você não parece bem.

— O que vai acontecer com as criadas? — ela parecia genuinamente preocupada. Me pareceu meio absurdo, ali com sua vida correndo perigo e ela se preocupando com as criadas?

— As criadas? — deixei escapar.

— Sim, as criadas.

Ela me olhou nos olhos eu quase me perdi em seus olhos azuis, pareciam cada vez mais intensos. Mas seu olhar era acusador. Ela estava me acusando de proteger apenas a minha família enquanto nossos criados ficavam desprotegidos, o que não era verdade.

— Elas devem estar escondidas. Também têm onde esperar o fim dos ataques. Os guardas avisam rapidamente todo mundo. Elas vão ficar bem.

“Costumávamos ter um sistema de alarme, mas na última invasão os rebeldes o destruíram completamente. Estamos tentando consertar, mas... “— suspirei, quem seria dessa vez? Nortistas? Sulistas? Por que meu pai se negava em aceitar minha teoria sobre eles?

America abaixou os olhos, não sei por que, mas eu não queria que ela tirasse aqueles olhos azuis de mim.

— America... – chamei.

Ela levantou a cabeça.

— Elas estão bem. Os rebeldes agiram devagar, e todo mundo aqui sabe o que fazer em caso de emergência.

Ela assentiu. Ficamos em silêncio, por alguns minutos, eu estava feliz em apenas ficar ao lado dela, acho que era por que ela não estava chorando.

— Maxon — ela sussurrou depois de uns minutos.

Maxon? Ela... ela falou como se nos conhecêssemos a anos.

— Sobre a noite passada. Eu quero explicar. Quando foram nos preparar para a viagem, um homem disse que eu jamais poderia rejeitar você. – Não entendi o que ela queria dizer. - Não importava o que pedisse. Em nenhuma hipótese. – ela completou.

Eu não estava entendo o que ela queria dizer. Não, eles não diriam as garotas que eu iria me aproveitar delas. Eu devo ter entendido errado.

— O quê?

— Pelo que ele me disse, parecia que você ia pedir algumas coisas. E você mesmo me contou que não conviveu com muitas mulheres. Depois de dezoito anos... E você dispensou as câmeras. Fiquei com medo de que chegasse perto demais.

Balancei a cabeça, não era possível! Eles não tinham esse direito! Como ousaram? Eu estava enfurecido, eu iria demitir seja quem for por ter inventado essa desculpa. Nunca me senti tão humilhado. Eu nunca faria nada do tipo. Era impossível que as pessoas se metessem na minha vida. Não era à toa que América me odiava. O que as outras garotas pensariam de mim?

— Disseram isso a todas?

— Não sei. Não conheço muitas meninas que precisam desse tipo de aviso. Elas provavelmente esperam uma oportunidade para atacar — ela gesticulou para as meninas.

Não pude deixar de rir, já tinha pensado nisso.

— Mas você não é como elas, até porque não teve receio de me acertar uma joelhada bem ali, certo?

— Eu acertei sua coxa. – ela disse calmamente.

— Por favor. Um homem não precisa de tanto tempo para se recuperar de uma joelhada na coxa — ela não podia pensar que tinha acertado minhas coxas.

Ela riu e eu não pude deixar minhas preocupações de lado. Até outro projétil atingir a parede, eu quase tinha esquecido do ataque. America se enrijeceu ao meu lado e tive a sensação de que ela tinha se esquecido também.

— E então, como é ter que lidar com uma sala cheia de mulheres em prantos? —

— Nada no mundo pode ser mais confuso! —cochichei — Não tenho a menor ideia de como fazê-las parar.

— Você pode tentar pôr a mão no ombro delas e dizer que vai ficar tudo bem. Quando horam, as mulheres nem sempre querem que você resolva o problema. Elas só querem ser consoladas — ela disse.

— Sério? - não podia ser só isso.

— Sim.

— Não pode ser tão simples

— Eu disse “nem sempre”, e não “nunca”. Mas provavelmente funcionaria com várias garotas aqui.

Lembrei das garotas que queriam ir pra casa.

— Não tenho tanta certeza. Duas delas já perguntaram se eu as deixaria ir embora quando isso chegasse ao fim.

— Pensei que não tínhamos permissão para fazer isso. O que você vai fazer?

— O que posso fazer? Não vou manter ninguém aqui contra a própria vontade.

— Talvez elas mudem de ideia — ela tentou me consolar.

— Talvez — e então algo passou pela minha cabeça — E você? Já está suficientemente assustada para sair? — tentei soar engraçado e não desesperadamente engraçado.

— Para ser sincera, pensei que me mandaria embora depois do café — ela estava sendo sincera como sempre.

— Para ser sincero, também pensei – sorri para mostrar que não estava chateado com ela, depois de tudo que falaram a ela, não era de se espantar que ela me odiasse antes de me conhecer. Mas agora éramos amigos. — Você não respondeu. Quer sair?

As paredes tremeram e ao observar América meu coração doeu em pensar que ela iria embora. O que eu estava pensando? Ela não queria nada comigo, e eram 27 garotas, eu teria de eliminar outras vinte e quatro e não podia me apegar tão rápido assim.

Ela me olhava como se estivessem me avaliando, me arrumei esperando que ela dissesse que queria ficar e então ela me encarou direto nos olhos, o que me fez prender a respiração.

— Enquanto você não me enxotar, vou ficando aqui...

Não pude não deixar de sorrir.

— Bom. Você precisa me passar mais dicas, como essa da mão no ombro.

Ela sorriu pra mim. Eu não podia perder a amiga que eu tinha em America. Nenhuma outra das garotas teria coragem de fazer, e eu não sabia como lidar com garota nenhuma, afinal Daphne era a única que eu tinha tido contato e depois de nosso último encontro ficou claro que eu nunca tinha entendido ela, então como poderia entender qualquer outra garota? Ainda mais agora que elas me acham um maníaco:

— America, você poderia me fazer um favor?

Ela concordou.

— Para todos os efeitos, passamos muito tempo juntos na tarde de ontem. Se alguma garota perguntar, você poderia explicar que eu não... que eu jamais...

— Claro. E sinto muito mesmo pelo que aconteceu.

— Eu devia saber que se uma das garotas fosse desobedecer a uma ordem seria você.

Então, vários objetos pesados acertaram a parede de uma vez e as meninas voltaram a chorar e gritar.

— Quem são eles? O que querem? —ela perguntou, tentando se distrair.

— Quem? Os rebeldes?

Ela assentiu.

— Depende de quem responde. E de que grupo você fala — expliquei.

— Quer dizer que há mais de um grupo? Quantos grupos existem?

— Basicamente dois: os nortistas e os sulistas. Os nortistas atacam com muito mais frequência. Estão mais perto de nós. Vivem no chuvoso território de Likely, perto de Bellingham. Ninguém quer morar lá, quase tudo são ruínas. Eles se estabeleceram ali como puderam, embora eu ache que vivem migrando. Essa é uma teoria minha que ninguém escuta. Mas é raro que consigam invadir a propriedade. Quando conseguem, os resultados são... quase modestos. Acho que este ataque de agora é obra dos nortistas — expliquei

— Por quê? O que os faz diferentes dos sulistas?

Eu não sabia se devia contar a ela ou devia incluir minhas teorias, bem, ninguém acreditava em mim mesmo. Olhei para os lados e vi as outras garotas, algumas choravam, outras encaravam, mas estavam longe demais para nos ouvir.

— Os ataques dos sulistas são muito mais... letais.

América estremeceu.

— Letais?

— Eles vêm apenas uma ou duas vezes por ano, acho. Todos tentam evitar que eu saiba as estatísticas, mas não sou idiota: quando eles vêm, pessoas morrem. O problema é que os dois grupos parecem iguais para nós: esfarrapados, constituídos na maior parte de homens esguios mas fortes, sem insígnias que possamos distinguir. Por isso, não sabemos quem está por trás do ataque antes do fim.

America corria os olhos pela sala e parecia preocupada.

— Ainda não entendi. O que eles querem?

Dei de ombros.

— Os sulistas querem nos derrubar. Não sei o motivo, mas imagino que estejam insatisfeitos, cansados de viver às margens da sociedade. Quer dizer, eles nem são Oito, em tese, porque não têm nenhuma participação nas relações sociais. Os nortistas ainda são um mistério. Meu pai diz que querem apenas nos incomodar, perturbar o governo, mas não penso assim. Tenho outra teoria quanto a isso também — conclui.

— Posso saber qual é? – será que ela queria mesmo saber? Ela paravelmente vai rir de mim como todos os outros, mas seus olhos me incentivavam a continuar.

— Acho que eles estão à procura de alguma coisa.

— De quê?

— Isso eu não sei. Mas é a mesma coisa sempre que os nortistas são expulsos: os guardas são derrotados, feridos ou amarrados, mas nunca assassinados. É como se os rebeldes não quisessem ser seguidos. No entanto, sequestram algumas pessoas de vez em quando, o que é preocupante. E os quartos — bem, aqueles em que conseguem entrar —ficam uma bagunça. Todas as gavetas arrancadas, prateleiras reviradas, tapetes jogados longe. Muita quebradeira. Você não acreditaria se eu lhe dissesse o número de câmeras que tive de substituir ao longo dos anos. ..

— Câmeras? – Ela me interrompeu

— Sim... — Nossa, eu nem tinha contado do quanto já tinha falado. Me senti envergonhado — Gosto de fotografia. – tentei mudar de assunto - Mas, apesar de tudo isso, eles acabam não levando muita coisa consigo. Meu pai acha minha ideia inútil. O que um bando de bárbaros analfabetos procuraria? Ainda assim, deve haver alguma coisa.

Pude ver nos olhos de America sua mente processando o que eu disse, ela estaria me achando um idiota à uma altura daquelas.

— Você acha tolice?

— Não, não é tolice. É confuso, mas não tolice.

Ela sorriu e eu sorri também. Era tão fácil conversar com ela. Poxa, gostaria de ficar conversando com ela o resto do dia, era como se estivéssemos apenas nos dois e então me lembrei que não estávamos e por mais que eu quisesse ficar ali tinha que ver as outras garotas, tinha que me lembrar que uma daquelas garotas seria minha futura esposa, owu.

— Suponho que eu deveria ver como estão as outras garotas.

— Sim, imagino que muitas delas estão se perguntando por que está demorando tanto.

— E então, parceira, alguma sugestão de quem deve ser a próxima?

Ela olhou para trás e sorriu.

— Está vendo aquela loira ali, de rosa? É Marlee. Um doce. Ela é muito gentil e adora filmes. Vá.

É, ela ia mesmo bancar meu cupido. E caminhei em direção a Marlee.

- Oi, eu disse. E mesmo nervosa abriu um grande sorriso. Pouco tempo depois seguranças entraram para nos contar que o ataque já tinha acabado e que estávamos livres.


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Notas finais do capítulo

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