Enigma of the Ex escrita por GemmaStew


Capítulo 3
Conversa não amigável


Notas iniciais do capítulo

Amores muito obrigada pelos comentários pela opinião de vocês isso me motiva muuuito. Obrigada!
Boa leitura jovens.



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"Angela Weber, a primeira garota da minha vida. A primeira em tudo, em experiencias, momentos e como sempre a primeira da geração dos foras. Angela era um ano mais velha, tinha treze e Angela já estava com quatorze o que me deixava absurdamente atraído por ela. Fazíamos anos diferentes e todos os dias era um desafio vê-la nos tempos que ela não tinha aula. Decidi que a seguiria para vê-la com mais frequência, e foi isso que fiz. Todos os cantos que Angela iria eu "misteriosamente" iria também. Assim se rendeu até que um dia no nosso raro intervalo Angela me surpreendeu com um sorriso, não teria como não ser para mim. Além de naquele momento estar sozinho eu tinha certeza que seus olhos olhavam para os meus. Depois daquele sorriso nos aproximamos, resolvemos sair um pouco para tentarmos uma amizade e depois quem sabe algo mais. Saímos durante duas semanas e no final da segunda semana decidimos começar o nosso namoro. No ultimo dia do ano, durante as festas finais Angela estava estranha. Parecia distante e triste. Foi então que fiz a pior coisa que poderia ter feito, a chamei para conversar. Angela tentou desconversar mais suas atitudes não escondiam que algo entre nós a incomodava muito. A mesma no final de tudo disse as palavras que tão estou acostumado a ouvir "Eu não sei o que dizer Edward, apenas não dá mais." Foi então que tive meu ego ferido pela primeira vez. Depois de tudo aquilo Angela terminou o ano e depois saiu da cidade com seus pais, ninguém nunca mais teve noticias da primeira garota que amei e que odiei."

Joguei o caderno preto em cima da mesa juntamente com a caneta. Não sabia porque diabos estava escrevendo sobre os meus relacionamentos mais desde o meu encontro desastroso com Irina e seu namorado de 100 anos eu estava tendo Flash back com os meus antigos relacionamentos e para não esquecer dos momentos eu estava simplesmente anotando tudo. Estava disposto a entender tudo que aconteceu durante todos esses anos, e quem sabe anotando tudo que lembrava, os motivos, as palavras que cada uma delas usou me ajudaria a entender melhor tudo. Bom, era isso que espera já que estava perdendo meu tempo precioso escrevendo como um adolescente idiota que precisa escrever seus dias em um "diário" só para não esquece-los.

– Esta ocupado Edward? - Sue, minha secretária falou apenas com uma parte do seu corpo dentro da sala e sua voz era de medo.

– Pode falar Sue. - Joguei o caderno em uma gaveta e a olhei.

– Bom, como posso lhe dizer senhor... - Serrei os olhos. - Temos um problema! - Falou simplesmente dando um sorrisinho para amenizar o que havia acabado de soltar, mais logo desfez do sorriso quando me viu sério.

– Que tipo de problema?

– Um problema chamado Senhor Newton.

– Newton? - Ótimo agora o velho queria vingança? Qual o problema das pessoas com a verdade? O salvei de ser um velho otário por mais tempo, qual o problema com isso?

– Sim, algo como "Aquele iniciante destruiu meu casamento, ele deveria saber que nunca se deve mexer com Mike Newton pois tenho poder de destruir aquela empresa quando bem entender."– Sue fez uma careta lembrando da forma que Newton falou com ela. Bufei me acomodando na cadeira.

– Sua me faça um favor. - A mesma me olhou com atenção. - Marque uma reunião com o Newton, nada de negócios, uma reunião comum. Diga que temos muitas coisas a tratar, se possível marque para amanhã. - Sua concordou rapidamente.

– Mas senhor Cullen...

– Da próxima vez que ele ligar e lhe informarem que parte da empresa do Newton, diga que proibi que você o atendesse. - A mesma serrou os olhos. - Não pago meus funcionários para ouvirem desaforos. - Voltei a minha pose ereta e Sue apenas concordou ainda com receio de falar qualquer coisa que me causasse raiva. A mesma depois de alguns segundos sentada me olhando levantou de uma vez arrumando sua saia e saindo devagar até sumir da minha vista. Ótimo, agora tinha mais um problema pra resolver. Mike Newton.

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– Eu sabia que o Newton voltaria atrás de vingança. - Jasper falou se jogando no meu sofá e retirando seu paletó. Depois que contei para Jasper sobre as ofensas de Newton para a minha secretária o mesmo me culpava a cada segundo de tudo isso estar acontecendo.

– Porque eu deveria me preocupar com isso? O que você acha que ele poderia fazer? Me bater com a bengala? - Jasper deu um risinho sem graça.

– Ele é tão poderoso quanto o Parker, ele pode muito bem querer acabar com você e a empresa e acredite meu amigo, ele pode conseguir isso.

– Mais isso não irá acontecer.

– Como garante?

– Eu vou ter uma reunião com o Newton sei o que dizer e tudo se resolverá.

– E desde quando eu acredito em seus "Tudo se resolverá" você nunca sai de problemas, você se joga ainda mais nos problemas.

– Não preciso das suas críticas acredito no meu poder de convencimento. - Sentei em uma pequena parte do sofá onde Jasper não havia ocupado. Suspirei. - Newton só esta nervoso. Logo ele vai se acostumar com a ideia de se livrar de ser corno com mais frequência.

– Eu quero acreditar que você não irá falar esse tipo de coisa nessa reunião que você terá com o Newton. - Jasper levantou ficando agora sentando no sofá.

– Tenho as palavras em minha cabeça. Não se preocupe com isso. - Jasper bufou concordando com a cabeça. Odiava a falta de confiança que Jasper tinha em mim, e mais uma vez iria mostrar ao mesmo que conseguiria resolver esse problema.

– Edward querido! - Miranda surgiu na sala com um telefone em mãos. - Telefone para você, não me quiseram dizer de que se tratava mais informaram que é algo muito sério que precisa ser tratado agora. - Peguei o telefone das mãos de Miranda e me retirando da sala deixando Jasper para trás. Segui até a varanda atendendo ao número desconhecido.

– Aló! - Falei forte logo reconhecendo a voz nervosa e aguda do outro lado da linha.

– Edward precisamos conversar e não me venha com "estou muito ocupado" porque da forma que estou é provável que apareça naquela empresa e armar o devido circo. - Irina falou brava. Suspirei.

– Quer conversar sobre o que Irina? - Falei impaciente.

– Sobre o que você fez.

– Sobre as verdades que falei? - Disse forte a fazendo calar por um momento do outro lado da linha. Mas como Irina nunca dava o braço a torcer mesmo estando completamente errada a sua voz foi ouvida mais uma vez.

– Edward você acabou com o que tinha planejado. O mínimo que me deve é uma conversa.

– Tudo bem, amanhã nos encontramos no café pode ser? - Falei e a mesma suspirou.

– Lógico! Nos vemos amanhã. - Desliguei o telefone antes que ela lembrasse de mais alguma coisa e prolongasse o assunto.

Acordei cedo logo indo pro banheiro tomando uma ducha gelada e me preparando para os dois encontros que teria apenas hoje. Irina que com toda a certeza me culparia por ter acabado com a sua oportunidade de se aposentar com vinte e três anos. E de Newton que me xingará por ter sujado sua figura e por seu nome estar estampado nas revistas por ter terminado o casamento por conta de adultério.

Sai do banho me troquei e logo desci encontrando Miranda sentada apreensiva na mesa. Seu olhar era preocupado e suas pernas iam para frente e para trás em um movimento nervoso. Suspirei sentando de frente para ela logo sendo servido por uma das minhas empregadas.

– Edward o que irá acontecer com Newton e você hoje? - Miranda falou séria exigindo uma resposta verdadeira de minha parte. Havia esquecido que Miranda era tão controladora e preocupada quando Esme.

– Tenho uma reunião com ele hoje. Coisa de negócios. - Menti.

– Negócios? Não parecia ser uma reunião de negócios da forma que Jasper falava. - Como sempre, Jasper. Antes que falasse mais alguma coisa sinto meu celular vibrar.

"Não poderei ir a cafeteria coisas de família, mais isso não fará adiar o nosso encontro. Venha até a minha casa, conversaremos aqui. Meu endereço é *******"

Suspirei. Ótimo ainda tinha que ir na casa de Irina para ter essa conversa estupida.

– Jasper exagera. - Falei simplesmente tomando um gole do café e me pondo de pé em frente a mesma. - Tenho que ir. - Dei um beijo rápido em sua testa e segui até a garagem e entrando no meu volvo.

Em minutos estava parado em frente a enorme casa de cor branca com um pequeno quintal na frente onde havia arvores e algumas flores bem cuidadas ali. Suspirei saindo do carro. Bati na porta duas vezes logo vendo a maçaneta ser mexida e uma figura feminina surgir de frente a mim. Não era Irina.

Uma jovem de cabelos castanhos, pele pálida e lisa que parecia porcelana, um olhar esverdeado que deixava qualquer ser hipnotizado, tinha uma boca vermelha e provocativa. Usava uma blusa branca de mangas longas, uma calça jeans surrada e um all star. Estava lindamente simples. Tudo nela era simples o que me deixou intrigado, era uma garota tão bonita para uma figura tão simples. Mais o que diabos ela tinha com Irina?

– Pois não? - Falou calmamente e naquele momento pude constatar que sua voz também era linda. Um tom calmo, doce e acolhedor. Um tipo de voz que não me importaria em ouvir todos os dias pro resto da minha vida.

Que merda que estava falando?

– Irina, ela me chamou para conversar hoje e..

– Ah sim claro. Ela esta nos fundos da casa, pode ir até lá se quiser ou..

– Vou até lá. - A mesma deu um sorrisinho e me deu passagem.

– Pode seguir direto, ela esta sentada na varanda. Irá facilmente encontra-la. - Falou divertida e eu apenas assenti. Soaria estranho demais se dissesse que não queria ir pois queria conhecer aquela criatura adorável que atenderá a porta para mim. Balancei a cabeça me desligando dessas minhas vontades estupidas. Segui até Irina que estava sentada em uma cadeira e olhava para a paisagem de prédios a sua frente. Sentei a seu lado a fazendo despertar do que lá seja que ela estava pensando.

– Oi. - Falou calma diferente de quando estava no telefone. A mesma deu um sorriso. - Estava com saudades de você. - Falou olhando para seus pés que tocavam o chão branco. Suspirei.

– O que deseja conversar Irina?

– Porque fez aquilo? Bem, não fiz algo certo eu sei muito bem disso, mais já tínhamos terminados. Edward, sei que esta magoado mas..

– Eu não estou magoado. - Falei a cortando. - Nunca fiquei magoado e para de dizer que estou magoado porque não estou. - Falei aumentando o tom de voz. - Você estava mentindo para aquele homem. Tínhamos terminado mais isso não me deixa cego, surdo e mudo. - Falei. - Aquele cara precisava saber em que terreno estava pisando.

– Edward eu tinha um futuro planejado ali, você acabou com tudo. Tem noção disto? - Falou também aumentando o tom de voz.

– Qual o seu futuro? Viver do dinheiro do Newton? - Estava definitivamente sem controle algum das minhas palavras.

– O que acha que sou? Gostava do Newton, não da forma que ele imaginava mas gostava do Newton. O dinheiro dele assumo me tiraria desta vida que tenho aqui, mais não sou interesseira. - Uma coisa que aprendi durante os seis meses de relacionamento com Irina, ela sempre mostrava quando estava mentindo. Era algo em sua voz, ficava estranhamento mais grossa.

– Quem em sã consciência iria acreditar que você teria um relacionamento com Newton que não almeje o dinheiro dele? - Irina limpou a garganta.

– Edward, me desculpe por tudo aquilo, pelo o que você viu. Isso tudo me perturbou, depois daquela cena toda eu.. Eu só queria me desculpar.

– Já tínhamos terminado. - Dei um sorriso falso. - A única pessoa que deve desculpas é ao Newton. - Porque estava falando aquilo? Não me importava, eles poderiam explodir que não me afetaria de forma alguma. Mas, todo aquele "Me desculpe" de Irina como se eu estivesse completamente magoado e ferido me incomodavam e me faziam falar coisas idiotas.

– Newton não quer me ver.

– Tem bons motivos. - Sorri.

– Mais tenho coisas planejadas. - Falou sorrindo. - Apenas colocar um vestido minusculo como Mike gostar e aparecer em sua porta. - Bufei aquela havia sido o ponto máximo.

– O que você pretende fazer com Newton não me diz respeito. - Levantei. - Boa sorte no golpe. - Falei mais uma vez sem pensa fazendo Irina levantar de uma vez com fúria no olhar.

– Você não pode me julgar desta forma Edward..

– Você dá motivos para ser julgada Irina. Se envolve com um idoso que mal consegue andar sem ajuda de uma bengala, trai esse idoso comigo, e agora depois de ter sido descoberta ainda quer enganar o Newton?

– Você não sabe de nada para falar tais coisas.

– Realmente não sei, nem sei o que vim até aqui. - Sai da varando atravessando a enorme porta de vidro devidamente limpa. Havia perdido 15 minutos do meu dia com Irina apenas para ouvi-lá afirmar que tentaria transar com Mike hoje para voltar ao posto de dona da sua herança. Atravessei pela sala vendo a tal garota absurdamente adorável sentada no sofá com um copo em suas mãos. Percebi que a mesma me seguiu com o olhar enquanto passava rapidamente por ela indo em direção a porta.

Desci os degraus da casa indo em direção o meu carro.

– Espera! - Esculto uma voz feminina atrás de mim. Rezei que não fosse Irina mais aquela voz era mais doce do que a voz aguda de Irina. Virei encontrando a tal garota adorável andando em minha direção. - Já se resolveram? - Serrei os olhos. - Bem, me desculpe perguntar mais é que saiu de lá tão rapidamente que..

– Não tínhamos muito a tratar. - Dei um sorriso forçado e a mesma recuou.

– Me desculpe por Irina. - Falou calma. - Ela não é lá a melhor pessoa do mundo mais sei que ela não é ruim. Tem os defeitos dela, mais não é ruim. - Suspirou. - Não sei o que veio tratar com ela, e isso nem é da minha conta mas.. Me desculpo por ela. - Sorriu. A mulher me olhava calmamente como se esperasse uma resposta minha talvez um "Esta desculpada" ou um "Nunca vou aceitar essas desculpas".

– Aceito as desculpas. - Ela sorriu. - Mais só porque você me pediu. - A mesma gargalhou a gargalhada mais adorável que já tive o prazer de escultar.

– Então desta forma, obrigada...

– Edward! - Falei.

– Prazer, sou Bella. - Falou apertando a minha mão. O nome da mesma muito a convém.

– Prazer em conhecê-la Bella, nos vemos depois. - Normalmente quando encontro mulheres que nunca vi eu nunca me despeço com um "Nos vemos depois" porque eu não tenho planos em vê-las depois. Já com essa criatura eu havia falando aquilo que evito. Era como se tivesse feito uma promessa. Teria que vê-la novamente.


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