Meiseki Yume escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 12
Na Estrada


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora para postar, mas estou bastante enrolado. Como um pedido de desculpas oficial, vou postar 3 capítulos de uma vez... Espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/533103/chapter/12

Hero se encontra no alto de uma montanha, treinando artes marciais sozinho. Ele da chutes e socos no ar como se tivesse lutando contra alguém. Vira-se para o outro lado e repete os movimentos com mais velocidade, e de novo, e de novo, até que para e lança uma pequena esfera azul no ar e fica olhando ela se desfazer no ar. Ele ri e volta a seu treinamento. Depois de muitas horas de um longo treinamento, acorda e se prepara para a escola.

Bem próximo dali, uma jovem de pele branca e cabelos negros na altura do ombro conversavam com sua amiga em uma sala de bate papo online.

– Julia, ele ainda não apareceu? – Pergunta à amiga.

– Não Karen, ele some assim às vezes, diz que aonde ele vai não tem sinal e nem internet.

– Isso é no mínimo estranho.

– Tudo bem, já estou acostumada, mas ele nunca sumiu por tanto tempo...

– Acha que aconteceu algo?

– Não sei.

– Você precisa perguntar para onde ele vai, e o que faz nessas viagens, ele pode estar correndo perigo, ou até mesmo ser uma pessoa perigosa!

– Não, isso eu tenho certeza que ele não é, eu confio nele.

– Tudo bem, só não quero que fique preocupada sem motivo, você vai pra esc... – Antes de terminar a frase, Lia responde.

– Ele ficou online! – Ela sorri olhando seu celular, mas em segundos seu semblante muda. – Ele disse que está ocupado e que em breve fala melhor comigo.

– Bom, pelo menos ele deu sinal de vida, vamos pra escola.

Na escola, todos olham atravessado para Hero, alguns até evitam o contato visual, porem ele não se importa, seu semblante sorridente permanece até chegar a sala, onde senta em sua cadeira próxima a janela, e novamente fita a bandeira do colégio enquanto imagina o que está acontecendo no Meiseki Yume.

A situação lá não andava muito bem, Agatha enfrentava sozinha spectros numa pequena cidade no Meiseki Yume, quando de repente um portal se abre e Jack aparece dando tiros na testa dos spectros que tentam a derrubar.

– Você está bem? – Pergunta o pistoleiro.

– Agora sim, conseguiu?

– Sim.

– Ok, agora me ajude a acabar com essas coisas. – Diz Agatha pegando um spectro pelo pescoço e o arremessando para longe.

– De onde vieram tantos spectros? – Pergunta Jack atirando em mais uns cinco.

– Eu não sei. – Responde Agatha socando um e voando para cima de outro. Quanto mais eles tentam destruir, mais spectros surgem. A pequena cidade que parece deserta, começava a ficar cheia de criaturas. Com muita dificuldade eles vão se livrando de um por um, até restarem poucos. Agatha e Jack juntam-se um de costas para o outro, Jack passa uma pistola para o anjo, e os dois ficam atirando, matando um por um até não restar nada. Param ofegantes como se não se aguentassem de pé, até que de repente, surge na cidade uma criatura com um manto preto encapuzado, levanta seu cajado e o bate no chão, fazendo sair de baixo da terra milhões de spectros em volta de Jack e Agatha. O pistoleiro pega sua pistola de volta, a recarrega e começa a atirar para frente quando Agatha pega ele pelo braço e começa a voar enquanto ele atira dando cobertura.

– Não teremos chances, precisamos de ajuda. – Diz Agatha voando para longe com Jack. Eles voam para bem longe e param noutra pequena cidade, onde se abrigam em uma casa que parece abandonada. Jack quebra uma cadeira de madeira para fazer uma fogueira enquanto Agatha vasculha os armários a procura de algo para comer, encontra alguns enlatados e joga uma lata de feijão e uma colher para Jack, que se senta perto da lareira e come o feijão como se fosse um delicioso cheeseburger.

Agatha sobe as escadas para verificar se encontra mais alguém na casa, chegando lá em cima encontra apenas um quarto todo cor de rosa, com duas camas em cada extremidade do quarto. Um tapete rosa felpudo cobrindo boa parte do chão, e várias bonecas espalhadas pelo chão e cama. Agatha pega uma das bonecas, senta-se em uma das camas e fita cada centímetro do quarto, abraça a boneca com força e começa a chorar em silencio. Lá em baixo, Jack acaba sua lata de feijão e a joga num canto qualquer, se levanta e começa a andar pela casa. Chega até a sala de jantar e vê pratos com comida postos sobre a mesa. Pela aparência da comida, percebe-se que está assim há dias, Agatha desce enxugando as lágrimas e para ao lado de Jack.

– Achou alguma coisa? – Pergunta ela.

– Não, pelo estado dessa mesa parece que eles saíram correndo.

– Lá em cima parece que não levaram nada.

– Bom, parece que eles fugiram. - Diz Jack olhando a seu redor. – A duvida é saber o porquê.

– Vamos dormir aqui, ou você acha que o quê expulsou eles pode voltar?

– Não, pelo estado dessa cozinha parece que eles receberam uma noticia, e saíram correndo. A porta da frente estava fechada e, olha. – Ele aponta para a porta dos fundos. – Essa aqui nem foi tocada, ninguém entrou aqui antes de nós.

– Entendo.

– Vamos para o sótão, caso alguém entre dará para saber e poderemos sair pelo telhado sem chamar atenção.

– Ok. – Jack sobe na frente e Agatha pega mais alguns enlatados e sobe em seguida. Eles comem um pouco e logo vão dormir. Pela manha, seguem viagem para o norte, a noite vai caindo e eles encontram uma estalagem e param para procurar comida e descanso. Tocam o sino e uma senhora muito gentil os atende.

– Boa noite, em que posso ajudá-los?

– Queremos um quarto com duas camas.

– Duas camas, vocês tem filhos?

– Não e nem somos um casal.

– Sério, um casal tão bonito, ele está enrolando, não é? – A velha pisca para Agatha.

– Minha senhora, estamos com um pouco de pressa. – Diz Jack bravo.

– Sim, sim, claro. Acompanhe-me.

A dona da estalagem os leva até o segundo andar e entrega a chave do quarto 6 para os dois e vai embora. Rapidamente se acomodam, e Agatha vai tomar um banho enquanto Jack olha o que tem para comer na geladeira, e em seguida os dois vão dormir. No meio da noite Agatha fica muito agitada na cama, e começa a falar sozinha. Ela dá um grito e acorda assustada com o quarto todo escuro. Um relâmpago cai e produz um flash de luz que ilumina o quarto por um instante, revelando centenas de spectros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de deixar seu comentário com criticas, sugestões ou duvidas... :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meiseki Yume" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.