Children's Angel. escrita por Livia Herondale


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeee! Amoreees já disse que amo vocês? Já? Não? Pois então, se já disse, repito : Eu amo vocêêês! E se não disse , eu digo que eu amo os meus leitores!! Por que toda essa felicidade? 7 favoritos. 7. Genteeeeeeeee * autora pulando na frente no not e dançando qualquer música * Cara, continuem assim! Esse cap ficou mais ou menuss, mas é um ponte. Continuem assim, comentando e conversando com essa louca aqui. Atéééé!



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– Como assim deixaram eles escaparem com o menino?- Raphael berrava, a raiva crescente dentro de si. Não podia acreditar que tudo aquilo que ele planejara cuidadosamente e com os mínimos detalhes havia falhado.Simplesmente não conseguia acreditar.

– Eles eram muito ágeis..- começou um dos vampiros.

– Não interessa.- interrompeu.- Maxwell era o nosso objeto de barganha! Com ele poderíamos finalmente chantagiar a Coroa; mostrar que temos valor! Quantos eram?

– Do-dois.- respondeu , dessa vez, um que estava mais lá atrás. O silêncio seguiu-se.

– Dois? Como assim dois? Vocês não deram conta de dois guardas da Clave?

– Senhor, não me pareciam guardas da Clave.

– Ah, e por que não?

– Não tinham emblemas. Nem o uniforme.- recordou.

– Me diga a aparência deles.

– Eram uma mulher e um homem. Mulheres não integram a guarda real. Só pudemos ver que ela era ruiva e baixa e o menino com cabelos louro-prateados e alto.

Raphael pôs a mão no queixo, pensativo. Não eram guardas da Clave? Pois bem. Ele tentava ligar as informações. Duas pessoas atrás do filho do rei? Ruiva e baixa? Alto e de cabelos louros- platinados? Capazes de
derrotar vampiros. Sua mente viajou para um dos maiores inimigos da Coroa. Valentim Morgenstern. O temido. Mas ele já estava morto, replicou . Então só poderia ser..

– Creio que já sei quem são.

•••

Raphael havia combinado tudo com o grupo quando estava no hotel Dumort, com os outros. Mas omitiu a parte que iria procurar a Coroa sozinho. Em parte , porque , com o mesmo objetivo da Clave, queria os
Morgenstern mortos. Também para conquistar a confiança. E por último, pegar o Diurno de volta. Ele soube que o vampiro tinha sido encontrado por eles. Mas ele iria fazê-lo ver que o lugar dele era ali. Convencer que
eles eram os errados.

Caminhou silenciosamente enquanto os seus ainda dormiam. Era dia. Iria desarmado para não levantar suspeitas. Esperava ser recebido. O castelo da Coroa nem era tão longe assim. Logo , ele estava na porta , ou melhor
no portão do castelo.

– O que quer aqui, presas?- um guarda perguntou. Raphael se conteve . Não poderia atacar. Mas a verdade era que ele queria matar o guarda que estava à sua frente. Este, sorria.

– Quero falar com o rei. Tenho notícias das quais tenho certeza que ele vai gostar.

– Fique aqui, vampiro. Chamarei o rei.- disse e saiu da portinhola em que estavam mantendo contato. Raphael esperou pacientemente. Tudo estava dando certo até agora.

Após alguns minutos o mesmo guarda, cujo nome não sabia, chegou.

– Vamos, sanguessuga. - disse e o pegou pelo braço. Ficou claro o desconforto de Raphael, mas o guarda não ligou. Chegaram à sala onde estava o rei posicionado em um dos tronos. Raphael percebeu que o rei
mantinha uma aparência cansada, e que o mesmo estava sozinho, sem a mulher.

– Ora, vejamos quem está aqui. Raphael Santiago. A que devo a sua visita?- pronunciou-se.

– Tenho notícias , meu rei.

– Sobre o que, mais precisamente? - indagou interessado.

– Morgentern. Os dois.

– O que tem eles?

– Apareceram com Maxwell esses dias na vila. - omitiu o fato de que os vampiros estavam com o garoto. Não queria encrenca com o rei.

– Max? Ele estava bem? Sabe a localização deles?

– Na verdade, sim. Eu sei.

– Ora, vamos. Fale. Em que lugar estão?

– Em uma casa. - falou e então o rei chamou os filhos.

– Pai? - Isabelle se pronunciou, logo avistando o vampiro que estava ali, no centro da sala.

– Chame sua mãe. Tenho notícias.- falou animado. Ela assentiu e saiu, os saltos fazendo barulho e ecoando no corredor.

Que tipo de notícias? E um vampiro ali? Por que, um vampiro ali? Não era proibido? Deu de ombros para si mesma, afinal o castelo e as regras estavam estranhas. Bateu à porta da mãe. Entre. Ela entrou e viu a mãe com
uma caixinha de lenços sobre as pernas estivadas na cama.

– Papai está chamando a senhora, mãe. Disse que tem notícias boas. Creio que de Max.

–Oh, vamos lá então.

– Mãe. Não vá assim, com essa cara toda borrada. Tem um vampiro lá. Tem que mostrar boa aparência. vamos, venha, Vou dar um jeito em você.

Depois de ajeitada, Maryse seguiu a filha até o salão, em que estavam todo juntos. Os filhos Alec e Jace estavam parados e olhando para o pai, à espera do motivo para tanta alegria. Viu também, um vampiro de cabeça
baixa, segurado por dois guardas.

– E então? Qual é a notícia, Robert?- ela perguntou.

– Max. Acharam quem estava com ele. Eram Clarissa e Jonathan. Eles sabem onde estão.

– Então vamos nós mesmos lá. Não quero outros encostando no meu filho.

– Eu concordo.- falou Jace, interessado.

– Eu também.- Isabelle concordou.

– Também.- Alec falou.

– A maioria ganha papai. Terá que nos levar.- Isabelle cantarolou.

– John! Prepare as tropas! Iremos atrás de Jonathan e Clarissa .- sentenciou o rei.

•••

Com todos devidamente equipados, a família real partiu na carruagem até a casinha que ficava perto da vila. Mas, pararam na vila , longe da casa. Os guardas estavam pouco à frente, e iriam cercar a casa.

Estavam observando de longe, atrás de uma barreira de guardas. E então ouviram tiros. Tiros? Logo, duas figuras apareceram na frente da casa carregando armas de fogo.v

Sussurraram alguma coisa para outro vampiro, Simon, pôde-se deduzir. E então ele saiu dali. Guardas já avançavam e então as figuras sacaram as espadas, que reluziram ao saírem da bainha. Parecia uma dança. Logo,
quase não haviam mais guardas. E então , juntaram os cabos das espadas. E então um brilho de cegar se estabeleceu ali.

Continuaram a assistir os dois cortando verozmente cada guarda que tentava atacá-los. Ás vezes atiravam com aquelas armas que nunca tinham sido vistas.Os dois pareciam não ter notado a presença da família real. Até
que um guarda apareceu com o vampiro ali, rendido e outro com Max
nas mãos. Este , lutava e esperneava falando que eles dois eram inocentes e que o tinham salvo .

– Simon! - a figura feminina parou , olhando fixamente para o vampiro e depois desviando o olhar para Max.- Pare. Pare Maxwell.

– Clary..- o irmão pronunciou, do lado da irmã. Não haviam mais guardas. Nada.

– Clary? Mas não era Sarah?- Simon perguntou , confuso. Uma careta passou na menina. Odiava com todas as forças mentir.

– Foi o que inventaram , desta vez?- Robert, que a esta altura estava atrás dos dois.- E você, Jonathan? Que nome inventou? Contou à eles que eram os temidos Morgenstern?

– Vocês? Os Morgenstern?

– Sim. Nós os Morgenstern. - Jonathan se pronunciou. Ambos agora, estavam de costas para Simon e de frente para Robert.

– Eu deveria te matar. Seu canalha, assassino.- Clarissa rosnou.

– Ora, ora. Se não é a filha de Valentim. Eles mereciam ser mortos. Vocês merecem ser mortos. Todos os Morgenstern merecem ser mortos.- replicou.

– E que culpa ele teve de ter nascido Morgenstern?- devolveu.

– Nenhuma. Mas a vida não é justa.- ele gesticulou ao guarda que estava segurando Max para que o soltasse. O menino correu, mas para a direção de Clary e Jonathan.

– Tia Sarah..- começou.

– Meu nome não é Sarah, Max. É Clarissa. Clary.

– Não mate eles pai. Por favor.- Max suplicou.

– É meu dever Maxwell. Saia daí e vá para a sua família. Ande.

– Eles me salvaram.

– Do quê, meu amor?- Maryse disse , ofegando por ter corrido até ali. As saias estavam com as barras com um tom marrom.A essa hora , os filhos estavam todos ali.

– Mamãe!- gritou e correu até ela. - Dos vampiros. Eles..Eles que capturaram e planejavam me trocar em troca de alguma coisa. Mas eles atacaram os vampiros e então me salvaram.

– Robert. - a esposa falou.

– Isso é mentira! Eles não ajudam ninguém. Cadê Raphael?

– Foi embora.- Isabelle falou.

– Guardas! Levem esses três. Mantenham o vampiro vivo. Raphael o quer.- ordenou o rei.

Eles pegaram os irmãos Morgenstern que permaneciam numa conversa silenciosa.

– Que bonitinho. Conversando com dons? Oh, batam palmas.- zombou o rei. Os dois irmãos cerraram os punhos.

A viagem foi tranquila. Eles não se rebelaram. Jonathan permaneceu olhando para o nada. E Clarissa tinha o rosto vazio.

– Falhei novamente , Jonathan.- ela sussurrou, mas mesmo assim a família real ouviu.

– Não. O que aconteceu com Jocelyn e Valentim não foi culpa sua.

– Sabe que foi.

Continuou-se o silêncio. Maryse sempre desaprovou a morte dos pais dos dois. Mesma que fossem diferentes, não tinham culpa disso. Não era justo. Mas, como Robert falou, a vida não é justa.

Abraçava Max, que chorava. Ele falava que os dois não eram culpados. Nem o vampiro. Eles o tinha salvado. Maryse , acreditava nele. Mas, Robert não. E de nada adiantava.

Chegaram em pouco tempo ao palácio. Max estava nas costas de Jace e Alec conversava animadamente com ele. Isabelle estava do outro lado , acariciando os cabelos de Max.

Clarissa e Jonathan conversavam baixo. Era inaudível. Eles tinham uma aura dourada em volta de si. As algemas queimavam e apitavam ao toque daquilo. Era o fogo celestial dos dois. Clarissa parou no meio do caminho.
Os pulsos sangravam . Muito.

– O que tem nessa algema?- ela perguntou, os dentes cerrados pelo esforço que fazia para não gritar.

– Uma surpresinha para vocês.

– Metal demoníaco.

– Sim. Creio que vocês merecem.

Clarissa apenas continuou silêncio. Os pulsos de ambos os irmãos sangrava. O toque na pele deles produzia um pequeno choque. Um choque muito doído.

Jace estava nos bancos à frente deles, carregando Max. Alec e Isabelle estavam ao lado dele, conversando com o irmãozinho. Ele havia analizado os prisioneiros antes. Não tinham cara de bandido. Se bem que não se podia julgá-los depois daquela luta que eles fizeram. Eles eram, sim, assassinos. Mas havia uma parte de verdade na história. Max não estava machucado e estava saudável. O menino não tinha expressão alguma no rosto. Já a menina olhava pro nada, os olhos verdes vazios e gelados.

O irmão continuava a falar que eles eram inocentes. Insistia. E perguntava sobre o vampiro. Lhes contou que ele se chamava Simon e que era Diurno. Também disse a versão que sustentou de que os vampiros o haviam raptado e eles resgataram.

Estavam perto da entrada do castelo. O sangue que escorria dos pulsos de ambos os irmãos deixavam uma marca vermelho brilhante. Iriam pela entrada da masmorra. Clary só pensava em tirar aquelas algemas . E na culpa . Mas tinha feito algo certo. Resgatado Max. Estava preocupada com Simon, o vampiro que os havia ajudado. Não foi certo mentir para ele.
O cheiro que ambos os irmãos captaram dizia que não estavam sozinhos. Clary viu de relance o colar da princesa à frente brilhar. Eram demônios.
– Demônios.- falaram Jonathan e Clary em uníssono. Então, tudo aconteceu depressa . Clary pegou com a boca a estela e aplicou o símbolo em que estivera pensando. Abertura.

Então, a algema se soltou e ela mordeu o lábio, sentindo o sangue ali, para segurar o grito de dor e alívio ao mesmo tempo.

A família real a olhava surpresa. Mas não tinha tempo para isso. Aplicou o símbolo no irmão e este gritou para se esconderem. Os demônios estavam sempre ali, na cola deles.

Não demoraram a fazer isso. Clary pegou as espadas gêmeas e então deu uma a ela ao irmão. Era hora de agir. Viu o rei e a família correrem para trás dos muitos guardas , que já haviam saltado das carruagens que estavam estacionadas imperfeitamente no solo de pedras irregulares.

Os demônios já avançavam. Comiam as carruagens que estavam em seu caminho. Galhos de árvores também. Eram demônios Drevak. ( ver Códex , página 69 ).Eram muitos, ela notou. O irmão pareceu notar também, pois fez uma careta rápida. Avançou sobre uma roda deles . Cortou um deles e o sangue negro espirrou nela. Argh, que nojo, pensou. Ele queimou com o contato da pele dela.

Agradeceu por ter o reflexo que tinha, quando quase foi atacada por trás por um deles. O cortou no mesmo momento. Viu que o irmão estava lidando bem com eles. Ela também.

– Clary!- Max gritou. Ele tinha saído das barreiras de guardas e estava sendo atacado por um demônio. Sem pensar em nada, a garota correu para cima do demônio. eles rolaram no chão. Ele se movia com dificuldade, mas ainda sim, se movia. O hálito nojento dele estava na sua cara. Tentou atacar o demônio mas viu que a mão estava vazia. Estou perdida. Tentou sair do aperto do demônio . Ele a tinha virado, pronunciando palavras, se é que eram palavras, repetidamente.

Max estava caído no chão, respirando com dificuldade. Aquilo fez ela tomar um impulso que não sabia que tinha. Do que adianta ter e não usar?- pensou, antes de usar o dom da invisibilidade. Saiu dali e matou o demônio , ainda invisível. Mas viu o tamanho do problema que havia rendido tanto para ela, quanto para o irmão. Agora, eles sabiam do poder que ela tinha. Correndo, pegou a espada e as armas que estavam na parte de trás da carruagem. O irmão havia terminado o trabalho dela.

Pegou-o pela mão e logo, ele se tornou invisível.

Você não podia ter feito isso, Clary, repreendeu o irmão por pensamento.

Era o único jeito, ou eu virava o jantar daquele demônio, defendeu-se. Mas eu sei que foi precipitado.

Precipitado? É assim que classifica? ironizou o irmão, claramente irritado.

Veja pelo lado bom, nos livramos deles, tentou amenizar a menina.

E Simon? Vai se livrar dele? lembrou-a.

Mas que droga! Simon! Precisamos ajudá-lo ,recordou.

E acha que vamos conseguir ajudá-lo se fugirmos? Não teremos nenhuma notícia dele.

Tem razão. Que droga, você sempre tem razão Jonathan!

Que bom que admite. Vamos ande, nos liberte daqui.

Clary assim o fez. Encontrou os olhares de todos, estupefatos , sem entender por que não tinham fugido ainda. A família real já estava com Max nos braços.

– Não vão conseguir curá-lo com uma simples runa de cura.- ela falou.

– Com o que curamos ele?- o menino loiro perguntou, visivelmente preocupado.

– É veneno de Drevak. Terão que curá-lo com um feiticeiro. O que são vocês? Tem certeza que são Caçadores de Sombras?- zombou o irmão de Clary.

Ninguém respondeu à provocação deles.

– Sabe, acho que teremos de achar outra moradia. - comentou ela.

– Tirou essa conclusão só agora, ruivinha?- mais uma vez o garoto, nada parecido com ninguém da família , perguntou.

–Meu nome não é ruivinha. E , hum, melhor nos apressarmos. Veneno Drevak é perigoso.

Clary e Jonathan pegaram as armas e as colocaram no cinto. Clary continuava com a espada na mão. Viu o castelo, completamente destruído. Não tinha reparado antes. Definitivamente, teriam que buscar outra casa para morarem. Só não sabia se a família real os seguiria.

– Com esse castelo todo destruído e todos esses guardas mortos, creio que vocês terão que morar com a gente.

– Por que fariam isso, Morgenstern?- o rei perguntou, falando o sobrenome da menina como se fosse um xingamento.

– Nós ficamos aqui. E seremos seus guardas ou sei lá, o que quiserem se..- parou.

– Se?

–Se libertarem Simon.- decretou a menina.

– O que nos garante que vocês vão cumprir a promessa?

– Eu Juro pelo Anjo.

– Juro pelo Anjo.- o irmão repetiu.

– Nos mostre a casa. Mas será por pouco tempo. Por favor. Preciso que Max seja tratado logo.- Maryse pediu.

– Sim, senhora. Vamos. Jonathan, leve-os à casa de Simon. Chamarei o feiticeiro.

– Clary...

– Apenas vá.

Clary viu eles partirem em direção à estrada que levava à casa de Simon. Iria falar com um certo feiticeiro. Magnus Bane.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews? Sim? *-* Não? Comentem , por favor! se quiserem favoritar também, eu aceito . hu3hu3 . Bjos de Luz da Livia para todos vocês!