Persecutor escrita por Emi AK


Capítulo 5
Fragmentos de Memórias


Notas iniciais do capítulo

♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quando a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.



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● Nathaniel Lambert ●

Escutei batidas na porta, poderia ser qualquer aluno, como eu estava apenas decorando os horários de cada classe, eu me virei e pedi para que entrasse. Meus olhos se desviaram do papel impresso e foram parar em uma garota de estatura mediana, loira e de mechas pretas. Eu a reconhecia, era a garota da ficha, era Lis. Engoli seco. A menina me encarava como se tivesse visto um monstro, mas talvez, no fundo eu realmente seja. Minha boca se abriu, mas nenhum som saiu dela.

– Oi.

– Ehh, oi, precisa de ajuda?

– Sim, eu. Sou, nova e…

Percebi que seus joelhos tremiam, seu rosto ficou pálido, eu certamente deveria estar pálido como ela afinal meus batimentos cardiacos haviam sido zerados. Eu teria que dar a volta por cima, contornar a situação, era meu passado em minha frente, mas eu deveria ignorar isso.

– Gostaria de checar qual é sua primeira aula hoje?

– Eu estou meio perdida, não sei onde são as salas de aula, e também não conheço ninguém.

Ao julgar pela sua última fala, ela havia contornado o momento muito melhor que eu.

– Ah, sim. Eu sou presidente do Grêmio Estudantil, qual é o seu nome?

– Lis, mas, presidente do Grêmio? Sério isso? Nathaniel, presidente do Grêmio?

Ela se lembrava de mim, e por mais que suas lembranças não fossem as melhores, ela estava fazendo piada de tudo isso.

– Pois é. O jogo muda, as coisas invertem e olha, no fim você veio parar aqui, justamente aqui em Sweet Amoris.

– Sim, eu acabei encontrando o algo que eu mais evitava no mundo, e também mais odiava. Você.

Ela me deixou sem palavras, seus motivos para ter tanto ódio de mim eram bons, ela estava totalmente certa, só que ela não era a única que estava tentando fugir, eu também me martirizava e procurava esquecer tudo aquilo.

– Eu sei como se sente.

– Não, não sabe. Por sorte, eu consigo fingir que não sei nada sobre você, consigo ignorar tudo isso. Agora, poderia me mostrar o colégio?

Lis dizia tudo aquilo de modo seco, sem emoção.

– Sim, vamos.

Pequenos fragmentos de memórias vagavam pela minha mente enquanto andávamos pelo colégio.

• Flash Back •

– Ei estranha! Consegue se comunicar? - dizia um garoto enquanto empurrava uma menina baixa.

– Ridícula! - sibilava uma garota.

Uma pequena roda começou a se formar envolta da menina pequena e indefesa.

– De que galáxia você veio?

– Ela é tão burra! Tirou 5 na prova de matemática!

Eles a empurravam de um lado para o outro.

– Quanto é 2 mais 2?

– Ela não sabe falar!

– Feia!

– Estranha!

A garota tropeçou e saiu no chão, a roda de pessoas agora cobriam-na com xingamentos, e no meio dessas pessoas, estava eu.

• ● •

– Hey, Nathaniel! - Lis me acordou dos meus devaneios. - Onde é o laboratório de química?

– Química?

– Sim…

– Por aqui. Me siga.


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Notas finais do capítulo

♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.



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