Persecutor escrita por Emi AK
● Nathaniel Lambert ●
Parei o carro na porta da casa da amiga de Ambre, a loira simplesmente desceu do carro e fechou a porta, nem se seu ao luxo de me agradecer. Esperei até que ela entrasse, e acelerei. Dirigi até uma cafeteria, quando entrei no local algumas garotas soltaram risinhos e suspiros. Ignorei a reação infantil das garotas e me voltei para a garçonete que anotou meu pedido. Enquanto eu esperava meu capuccino ser preparado, as garotas acenaram para mim. Ignorei mais uma vez, e agora a garçonete sorria para mim enquanto segurava meu copo de capuccino.
– Obrigado.
– Mais alguma coisa?
– Não.
A moça se retirou e o grupo de meninas veio em minha direção. Deixaram sobre a mesa um guardanapo com números de celular.
– Eu tenho namorada.
– Não tem problema. - disse uma delas.
Em seguida, saíram em fila indiana.
Passei os dedos no cabelo. “Por que, Deus?”, pensei. “Todas elas, menos a que eu quero”. Tomei um gole do meu capuccino. “A festa!”. Deixei o dinheiro sobre a mesa e sai em direção ao carro. Até encontrar o endereço de Lety, a festa com certeza já teria começado. Entrei no carro e procurei no meu celular a mensagem de texto que informava a hora e endereço da festa. Beleza. Tudo certo.
• ● •
Não foi difícil encontrar a casa. De todas as casas daquela rua, a dos pais de Lety era a única com todas as luzes acesas e menores de idade bebendo cerveja no gramado de casa. Por sorte não havia muitas casas naquela rua, todas estavam vazias e a venda. Era um novo bairro, espaçoso e amplo, bem diferente dos padrões franceses: uma mistura norte-americana e europeia. Sinceramente? Prefiro as casas tradicionais, com pequenos jardins e portõezinhos de madeira, são simples, eficientes e confortáveis.
Atravessei o gramado povoado por alunos e alguns colegas de classe e fui até a porta da casa. Quem me atendeu foi Lety, - que já estava meio alterada - a garota de cabelos azuis me puxou pela gola da camiseta e em seguida me jogou para dentro da sala.
– Bem vindo. - Lety disse com um sorriso nos lábios e vindo em minha direção.
Desviei da garota e atravessei a sala com um pouco de dificuldade, chamar a Amoris inteira para uma festa não foi boa ideia. Cheguei na cozinha são e salvo, havia bebida respingada na minha camiseta, eu provavelmente devo ter trombado com alguém. Toda aquela situação estava me irritando, fui até o bar improvisado e perguntei se tinha uma garrafa d’água, o garoto negou e disse que tudo que ele podia fazer era me dar um drink ou cerveja. Resmunguei baixinho antes de sair da cozinha. Eu estava saindo em direção a sala quando vi a cena: Lis risonha, debruçada sobre a mesa ao lado de Dake, a garota segurava um copo colorido, e Dake despejava mais bebida no copo.
O sangue subiu, e tudo que já estava ruim ficou ainda pior. Empurrei as pessoas que estavam no meu caminho, e fui em direção a garota.
– Lis?
– E aí? - Dake respondeu por ela. Ignorei o rapaz.
– Lis?
– Fala, porra! - ela disse alterada.
– Mas o que?!
Dake somente ria da situação.
– O que você fez com ela? - perguntei.
– Ué, tô mostrando pra ela como é curtir de verdade.
– Lis, você bebeu?
– Não. Vodka é de comer. - o garoto respondeu novamente.
Céus. Fechei os olhos e respirei fundo.
– Lis. Vem comigo…
– Ela não vai a lugar nenhum. Eu sou o par dela.
– Não. O par dela é…
– ...Castiel, meu par é o Castiel. - a garota resmungou enquanto erguia-se da mesa.
– E onde está aquele idiota?
– E eu vou saber? - a garota gritou.
– Lis, vamos embora.
– Não.
– Eu tô vazando. - Dake se levantou em um pulo.
Revirei os olhos.
– Lis, por favor, vem comigo. Eu vou te levar até a Iris. Ela está aqui não está?
– Sim, ela tá aqui, e eu sei onde ela tá. Ela tá se agarrando com o par dela, a Rosa também e a Violette não pode ser incomodada, por que custou pra ela conseguir sair com o Jade.
– Vem cá.
A garota passou o braço sobre meus ombros, mas isso não bastava e eu a peguei no colo.
– Você já tinha bebido antes?
– Pra você saber, eu nunca tinha ido a uma festa. Ninguém nunca me convidou. Eles me odiavam.
Engoli seco. Durante o caminho avistei Castiel conversando com alguns de seus amigos.
– Lis, posso te deixar com o Castiel?
– Tanto faz.
“Vou ensinar uma lição a esse boboca”. Pensei. Dei mais alguns passos em direção ao ruivo.
– Castiel.
A face do garoto se virou para mim.
– Acho que esqueceu isso com o Dake. - acenei para Lis.
Os olhos do garoto se arregalaram, ele abriu a boca e depois fechou.
– Além de nunca ter bebido, a Lis nunca tinha ido a uma festa se quer. Ela não faz ideia de como funcionam essas coisas. Acho que você já deveria saber, afinal, quem trouxe ela até aqui e convidou ela pra ser sua parceira, foi você.
Me aproximei de Castiel, passei a garota para ele. Os olhos alheios se voltavam para o garoto, as pessoas estavam confusas e indignadas.
– É só isso. Boa noite.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quanto a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.