Persecutor escrita por Emi AK


Capítulo 13
Algo Covarde


Notas iniciais do capítulo

♦ Ovelhinha, obrigada pelo seu apoio e carinho.



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● Nathaniel Lambert ●

Chego em casa cansado. Andei do colégio até em casa, meu pai havia tomado o carro de mim, um pequeno castigo por ter respondido em voz alta durante uma discussão.

Mal chegara ao meu destino e as vozes invadiam meu ouvido, já não era uma família, já não eram pais e filhos. Era uma guerra, se tornou uma, é uma. Meu pai simplesmente perdeu o controle sobre Ambre, agora é tarde demais para educar a garota.

– Eu vou na festa, simples assim.

– Nada disso! Você não vai! Não pediu permissão para mim.

– E daí? Eu vou.

As vozes aumentavam o volume a cada frase dita. Já não bastava o turbilhão de coisas que atormentavam minha mente, eu ainda tinha que suportar os problemas familiares. Atravessei a porta temendo o que me aguardava. O olhar de Ambre encontrou o meu.

– Papai, o Nathaniel pode ir comigo.

– Eu mal cheguei em casa, eu tenho que estudar hoje…

– Não. Você vai acompanhar sua irmã.

– O que?!

– Isso mesmo que ouviu Nathaniel Lambert. Você vai a festa.

Respirei fundo. Os limites estavam sendo alcançados a cada segundo que se passava.

– Eu vou.

Subi as escadas em direção ao meu quarto.Tudo o que eu mais queria no momento era deixar essa discussão de lado e clarear as ideias. Afinal, vai ter algo de bom nessa festa? Eu tinha pensando em chamar a Lis pra ir comigo, mas ela nunca aceitaria e provavelmente ela vai com Castiel. Não quero vê-la com ele, não suporto esse pensamento. Lis, ao lado dele, conversando com ele.

Lis… Ela costumava ser minha amiga. E eu, costumava prometer que ia protege-la.

• ● •

– Que tal acharmos um jeito de fugir?

– Fugir?

– É.Fugir. Seu pai é malvado com você as vezes, você deveria fugir dele.

– Não podemos fugir de tudo Lis.

– Não podemos?

– Nunca devemos fugir. É algo covarde.

– Ah, não sei. Fugir me parece uma ótima ideia.

• ● •

Acordei com alguém me sacudindo.

– Vamos lá Nathaniel. Preciso da sua ajuda. Só dessa vez.

– O que? Quem?

– Fala sério. Preguiçoso. É o seguinte, vamos sair mais cedo, quero que você me leve na casa da Charlotte, diga pro papai que a festa começa agora.

– Mas a festa come..

– Não. A festa começa agora.

Bufei.

– Tá. E eu?

– Sei lá, pode ir pra casa de um amigo, ou pra casa daquela monga que vive te seguindo.

– Ahn?

– A Melody.

– Nunca!

Ambre riu.

– Tá. Agora vai, preciso chegar lá em 5 minutos. As garotas já me ligarem 3 vezes.

– Que barulho é esse?

– As garotas já me ligaram 4 vezes, contando com agora. Vai, vai.

Levantei da cama e me arrumei, uma blusa branca, jaqueta, jeans e um calçado de cadarços. Não iria ficar muito tempo na festa e planejava passar em uma cafeteria depois de deixar Ambre na casa de uma de suas amigas. Baguncei meu cabelo para dar um ar mais despojado, desci as escadas e meu pai me deu a chave do carro.

Parecia um sonho. As chaves caindo sob a palma de minha mão, meus dedos se fechando sobre ela e o milagre, meu pai sorrindo para mim. Peguei as chaves e fui em direção a garagem onde Ambre esperava impaciente.

– Pelo amor do santo Deus, hein? Amém. Agora vamos.

Saímos da garagem enquanto Ambre dizia algo sobre vestidos e o significado de cores.


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Notas finais do capítulo

♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quanto a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.