Persecutor escrita por Emi AK
Notas iniciais do capítulo
♦ Ovelhinha, obrigada pelo seu apoio e carinho.
● Nathaniel Lambert ●
Chego em casa cansado. Andei do colégio até em casa, meu pai havia tomado o carro de mim, um pequeno castigo por ter respondido em voz alta durante uma discussão.
Mal chegara ao meu destino e as vozes invadiam meu ouvido, já não era uma família, já não eram pais e filhos. Era uma guerra, se tornou uma, é uma. Meu pai simplesmente perdeu o controle sobre Ambre, agora é tarde demais para educar a garota.
– Eu vou na festa, simples assim.
– Nada disso! Você não vai! Não pediu permissão para mim.
– E daí? Eu vou.
As vozes aumentavam o volume a cada frase dita. Já não bastava o turbilhão de coisas que atormentavam minha mente, eu ainda tinha que suportar os problemas familiares. Atravessei a porta temendo o que me aguardava. O olhar de Ambre encontrou o meu.
– Papai, o Nathaniel pode ir comigo.
– Eu mal cheguei em casa, eu tenho que estudar hoje…
– Não. Você vai acompanhar sua irmã.
– O que?!
– Isso mesmo que ouviu Nathaniel Lambert. Você vai a festa.
Respirei fundo. Os limites estavam sendo alcançados a cada segundo que se passava.
– Eu vou.
Subi as escadas em direção ao meu quarto.Tudo o que eu mais queria no momento era deixar essa discussão de lado e clarear as ideias. Afinal, vai ter algo de bom nessa festa? Eu tinha pensando em chamar a Lis pra ir comigo, mas ela nunca aceitaria e provavelmente ela vai com Castiel. Não quero vê-la com ele, não suporto esse pensamento. Lis, ao lado dele, conversando com ele.
Lis… Ela costumava ser minha amiga. E eu, costumava prometer que ia protege-la.
• ● •
– Que tal acharmos um jeito de fugir?
– Fugir?
– É.Fugir. Seu pai é malvado com você as vezes, você deveria fugir dele.
– Não podemos fugir de tudo Lis.
– Não podemos?
– Nunca devemos fugir. É algo covarde.
– Ah, não sei. Fugir me parece uma ótima ideia.
• ● •
Acordei com alguém me sacudindo.
– Vamos lá Nathaniel. Preciso da sua ajuda. Só dessa vez.
– O que? Quem?
– Fala sério. Preguiçoso. É o seguinte, vamos sair mais cedo, quero que você me leve na casa da Charlotte, diga pro papai que a festa começa agora.
– Mas a festa come..
– Não. A festa começa agora.
Bufei.
– Tá. E eu?
– Sei lá, pode ir pra casa de um amigo, ou pra casa daquela monga que vive te seguindo.
– Ahn?
– A Melody.
– Nunca!
Ambre riu.
– Tá. Agora vai, preciso chegar lá em 5 minutos. As garotas já me ligarem 3 vezes.
– Que barulho é esse?
– As garotas já me ligaram 4 vezes, contando com agora. Vai, vai.
Levantei da cama e me arrumei, uma blusa branca, jaqueta, jeans e um calçado de cadarços. Não iria ficar muito tempo na festa e planejava passar em uma cafeteria depois de deixar Ambre na casa de uma de suas amigas. Baguncei meu cabelo para dar um ar mais despojado, desci as escadas e meu pai me deu a chave do carro.
Parecia um sonho. As chaves caindo sob a palma de minha mão, meus dedos se fechando sobre ela e o milagre, meu pai sorrindo para mim. Peguei as chaves e fui em direção a garagem onde Ambre esperava impaciente.
– Pelo amor do santo Deus, hein? Amém. Agora vamos.
Saímos da garagem enquanto Ambre dizia algo sobre vestidos e o significado de cores.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quanto a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.