Finalmente Draco conseguiu arrumar aquele armário velho. Estava quase tudo pronto. Quase. À medida que o tempo passava e o dia em que os Comensais invadiriam Hogwarts chegava, mais Draco se sentia angustiado e ansioso. Ele receava pelo dia que ele teria que terminar com Gina, para uma coisa que não deveria nem ter acontecido, àquilo passou dos limites a muito tempo. Mas ele não queria de jeito nenhum ficar longe de sua ruiva. Só de pensar já doía. Draco se apegara de uma maneira à Gina, que nem ele mesmo compreendia. Decidiu aproveitar ao máximo seus momentos juntos, ele só iria terminar com ela no dia da invasão.

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Gina estava feliz, nunca pensou sequer na possibilidade de gostar de Draco, mas estava amando cada dia ao lado dele. Apesar da pose de filho de homem poderoso, Draco era legal e carinhoso com Gina. Isso era tão irônico.

– Gina, você já pensou que talvez muito em breve, você e o Malfoy terão que terminar? – perguntou Hermione, cortando a linha de pensamentos dela.

– Eu sei... – murmurou em resposta. – Eu realmente não queria que esse dia chegasse.

– Mas o lado da guerra dele é o oposto do nosso – disse Hermione. – Será impossível continuar com isso, ainda mais ele sendo filho de quem é.

– Isso tudo é tão complicado, Hermione – falou. – Eu sei que é impossível. Mas só de pensar nisso...

– Mas, garanto que no fundo você já sabia disso tudo quando se envolveu com ele, não é? – repreendeu-a.

– Eu sabia, Hermione. Eu sabia. – respondeu Gina, quase num sussurro. – Bom, eu vou indo. Boa noite.

– Boa noite – respondeu.

Gina chegou no quarto, a cabeça estava lotada com tantos pensamentos. Resolveu escrever uma carta para Draco, para eles conversarem à sério sobre esse assunto. Pediu para se encontrarem no dia seguinte, na Sala Precisa. Então foi dormir.

O dia seguinte foi normal, as aulas, os alunos, os professores, os fantasmas, até mesmo pirraça tinha um comportamento normal. O fim do ano letivo se aproximava e, com ele os NOM’S. Gina estudava bastante, queria obter boas notas nas provas finais. Além de tudo, também se esforçava muito no quadribol.

A hora que ela marcou de se encontrar com Draco enfim chegara. Ela disfarçadamente, rumou para lá. Assim que entrou pela porta, avistou Draco.

– Mas que mania de sempre chegar cedo em? – disse ela rindo.

– Estou aqui a uma hora, gosto daqui, é sossegado – respondeu calmamente.

– Também gosto daqui – concordou ela, sentando ao lado de Draco. - Sabe, precisamos conversar...

Draco encarou-a curioso.

– E sobre o que é, Weasley?

– Você sabe que a gente nunca vai dar certo, não é? – disse rapidamente. – Você também sabe, que estamos em lados opostos nisso, que as nossas famílias não se dão bem...

Draco surpreendeu Gina a beijando ferozmente. Já conhecia tão bem aquela boca e, amava aquele toque. Ele entendeu o que ela queria dizer. Mas ela não podia terminar agora, aquilo tinha que durar mais um tempo. Ficaram nisso por um tempo, até Draco se afastar e dizer:

– Gina, eu entendo, infelizmente sei que teremos que terminar uma hora, mas enquanto pudermos adiar essa despedida, vamos ficar juntos. O que acha?

– Tudo bem Draco, vamos aproveitar então esse tempo que nos resta – e o beijou.

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Draco saiu da sala pensando no que Gina iria fazer. Calma Weasley, infelizmente isso já está mais perto de acabar do que você imagina, pensou. Se ele pudesse, nada disso impediria os dois, se ele pudesse fugiria com Gina, sem pensar duas vezes. Se ele pudesse.

Mesmo sem saber, Gina mudou muita coisa em Draco, o modo de pensar, o modo de encarar os outros. Tantas coisas. Eles passaram quase o ano todo juntos, brigando e voltando, mas cada vez mais unidos. Ele nunca pensou que pudesse gostar de alguém, acreditava tanto nisso, que nunca percebeu o quanto gostava de Gina. Lúcio, o pai de Draco, sempre falou que Draco seria com ele: manteria o honrado nome da família Malfoy, se casaria com uma mulher de sangue puro e de uma boa família. Mas com esse “boa família” ele queria dizer que ela deveria ser muito rica e prestigiada no mundo bruxo.

Muitas vezes Draco só concordava. Pra ele casamento era algo só de fachada e algo para não deixar o nome da família morrer. Nunca ligou muito para isso. Ele também nunca acreditou no amor verdadeiro, ou na felicidade. Nunca chegou os conhecer. Ele amava os pais, claro. Sobretudo sua mãe que sempre fazia de tudo para vê-lo feliz, mas ele nunca contou verdadeiramente com isso. Então esse era um dos motivos de ele ter se apegado tanto à Gina. Seu orgulho dizia que era algo temporário, mas seu quociente sabia que nada disso seria verdade.

No mesmo dia em que se encontraram ele recebeu a notícia de que, exatamente dali uma semana, seria o dia da invasão. O tempo, na última semana, não foi nada generoso com os dois. Cada vez mais chegava o dia da separação. Os dois viam todos os dias, desde então. Até que o indesejado dia chegou, Gina ainda não sabia de nada.

Draco chegou alguns minutos antes do combinado. Estava ansioso esperando por ela. Assim que Gina atravessou a porta, Draco foi ao seu encontro e a beijou intensamente.

– Por Merlin, Draco! – Gina riu. – O que é isso?

– Gina... – Draco deixou a frase morrer.

Ela o encarou e, de repente clareou na sua mente.

– Então hoje... a gente...

– Eu... eu acho que sim, Gina – ele respondeu, olhando nos olhos dela. – Se eu pudesse nada disso aconteceria. Não sei o que você fez comigo – ele riu.

– Nem eu sei – disse.

– Então, hoje é a nossa... despedida – falou ele.

– Argh, odeio despedidas.

– Eu também – concordou. – Então, eu sei, estamos em lados opostos nessa. Mas eu sei que uma hora isso vai acabar... não sei quanto tempo vai durar, mas uma hora acaba.

– Mas e depois, Draco? – Gina falou. – Isso é impossível.

– Não sei – respondeu. – Vamos então aproveitar hoje, porque eu acho que será nossa última vez.

– Tudo bem.

Draco beijou-a intensamente. Desejando que eles nunca se separassem. O beijo foi aumentando, cada vez com uma intensidade maior. As mãos de ambos passeavam livremente, o clima estava quente.

– Draco, acho que estamos indo rápido demais... – Gina falou.

– Gina, eu me controlei esse tempo todo – ele disse beijando o pescoço dela. – Você não sabe o quanto me deixa louco.

Gina se surpreendeu com a resposta dele. Não era bem isso que esperava. Estava indecisa do que fazer. Tinha medo de nunca mais ver Draco, ela realmente gostava dele. Quer saber, pensou, que se dane. Então ela tomou a primeira atitude e puxou a camiseta dele, comtemplando sua pele branca. Draco deu um sorriso malicioso e continuou com o trabalho. Aquilo foi perfeito, como nunca havia sido antes, com nenhuma outra garota.