Tudo estava indo às mil maravilhas para Gina e Draco. Às mil maravilhas até certo ponto por serem os dois. Eles não se viam com tanta frequência para não levantar suspeitas. E se verem de vez em quando ajudava para evitar, às vezes, alguma briga ou desavença.

Agora Hermione sabia do que estava acontecendo, prometeu ficar ao lado de Gina e estava cumprindo sua promessa, o que facilitava um pouco as coisas. Apesar de não gostar de Draco, Hermione sempre ouvia Gina ou perguntava como estavam as coisas.

Gina sentia-se bem, estava jogando quadribol, estava indo bem nas aulas, quando tinha visitas para Hogsmeade ela ia, se encontrava com Draco...

Até Draco sentia-se bem, algumas pessoas até estranhavam seu bom humor contínuo. Blás era o único que sabia de tudo que acontecia. Até tirava sarro de Draco às vezes.

Ele e Gina, dentro e fora da escola fingiam não se conhecer, tentavam até não cruzar o mesmo caminho. Mas quando se viam, as coisas eram totalmente diferentes.

O tempo ia passando, cada dia que passava, mais os dois iam se envolvendo um com o outro. Esquecendo totalmente da futura despedida. Tudo estava tão bom e tão calmo que nada precisava ser mudado, ao ponto de vista de Gina. Felizmente, Harry não a incomodava mais. Alguns dias depois da confusão da biblioteca ela se lembrou de perguntar para Hermione o que ela havia falado para Harry para fazer com que ele tivesse ficado quieto e concordado com toda aquela história.

– Bom, foi fácil até - respondeu Hermione. – Eu disse a ele que aquilo não era certo, mas que ele não devia se meter na sua vida. Que devia deixar você fazer suas escolhas. Ele me respondeu que já estava feito, mas então eu devolvi dizendo que iria dar um jeito e, que se ele não concordasse ele iria se ver comigo. Deu certo, não deu? – sorriu ela.

– Realmente – falou Gina, sorrindo igualmente – Deu muito certo! Foi brilhante.

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Draco não havia desistido de tentar matar Dumbledore. Suas tentativas foram falhas, ou seja, o Armário Subdouro tinha que ter efeito. Esse não podia falhar. Ele estava com medo de errar com Lord, com medo das consequências e, Snape estava sempre na sua cola. Ele não se importava que o professor havia feito o Voto Perpetuo, ele nunca tinha pedido por proteção. Aquilo era uma coisa dele, precisava honrar aquela Marca que recebera. Precisava honrar o nome da família.

Eram nesses momentos, que ele não poderia deixar que o que ele sentia por Gina o atrapalhasse. Ele precisava ser extremamente frio e esquece-la. Afinal, aquilo não passava de um romance de escola. Iria acabar no momento que a Guerra explodisse. Precisava. Seus pais nunca iriam aceitar.

Draco se dedicava totalmente à sua tarefa, se cobrava totalmente. Só conseguia pensar que não poderia falhar. Ele tinha medo, se sentia tão covarde em algumas ocasiões. As vezes ele se sentia desolado, sozinho. Sumia de vez em quando, se trancava no banheiro em pretensão de ficar sozinho, mas às vezes acabava tendo por companhia A-Murta-Que-Geme.

Os únicos momentos que ele se permitia não penar nisso, era quando estava com Gina. Ele esquecia das coisas, ela era tão boa para ele. Aperar de tudo, quem não a merecia era ele. Ela era como uma espécie de anjo para ele, o tirava do frio e das trevas de sua vida, mesmo que momentaneamente. Então, como ele poderia ferir seu anjo? Não conseguia pensar nisso, chegava a ser doloroso.

Draco Malfoy, você se deixou levar por uma Weasley tão facilmente, como pode?, pensava sozinho. Mas ele gostava tanto de ser deixar levar por ela, chegava a quase não se importar por isso. Draco era capaz de sentir tudo isso, mas não admitia. Nem para si mesmo, talvez por medo, talvez por orgulho. Nem ele sabia.

Draco acordou meio tarde na manhã de quinta-feira, se arrumou rapidamente e saiu sozinho para o Salão Principal. Quando chegou lá pareceu que todo o ar que havia em seus pulmões fora roubado. Ali estava ela, rodeada por muitos alunos, principalmente os da Grifinória: Cátia Bell.

Quando ele viu aquela cena, parece que seu mundo desabou e que mais nada seria possível. Sentiu suas pernas tremerem e seu coração bater rapidamente. Não sabia o porquê de todos aqueles sentimentos, uma mistura de medo, fracasso, humilhação, tudo junto.

Correu para o banheiro de costume, ao entrar bateu a porta com força. Sentia ódio de si mesmo. Por que não conseguia executar uma tarefa tão fácil? Sentia-se tão ridículo. Ele só precisava matar um velho, só isso.

Ligou a torneira, tirou o suéter. Lágrimas teimavam em descer em sua face. Molhava o rosto, nada adiantava, se acalmar estava quase fora de questão. Então o que aconteceu sucessivamente foi muito rápido, Harry chegou no banheiro e o começou o acusar. Então eles já estavam duelando.

Havia muitas torneiras estouradas, o chão estava alagando. Foi quando Harry o acertou com um feitiço de Magia Negra. Draco sentia seu corpo se rasgar por dentro, sentia-se tonto. Via seu próprio sangue escorrendo. Estava caindo no chão, água e sangue misturados. Sentia-se muito fraco, sua respiração estava lenta, suas pálpebras teimavam em querer fechar, ele podia escutar os próprios gemidos. Aquilo realmente doía. Então, de repente, um vulto negro chega, se abaixa e imediatamente começa a murmurar um anti-feitiço para o que o atingiu. Estava fazendo efeito, ele sentia que o sangue parava de escorrer, sua visão foi ficando embasada, quando desmaiou.

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Gina não viu Draco o dia todo, nem o dia seguinte. No terceiro dia mandou uma carta para ele, realmente estava preocupada, mas não obteve resposta. Somente no quarto dia foi que ela o viu, ele estava com uma cara horrível. Gina recebeu uma carta dele pela manhã pedindo para que se encontrassem.

Quando eram três horas da tarde, Gina estava indo para a Sala Precisa. Quando chegou lá, viu que Draco já a esperava.

– Oi Draco – disse Gina timidamente observando-o.

– Oi – respondeu ele fracamente.

– Você sumiu – disse Gina sem rodeios.

– Eu sei – deu de ombros. – Eu fiquei doente. Acho que você pode notar pela minha cara.

Ela fez que sim com a cabeça. Andou em sua direção e o abraçou, surpreendendo Draco, que não demorou para retribuir o abraço.

– E você melhorou? – perguntou ainda abraça a ele.

– Um pouco.

– Por que você não me avisou? – perguntou ela indignada. – Eu...me preocupei.

Gina sentiu Draco suspirar.

– Eu pensei em te avisar, mas a Madame Pomfrey mal deixou eu me levantar da cama desde quinta-feira – o que era verdade, porque depois Snape o levou para a Ala Hospitalar, onde ele ficou para se recuperar, Madame Pomfrey não deixava ele se levantar.

Gina depositou um beijo no pescoço do loiro, fazendo-o se arrepiar com o toque de seu lábio. Então foi subindo a boca até chegar na dele. Os dois se beijavam vagarosamente. Draco sentia o perfume de Gina, como gostava daquele cheiro.

Draco aprofundava cada vez mais os seus toques e beijos e Gina lhe dava passagem. Ele a pegou no colo e sentou em um pufe, sem parar.

– Draco estou sem ar – disse Gina, se afastando um pouco e respirando.

– Eu sei que te deixo sem folego – falou majestosamente. – Eu sou irresistível!

– Mas nem doente você sossega, não é? – disse ela rindo.

Foi então que Draco segurou Gina pelas costas e colocou no chão, sobre o tapete, deitando em cima dela.

– Você não sabe o que eu sou capaz de fazer mesmo doente, Weasley – disse ele irônico beijando o pescoço dela.

– Posso imaginar... – disse ela fracamente.

Draco olhou-a esperançoso, sorriu para ela. Mas Gina ainda não havia perdido a consciência. Não totalmente.

– Isso não Draco – disse ela.

Draco deu de ombros e continuou a beija-la. Gina receava que ele fosse tentar algo, mas não tentou. Draco só quis aproveitar ao máximo, enquanto Gina estava ali, porque ele sabia que o fim desse relacionamento estava próximo.