P.O.V Luna ON.

Acordo com uma coisa pesada sobre minha barriga, olho pra baixo e vejo Kentin dormindo que nem pedra, olho no relógio e vejo que são 6:45, raciocino um pouco e lembro que hoje tem aula. Balanço Kentin com a intenção de que ele acorde, o que funcionou.

– Kentin? – Pergunto. – Acorde, você é pesado e está sobre mim.

– Só mais cinco minutinhos, mãe...- Resmunga.

– O que? ACORDE, DESGRAÇADO! – Grito.

– O que aconteceu? – Ele pergunta saindo de cima de mim, percebo que estava tão corado quanto eu. – M-me desculpe...

– Você pega no sono rápido, hein? – Digo. – Como você veio parar em cima de mim?

– E-eu sou sonâmbulo, às vezes. – Diz corando.

– Ok, se apresse que hoje tem aula. – Aviso.

– Que horas são? – Pergunta.

– 6:55. – Respondo.

– Não vai dar tempo de eu ir trocar de roupa. – Diz colocando a mão na testa. – Vou com essa joça mesmo.

Começo a ri de sua expressão de preocupação e ele mostra o dedo do meio pra mim e eu mostro o meu pra ele de volta, penso que ele deve estar com fome, assim como eu.

– Você tá com fome? – Pergunto.

– Sim e você?

– Eu sempre tô com fome. – Digo rindo, o que faz ele rir também. – Então, go to the kitchen, starving! (Tradução: Vamos para a cozinha, esfomeado.)

– Let’s go, viada! (Let’s go: Vamos.) – Fala animado.

Fomos até a cozinha e tomamos um café da manhã maravilhoso, então eu disse que eu ia até o meu quarto me trocar e fazer minhas higienes. Quando acabei, desci e finalmente, saímos de casa. Fomos o trajeto todinho conversando e rindo, até que eu fico um pouco pra trás e ele começa a andar um pouco mais na frente e sem perceber que eu fiquei pra trás. Então, eu saio correndo e pulo em suas costas, o que faz ele quase cair, mas não aconteceu.

– AiÔÔÔÔÔ, SÉSAMOO! – Grito, dando tapas em sua bunda. (N/A: Gente, quem já assistiu Zorro sabe que o nome do cavalo do mesmo é Silver, mas eu acho mais engraçado Sésamo, aí eu coloquei Sésamo, espero que não se importem.)

– O-oque você tá fazendo? – Pergunta. – Você é leve, hein?

– Então, vamos pra escola! – Digo. – Corre cavalinho, corre!!

Ele começou a correr comigo em suas costas até a escola, o Kentin era realmente, muito forte, o que me impressionou, mas não sei porque, já que eu era leve e ele era forte, eu não passava de um grão de arroz na suas costas.

Quando chegamos na escola, vimos que Ana, Castiel, Lysandre e Rosalya conversavam, mas assim que nos viram, eles pararam e ficaram nos encarando com uma cara de ‘’aí tem treta, maluco’’ mas Lysandre não, ele nos olhava com uma cara meio triste, não sei. Até que eu percebo que ainda estava na costa de Kentin e desço rapidamente, mas não fico constrangida, até porque somos só amigos.

– Eu vou fazer isso mais vezes. – Digo rindo.

– Não, por favor. – Implora. – Minha bunda não irá aguentar.

– Ok, ok. – Falo.

Fomos em direção a Rosalya e os outros e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios, até que o sinal tocou e todos foram pra sala de aula esperar o professor chegar, depois de dois horários seguidos de matemática e o Castiel quase dormindo neles, o sinal do intervalo soa pela escola e em pouco tempo, vejo os alunos saindo de suas salas e indo em direção ao refeitório e outros indo em outras direções. Eu sou a última a sair e vejo que Armin ainda está na sala, sentado na cadeira, concentrado em seu jogo. Vou até ele e estalo o dedo em sua frente, fazendo ele perder o jogo.

– Baka, me fez perder o jogo. – Reclama ele. – Eu estava quase vencendo do grande chefe, sua baka.

– Não me chame assim, seu hentai! – Peço. – E não era minha intenção fazer você perder. Eu só ia te chamar pra você vim comer com a gente, mas já que você não quer, tudo bem, fique aí.

– Você é muito má. – Reclama.

– Eu já disse que não era minha intenção. – Começo a ficar com raiva.

– Tudo bem, tudo bem. – Diz sorrindo. – Vamos comer que eu tô faminto!

– Vamos. – Falo, minha raiva foi substituída por alegria novamente. – Ei Armin, quando vai ser a feira de animes e gamers?

– Etto... Bem...É hoje. – Diz. – Sua fantasia está lá em casa, você esqueceu.

– O QUE??? É HOJE?? – Pergunto incrédula. – Mas, você não me avisou. Ainda bem que eu não tenho nenhum compromisso hoje, então, eu vou. Eu ia te dar um soco, mas estou me controlando profundamente.

– Credo, violenta. – Fala.

Fomos até o refeitório e quando chegamos lá, fomos até a mesa onde se encontravam Lysandre, Rosalya, Alexy, Ana e Castiel, sentei entre Lysandre e Armin. Mas, logo depois o platinado se levantou e foi embora sem dizer nada e eu decidi ir atrás dele e os outros também me pediram pra ir, então eu fui. Mas, tinha um problema, eu não fazia ideia de onde ele poderia estar, então comecei a rondar o colégio, até que eu me perdi ou não, porque vejo Lysandre sentado e encostado em uma árvore, me aproximo dele e vejo que está quase dormindo.

– Lysandre. – Chamo-o, me sentando ao seu lado.

– Hmm. – Resmunga. – Ah, olá, Luna.

– Porque você saiu do refeitório assim, tão de repente? – Pergunto, sentindo o vento bater em meu rosto.

– Não sei, muito barulho e muita bagunça. – Responde. – Porque veio me procurar?

– E-eu fiquei preocupada. – Agora foi minha vez de responder. – Assim como os outros.

– Eu estou bem, obrigado. – Diz com um sorriso no rosto. – Ah, como eu sou esquecido. Eu também vim pra cá, pra buscar inspiração pra compor alguma música ou um poema, sei lá.

– Você me surpreende cada dia mais. – Falo corada. – Eu nem sei como conseguir chegar aqui.

– Acho que ninguém vem aqui, mas eu venho algumas vezes, quando a escadaria tem gente. – Diz.

– Porque você não veio pra cá, quando eu estava na escadaria? – Pergunto novamente. (N/A: Maldita docete, nunca se cansa de ser curiosa e ainda passa esse dom pra nós, inocentes jogadoras.T-T)

– Porque você não incomoda e estava ouvindo música. – Diz corado.

– Acho que eu já vou. – Digo me levantando. – Você quer compor e eu estou te atrapalhando.

– Não. – Diz. – Fique.

Depois disso, ele me puxa e eu caio sobre ele, mas como o Lysandre é maromba, ele me sustentou e sem querer, nossas bocas se encontraram. Mas, eu não me afastei e começamos um beijo calmo e longo. Até que o ar ficou ausente e tivemos que nos separar, olhei pra ele e vi que estava corado, assim como eu.

– M-m-me desculpe. – Falamos em uníssono.

Saí de seu colo e me sentei na grama, ao seu lado, afundo minha cabeça entre meus joelhos e sinto uma mão em minhas costas, a mão de Lysandre.

– Me desculpe. – Pede. – Eu deveria ter deixado você ir.

– Não se desculpe. – Digo. – Eu não estou assim por causa do beijo, estou assim porque daqui a pouco tem aula de Ed. Física.

– Vai ser vôlei, eu acho. – Supõe.

– Nada como uns socos na bola pra desestressar. – Digo rindo, ele ri também. – Acho que o resto do pessoal está nos procurando.

– É, então devemos ir. – Diz.

Ele se levanta e me ajuda a levantar, fico na ponta do pé e dou um abraço em Lysandre que logo retribui.

– Eu bem que gostei do beijo... – Sussurra Lysandre em meu ouvido.

–Não vou mentir... – Sussurro no seu ouvido também. – Eu também gostei...