Juste Attendre-II escrita por Melissa França


Capítulo 4
Se Trouve Un Pirate


Notas iniciais do capítulo

Hey! Como estão? Gente, eu sei que demorou, e também sei que eu havia avisado que demoraria, mas mesmo assim perdoem-me, porque eu perdi dois capítulos que eu já havia escrito da fanfic, por isso demorou mais do que eu gostaria.

Neste capítulo eu tive que escrever um personagem que eu realmente não gosto muito, caso alguém seja fã dele e acredite que o trabalhei mal ele, perdão também.

E a primeira temporada ganhou duas lindas recomendações! Muito obrigada Belle Frost! Muito obrigada Helena! Capítulo dedicado a vocês!

Boa leitura!



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Gancho havia entregado aquele que era a única lembrança viva de Milah, tudo depois do ocorrido parecia não fazer sentido algum. O garoto que possuía características tão parecidas com as da mulher que ele amava e ao mesmo tempo o fazia lembrar tanto do homem que a matara, fazia uma enorme falta e diferença em sua vida. Talvez o temido capitão Gancho estivesse amolecido, mas a Terra do Nunca realmente não o trazia boas memórias.

O moreno lembrava-se constantemente de seu irmão, Liam, e provavelmente por este motivo necessitava libertar Bae dos meninos perdidos. Como ele podia deixar o garoto que um dia considerou como filho nas mãos de alguém tão poderoso como Peter Pan? Ele precisava o resgatar, precisava preencher aquele vazio de seu coração e se o garoto recusasse sua presença, ele insistiria. Gancho precisava de algo a mais para viver, sua vingança não era mais o suficiente.

Ancorou o Jolly Roger e deixou a tripulação para trás, haviam apenas mais cinco homens abordo do navio, sendo que dois deles estavam definhando na cama, era questão de dias ou até horas para que os mesmos morressem. Caminhou pela floresta durante dias incontáveis, o capitão conseguia até pensar que haviam sido meses, entretanto não podia afirmar nada, sem o sol nascendo todos os dias ficava complicado se orientar. Gancho fora atacado três ou quatro vezes pelos meninos perdidos, sendo uma dessas vezes acertado com um flecha envenenado.

De imediato soube do quê se tratava o líquido presente na ponta da arma, por sorte ela atingira somente sua jaqueta e não havia sinais de um arranhão ou um corte mais sério. Já quase sem esperanças ele encontrou uma caverna onde conseguiu descansar por um par de horas, o local parecia já ter sido habitado ou até mesmo ainda era, entretanto o cansaço o tomou rapidamente.

Assim que acordou retirou-se do local e percebeu que havia uma pequena trilha na floresta. Ao contrário dos mares, a terra firme não era a sua especialidade e ele nunca se dera realmente bem com longas caminhadas. Contudo, aquilo lhe chamou muita antenção, alguém havia passado por ali, tinha quer ser Baelfire. Após um curto período de tempo caminhando, Gancho avistou a figura do jovem de cabelos negros e sorriu, ele havia o encontrado.

– Bae! - Foi apenas um chamado, um grito, no entanto foi um excelente fato para que o menino corresse o mais rápido que podia.

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Haviam se passado muitos anos desde que o pai o abandonara e mesmo assim o garoto ainda sonhava todas as noites com a figura do progenitor vindo lhe buscar. Não era um sonho impossível de se concretizar, afinal há muito tempo atrás ele fora um bom homem, um homem que faria de tudo para a felicidade do filho. Talvez o pai que ele amava ainda estava em algum lugar dentro do covarde que escolhera o poder de uma adaga ao filho.

Baelfire sentia saudades dos Darlings, quando finalmente pensara que havia encontrado um lar e uma família, a magia e a solidão retornaram à sua vida. A felicidade daquelas pessoas correra um enorme risco e ele teve que entregar a si mesmo para salvá-los. Às vezes olhava para a lua e lembrava-se de Wendy, Miguel e João conversando sobre o cavaleiro solitário que morava lá, talvez eles estivessem falando sobre ele no momento e isso os conectavam de certa forma, inconcientemente ele sorria.

Já as estrelas eram mais complexas, recordávasse quase sempre dos tempos em que passara junto da tripulação do Jolly Roger e quanto a isso tinha um misto de sentimentos, fato que o incomodava. Havia passado bons momentos em alto mar, mas também haviam coisas que ele queria esquecer. Gancho havia o ferido de uma maneira horrível e cruel, o ódio que ele inicialmente alimentava seria entendido por qualquer um, exceto por ele mesmo. Não queria que seu coração ficasse escuro, talvez por esta razão tentava esquecer dos piores momentos e forçavasse a recordar somente as coisas boas que o pirata e o pai lhe ensinaram, entretanto com o último as coisas eram um pouco mais complexas.

Antes de Rumpelstiltiskin se transformar no Senhor das Trevas, ele amava o pai por ser bom, carinhoso, puro. Então houve a maldição e o coração do homem que ele mais amava havia se transformado em negro e mesmo que ele ainda o amasse, queria que o covarde da vila voltasse, o homem honesto e com coração bom. Por essa razão não deixaria que o sentimento de raiva e ódio o tomassem, não quando ele ainda tinha que voltar para o pai e fazer com que o lado bom dele retornasse.

Quando ele achou que Pan o havia esquecido e ele finalmente poderia pensar em uma maneira de voltar para casa, Baelfire escutou seu nome sendo chamado pelo mesmo homem que um dia levara sua mãe para longe. Não sabia como reagir, talvez ficar e escutar o que o pirata tinha a dizer fosse o melhor, mas sem pensar ele saiu correndo, com medo de que o moreno o entregasse para Peter Pan.

O menino escutou os passos de Gancho atrás dele, pensou que teria uma certa vantagem por conhecer a floresta melhor do que ele, mas isto não se provou verdade. O homem conseguiu agarrar seu braço em um período curto de tempo e parecia tão aliviado, que por um miléssimo de segundos Bae sentiu-se culpado. Nem um dos dois disse nada, nem tentaram olhar nos olhos um do outro, contudo o garoto já podia afirmar que ele não queria o entregar.

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Estabelecer uma relação com Baelfire fora extremamente difícil da primeira vez, agora que o menino já sabia de tudo fora três vezes pior. Aos poucos ele foi cedendo, mas era uma situação realmente muita complicada. Para ganhar a confiança do garoto, ele só precisou fazer uma coisa, o que fora algo muito fácil para ele na verdade, afinal ele era um pirata. Enquanto estavam sentados em um tronco e o mais novo tentava acender uma fogueira para os aquecer, ele começou.

– Você não precisa ficar aqui para sempre, Bae. O Jolly Roger está ancorado não muito longe daqui, não posso te levar para a família que te acolheu na terra sem magia, mas posso levá-lo para seu pai, se você quiser.

O garoto se voltou para ele e o olhou curioso, talvez tentando decifrar a expressão do pirata. Entretanto não achou nenhum resquício de que ele estivesse mentindo.

– Estás falando sério? Me levaria para ele?

– Se for de seu agrado, claro, levaria.

– Mesmo que isso signifique que eu não possa acompanhar você e sua tripulação mar à fora?

O moreno acenou com a cabeça. O menino ainda parecia incrédulo, o que teria mudado aquele homem? Gancho havia mudado sim, mas não tanto quanto aparentava. Obviamente não levaria o garoto ao pai, arrumaria uma desculpa mais tarde, qualquer argumento plausível e o convenceria a ficarem juntos à bordo do Jolly Roger.

– Mas e quanto a sua vingança? Você vai desistir de matar o meu pai, não vai?

Antes que ele respondesse os dois começaram a escutar pequenos ruídos vindo da mata, alguém estava se aproximando. Talvez fossem os meninos perdidos, provavelmente Baelfire era o alvo e Gancho não podia deixar nada acontecer a ele. O pirata pediu silêncio, levando o dedo o indicador até os lábios e caminhou mata adentro. O garoto não o acompanhara, provavelmente porque entendera o quão perigoso podia ser, ao ver o motivo do barulho Gancho suspirou aliviado por Bae não o ter seguido.

Bem na sua frente o homem que ele mais odiava em todos os reinos estava caído, desmaiado, parecia estar a espera da morte. Tentou pensar o mais rápido possível, contudo Rumpelstiltiskin começou a recobrar a consciência, logo pensou no menino que o esperava não muito longe dali e correu. Se o Senhor das Trevas encontrasse o filho o levaria para longe e ele ficaria sozinho novamente, essa possibilidade não podia se concretizar.

Encontrou um Baelfire muito preocupado e sem explicar nada puxou o garoto pelo braço.

– Vamos, precisamos embarcar no Jolly Roger.

– Eu nunca concordei em ir com você. - Realmente não tinha, mas ele sabia que esta era a sua única chance de tentar sair da ilha. - Quero que responda, desistirá de matar o meu pai?

– Vamos Bae, não temos tempo para conversas paralelas. Precisamos ir agora! - O pirata apertou o braço do menino com força e tentou o arrastar, estava extremamente nervoso, por isso não percebeu que machucava o jovem.

– Não! Eu exijo saber o que está acontecendo. Responda-me, Gancho. Que diabos aconteceu? O que você viu lá que o fez voltar assim? - Ele puxou o próprio braço para longe do aperto do moreno e o encarou sério, queria respostas, precisava delas.

Os dois escutaram ruídos outra vez, entretanto a pessoa a se aproximar estava muito mais perto. Uma figura masculina saiu do meio das árvores, parecia um pouco abalado, mas ainda assim altivo. Apenas um nome foi pronunciado em forma de sussurro.

– Bae!

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Ele sentira a presença de alguém o observando, provavelmente ainda era o pirata. Antes que conseguisse abrir os olhos e encarar a pouca claridade que a ilha possuía, a pessoa que antes o velava correu.

Rumple sentia-se tonto, não conseguia nem ao menos erguer a cabeça com firmeza, no entanto tinha absoluta certeza que ficara pouquíssimo tempo inconciente, cinco minutos ao máximo. Levantou-se cuidadosamente e reparou no que o fizera desamaiar, era uma espécie de flor que geralmente brotava perto dos rios. Não tinha muita lógica ela estar ali, a menos que alguém quis se proteger e as plantou por perto de onde estava. Talvez seu filho.

Mas ele teria tempo para se preocuparia com isso mais tarde, no momento precisava pensar sobre o que fazer com aquele pirata. Não poderia matá-lo, não quando seu filho estava na ilha e ele se esforçava tanto para mudar pelo menino e por Belle. Usou um feitiço para marcar os passos de Gancho, de maneira que ele conseguiu visualiza-los com mais nitidez, e os seguiu.

Não precisou caminhar muito até chegar ao local onde ele estava, contudo ele não se encontrava sozinho. Havia alguém com ele, um menino, o seu filho.

– Bae!

Ele não conseguia dizer mais nada. Por vários segundos ficou parado, sem saber ao certo o que fazer. Depois de tantas décadas idealizando este encontro, Baelfire estava finalmente ali, bem diante de seus olhos. O menino estava assustado, isso era nítido. Entretanto, ele não se importava, sabia que o garoto devia ter mágoas, mas também sabia que ele faria de tudo para provar o quanto havia mudado.


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Notas finais do capítulo

Então, hoje é isso! Próximo capítulo centrado na Belle, se, eu disse se, tudo der certo aqui em casa eu vou postá-lo logo, porque eu amo muito vocês, ok?

Obrigada por lerem e até a próxima, amores!



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