Juste Attendre-II escrita por Melissa França


Capítulo 3
Étoiles


Notas iniciais do capítulo

Olá, muito obrigada a todos que comentaram ou/e favoritaram! De verdade, vocês me deixam sempre muito feliz! Duas amigas minhas começaram a ler a fanfic, então capítulo dedicado à vocês, Bruna e Julia.

Bom, este é totalmente centrado na Belle e em como ela está na Floresta Encantada. Boa leitura!



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Com a partida de Rumple, os meses pareciam se arrastar. Belle queria sentir seu filho mexer dentro de si, observar cada milímetro de seu corpo mudar, no entanto nada ocorrera por hora. O feto ainda era muito novo para poder satisfazer os seus desejos. Não havia uma noite em que ela passava sem pensar em seu marido. Teria Rumple encontrado Baelfire? Estaria ele voltando para casa? As perguntas nunca tinham respostas.

A convivência com Branca de Neve e David já havia progredido e a princesinha Emma era um encanto. No castelo havia uma pequena biblioteca onde ela passava a maior parte de seu tempo, procurava saber mais sobre gestações ou até mesmo ler uma pequena história infantil para o bebê que crescia dentro dela. As manhãs passava no jardim ou então no estábulo, gostava de ver os belos cavalos que ali haviam. O mais nostálgico de tudo era ver o rei e a rainha com a menina loirinha, uma família completa e tão feliz. Rumple precisava voltar logo.

Alguns poucos meses haviam se passado, o sol já estava totalmente escondido entre as montanhas, mas tudo lhe parecia errado, extremamente errado. Fitou o horizonte através da janela de seu quarto em busca de respostas e viu um brilho no céu. Uma única lanterna que vinha seguida de muitas outras. Era o aniversário de Alex, como ela havia esquecido? Colocou a mão sobre o ventre e deixou uma, talvez duas, lágrimas rolarem em seu rosto.

A barriga já aparente fazia com que ela tivesse que desfarçar usando roupas que fossem mais soltas, realmente não tinha muito contato com os outros moradores do castelo para que eles percebessem a gravidez de imediato, não porque não queria ou recusavasse, mas sim por motivos de afazeres pessoais. Ela passava mais tempo com Emma do que com a rainha. Às vezes tinha medo que a mulher lhe fizesse perguntas demais e talvez decidisse aprissionar Rumple. Mas a verdade é que naquele momento as lanternas no céu a fizeram esquecer tudo, a deixaram mais feliz, sabia que Alex passava mais um ano bem.

— São lindas, não? — Branca de Neve disse se aproximando, Belle não se assustou, estava acostumada com essa mesma mania que Rumple possuia. — São de um reino vizinho, os governantes são nossos amigos, Cinderela e Thomas. Eles fazem essa homenagem a filha todos os anos, desde que a Alexandra nasceu.

— Já ouvi falar. Mas isso tem algum motivo especial? Digo, houve algum problema com a menina após o nascimento ou...? — Ela sabia exatamente o que realmente havia acontecido, mas tinha que saber quais memórias Rumple tinha dado para todos.

— Realmente não. Ela nasceu bem, um pouquinho antes que Emma, um mês na verdade. Ocorreu tudo bem no parto, apenas uma pequena antecedência, nada para se preocupar. Mas eu poderia saber o porquê do seu interesse?

— Nada, eu apenas fiquei curiosa. Não é sempre que se vê uma obra de arte como esta no céu. — Por mais que tentasse esconder, a verdade parecia estar quase estampada em seu rosto.

— Tens certeza que não há outro motivo? — Branca estava curiosa, afinal tinha aquela dúvida há vários dias.

— Quer me perguntar algo? — Belle viu a expressão que ela bem conhecia no rosto da mulher, sabia que alguma coisa a estava encomodando.
— Você está grávida, não é mesmo? — A rainha perguntou tentando esconder um sorriso.

Não houve resposta, a jovem não esperava exatamente esta pergunta, imaginou que seria algo sobre o seu relacionamento com o Senhor das Trevas, mas nada de tanto impacto. Os olhos dela não sabiam para onde ir, a boca ficou seca e as palavras simplesmente insitiram em não sair.

— Desculpe-me, eu não queria encomodá-la. Eu não pensei na hora de perguntar. Perdão. — A mulher de cabelos pretos levantou-se da cama que sentara minutos antes e foi se retirando do local com uma certa vergonha.

— Não, está tudo bem. Não foi nenhuma das perguntas que eu esperava, mas sim. Eu irei ter um filho em breve. - Aquelas palavras ainda não tinham sido pronunciadas, portanto tiveram um pequeno impacto, mas nada que ela não pudesse aguentar.

— Fico extremamente feliz por você. Meus parabéns, Belle! — Ela regressou até a cama onde a moça ainda repousava e a abraçou. — Mas por que não disseste nada antes? Eu poderia ter ajudado com algumas pequenas coisas.

— O motivo é bem simples, na verdade. É só que um filho do Senhor das Trevas provavelemente não será tão bem aceito quanto o filho de um rei.

A mulher estava em choque, era bem óbvio na verdade, contudo não havia ligado um fato a outro, se ela era esposa de Rumpelstiltiskin, o bebê só podia ser dele. Mas isso era possível? Ela nunca havia ouvido histórias de crianças assim. O que aconteceria com Belle após ou até mesmo durante o nascimento?

— E você não tem medo?

— Do quê? — Belle logicamente tinha medo, havia aquele friozinho na barriga sempre em que pensava no parto, havia receio todas as vezes em que ficava imaginando o que estaria acontecendo com Rumple, se ele voltaria ou não. Contudo, a pergunta foi necessária para que ela não expusesse todos os seus medos naquele momento.

— Do nascimento, de virem atrás de você e do bebê. Sabe, o Senhor das Trevas possui muitos inimigos, um filho é uma excelente fraqueza. Foi por isso que você veio para cá? Para proteger a si e a criança?

— Foi por isso que eu aceitei vir, mas ele ainda não sabe que será pai novamente. — A última palavra aguçou a curiosidade da mulher, então o Senhor das Trevas já tinha um filho. Talvez ele não fosse tão mal quanto parecia. — O que me preocupa não são as pessoas, porque eu sei que fora deste castelo há muita gente que quer o mal do Rumple, no entanto eu também sei que a pior delas é o meu pai. — Branca a olhou assustada e Belle se corrigiu. — Não, ele não é mal. Ele nunca faria nada de ruim para mim ou ao meu filho, ele é um homem sabio e bom. Mas ele não sabe sobre o nosso casamento e ele não faz ideia de que será avô.

— Tudo vai dar certo, você vai ver. O verdadeiro amor sempre vence. — Por fim a mulher terminou sorrindo.

As duas ficaram um tempo em silêncio e voltaram a atenção novamente para o céu, desta vez havia mais estrelas do que lanternas. Depois de alguns minutos a rainha pediu um pouco de cautela e também que Belle não contasse a ninguém sobre a paternidade da criança, o que ela acreditava ser melhor para ambos, mãe e filho. A princípio a jovem recusou este tipo de proteção, mas aos poucos ela viu que o melhor para o bebê que ela esperava era ter um nascimento sem riscos.

Os próximos meses deixaram o ventre ainda mais aparente e a gravidez era bem óbvia. Todos no castelo já haviam se acostumado e a pequena Emma estava super contente em saber que em breve teria um bebezinho por perto. Entretanto, Belle estava muito aflita. Primeiro porque ela não tinha ideia do que acontecera com Rumple, ela havia lido um livro sobre a Terra do Nunca e descobriu que o tempo era parado por lá, as pessoas não envelheciam, então talvez seu marido apenas não estava sentindo os meses passarem, ao contrário dela. O segundo motivo era que ela estava apavorada com a ideia de que seu filho poderia vir ao mundo tendo somente ela.

Decidira ir até a biblioteca, talvez houvesse algo sobre crianças de outros Senhores das Trevas, a busca não teve êxito algum. No entanto, encontrou um livro que continha pequenos contos sobre terras distantes, logo achou um sobre a Terra do Nunca. Ficou intrigada com os perigos do local, teve ainda mais medo por Rumple. Na verdade este sentimento predominava dentro de Belle de tal forma que ela mesma, às vezes, não se reconhecia.

Uma leve brisa entrou pela janela o que a fez sair imediatamente de seus pensamentos, correu os olhos pela sala e não demorou a perceber que não estava mais sozinha. Descartou a ideia de que poderia ser um dos residentes do castelo no segundo que vira a sombra da pessoa em uma das paredes, virou-se bruscamente e viu a figura feminina que ali estava presente. Pensou em perguntar quem ela era ou então o que queria, mas não teve tempo.

— É engraçado como você tem sorte criança. — A mulher mais velha disse amargamente. — Primeiro o colar, agora esta coisinha que cresce dentro de você. — Se aproximou da jovem e depositou uma das mãos no ventre da mesma. Belle até tentou retirá-la, mas estava imobilizada por magia. — Entretanto, você não precisa se preocupar, eu lhe pouparei de toda a dor. Não tens que carregar o filho daquele monstro. Não, meu bem. Tenho a solução para o seu pequeno problema, este anel que usas, foi o Senhor das Trevas que lhe deu, não é mesmo? — Não houve resposta e ela realmente não precisava de uma.— Sabe, o seu poder se manifestará assim que eu tirá-lo e logo isso morrerá.

Diferente do colar que foi feito a partir de magia da luz vinda de uma fada, o anel havia sido feito por Rumple que possui magia escura. Por esta razão, aquela sínica figura na frente de Belle conseguiu retirar dela o único objeto que protegia a ela e a seu filho. A princesa não teve nenhum sinal de que sentia dor ou qualquer encomodo, o que irritou um pouco a bruxa a sua frente, não que ela tenha deixado transparecer, pois ela sabia o quanto o bebê era forte e que o óbito dele seria um pouco mais demorado do que queria.

— Bem, o feto é poderoso, mas não tanto quanto você. Ele conseguirá sobreviver por mais algum tempo, depois de poucos messes ele cansará de lutar e deixará o gelo o consumir. Deixando-a sozinha, então você será só uma menina sem ninguém que a ame e o melhor de tudo, sem nenhum poder. Quem sabe o seu amante consiga voltar?

Belle sentiu um pequeno sentimento de raiva crescendo dentro de si, aquela mulher sabia de Rumple e aparentemente conhecia a sua vida mais do que ela mesma. Sentiu que já podia se movimentar, mas um encomodo na parte do ventre a fez não sair do lugar.

— Por que? O que você quer?

— Não é óbvio, querida? Eu quero poder, quero o controle sobre tudo, e derrotar o Senhor das Trevas seria um ótimo começo, afinal o medo é uma excelente ferramenta. Pensei que fosse mais esperta, Belle.

— Quem é você?

— A Rainha de Copas, não está claro?

Assim Cora desapareceu em um instante. A jovem que não sabia o que fazer ou o que pensar depositou as mãos na barriga em estado de pânico, não iria chorar, pelo contrário, encontraria um jeito de salvar a única coisa além das lembranças que Rumple deixara, seu filho. Deixou-se ficar ali por mais um par de horas, uma sensação estranha a tomou quando seu cérebro insistia já conhecer a tal Rainha. Forçou-se a lembrar de onde, mas não conseguiu obter resposta plausível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e lembrem-se: Favoritem, comentem e recomendem! Até o próximo capítulo!

Ps¹: Quem leu a primeira temporada da fic deve lembrar, mas é sempre bom avisar. Não sou muito boa com diálogos, então perdoem se não ficou muito bom. Obrigada!

Ps²: Gente, vou ficar um tempinho sem posta, mil desculpas por isso. Mas em Stembro eu tenho uma prova muito importante para fazer e preciso estudar, então se eu demorar a postar não desistam da fic, ok? Outra vez, obrigada!



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