Amar é sonhar

Amar é gostar, zelar

da pessoa amada

Até mais do que a si próprio

~

Esse sentimento que nos envolve

Que nos deixa mais puros

Mais espirituosos, mais humanos

Que cada dia mais cresce dentro do coração de um apaixonado

É tão bom que todos deveriam senti-lo

~

Deveriam aprecia-lo

Vivência-lo e nunca deixa-lo

para trás, pensando que é bobagem

Pois não é

Ao contrário, ele é verdadeiro

e inteiro

Vivência-o, viva cada minuto

Pois o amor é surreal, fatal

Fantástico e carismático

~

~ Fabiana Calixto.

Manuela caminhou rapidamente entre as mesas, tomando lugar na mais afastada, ao fundo do pequeno bar, um ser alto e esguio estava a sua espera, ambos pediram cerveja, o garçom meio atrapalhado anotou o pedido e foi em direção ao galpão, comentou com um dos colegas que estava reconhecendo a engenheira, este o alertou para não irritar os clientes ou o chefe o mandaria embora.

Com muita cautela e olhando ao redor, Manuela retirou um envelope marrom da bolsa e entregou ao rapaz com um capuz na cabeça, ele abriu e leu atentamente algumas folhas brancas que estavam dentro, sua expressão não foi das melhores.

– O que é isso Manuela? Estamos falando da Marra e não de uma loja de assistência técnica, isso não serve de nada

– Foi só o que eu consegui tirar do computador do indiano, mas agora eu estou dentro, vou conseguir mais informações

– Espero que consiga, o seu único propósito é esse, não se empolgue muito por ter sido contratada, ele é o inimigo aqui

– Não se preocupe, não vou fazer isso

– Tomara que não, porque se fizer eu vou ficar muito irritado, e você não quer que eu fique irritado, não é?

Ele puxou Manuela para perto de si e a beijou, poderia deduzir-se que era um beijo forçado pela brutalidade dele, mas não, ela o estava beijando também.

O garçom que os atendeu foi chamado em outra mesa e seu colega levou o pedido dos dois, beberam a cerveja entre risos e beijos, como um casal que acaba de ganhar na loteria, por ela sibilar várias vezes "Zac" entre os beijos quase pornográficos, podemos deduzir que o nome dele é Zac.

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Megan caminhava em direção a porta de entrada, mas eu a convenci de irmos pelo jardim, a velha desculpa do ar puro, o que eu queria mesmo era fazer aquela viagem valer a pena, mais do que já estava valendo, queria uma confirmação de que todo esse amor também volta para mim.

Caminhávamos lentamente de mãos dadas, respirando o ar puro que serviu de desculpa, até a porta que dava na sala da enorme mansão, com delicadeza eu tirei a bolsa dela, que estava com o Marra Phone e outros eletrônicos, mesmo sem entender nada ela permitiu que eu jogasse na grama, beijei sua boca e a guiei até a borda da piscina, ela não fazia ideia que estávamos tão perto da água, os meus beijos não a permitiam enxergar.

Ainda sem entender nada, Megan se fez de durona e saiu dos meus beijos, percebendo o que estava prestes a acontecer ela soltou minha mão e tentou correr para a grama, mas eu a puxei antes mesmo que tentasse, caiu em meus braços e pulamos os dois na enorme piscina, como um peixe assustado ela se segurou em mim, evitando que a água batesse em seu rosto.

– Não sabe nadar? - eu a abracei

– Só um pouquinho, eu nunca participava das aulas de natação

– Eu estou aqui com você, não precisa ter medo

Ainda como um peixinho assustado ela me olhou nos olhos, confiava em mim, tirei seu braço de minha cintura e a girei na água como uma bailarina, a minha bailarina, ao terminar a volta me agarrou novamente, ainda estava com medo mas pelo menos confiava em mim.

Megan me observava com os pequenos olhos de borboleta assustados, sem perceber eu estava fazendo o mesmo.

– I love you...

Foi a vez dela de vir até minha boca, me atacou como uma tigresa, uma tigresa com medo de água, pois não soltava meu pescoço nem por um minuto, ela não queria molhar o cabelo que já estava encharcado, mas foi exatamente o que eu fiz, joguei água nela, te-la em meus braços me favorecia muito, ela não deixou barato e me empurrou para dentro da água.

Resolvi lhe dar um susto, então fiquei por alguns segundos sem levantar para superfície, ela me puxou com dificuldade, como uma formiga tentando levantar um tijolo, quando subi podia sentir o pequeno coração saltitando dentro do peito, fiquei um pouco arrependido mais ri da reação dela, levei jatos de água como castigo.

Megan se sentou numa bóia em forma de cadeira, disse sentir-se a salvo ali, segurando em suas pernas, beijei a minha pequena medrosa, onde estava minha bad girl? Estava mais "Lily" do que nunca, o sorriso, os jatos de água, as risadas, as tentativas de nado fracassadas.... nunca vi Megan tão feliz, e saber que aquele sorriso fazia parte de um momento comigo, só me deixa mais contente.

Carregando-a em meus braços como um bebê, a coloquei sentada na borda da piscina, Megan me envolveu com as pernas e colocou sua mão em meu ombro, puxando minha camisa, a ajudei e coloquei a camisa encharcada ao seu lado.

– Assim é bem melhor...

Com as unhas em meu queixo ela me chamava até sua boca, fui sem pestanejar, mas aquele vestido estava atrapalhando, talvez fosse melhor nos livrarmos dele, nunca pensei que fosse ter algum dia um pensamento como esse, Megan realmente desperta um novo Davi em mim, talvez não um novo e sim um que estava adormecido em algum canto aqui dentro.

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As crianças brincavam e riam alegremente no campinho, o dia ensolarado era tudo o que elas precisavam para ficar brincando, Rita cuidava de alguns papéis em sua pequena mesa, mas lá em cima, no segundo andar da Plugar, Herval trabalhava em seu computador, entre tantos números e códigos era quase impossível saber o que ele fazia.

Uma mensagem fez com que seu celular vibrasse, ao ver o nome "Pamela" na tela ele quase pulou, a mensagem dizia que ela chegava no Brasil amanhã a tarde, a notícia fez com que Herval abrisse um enorme sorriso, mas não parecia ser exatamente de felicidade.

Sentando-se novamente a mesa, ele fez uma ligação, avisou a pessoa misteriosa sobre a chegada de Pamela, e consequente a de Megan e Davi.

– Você já sabe o que tem que fazer, não é?

Sim, mas não sei se consigo

– Vamos, você já fez isso tantas vezes, não admito fracassos

Com essa frase e o dedo sobre o botão vermelho, ele decretou que era o fim da ligação, sem nem ao menos perguntar se a pessoa do outro lado da linha concordava.

Herval colocou seu computador na mochila e disse a Rita que estava de saída e não tinha hora para voltar, ela aceitou tomar conta de tudo e fechar o local, para onde será que ele vai?

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Confesso que ainda estava com medo, o pouco que sei sobre nadar não me salvaria de um afogamento, mas Davi estava comigo, me segurando e passando confiança, mesmo que essa ideia idiota tenha sido dele, os seus beijos me faziam esquecer de qualquer raiva que estivesse sentindo por molhar meu aplique indiano.

Ainda segurando seu pescoço para minha segurança, Davi me levantou em seus braços e fez com que eu sentasse na borda da piscina, o envolvi com minhas pernas e o trouxe para mais perto, com a mão em seu ombro puxei sua camisa e ele entendeu o recado, tirou-a e a colocou ao meu lado, completamente encharcada, deixando a mostra o peito bronzeado.

– Assim é bem melhor....

Com minhas unhas em seu queixo, fiz com que ele viesse até mim, até minha boca, em quanto nos beijávamos ele alcançou o zíper do meu vestido, que aos poucos ele abriu, por estar molhado era mais difícil de sair, mas eu mesma o ajudei, arranquei o vestido e coloquei junto com a blusa, pulei em seus braços, entre beijos ele juntava nossos corpos até o limite, um centímetro mais juntos e estaríamos like ocupando o mesmo espaço.

– Você fez tudo só pra isso?

– Não, eu queria uma confirmação, de que você me ama como eu te amo, só que é impossível estar perto de você e ficar vestido - ele me fez rir

– E você conseguiu a sua confirmação?

– Consegui

– E o que te faz pensar que eu te amo?

– O jeito como você me olha

Paralisada no tempo, eu não podia acreditar no que estava ouvindo, como ele tinha tanta sensibilidade? Ninguém nunca se importou com os meus sentimentos, mas era importante pra ele, a forma como Davi falou que me ama... eu estou nas nuvens, meu coração está repleto de um nerdzinho so cute, que usa um óculos charmoso e se chama Davi, mas em uma parte também existe o medo de estar sendo enganada, mas todos aqueles gestos, todas aquelas palavras, é like impossível ele estar mentindo, Davi gosta mesmo de mim! E inevitavelmente eu já estava completamente apaixonada por ele.

Me entreguei aos beijos dele, segurando sempre sua mão esperta querendo arrancar meu sutiã, afinal nós estávamos na piscina, aquilo já era demais visando que mom estava na casa bem ao nosso lado. Durante muito tempo eu achei que todos os homens fossem iguais, que todos eles são fanáticos por daddy ou pela princesa Shelda, que todos só se aproximassem por interesse, mas Davi é diferente, ele desperta em mim uma sensação nova, e eu gosto, pela primeira vez eu posso dizer que meu namorado me ama, meu namorado... só meu.